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História For The Love Of a Daughter - Speak Now


Escrita por: mclaraaaaaaaa

Notas do Autor


Nome do capitulo: Fale agora.

OIOIOI MANAS!!!!! Eu disse que a história acabaria quarta, né? É. Mas não consegui escrever, e quando fui postar esse capitulo na quarta, ele simplesmente sumiu e eu tive que escrever tudo de novo.
Desculpem por esse capitulo imenso!
Só mais um e FIM! Até amanhã!
LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!!

Espero que gostem.

Capítulo 58 - Speak Now


3 dias para o casamento

Mutano entrou devagar no quarto de Eleanor, e sorriu ao vê-la dormindo. Andou a passos lentos até a cama e se sentou no colchão, sacudindo de leve os ombros dela.

Faziam dois longos dias desde que tinham voltado de Nova York, e as coisas não podiam estar melhores entre ela e Ravena. Contudo, para ele nada estava bom. Lutava para esquecer tudo que tinha acontecido, mas não conseguia. Ravena não saia de sua cabeça nem por um momento sequer.

- Bom dia, meu amor – ele sussurrou quando Eleanor abriu os olhos, preguiçosamente. – Dormiu bem?

- Bom dia, papai. – Eleanor sorriu, sentando-se na cama. – Dormi, e você?

- Também. – ele mentiu. A menina deu um beijo na mão dele e riu. – Sua mãe ligou.

- Sério? Quando?

- Hoje mais cedo.

- E o que ela queria? – Eleanor perguntou, animada.

- Quer que você vá para Nova York ainda hoje.

- Ah! Isso é incrível! É demais! Pai... Eu posso ir?

- Se você quiser... Claro que sim.

- Eu quero! Eu quero!

Mutano abriu um sorriso triste e concordou com a cabeça. Eleanor parou de comemorar, e o olhou, preocupada.

- Você vai ficar bem se eu for? – ela perguntou. – Quer dizer, ainda faltam 3 dias para o casamento da minha mãe, e eu sei que você queria passar um tempo comigo... Principalmente agora que nós estamos nos entendendo.

- Tá tudo bem, Els – Mutano deu de ombros. – Ela quer passar um tempo com você antes da lua de mel... Quem sou eu para negar? – ele riu sem vontade. – Quanto ao tempo que eu queria passar com você... Ainda temos as festas de fim de ano para ficarmos bem juntinhos. Não se preocupe.

- Tem certeza?

- Tenho. Além do mais, você vai passar um tempo com o Ross. Vai ser bom para vocês se conhecerem melhor.

Eleanor concordou com a cabeça e sorriu, abraçando o pai logo em seguida.

- Obrigada. Você é o melhor pai do mundo. Eu te amo.

- Eu também te amo.

- O que eu devo fazer? Será que posso chamá-la de mãe nos lugares públicos? E como vou chamar o Ross?

- É claro que você pode chamá-la de mãe! E quanto ao Ross... Você vai chamá-lo de Ross.

- É verdade... Estou tão animada!

- Estou vendo – Mutano riu. – O Barry vai passar aqui para te pegar meio-dia em ponto. Não se atrase, você sabe como ele é apressado.

- Barry Allen?

- Sim. Não quero que você fique no aeroporto sozinha. É perigoso demais... E o Barry faz essa viagem até Nova York em, no máximo, 7 minutos.

- Uou... Vai ser demais!

Mutano riu e se levantou da cama, se preparando para sair do quarto. Eleanor correu até ele e o abraçou, agradecendo mais uma vez por tudo.

Ao meio-dia em ponto, Barry já estava na Torre, segurando as malas de Eleanor, e ajeitando a menina em seus braços. Mutano riu ao ver a cara de medo dela e sussurrou que tudo ficaria bem. Deu um beijo na testa dela, e se despediu.

Barry deixou Eleanor na porta da mansão de Ravena, e aproveitou a viagem para matar a saudade da amiga. Infelizmente, não podia ficar muito tempo por conta de vários assuntos importantes da Liga da Justiça.

- Parece que agora somos só nós duas, menina – Ravena disse, passando o braço pelos ombros de Eleanor. Ela usava uma calça jeans preta e um moletom bege, além de vários pares de meias nos pés. Max latiu, feliz e Eleanor riu. – O que você quer fazer?

- Nós duas e o Ross – Eleanor lembrou, fazendo Ravena se encolher. – O que foi?

- O Ross não vai ficar com a gente esses dias.

- Vocês terminaram?

- Não! Eu só falei dele com o seu pai para...

- Fazer ciúme.

Ravena concordou, envergonhada.

- Bom, você conseguiu.

- Consegui?

- Ele está triste, mãe – Eleanor contou. – Quase não sai de dentro do quarto, não come e tenho certeza que ele não está dormindo.

- E quanto a Tara?

- Eles conversaram assim que chegamos em Jump City. Vão se casar, é inevitável.

- Ah... – Ravena disse, triste. Piscou algumas vezes e pegou um papel que estava em cima do sofá. – Fiz uma lista com todos os melhores lugares de Nova York. Por onde você quer começar?

- Você escolhe. Sou a turista da vez.

- Tudo bem, então se arrume porque nós vamos conhecer a Estátua da Liberdade!

Eleanor aplaudiu, animada e abraçou Ravena. Se sentia renovada quando estava com ela, como se seus poderes fornecessem um tipo maior de sustentação e controle entre si. Ainda assim, sabia que não estava completa. Faltava Mutano.

Ravena deu um beijo na testa dela e sorriu, animada. Aquele tempo mãe e filha era tudo que elas precisavam.

 

Mutano se jogou no sofá da Torre e olhou sem interesse para o jogo de video-game de Cyborg e Asa Noturna.

Estelar e Abelha tinham ido ao shopping comprar vestidos novos para o casamento de Ravena, e Damian estava de castigo desde que voltara de Nova York. Bruce estava realmente muito bravo.

- E aí, cara – Cyborg mexeu com Mutano, quando o jogo terminou. – Resolveu sair da toca?

- Quer jogar? – Asa Noturna perguntou, oferecendo a manete que usava.

- Não, obrigado.

- Como você está? – Cyborg perguntou.

- Bem.

- A Eleanor já chegou em Nova York?

- Já.

- Você está bem mesmo? – Asa Noturna perguntou.

- Estou.

Cyborg se aproximou de Mutano e suspirou. Colocou a mão no ombro do amigo, tentando passar algum tipo de conforto.

- Você sabe que nós estamos aqui para o que der e vier, né?!

- Sei.

- Será que você pode parar de ser monossilábico? – Asa perguntou, nervoso.

- Não.

O líder revirou os olhos e jogou uma almofada no rosto de Mutano, o assustando.

- Mas que porra...? – ele perguntou, assustado.

- Você precisa reagir, Logan. – Asa Noturna disse. – Não pode sofrer para sempre.

- Não é para sempre. Só tem 2 dias.

- E você acha que ficar desse jeito é a solução?

- Você sugere alguma coisa melhor?

Asa Noturna bufou, desistindo de conversar com o amigo. Ele não cederia tão fácil.

- Como você e a Ravena vão fazer com o bebê? – Cyborg perguntou, curioso.

- Vamos conversar por e-mail.

