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História For the love of my family - Capítulo 35


Escrita por: Believe8

Capítulo 37 - Capítulo 35


“Paulo, onde nós estamos?” Perguntou Marcelina, curiosa.

“No consultório do doutor Angelo Samuel Rezende, um neurologista. É ele quem vai conduzir toda a pesquisa sobre a nossa doença no futuro.” Explicou o rapaz.

“Como você sabe disso?”

Ele entregou os papéis para a irmã, que arregalou os olhos. Ela leu a carta dele mesmo no futuro, e depois viu todos os exames em sua mão.

“Nós não devíamos contar para o Mário e a Ali?” Questionou a baixinha.

“Assim que nós conversarmos com ele e fazermos ele acreditar na gente. Afinal, não vai ser fácil fazer ele acreditar nisso de viagem no tempo, né?” A garota concordou e os dois entraram no prédio.

Angelo era um médico jovem, perto dos 35 anos. Os dois irmãos estavam acanhados e explicaram a história vendo que ele estava incrédulo, na certa pensando se tratar de um trote. Porém, ao passarem os exames para ele, os olhos do doutor brilharam.

“Onde vocês conseguiram isso?”

“É como nós dissemos, doutor Rezende... Eles vieram do futuro.” Garantiu o rapaz, sério.

“Existem exames aqui que eu sequer conheço, rapaz... Não devem nem ter sido inventados, se formos pela sua teoria... Eu não sei o que fazer com isso.” Suspirou o médico.

“Tem uma carta para o senhor. Está lacrada, eu não abri.” Avisou Paulo, puxando o envelope do meio dos papéis.

“É a minha letra.” Observou Angelo, rasgando o envelope depressa. “É... É uma carta minha. Para mim mesmo.”

“Eu entendo essa surpresa.” Paulo riu.

Se passou algum tempo, no qual os irmãos Guerra permaneceram sérios e impassíveis, escondendo a ansiedade ao ver o médico lendo a carta e remexendo os exames. Por fim, o homem deixou os papéis sobre a mesa e sorriu.

“Eu não sei o que está acontecendo aqui, mas vou acreditar que é verdade. Mas vou acreditar no que quer que esteja acontecendo aqui, e nós vamos buscar uma solução para isso. Eu tenho todos esses exames e as orientações do meu eu futuro, mas teremos muito o que fazer.” Explicou Angelo. “Eu já vi casos assim, mas não era uma doença ainda conhecida. Agora, passara a ser. Eu tenho muitas informações agora, alguns pacientes com esses sintomas, e vocês dois.”

“Nós ainda não temos sintomas, doutor.” Lembrou a baixinha.

“Eu sei, srta. Guerra, e isso que é bom. Se fizermos os exames agora e compararmos com esses do futuro, de quando vocês já estavam doentes, teremos uma visão ainda mais ampla da doença. E de como chegarmos a cura dela aqui, nesse tempo.”

“E quanto tempo isso vai demorar, doutor Rezende?” Perguntou um ansioso Paulo.

“Mesmo com tudo isso, alguns anos, rapaz.” Os dois murcharam. “Calma, rapaz, não serão vinte anos.”

“Doutor, no futuro, meu filho nasceu com autismo. Isso tem alguma ligação com a doença? Será que, se a curarmos antes, ele pode nascer sem essa condição?” O jovem externou sua inquietação.

“Sr. Guerra, até hoje não se chegou a origem ou motivo do autismo. Mas acho difícil sem algo influenciado por essa condição genética.”

“Mas no futuro, o senhor me disse que ele era o mais suscetível dos meus filhos a ter a doença, por conta da condição de autista.”

“Sim, a condição de autista o deixa suscetível a muita coisa. Mas isso não quer dizer que ela foi causada por um ou outro fator específico.” Angelo sorriu para os jovens. “Bom, não temos os mesmos equipamentos e nem a infraestrutura do futuro... Mas vocês topam passar por uma bateria de exames?”

~*~

“Eu não consigo acreditar.” Suspirou Valéria, admirando a máquina montada. “Nós conseguimos! Nós terminamos a máquina do tempo.”

“Terminamos.” Marcos estava eufórico. “E em dois meses!”

“A ligação de energia está estável?” Questionou Pietro, recebendo um aceno afirmativo de Daniel.

“Temos vários geradores potentes, que vão fazer a máquina suportar a corrente elétrica, e a rede elétrica da cidade suportar o que vai acontecer... Sem explodir, pelo menos.” Explicou o Zapata, orgulhoso.

“E quando vamos ligar a máquina? Ela precisa de um tempo para estabilizar, não é? Antes de nós entrarmos nela, pelo menos.” Lembrou Eric.

