História Forbidden Desires - Irmão

{No Capítulo Anterior}

Saímos de lá e fomos para casa o mais rápido que conseguimos, trancamos todas as portas e janelas que haviam na casa, fomos para o quarto do Rafael e deitamos abraçados, ele chorava, soluçava muito em meu colo enquanto eu tentava acalma-lo.
Aquele seria Brad mesmo? Se fosse... O que iria acontecer?
 
{Rafael}

Algum tempo passou desde que voltamos para casa, Lizzie estava dormindo no meu colo pois já era de noite, mas mesmo assim eu não conseguia fechar meus olhos para dormir um segundo, era como se um pressentimento ruim estivesse rondando do meu lado, uma coisa que não conseguiria explicar tão bem com palavras, todo o tempo que passei ao lado do Brad me fez pensar muito, ele era um amigo que nunca iria me perdoar se deixasse ir embora tão fácil, um amigo de ouro realmente.

Alguns minutos mais se passaram e Lizzie continuava dormindo, resolvi sair devagar sem acorda-la, quando cheguei a porta e a abri, Brad apareceu logo dando de cara comigo, fazendo com que nossas cabeças se chocassem com a batida, fazendo nós dois cairmos no chão
- Brad?! Você tá bem?!?! - Me levantei o ajudando a levantar logo em seguida 
- Tô sim, mas meu irmão não tá
- DESDE QUANDO VOCÊ TEM UM IRMÃO?!?!???
- Desde que minha mãe pariu ele, posso entrar?
- Entra, mas... O que aconteceu?
- Meu irmão foi sequestrado no mercado, um tempo atrás, me ligaram pedindo resgate, minha mãe tá dormindo, meu pai não tá em casa e eu não sei o que fazer Rafa.
Agora, pensando bem no que Brad disse, talvez ele tivesse mencionado uma vez que tinha um irmão, mas eu quase nunca presto atenção nas coisas para me lembrar tão bem.

{Anos Atrás}

Estava esperando Brad fazia um bom tempo, ele disse que chegaria mais cedo que eu para esperar a namorada que viria falar com ele, eu até tinha visto ela e falado com ela um tempo atrás, mas ela desistiu de ver Brad pela demora. Mais um tempo se passou e ele não havia chego ainda, liguei várias vezes (umas duas vezes no máximo) mas ele não atendeu nenhuma. Paro em um muro alto da praça qual tinha-mos marcado de nos encontrar até que vejo Brad vindo pela calçada
- BRADDDDD!
- Oiii viado, desculpa o atraso, minha mãe tava me irritando falando que meu irmão vai vir hoje à tarde me ver, coisa rápida sabe? Ele quase nunca vem pra casa, e quando vem não fic... Rafael? Tá prestando atenção?
- Cara, olha aquela tia ali, ela é feia pra cacete
- Eee Rafael - Brad sorriu e passou o braço pelo meu pescoço, saímos andando em seguida em direção da entrada da praça.

{Atualmente}

{Rafael}

- Você tem ideia de alguém que tenha feito isso, sei lá, algum "inimigo" do seu irmão? 
- Eu acho que tenha sido algum amigo da sua ex, vários amigos dela conheceram meu irmão de uma forma mais... íntima
- Seu irmão é...?
- Sim, ele é. - Brad sorri de canto e volta a falar - Não acho que seja um problema tão grande, mas pode acabar acontecendo algo com ele, e pode ser grave se for o que eu tô pensando
- O que você tá pensando?
- Alguns anos atrás, meu irmão tinha vindo me visitar aqui na cidade, ele passou cerca de um mês e meio comigo, foi uma das visitas mais longas dele, nesse meio tempo que ele esteve aqui, ele disse que conheceu um cara muito gentil que conversou com ele e fez ele pensar em novos horizontes, seja lá o que ele quis dizer com isso
- Como assim?
- Bom, depois que ele falou com esse cara, parece que ele ficou mais gay que o normal - Ele deu uma risadinha leve e voltou a falar - ele estava estranho, parecia mais feliz que o normal. Passou duas semanas desde que ele tinha conhecido esse cara, e ele se declarou pra ele no penúltimo dia que ele ficou aqui, só que o cara rejeitou ele e falou várias coisas muito más pra ele, chamou ele de bixinha e tudo mais, depois ele comprou uma passagem o mais cedo que deu e voltou pra casa dele
- Nossa Brad, ele deve ter ficado com o coração partido mesmo pra fazer isso
- E ficou cara, só que ele voltou pra cidade, e eu só soube disso quando já era tarde, agora não sei o que fazer.
- O que eles disseram quando ligaram pra você?
- Que estavam com a "bixa" do meu irmão e que matariam ele se não fosse encontrar com eles sexta-feira, no parque, com o máximo de dinheiro que conseguisse. - Brad me encarou por um tempo e logo depois voltou a encarar o chão.

Brad estava com um olhar triste, mas ao mesmo tempo parecia calmo. De todas as pessoas que ele perdeu até agora, tudo que ele superou, ele provavelmente estava fazendo o que sempre faz, se fazer de forte e guardar tudo para ele, colocar um sorriso no rosto e fingir que está tudo bem, mas na verdade está à ponto de explodir por dentro, a única coisa que pude fazer foi abraça-lo e tentar confortá-lo, mas acho que a dor que ele sente não vou conseguir arrumar tão fácil assim.