- Vão conversar a vida do meu sobrinho por e-mail?! Qual é o problema de vocês? Vocês têm 30 anos ou 13?

- Foi ideia dela. Ela não quer me ver nem pintado de ouro, Cyborg.

- Ah, qual é! Vocês são adultos! Sei que estão magoados e machucados, mas é a vida de uma criança que está em jogo.

Mutano passou as mãos pelo cabelo e suspirou.

- Eu sei, ok?! Sei também que vocês devem estar achando bem feito tudo isso que está acontecendo comigo porque eu mereci ouvir cada palavra que saiu da boca dela.

- Garfield...

- Não tinha como eu saber! Não tinha como eu saber que ela foi embora para me proteger! Eu nunca pensei nessa possibilidade! Para mim tinha sido por um capricho bobo de adolescente, ou por causa das emoções malucas que ela tinha. – Mutano falou, rapidamente. – Ela deu a vida por mim e pela Eleanor. Ela nos salvou e tudo que eu fiz foi gritar na cara dela que eu a odiava enquanto ela falava que me amava! Eu a tratei mal. A mandei embora... Não tinha como eu saber...

- Nós sabemos, cara. – Asa Noturna suspirou. – Ninguém imaginava a gravidade da situação. Todos nós erramos muito com ela.

- Você precisa seguir em frente, Mutano – Cyborg disse. – Nós três sabemos que ela é o melhor para você. Está escrito na sua cara que você ainda a ama. Por que não vai atrás dela?

- Porque eu vou me casar, e ela também. Já conversei com a Tara. Vou assumir o bebê e vamos nos casar. A Ravena vai ser só a mãe da Eleanor. Nós vamos aprender a lidar com isso.

Asa Noturna e Cyborg se entreolharam.

- Você não disse que ela pediu que você lutasse por ela? – o mais velho perguntou. Mutano concordou com a cabeça. – Então está na hora de você fazer isso. Lute por ela.

- Se eu fosse você – Asa Noturna falou. – Já estaria em Nova York há muito tempo. Não a deixe escapar, Garfield.

- Não tem nada que eu possa fazer. – Mutano murmurou, se levantando do sofá. – Agora já é tarde demais. É melhor vocês tirarem essas ideias da cabeça. Não vai acontecer.

2 dias para o casamento

Ravena sorriu satisfeita quando terminou de fazer um prato cheio de panquecas. Para quem não sabia cozinhar quase nada, ela estava arrasando.

Foi até o próprio quarto, abrindo a porta devagar.

Eleanor estava quase sumindo no meio das cobertas. Estava tão cansada na noite passada que acabou dormindo no quarto da mãe enquanto conversavam.

- Ei, menina – Ravena a chamou, colocando a bandeja com o café da manhã em cima do colchão. – Está na hora de acordar.

Eleanor gemeu baixinho e cobriu a cabeça.

- Vamos! Não podemos nos atrasar para o nosso passeio hoje! Vamos nas melhores lojas da cidade!

- Bom dia, mãe – a menina sorriu, sentando-se no colchão. A palavra “loja” era como uma injeção de ânimo  para ela. – O que é isso?

- Seu café da manhã.

- Você que fez?

- Aham – Ravena sorriu, colocando a bandeja no colo de Eleanor. Esperou ela comer, e olhou ansiosa para saber se estava bom ou não. – Então...?

- Está ótimo! Você colocou hortelã nessas panquecas?

- Sim!

- Parecem até as do meu pai. Pensei que ele fosse a única pessoa no mundo que fizesse isso.

Ravena sorriu, envergonhada e acariciou os pelos de Max que estava deitado entre elas.

- Aprendi isso com ele. 3 folhas de hortelã para cada 10 panquecas.

- Como assim? – Eleanor perguntou, curiosa.

- Todos os dias de manhã, ele e o Cyborg tentavam me ensinar a cozinhar alguma coisa diferente. – Ravena contou. – Não aprendi muita coisa, isso é óbvio. Mas o seu pai ama panquecas... Me esforcei para tentar fazer para ele.

Eleanor sorriu com a história e balançou a cabeça.

- Sabe... Acho que eu queria ter vivido nessa época. – ela disse, tomando um gole de suco.

- Que época?

- Nessa em que você e o meu pai eram amigos. Ver você falando assim me dá impressão de que isso aconteceu há milhares de anos... Deve ter sido demais ver vocês dois se dando bem.

- Nós somos amigos.

- Não são, não. Vocês estão pior que eu e o Damian. Não se referem um ao outro pelo nome, só usam “seu pai” ou “sua mãe”, isso quando não falam “a mãe da Eleanor” e o “o pai da Eleanor”.

- Você está se entendendo bem com o Damian. – Ravena piscou, fazendo-a corar. Ignorou o comentário sobre a falta de uso de nomes entre ela e Mutano, dando de ombros. – Muito bem.

- Você também estava se entendendo bem com o meu pai. – Eleanor arqueou uma sobrancelha, fazendo Ravena rir.

- Tá bom. Não vou discutir isso com você. Olha a sua idade.

- Eu não sou uma criança, mãe.

- Você pode dizer isso de novo?

- O quê?

- Me chamar de mãe.

- Mãe, mãe, mãe, mãe, mãe, mãe, mãe – Eleanor riu, enchendo o rosto de Ravena de beijos. – Mãe, mãe, mãe, mãe.

Ravena riu, a puxando para um abraço apertado.

- Eu amo você, menina.

- Eu também amo você. – Eleanor sorriu. – Quando você vai parar de me chamar de menina?

- Acho que nunca. Virou força do hábito.

- Você pode me chamar de Eleanor, Els, Nor, filha...

- Filha? O que as pessoas vão pensar? – Ravena brincou. – Sou nova demais, vamos fingir que somos irmãs em público.

Eleanor riu baixinho e descansou a cabeça no peito de Ravena, acariciando a barriga dela.

- Posso te perguntar uma coisa?

- Claro.

- Essa tatuagem do seu braço... A que é igual à do meu pai. – Eleanor disse. – Não era moda, era?

- Não. Fizemos porque parecia ser uma boa ideia na época. Foi no meu aniversário de 18 anos, e se você quer saber, ela continua fazendo sentido para mim.

Eleanor assentiu e deu um beijo na bochecha de Ravena.

- Sabe... Quando você nasceu, eu senti tanto medo. – Ravena suspirou. – O Scott estava me ameaçando, e as minhas emoções ainda eram uma bagunça. Mas quando eu vi o seu rostinho pequeno e gordinho... Quando você segurou o meu dedo com as suas mãozinhas... Percebi que você era o meu maior sonho.

- Mãe...

- Olha, Eleanor... O que eu e o seu pai... O Garfield... O que nós tivemos, foi incrível enquanto durou. Mas acabou. Não vamos funcionar juntos nunca. É uma coisa nossa. Nós dois somos orgulhosos demais para dar o braço a torcer. – ela continuou. – Mas agora você tem um pai e uma mãe que te amam acima de tudo. Que vão sempre fazer de tudo para te proteger, e proteger esse bebê que vai nascer. Nós ainda vamos ser uma família do nosso jeito. Eu prometo. Você é a coisa mais importante do mundo, tanto para mim quanto para o Gar. Nós te amamos.

- E eu amo vocês. – Eleanor respondeu, abraçando-a mais uma vez. Percebeu que mesmo separados, eles seriam os melhores pais do mundo.