“Vamos esperar mais dois dias, para passar o aniversário da Ella. Ela está ansiosa por estar comigo, a Margarida e o Nicholas, então vamos esperar.” Explicou Jorge, sorrindo. “Agora que está perto de vocês partirem, dá até um aperto no peito.”

“Nem me fale.” Mário abraçou os dois filhos, fungando.

“Relaxa, gente... Daqui oito anos vamos chegar para infernizar vocês até dizer chega. Vão matar completamente a saudade, até enjoar se bobear!” Riu Mili, abraçada com o pai.

“Você fez um ótimo trabalho, Jaime.” Davi elogiou o amigo, que parecia com a mente longe. “Jaime?”

“Hã? O que foi?” O rapaz ergueu os olhos, que estavam fundos.

“O Davi disse que você fez um bom trabalho com a parte mecânica da máquina, cara...” Repetiu Cirilo, preocupado.

“Ah, valeu.” O Palilo deu um sorriso amarelo. “Bom, gente, eu to indo... Tenho que ajudar meu pai com umas coisas.”

Ele saiu depressa, deixando todos confusos.

“Mas ele não disse que os pais dele estavam viajando?” Perguntou Koki, confuso.

“Bom, eu vou pegar meu rumo também.” Avisou Alicia. “A Ella e a Alice estão sozinhas com o Paulinho.”

“Eu vou com você, amiga.” Margarida levantou. “Agora que está chegando nos três meses, a Ella está enjoada para caramba. Quero ver se ela está bem.”

As duas se despediram dos amigos e saíram do QG, deixando que eles cuidassem dos últimos pequenos detalhes. Foram em silêncio por um tempo, antes da Garcia começar a falar.

“O Jaime e a Alice estão apaixonados, não estão?”

“Ela não admite, mas eu tenho certeza. Eles pararam de brigar do nada, estão sempre se encarando e somem ao mesmo tempo. E nos últimos dias, conforme a máquina foi sendo finalizada, os dois começaram a se deprimir.” A morena disse, cansada. “E eu não sei o que fazer.”

“Você acha que rolou alguma coisa?”

“Beijos, talvez. A Alice tem alguma história mal resolvida no futuro, ela nunca quis me falar sobre, mas já ouvi ela e o Pietro falando por cima. Eu só sei que ela tem medo de dar um passo a mais.”

“Você acha que alguém machucou a Alice?”

“Prefiro pensar que não, ou eu mataria a pessoa.” Suspirou a morena. Chegaram na casa dela e pararam no portão. “Você se importa de ir embora com a Ella? Eu quero conversar com a Alice.”

“Claro que não, amiga. Eu vou rapidinho.” Prometeu Margarida.

Dito e feito. Ela logo partiu com a filha, reclamando dos fortes enjoos. Alicia ocupou o filho caçula com o quebra-cabeça (já era o terceiro que ele começava a montar no passado) e chamou a filha para ajudá-la com o jantar.

“A máquina está pronta.” Disse casualmente, vendo a menina baixar os ombros.

“Que bom, não é?” Sorriu a Guerra. “Eu vou poder rever vocês no tempo certo.”

“Mas vai ter que deixar o Jaime para trás.” Ao ouvir aquilo, Alice começou a chorar. “Você achou mesmo que eu não ia perceber, filha? Eu sou sua mãe, te conheço.”

“Você sabe que é estranho ouvir isso, não é? Considerando que você é mais nova do que eu.” A jovem tentou brincar, mas a mãe a segurou.

“Alice, o que está acontecendo entre vocês dois?” Perguntou a morena, séria.

“Nós estamos namorando... Desde o casamento de vocês.” Ela contou, deixando Alicia surpresa. “Mas não rolou nada demais, mãe.”

“E por que você não contou nada?”

“Você conhece seu futuro marido, também conhecido por meu pai?” As duas riram sem humor. “Ele mataria o Jaime, sem dúvidas.”

“Não duvido. Mas, Alice... Não rolou nada demais com o Jaime porque você não quis, ou por algum outro motivo?” Questionou a mãe. “Talvez um tal de Caíque?”

“Co-como você sabe disso, mãe?”

“Eu ouvi você e o Pietro conversando algumas vezes.” Explicou a mulher, séria. “Alice, quem é esse rapaz? O que ele fez para você, filha?”