Ravena suspirou, balançando a cabeça e passando a mão pela tatuagem no antebraço. Cada conversa, cada comentário só servia para provar que ela se apaixonava cada vez mais por Mutano.

 

Estelar desistiu de procurar por uma bolsa de festa na bagunça de seu guarda-roupa, e se sentou na cama, olhando o despertador no criado-mudo ao lado. Estava na hora.

Desceu voando para a sala e sorriu quando encontrou Asa Noturna, já esperando por ela.

- Ela já ligou? – a alienígena perguntou, animada.

- Ainda não – Asa riu. – Ela está 40 segundos atrasada.

- Onde estão os outros? Eu quero... Você sabe... Ter um pouco de privacidade.

- Cyborg saiu com a Abelha, e o Mutano eu não sei onde está.

- Ah, Dick... Estou tão preocupada com ele.

- Eu também. Mas ele se recusa a conversar desde que voltamos de Nova York, e com o casamento da Ravena chegando... Ele só está ficando pior.

- Ontem eu o vi entrando no quarto de hóspedes. – Estelar contou. – Já estava suspeitando que ele estava dormindo lá, ontem foi só a confirmação.

- Ele está dormindo lá? – Asa Noturna perguntou, incrédulo. – Por quê?

- Bom... Acho que de alguma forma, o quarto faz ele se sentir mais próximo dela. Você sabe, ele pode sentir o cheiro dela lá.

- Então a situação está pior do que eu pensei.

- Sim. Nosso amigo está entrando em depressão mais uma vez. Ele ainda não aprendeu a lidar com a perda. Principalmente quando a amiga Ravena está envolvida.

Asa Noturna suspirou, e olhou para a noiva.

- Precisamos dar um jeito nisso, Kori – ele disse. – Chamar alguém que passe certa confiança para o Mutano.

- E quem seria essa pessoa?

O líder não teve chance de responder. O iPhone de Estelar vibrou, indicando uma chamada de vídeo. O rosto de Ravena apareceu no telão da sala de estar, fazendo os dois Titãs sorrirem satisfeitos.

- Oi! – Ravena sorriu, dando tchauzinho.

- Amiga Ravena! – Estelar exclamou, voando para mais perto do telão, e puxando Asa Noturna com ela.

- Pensei que você tivesse desistido. – Asa arqueou uma sobrancelha.

- O quê?! Até parece que você não me conhece, Grayson. Eu não desisto fácil, e sempre cumpro as minhas promessas. Desculpem a demora. A Eleanor ficou louca na loja de 6 andares da Victoria Secrets, e ainda quis passar na Forever 21 para comprar várias roupas.

- Vocês compraram o vestido que ela vai usar no seu casamento? – Estelar perguntou.

- Não, esse já está pronto. – Ravena piscou. – E é surpresa.

Os dois Titãs riram, e balançaram a cabeça. Era incrível ver Ravena se dando bem com Eleanor. Ela estava radiante, e eles sabiam que não era só por causa da gravidez.

- Então – Asa Noturna falou. – Você conseguiu?

O sorriso de Ravena murchou, e ela encarou as próprias mãos. Asa e Estelar encolheram os ombros, suspirando.

- Eu tentei de tudo – ela disse. – Tudo mesmo. Mas... O doutor Niall James é o ginecologista mais famoso daqui de Nova York... É difícil consegui-lo, mas... EU CONSEGUI!

Estelar soltou um grito agudo e tampou a boca com as mãos, emocionada. Asa Noturna se limitou a dar um sorriso, mas por dentro, estava pulando de alegria.

- Você conseguiu mesmo, amiga Ravena?!

- Consegui!

- E quando é a consulta? Quando nós temos que ir para Nova York? – Asa perguntou, animado.

- Não vão precisar vir para cá. – Ravena sorriu. – Eu contei para ele que vocês são super-heróis, e quando mencionei a tecnologia da enfermaria do Cyborg, ele ficou muito animado. Disse que faz questão de ir para Jump City só para atender vocês. E não se preocupem, contei sobre a data do casamento de vocês, e ele garantiu que até a lua de mel, vocês estarão prontos para ter um bebê.

Asa Noturna olhou para Estelar, vendo que ela estava muito emocionada. O sonho deles estava cada vez mais perto de se tornar realidade, e graças a Ravena, estava sendo possível. Ele abraçou a noiva e deu um demorado beijo na testa dela.

- Quanto nós te devemos, Ravena? – ele perguntou.

- O quê?! Dick, desse jeito você me ofende. – Ravena revirou os olhos. – Vocês não me devem nada. Considerem como um presente de casamento adiantado.

- Amiga Ravena – Estelar a chamou. – Quero pedir desculpa mais uma vez pelo que eu disse quando aquele demônio estava em mim. Eu sinto mu...

- Kori, está tudo bem. Eu sei que você estava recebendo uma influência maligna, e o que você falou não é nada perto do que eu falei para o Garfield. Estou envergonhada até agora. Você é a minha melhor amiga. Sei que tem orgulho de mim, e é por isso que quero que você seja a madrinha do meu bebê.

- Madrinha?! Sério? – Estelar arregalou os olhos, emocionada. – Obrigada! Muito obrigada!

Ravena riu com a animação da amiga, se sentindo feliz pelo casal. Chamou Eleanor para cumprimentar os tios, e continuou conversando com eles. Quando o assunto voltou a ser gravidez, tratamento e ginecologistas, a menina decidiu ir para o quarto, tendo noção de que era muita informação para sua cabeça.

Alguns minutos depois, Estelar já estava falando sobre roupinhas de bebê quando a porta principal da Torre foi aberta. Eles pararam de falar, olhando para quem tinha acabado de chegar.

- Ah, oi – Mutano disse, olhando para os três. Seus olhos pararam no telão onde Ravena estava, fazendo-o corar. – Podem continuar. Não quero atrapalhar.

- Amigo Garfield! – Estelar o abraçou. – A Ravena está nos ajudando com o nosso bebê! Ela conseguiu aquele médico famoso de Nova York!

- Fico feliz por vocês, Kori.

- Onde você estava, Garfield? – Asa Noturna perguntou.

- Na praia. Precisava esfriar a cabeça.

Ravena pigarreou, chamando atenção deles.

- Oi, Garfield.

- Oi, Rae – Mutano sorriu. – Como você está? Tá tudo bem com o bebê? E a Eleanor?

- Estou bem, e o bebê também. A Eleanor está aproveitando muito. Obrigada por mandá-la mais cedo.

- Não tem de quê. Você pode avisar para ela que eu ligo mais tarde?

- Claro.

- Obrigado.

Os dois se encararam por alguns segundos, deixando Asa Noturna e Estelar desconfortáveis.

Mutano pigarreou e se despediu, subindo as escadas depressa. Precisava de um banho para tirar a areia da praia do corpo, e para se esquentar também.

- Ahn... – Ravena disse, olhando para Estelar e Asa. – Acho que vou... Preciso...

- Tá tudo bem, Rae – o líder sorriu. – Nós entendemos.

- Muito obrigada, amiga Ravena. – Estelar sorriu. – Nos vemos depois de amanhã.

- Sim. Nos vemos depois de amanhã.

 

Mutano trocou os canais da TV, impaciente. Passou por 50 emissoras em menos de cinco minutos, e nenhuma estava boa.

Suspirou. Faziam algumas horas que tinha visto Ravena na chamada de vídeo de Asa Noturna e Estelar, e mesmo assim, ainda não tinha conseguido esquecer o sorriso fraco que ela abriu ao vê-lo. Já tinha ligado para Eleanor, e sabia que a filha estava muito animada e feliz por estar passando um tempo com a mãe.

Desligou a TV, e se preparou para tentar dormir. Pegou o iPhone no criado-mudo, franzindo o cenho ao ver que tinha uma mensagem.

“Estou aqui embaixo. Por favor, venha abrir a porta para mim. Precisamos conversar. Xx Tara.”

Num pulo, levantou da cama e desceu as escadas correndo enquanto vestia um moletom velho.

- O que você está fazendo aqui? – Mutano perguntou, abrindo a porta para Tara. Ela entrou apressada, suspirando ao sentir o ar quente do aquecedor em seu corpo. – Você está bem?

- Estou – Tara disse, nervosa. Estava bem vestida demais, até para uma modelo. – Pensei que você não fosse ver minha mensagem nunca.

- Meu celular estava no silencioso.

Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, apenas se encarando. Mutano podia sentir o nervosismo de Tara, o cheiro dela estava mais forte que o normal, indicando o medo que ela sentia.

- Garfield, nós precisamos conversar.

- Você disse isso na mensagem. – ele deu de ombros. – Por favor, não me diga que você quer falar sobre as flores que vão enfeitar a igreja no dia do nosso casamento.

- O quê? Não. – Tara riu. – É um pouco mais sério que isso.

- Tara, o que aconteceu?

- Acho melhor você se sentar.

Mutano revirou os olhos e a acompanhou até o sofá, se sentando ao lado dela.

- Olha, eu...

- Fala logo.

- Eu estou indo embora, Garfield.

- O quê?! Você está me largando? Que porra é essa? Nós vamos ter um filho!

- Não – Tara negou. – Eu vou ter um filho.

- O que você quer dizer com isso?

Tara respirou fundo, e esfregou as mãos.

- Você não é o pai, Gar.

- Co-Como?

- Você não é o pai do meu filho. Eu sinto muito.

- Você mentiu para mim? Por quê? – Mutano perguntou, incrédulo.

- Porque eu tinha uma relação sólida com você. Sabia que não me deixaria na mão, e independente do que acontecesse, assumiria a criança e me ajudaria a criá-la.

- Há quanto tempo, Tara?

- O-O quê?

- Há quanto tempo você me trai?

- Dois anos. – Tara sussurrou. – Desde o desfile que eu participei na Itália há dois anos atrás.

Mutano passou as mãos pelo cabelo, nervoso e bufou.

- E por que você quis levar a nossa relação em frente? Por que quis marcar até um casamento?!

- Já disse! Porque eu me sinto segura com você! Porque você honra a sua palavra.

- Tara...

- Eu não tinha escolha, Gar. Ele é um ator inglês, e por mais que falasse que me amava, eu não podia abrir mão do que eu tinha com você. – Tara chorou. – Quando eu descobri que estava grávida... Fiquei desesperada.

- Você se encontrou com ele aqui em Jump City? Porque pelo seu tempo de gravidez...

- Sim. Ele estava comigo no hotel antes da viagem para aquele curso.

- Ah, que ótimo.

Tara secou algumas lágrimas e segurou as mãos de Mutano.

- Garfield, você sabe que eu sempre quis ter um filho. – ela disse. – E agora estou realizando o meu sonho. Pelo menos uma pessoa nesse mundo, vai precisar e depender totalmente de mim. Vai me amar pelo que eu sou. Vai ser um pedacinho de mim. – Mutano concordou com a cabeça. – O Adam já sabe que eu estou grávida. Não contei para ele quando voltei para cá, mas agora... Ele quer assumir. Ele me ama, Gar. Me ama de um jeito que você nunca foi e nem vai ser capaz de amar.

- Eu amo você, Tara. E você sabe disso.

- Não! Você amou a Terra. Mas foi coisa de criança. O que você sente por mim hoje é atração física e olhe lá.

Mutano encarou as próprias mãos.

- Estou indo para Londres no próximo voo – Tara avisou. – Se você quer um conselho, vá atrás dela porque ela é o seu amor verdadeiro. Nunca vi um amor tão forte quanto o de vocês dois. Vá atrás da Ravena, Garfield.

- Por que agora todo mundo resolveu me dar conselhos amorosos?

- Porque não ter ninguém, é a pior maldição que alguém pode ter.

- Eu...

- Garfield, quero agradecer por me dar tudo que eu sempre quis: um amor que me consumia e paixão. Não há nada mais que eu possa querer, fora que durássemos para sempre. – Tara acariciou o rosto dele. – Espero que você me perdoe um dia.

Mutano viu Tara sair da Torre, e reprimiu um grito.

Tinha perdido a ex-namorada, a atual noiva e um filho que era para ser dele. O que tinha feito para merecer aquilo tudo?

1 dia para o casamento

Emma agarrou a alça da bolsa em seu ombro com nervosismo. Estava parada na porta da mansão de Ravena, segurando seu vestido de noiva dentro de uma capa de proteção. Tinha feito as pazes com a chefe e concordado em esquecer tudo que tinha acontecido com Ross. Precisava do emprego, e Ravena era uma chefe... Boa.

Tocou a campainha mais uma vez, passando a mão pelo cabelo e tirando os flocos de neve. Ravena abriu a porta com um sorriso e a puxou para dentro.

- Emma – ela sorriu, abraçando a assistente. Sim. A relação entre elas estava melhor, e mais amigável desde que Eleanor tinha sido salva. – Desculpa a demora, estava assistindo um clipe com a Eleanor.

- Não tem problema – Emma deu de ombros, colocando o vestido em cima do sofá. Acariciou a cabeça de Max e sorriu. – Por falar na Eleanor, cadê ela?

- Está na cozinha comendo, para variar. Sério, às vezes eu acho que tem um monstro vivendo dentro dela. Ou vermes.

As duas foram até a cozinha, encontrando Eleanor sentada em um dos banquinhos do balcão, comendo cereal com chantilly. Ela sorriu com a boca cheia e ofereceu a comida para Emma.

- Não, obrigada – ela riu, indo até Eleanor e abraçando-a. – Então, você está aproveitando esse tempo com a sua mãe?

- Sim! – Eleanor respondeu com a boca cheia. – A Ravena é a mãe que eu sempre sonhei em ter.

- Viu só, Mitchell? Sou uma boa mãe! – Ravena piscou, tirando um pote de sorvete da geladeira. Jogou pó de café por cima e comeu, como se fosse a melhor coisa do mundo. Eleanor e Emma se entreolharam, preocupadas. – Que foi?

- Ahn... Você tem certeza que sorvete napolitano com pó de café é uma boa combinação? – Emma perguntou.

- É nojento. – Eleanor fez careta.

- Estou com vontade de comer. – Ravena deu de ombros.

- Tipo um desejo de grávida?

- Exatamente, Els.

- Você é a grávida mais estranha que eu conheço. – Emma riu. Ravena deu de ombros e pegou o vidro de chantilly que estava perto de Eleanor. Colocou em cima do sorvete e jogou mais pó de café. – Meu Deus, Rae! Você só pode estar doida!