“Eu nunca consegui gostar de ninguém, mãe, que nem o Pietro. Quer dizer, ele tem a Ella, mas a história deles é de uma vida inteira. Só que depois que o papai foi embora, eu não conseguia deixar nenhum homem se aproximar. E então, quando eu tinha quinze anos, eu conheci o Caíque. Ele era um ano mais velho que eu, estudava na Mundial também, e ele começou a fazer de tudo para me conquistar. E conseguiu.” Contou a garota, os olhos enchendo de lágrimas. “Nós ficamos juntos por um ano, quando ele começou a ficar mais quente.”

“Ele tentou te forçar a algo?”

“Não, não... Eu queria, sabe? Você entende como é, não é? Esse fogo, o desejo... Quando eu fui falar com você, você surtou. Disse que eu não tinha idade para isso, sequer conhecia o Caíque direito. Afinal, apesar de termos ficado juntos por vários meses, ele nunca me apresentou a família dele e nem nada assim.” Relembrou Alice. “Eu fiquei revoltada e o Pietro resolveu então fazer seu papel de homem da casa e foi conversar com o Caíque. Chamou ele para almoçar em casa e te conhecer, mas ele ficava fugindo, agindo estranho. O Pietro ficou invocado e começou a fuçar. Ele descobriu através de uma peguete que eu era uma aposta.”

“Uma... Aposta?” Se horrorizou Alicia.

“É... A Guerra durona, que ninguém conseguia se aproximar. O Caíque tinha apostado com os amigos que conseguia chegar, não só ao meu coração, mas às minhas calças também. Por sorte eu descobri tudo antes de dar um passo a mais, você e o Pietro deram uma surra no Caíque, o tio Mário também. Depois disso eu não me envolvi mais com menino nenhum, e jurei que não iria me apaixonar nunca mais.”

“Até conhecer o Jaime.” Deduziu a mãe, sorrindo. Alice confirmou, chateada. “Os pais do Jaime não estão em casa, sabia?”

“Mãe!” Alice corou. “O que você está insinuando?”

“Que, se eu estivesse no seu lugar, eu iria querer passar pelo menos uma noite com o seu pai antes de termos que nos separar para sempre.” Explicou a Gusman, sorrindo bondosa.

“Isso é loucura.”

“E o que na nossa vida não é, filha?” A mãe segurou o rosto da jovem, sorrindo. “Sabe a principal coisa que vocês nos ensinaram, Alice? Viver intensamente, sem arrependimentos. Se você for embora sem viver isso, vai se arrepender para sempre!”

~*~

Jaime estava deitado no sofá, encarando a TV. Estava chorando havia muito tempo, seu coração já apertado pela despedida que iria vir em breve.

Pensava no futuro, no que ele aguardava para os dois. Ele seria 25 anos mais velho que Alice, jamais poderiam ficar juntos, nem em pensamento. E ele nunca havia sentido por ninguém o que sentia pela filha do Guerra.

“Que merda, que merda, que merda.” Gritou irritado, socando a parede. “Por que, Deus? Por quê? Quando eu encontro a mulher da minha vida, a pessoa que desperta os melhores sentimentos em mim, tem que ser assim? De outro tempo, mais nova, intocável? Eu amo a Alice, será que não podemos ficar juntos?”

“Podemos.” Ele virou, vendo que a garota estava na sua porta. “Desculpa, estava aberta.”

“Você ouviu tudo?” Ela confirmou, se aproximando.

“Eu sinto a mesma coisa, Jaime. Eu te amo de um jeito que nunca amei ninguém, e to sofrendo com a ideia de nos separarmos.”

“Mas não tem jeito, não é?” Ele a abraçou pela cintura, secando as lágrimas que caiam dos olhos de jabuticaba da garota.

“Nosso futuro é separado, amor... Mas o presente não.” Ele a encarou, curioso. “Você alguma vez sonhou em dormir com uma garota mais velha?”

“Alice... Seu pai vai matar a gente.”

“O que os olhos não veem, o coração no sente. No caso, o meu sente quando eles fazem isso, mas eles não vão sentir quando nós fizermos.” Ela o segurou pela mão, caminhando para o quarto. “Esquece o depois, Jai... Vamos viver esse momento agora.”


Notas Finais


EEEEEEEEEEEEITA CARAI, A MÁQUINA ESTÁ PRONTA! O QUE SERÁ QUE VAI ACONTECER AGORA, CHEEEESUS!
Lembrem que comentários me motivam a ir mais rápido, e acho que todos estão ansiosos para o próximo, hã? Afinal, vamos ligar a máquina do tempo! E o bicho vai pegaaar!
Mandem perguntas no ask, quem sabe não rola um spoiler! http://ask.fm/WPKiria
E logo tem a decisão da Marcelina! HAHAHAH
Beeeijos ;*


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