- Emma, você não conhece as histórias antigas? – Ravena perguntou, incrédula. – Estou com vontade de comer isso, se eu não comer, o bebê nasce com a cara desses alimentos. Não posso deixar isso acontecer. O Garfield surtaria.

- Esses alimentos não tem cara. – Eleanor afirmou.

- Não duvide das histórias antigas, menina. Elas são como lendas urbanas só que das avós.

Emma e Eleanor riram da explicação de Ravena, e continuaram olhando com cara de nojo para a gororoba dela.

- Então – Emma começou a falar, tirando o vidro de pó de café de perto de Ravena. Em menos de 5 minutos, ela já tinha comido mais da metade junto com o sorvete e o chantilly. – A Eleanor já viu o vestido dela?

- Ainda não – a menina respondeu, triste. – Minha mãe fica fazendo suspense... Estou curiosa.

- Tenho certeza que você vai gostar. Ela fez com muito carinho, eu posso dizer com certeza que é uma das peças mais bonitas que ela já criou.

Ravena riu, mostrando os dentes sujos de café para as duas.

- Emma, já te devolvi seu emprego – ela piscou. – Pode parar de puxar meu saco.

- Não estou fazendo isso!

- Está sim!

- Não estou!

- Está sim!

- Não est...

- AH! – Ravena gritou, assustando as duas. – Quase que eu me esqueci!

- De que? – Emma e Eleanor perguntaram juntas.

- Bom... Vocês sabem, eu vou ter um bebê. – ela sorriu. – E bebês precisam de madrinhas... Então... Emma, você aceita ser madrinha do meu filho?

Emma piscou algumas vezes, chocada. Ravena estava sendo sincera ou estava só brincando com ela? Olhou para a expressão da chefe, percebendo que ela estava falando sério.

Tampou a boca com as mãos e sorriu. Sabia que não merecia ser madrinha do filho ou filha de Ravena e Mutano, principalmente depois de ter dormido com Ross e ter contado sobre o plano de Ravena para Mutano.

- Rae – ela arfou. – Eu não mereço.

- Por que não?

- Você sabe... Eu contei para o Mutano sobre o seu plano, e ainda tem o Ross...

- Você sabe que nós já passamos dessa fase, Em – Ravena deu de ombros. – Todos nós cometemos erros.

- Mas...

- Não vou aceitar “não” como resposta, Mitchell.

Eleanor colocou a mão no ombro de Emma, e a puxou para um abraço.

- Aceita! – ela pediu.

Emma encarou as mãos e sorriu, olhando para as duas.

- Eu aceito!

Ravena e Eleanor a abraçaram, comentando sobre chá de bebê, e outras coisas. Depois de algum tempo, Ravena ainda estava comendo o sorvete com café e chantilly, e Eleanor estava digitando uma mensagem no celular.

- Que cara é essa? – Ravena perguntou para a filha.

- Nada – Eleanor deu de ombros. – É só o Damian.

- É o seu namorado? – Emma perguntou, curiosa.

- Não, é o meu melhor amigo.

- Melhor amigo.... – Ravena piscou, fazendo Eleanor corar. Emma riu. – Vocês estão brigando?

- Ele ainda está de castigo, e não vem ao casamento. Mas disse que passa na Torre para me ver quando eu voltar.

- Isso é bom. – Emma sorriu.

- É...

- Eleanor, qual é o problema?

- Ah, mãe... Ele sabia sobre você e não me contou! Como vou saber se posso confiar nele?

- Eu pedi para ele não contar – Ravena lembrou. – Ele te trouxe para Nova York, se arriscou por você e salvou a sua vida. Quer prova maior que essa? Ele é confiável. E é um bom garoto.

- Eu não sei o que fazer...

- Não me peça conselhos – Emma levantou as mãos. – Até onde me lembro, sempre gostei do cara errado.

- Estamos no mesmo barco, Em. Será que é karma?

- Provavelmente.

Eleanor riu das duas, e deixou o celular de lado. Damian era importante demais para ser esquecido por causa de um único erro. Era o melhor amigo dela, no final das contas.

Ravena fez uma careta engraçada e colocou a mão na barriga, tampando a boca.

- Eu vou vomitar. – ela avisou, saindo correndo para o banheiro. Emma olhou para Eleanor, rindo mais ainda. Era bom se sentir em casa mais uma vez. Sabia que estava construindo uma grande amizade, tanto com Ravena quanto com Eleanor, e não perderia isso por nada.

 

Rita Farr sorriu para Estelar, entrando na Torre. Tinha ficado preocupada ao receber uma ligação de Asa Noturna, dizendo que Mutano estava cada vez mais estranho e triste. Não perdeu tempo, e foi ver o filho o mais rápido que pôde.

Estelar avisou que ele estava no quarto de hóspedes, provavelmente dormindo, já que não saia para comer ou ver TV. A história de Tara tinha o deixado mais destruído do que qualquer um podia imaginar.

- Garfield? – Rita o chamou, abrindo a porta do quarto. Mutano franziu o cenho, e sentou-se na cama, vendo a mãe entrar no quarto. – Oi, meu amor.

- Mãe? – ele perguntou, confuso. – O que você está fazendo aqui?

- Vim visitar o meu filho... O meu bebê. Não posso?

- Não sou mais um bebê, mãe.

- Para mim você sempre será aquele menininho de 10 anos que precisava desesperadamente de uma família.

Mutano riu, e bateu no colchão, chamando Rita para se sentar.

- Por que você não está se arrumando para o casamento? – ela perguntou.

- Porque eu não vou.

- Garfield...

- Mãe, a Ravena me convidou por educação. Sei quando não sou bem-vindo em algum lugar. Além do mais, a Eleanor foi para Nova York no início da semana... Posso ficar tranquilo porque sei que ela está bem.

- E como ela vai voltar para cá?

- Com o Cyb, Dick, Kori e Karen. – ele deu de ombros. – Não se preocupe.

Rita suspirou e passou a mão no cabelo dele.

- Por que você está aqui e não no seu quarto?

- Por isso – Mutano respondeu, pegando um dos travesseiros da cama e dando para Rita cheirar. – O que você sente?

- Eu não sei... Meu nariz não é bom como o seu – Rita deu de ombros. – Mas eu diria que é lavanda, um pouco de jasmim com baunilha, e... Chá?

- Exatamente. É o perfume dela, mãe.

- Eu sinto muito, meu amor.

- Vou superar. Superei uma vez, e agora não vai ser diferente.

- Garfield, eu estou preocupada com você. Quando o Dick me ligou falando da sua situação... Eu fiquei desesperada.

- Ele é um exagerado.

- Não é. Posso ver a tristeza nos seus olhos, meu filho. Eu sei que está doendo, e que parece ser o fim do mundo, mas não é.

Mutano encarou as próprias mãos e suspirou.

- Eu sou o pior homem do mundo, mamãe – ele chorou. – Eu gritei com ela, disse que a odiava, paguei pelos “serviços” dela... A Ravena está certa de seguir em frente sem mim. Ela deu a vida por mim e pela Eleanor, e eu não soube agradecer. Quando tentei consertar as minhas burradas já era tarde demais. Você nunca entende realmente uma pessoa até passar a considerar as coisas pelo ponto de vista dela, não é?

- Você não é o pior homem do mundo – Rita riu. – Nenhum de nós tinha noção do que a tinha feito ir embora. Não tinha jeito de adivinhar. Você estava com raiva, e eu não tiro a sua razão. Ela foi embora sem dar nenhuma explicação, Garfield. – ela segurou a mão dele. – Todos nós erramos muito com a Ravena. Não demos chance dela se explicar. E, acredite em mim, não é tarde demais. Nunca é. Principalmente quando se ama alguém.

- Eu não aguento mais isso! A Tara foi embora, o filho dela não era meu, e estou sem a Rae... O que eu fiz para merecer tudo isso?! Está tudo tão diferente. Não aguento mais.

- O que mudou, meu filho?

- Eu. Eu não sei mais quem eu sou.

- Você é forte. É por isso que todos nós sabemos que você é capaz de superar tudo isso.

- Eu não sei o que fazer, mãe.

- Vá atrás dela. Ela te ama. Só estava chateada e com a cabeça quente.

- Ela vai se casar – Mutano suspirou. – Não deve nem estar pensando em mim. Eu não tenho escolha.

- Todos têm escolha. – Rita disse. – Só tenha certeza que é a certa.

Mutano negou com a cabeça, e umedeceu os lábios.

- Bom – Rita falou, levantando-se da cama. – Eu preciso ir. Patrick está todo enrolado por conta das festas de fim de ano. – ela deu um beijo na testa de Mutano, e sorriu. – Te vejo no Natal, meu amor.

- Tá bom. Obrigado.

- Ah... Bem, Garfield, sei que já errei muito, mas não me arrependo de ter errado.

- Por quê?

- Se eu não tivesse errado, jamais poderia aprender a acertar as coisas.

- Mãe...

- Siga o seu coração. Tenho certeza que você vai fazer a escolha certa, e mesmo se não fizer, eu sempre estarei aqui por você. – Rita sorriu, abrindo a porta. – Até o Natal.

Mutano escondeu o rosto entre as mãos quando Rita fechou a porta. Tinha escutado mais conselhos em 5 dias do que em sua vida inteira. Infelizmente, continuava sem saber o que fazer.

Estava na mesma cama que dividira com Ravena enquanto ela ainda estava na Torre, mas parecia um pouco maior agora. A música deles no rádio já não parecia mais a mesma. Quando os outros Titãs falavam dela, ele ficava arruinado, destruído porque o coração dele se partia quando escutava o nome dela. Seu orgulho, seu ego, suas necessidades e o jeito egoísta, fizeram uma mulher boa e forte como Ravena, sair da vida dele. Agora, ele nunca conseguiria limpar a bagunça que tinha feito, e era assombrado por isso cada vez que fechava os olhos. Embora doesse, ele seria o primeiro a dizer que estava errado se tivesse chance. Sabia que estava atrasado para se desculpar pelos seus erros, e esperava verdadeiramente que Ross desse tudo que ele não tinha dado a Ravena. Esperava que ele comprasse flores, e dissesse que a amava.

Dia do casamento

- Ravena, você está pronta? – Emma perguntou, usando o nome verdadeiro da chefe. – Estamos atrasadas!

- Toda noiva se atrasa, Emma – Ravena revirou os olhos, passando a mão pelo vestido branco. A parte de cima era bordada com várias folhas; As mangas curtas deixavam seus ombros a mostra, começando um pouco abaixo deles; A saia era no estilo ‘princesa’ começando com poucos bordados em cima, e terminando toda bordada, formando folhas e redemoinhos. O cabelo dela estava preso num coque elegante, e uma pequena e fina tiara de brilhantes enfeitava sua cabeça. Ela estava usando um colar que tinha ganhado de Cyborg e Asa Noturna, no dia em que eles voltaram para Jump City, e a maquiagem realçava seus olhos roxos. – É obrigação dos convidados esperarem por mim.

- Normalmente, as noivas se atrasam por alguns minutos – Emma bufou, arrumando sua saia cinza, que ia até um pouco acima de seu umbigo. O cropped que ela usava também  era cinza, e todo bordado à mão, deixando uma parte de sua barriga a mostra. – Você está uma hora atrasada. Tem certeza de que eles têm obrigação de esperar?

- UMA HORA?! Por Azar! Cadê a Eleanor? Nós precisamos ir!

- Estou aqui – Eleanor entrou correndo no quarto, ajeitando o vestido curto que usava. Ele era em um tom de creme, com a parte de cima toda de renda, e saia de filó. Um grande laço em sua barriga “unia” as duas partes. – Como estou? – ela perguntou, rodando na frente de Ravena e Emma.

- Você está tão linda – Ravena suspirou, abraçando-a. Piscou algumas vezes para não chorar, e respirou fundo. – Parece até uma princesa.

- Obrigada. – a menina corou. – Eu amei esse vestido, mãe. É perfeito. E você também está linda. Por que você não conta que você é a Devonne? Você já não tem mais nada para esconder.

- Eu...

- Seu trabalho merece ser reconhecido, mãe. Você merece ser reconhecida.

- Eleanor, é complicado.

- Me promete que vai pensar na ideia?

- Eu prometo.

- Eu amo você. – Eleanor a abraçou.

Ravena sorriu e deu um demorado beijo na bochecha da filha.

- Odeio atrapalhar esse momento família, mas nós temos que ir! – Emma lembrou, olhando o relógio. 16h03. O casamento estava marcado para ás 15h. Ross devia estar quase morrendo de preocupação.

- Podem ir descendo – Ravena disse para as duas. – Me deem 5 minutos. Já vou descer. Prometo.

Emma puxou Eleanor pela mão, saindo apressada do quarto. O motorista já estava esperando, assim como todos os convidados que já estavam na igreja.

Ravena suspirou e se olhou no espelho. Tinha achado que o vestido não serviria por causa da gravidez, mas ele caíra feito uma luva em seu corpo. Ela ainda não tinha barriga, mas estava nervosa. Sabia que receberia comentários maldosos.

Pegou o celular e sorriu ao ver a mensagem de Estelar, dizendo que ela e os outros Titãs já estavam na igreja. Será que Mutano também estava lá? Ao pensar nisso, sentiu seu estômago revirando, e correu para o banheiro. Já não sabia se os vômitos eram resultado da gravidez ou do nervosismo que sentia.

Parou na frente do espelho mais uma vez, esfregando as mãos. Aquela não era a Ravena. Não. O vestido era chamativo demais para ela. Aquela era Rachel Roth. E Rachel Roth era quem ela seria pelo resto da vida. Tinha passado a semana inteira tentando evitar os pensamentos relacionados à Mutano, mas ao se ver vestida daquele jeito, não tinha como escapar. Era óbvio que pensaria nele porque queria se casar com ele.

Ela tinha um coração, e tinha uma alma. E ela usava os dois. Eles tinham feito um começo, ou um recomeço, dependendo do ponto de vista. Talvez tenha sido falso, e mal intencionado no início, mas ela não queria se sentir só. Fechou os olhos e imaginou Mutano ali, a beijando enquanto ela colocava as mãos nas bochechas dele. Tinham crescido bastante desde os “Jovens” Titãs. Ela o amava desde que tinham 15 ou 16 anos. Bem antes de pensarem do mesmo jeito, bem antes de terem noção de qualquer coisa. Ser amada, e estar apaixonada. Tudo que ela podia, e queria fazer, era dizer para ele que os braços dela foram feitos para abraçá-lo. Queria amá-lo até se sentir uma adolescente outra vez.

- Ravena – Emma a chamou. – Seus 5 minutos acabaram.

- Ah, tudo bem.

- Você tá legal?

- Sabe, Emma... Eu tenho orgulho de mim – Ravena disse, dando de ombros. – Conheci todo tipo de gente. Me permiti ser outra pessoa. Claro que fiz muitas escolhas erradas também, mas não fosse desse jeito, nunca teria aprendido a gostar de mim do jeito que sou.

- Eu também tenho muito orgulho de você, Ravena.

- Talvez o meu pai e o Scott não tenham sido o motivo principal, sabe? É claro que eles influenciaram a minha escolha, mas... Talvez eu só quisesse provar que podia fazer certas coisas, para poder olhar no espelho e ver alguém que valesse a pena.

- Ravena – Emma disse, séria. – Você os salvou. Você fez o que tinha que ser feito, e qualquer um no seu lugar teria feito o mesmo.

Ravena concordou com a cabeça e ajeitou o véu na cabeça.

- Você está pronta?

- Estou. Vamos logo, eu preciso me casar.

 

Mutano agradeceu mentalmente ao perceber que a Torre estava vazia. Todos já tinham ido para o casamento de Ravena, o que significava que ele teria paz e sossego pelos próximos dois dias, certo? Errado. Ele não conseguia parar de pensar nela, e nos momentos que tinham passado juntos.

Estava se apegando as memórias que se lembrava. Agora ele apreciava cada momento, grande ou pequeno. Agora que ela tinha ido embora, ele se apegava a todas as risadas que tinham dividido. Nunca se esqueceria do sorriso dela. Eles disseram “olá” milhões de vezes. A coisa mais difícil de se fazer era dizer “adeus”.

Precisava se decidir, ou iria atrás dela, ou não. Depois de tantos conselhos...

Rapidamente, pegou o celular e ligou para alguém. Por sorte, era uma pessoa esperta e disponível. Depois de alguns minutos que pareceram horas, Mutano sorriu ao ver seu contato de última hora aparecendo na janela da Torre.

- Você conseguiu?

- Senhor Logan, eu estou de castigo! – Damian o lembrou. – Mas, sim. Eu consegui. O meu pai está em Gotham, então foi fácil roubar o jatinho de novo.

- Você é impossível, Damian.

O menino riu, e deu de ombros.

- Então, o que o senhor quer fazer?

- É verdade que essa coisa viaja na velocidade da luz?

- É, mas...

- Ótimo. Precisamos estar em Nova York em, no máximo, 20 minutos – Mutano sorriu, olhando a hora. Estelar tinha mandado uma mensagem dizendo que o casamento estava mais atrasado que o normal, como se quisesse mostrar para o amigo que ainda dava tempo. – Vamos, Chewbacca! – ele brincou do jeito que fazia quando Damian era pequeno. – Nós temos uma missão!

- E eu suponho que é para salvar uma certa “princesa” – Damian piscou para ele. – O que nós estamos esperando?

 

Ravena segurou o buquê de rosas com mais força, e sentiu seu corpo gelando ao parar na porta da igreja. Escutou a Marcha Nupcial começando a tocar, e se amaldiçoou mentalmente por não ter escolhido a Marcha Imperial. Seria uma entrada muito mais bonita.

Os convidados se levantaram e ela deu o primeiro passo no tapete vermelho. Odiava ser o centro das atenções.

Viu os Titãs em pé nos bancos que ficavam mais perto do altar, e sorriu para eles. Eleanor mostrou a língua para ela, fazendo-a rir. Emma estava ao lado dela, com um sorriso no rosto. Contudo, Ravena sabia que ela estava destruída por dentro.

Ross ajeitou a gravata e sorriu quando a noiva parou na frente dele. Deu um demorado beijo na testa dela, e segurou sua mão.

- Estamos aqui hoje para celebrar a união de Rachel Elizabeth Roth e Ross Kendall Ford. – o padre disse, sorrindo para os dois. Ravena olhou para a porta da igreja, como se estivesse esperando por alguém. Mutano não estava lá, infelizmente.

Depois de alguns minutos, o padre finalmente chegou a parte mais esperada de um casamento.

- Ross Kendall Ford, você aceita Rachel Elizabeth Roth como sua legitima esposa, para amá-la e respeitá-la, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte os separe?

Ross olhou para onde Emma estava por alguns segundos, e a viu encarar as próprias mãos. Olhou para Ravena de novo, e deu um sorriso triste.

- Aceito. – ele respondeu, colocando a aliança dourada no dedo de Ravena.

- Rachel Elizabeth Roth, você aceita Ross Kendall Ford como seu legitimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte os separe?

- Eu... É... – Ravena olhou para onde os Titãs estavam. Todos estavam com o cenho franzido, esperando por uma resposta dela. Olhou para Emma e sentiu os olhos ficando marejados. Olhou para a porta da igreja, não vendo ninguém. – Eu...

- Você aceita ou não, senhora Roth? – o padre perguntou.

- Ravena... – Ross sussurrou, sem entender.

- Não. Eu não aceito. – Ravena disse, puxando a mão da dele. Os convidados soltaram um sonoro ‘oh’, e começaram a cochichar entre si. Ross arregalou os olhos, assustado. – Eu não posso fazer isso.

- Por que não? – Ross perguntou. Todos ficaram em silêncio. – Qual é o problema?

- Está errado. Eu era nova, abandonei quem mais me amou em toda a minha vida. Meus sonhos foram roubados de mim, Ross. E agora... Eu roubei os sonhos de outra pessoa. Eu amo você, Ross. Mas não desse jeito. Não para casar. Você não é meu. – Ravena estendeu a mão para Emma, e sorriu.

- Emma! – Ross exclamou. Emma saiu de perto dos Titãs, e andou até os noivos. Ravena segurou a mão dela, e pegou a mão de Ross, juntando as duas. Sorriram.

Ravena tirou a aliança, e a colocou na mão de Emma. Sorriu para os dois e começou a sair do altar.

- Espera – Ross disse. – Eu fiz uma promessa.

- Você já a cumpriu, Ross. – ela sorriu. – Você cuidou de mim, e me protegeu. Foi meu melhor amigo durante todos esses anos e eu só tenho que te agradecer.

Ross puxou Ravena para um abraço e sussurrou um obrigado no ouvido dela. Emma se juntou aos dois, agradecendo também. Eles estavam recebendo a benção de Ravena para ficarem juntos, e isso significava muito para eles.

 

Mutano desceu do jatinho, sendo seguido de perto por Damian.

Não era uma pessoa perfeita. Havia muitas coisas que ele não gostaria de ter feito, mas continuava aprendendo. Não queria ter feito todas aquelas coisas com Ravena. Então mesmo que não a conseguisse de volta, queria dizer que tinha encontrado uma razão para ele. Para mudar quem ele costumava ser. Uma razão para começar tudo de novo. E a razão era ela.

Sentia muito por ter a machucado. Era algo que ele teria que conviver diariamente. E toda a dor que tinha a causado, ele gostaria de poder levar embora. Gostaria de ser aquele que secaria as lágrimas dela.

A razão era Ravena.

- ESPERA! – Mutano gritou, entrando correndo na igreja. Ravena arregalou os olhos e saiu do abraço de Ross, olhando para trás. Mais uma vez, os convidados ficaram chocados. Eleanor abriu um enorme sorriso, assim como os Titãs. – ESPERA!

- Garfield? – Ravena arfou. – O que você está fazendo aqui? Como você chegou aqui?

- Oi, Ravena. – Damian a cumprimentou, saindo de trás de Mutano. – Você está linda. – ele disse antes de ir para perto dos Titãs.

- O que você está fazendo aqui, Garfield?

- Estou aqui por você – Mutano disse, aproximando-se dela. – Foi isso que você me pediu, não foi? Que eu lutasse por você? Estou fazendo isso.

- Já é tarde de...

- Me deixa falar, Ravena! Agora você vai me ouvir!

Ravena arregalou os olhos, e deu alguns passos para trás. Ele estava com o cabelo cheio de flocos de neve, e o sobretudo preto estava amarrotado. Tão lindo.

- Tenho tantas coisas para falar que não sei por onde começar – Mutano disse, nervoso. – Me desculpa. Desculpe por  ter dito que não a amava sabendo que eu a amava. E, principalmente, desculpe por ter desistido de nós... Quando você não desistiu. Há 13 anos, eu me apaixonei pela garota errada e fui para a cama com ela. Mas ela acabou sendo a certa...    

- Garfield...

- Eu morreria por você, Ravena. Faria a mesma coisa que você fez há 13 anos se fosse para te salvar. Eu amo você. Eu amo tanto você que isso está me matando!          

Ravena encarou as próprias mãos e suspirou. Ross abraçou Emma, e se juntou aos Titãs, deixando Ravena sozinha com Mutano no meio da igreja.

- Quando você disse que me odiava... Foi a pior coisa que eu ouvi em muito tempo. E olha que nos últimos anos eu escutei coisas horríveis. – Ravena disse com a voz embargada.

- Acho que nós dois sabemos que eu nunca te odiei. – Mutano disse. – Fingir não te amar foi a coisa mais difícil que já fiz.

- Por que não admitimos que levamos isso muito longe, Garfield? Eu sei que é amor porque eu sou sempre a primeira a inventar desculpas quando começo a sofrer. Mas eu estou sozinha agora, e tudo que eu quero é sentir tudo aquilo de novo.

Mutano se aproximou dela, se segurando para não fugir com ela nas costas.

- Não há ninguém como você. Eu... Eu tentei dizer adeus centenas de vezes – Ravena chorou. – Mas nenhuma delas foi verdadeira. Eu estou gritando “não quero você”, mas você sabe que eu quero. – ela continuou. – Minha guarda fica baixa com você por perto, e eu gosto muito mais de mim quando estou com você, mas eu não posso. Não quero me machucar mais.

- Rae... Eu prometo que nunca mais vou te machucar. Eu te amo!

- Você sabe que não pode me prometer isso.

Mutano sentiu as mãos trêmulas, e engoliu em seco ao perceber os olhares horrorizados dos convidados. Todos estavam olhando para ele, mas ele era o único que olhava para Ravena.

- Você se lembra de tudo que nós fizemos juntos quando éramos novos? – ele perguntou. – Nós éramos como um só, Rae! Além disso, na terceira semana que estávamos juntos, você disse “eu te amo” enquanto dormia. E não te contei porque queria ser o primeiro a dizê-lo. E você sabe que eu posso ser muito idiota às vezes. E eu fui idiota. Porque não vi que a melhor coisa que já aconteceu comigo está aqui, bem sob o meu nariz.

Ravena secou algumas lágrimas e esperou ele terminar de falar.

- E não importa onde você esteja Ravena. Ou Rachel. Não importa o que você esteja fazendo ou com quem esteja. Eu sempre, honestamente, verdadeiramente, completamente, vou amar você. – Mutano sorriu. – Eu cometeria os mesmos erros outra vez. Te amaria de novo mesmo sabendo que corro o risco de me machucar. Não mudaria nada se no final do dia, fosse o teu sorriso que eu veria.

- Você não sabe o que está falando.

- Sei sim. Nunca tive tanta certeza em toda a minha vida. Eu não quero nenhuma outra pessoa. Quero você. Você vêm sendo minha há muito tempo. Desde o primeiro toque... Desde o primeiro beijo. E você sabe disso.

- Eu só te trouxe problema, Garfield.

- Se para me livrar dos problemas eu tiver que me afastar de você, prefiro viver sem saber o que é ter paz.

- Você é louco. – Ravena riu.

- Não estou aqui para dizer que não posso viver sem você. Eu posso. Mas eu não quero. – Mutano deu de ombros. – Você viveu a sua vida, e eu vivi a minha. Agora chegou a hora de vivermos juntos.

- Seu mundo seria mais fácil se eu não voltasse.

- É verdade. Mas não seria o meu mundo sem você nele.

Ravena balançou a cabeça negativamente e arqueou uma sobrancelha. Podia sentir que ele estava falando a verdade.

- Desculpa ele, mãe! – Eleanor gritou.

- Eu juro que não pedi para ela fazer isso. – Mutano brincou.

Os convidados olharam ansiosos para os dois, esperando por uma resposta de Ravena.

- Por favor, Rae. Você não tem ideia de como fiquei perdido sem você. Eu me perdi no meio do caminho. Me perdi. Passei a ser outra pessoa. E só tem 5 dias que nos afastamos.

- Na verdade tem duas semanas.

- O quê?

- Tem duas semanas que você me mandou embora.

Mutano encarou as próprias mãos, sem graça. Concordou com a cabeça, e se virou para sair da igreja.

- Espera – Ravena pediu. – Por que você está fazendo isso? Você é Garfield Logan.

- Não sou Garfield Logan sem você.

Ravena assentiu e andou até ele em passos firmes. Passou os braços pelo pescoço dele, e o beijou, arrancando uma salva de palmas dos convidados.

- Me promete que nunca mais vai me abandonar?

- Nunca abandonei você completamente. – Ravena sussurrou contra a boca dele, antes de beijá-lo novamente.

Eles eram jovens quando se viram pela primeira vez. Tudo que eles queriam era admitir o quanto se amavam para ficarem juntos para sempre. Era uma história de amor, e eles só precisavam dizer “sim”.


Notas Finais


"Se para me livrar dos prolemas tiver que me afastar de você, prefiro viver sem saber o que é ter paz." é da fic Secretary, todos os créditos a autora.
"Você vêm sendo minha há muito tempo. Desde o primeiro toque... Desde o primeiro beijo." é da fic Bite Me.

Agora eu sou uma pessoa formada (AEEEEEEEEEEEEEEEEEOOOOOOOOO) e vou ter mais tempo pra começar uma história nova bem antes do que vocês imaginam <3
Me contem, vocês gostam de universo alternativo (eu tenho uma certa antipatia dependendo do contexto), ou preferem histórias com eles heróis e etc? Me respondam porque preciso muito saber pra história nova! (se vocês quiserem mais histórias, é claro)

Comentem :)


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