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  3. Constant Pain

História Forbidden Love - Season 3 - Lonsing my mind - Constant Pain


Escrita por: JeMikaelson

Notas do Autor


Eu sei, eu sei... Mais de 9.000 palavras é muito... Sou louca msm galera, desculpa... Eu tava bem inspirada...Sem mais delongas... Eu só não quero que vocês me odeiem por... Quer saber, sem spoiler...
Boa leitura e obrigada pelos favoritos (não só nessa, mas nas outras duas temporadas) e pelos comentários... Faz um tempo que eu queria agradecer por todos os comentários e favoritos...
Boa leitura!!!!
:*

Capítulo 30 - Constant Pain


 

POV-LAVÍNIA

A missão agora era encontrar Hope e parar o surto dela. Eu era o soldado escolhido para essa missão e não fazia ideia de como tira-la do surto sem dar uma surra em Hope. Agora não era apenas Hope. Era ela e mais duas coisinhas.

Freya estava com um mapa de New York para encontra-la. Eu estava atrás da mesa com ela para ajudar com a parte negra de Abaddon.

Kol estava tenso, ao lado de Harold que, de vez em quando, olhava para Freya, que estava ocupada com o mapa.

Kol também havia percebido que Harold estava mais interessado em Freya do que em acalma-lo. Kol olhou para mim e riu. Isso significava uma coisa: a missão fazer frerold acontecer estava de volta.

– Se incline mais um pouco. – Cochichei para Freya.

– O quê? – Ela pergunta.

– Só faz o que eu estou falando. – Ordenei. Sem pestanejar, Freya me obedeceu e se inclinou um pouco mais para frente, deixando seu decote mais a vista para Harold. – Morda o canto do lábio inferior. – Mais uma vez, Freya obedeceu.

Harold atravessou o escritório quase correndo.

– Hey garotas. – Ele disse olhando para Freya. – Querem ajuda? Sou ótimo em mapas.

Cobri a boca para ele não perceber que eu estava rindo.

Passei para o lado de Harold.

– É claro que é. E melhor ainda com decotes. – Cochichei.

– Não enche. – Ele disse rindo.

Deixei os dois trabalhando juntos e me afastei ainda os observando.

– Se o seu irmão machucar a minha irmã eu vou mata-lo. – Klaus aparece atrás de mim e cochicha em meu ouvido.

– Relaxa. Ele foi bem adestrado e não vai quebrar o coração de uma boa moça. – Garanti ainda os observando. – E cá entre nós, é bem mais provável que Freya quebre o coração dele primeiro.

– Sinto em concordar com você. – Klaus disse passando seus braços pela minha cintura e me abraçando por trás. Ele depositava beijos em meu ombro por cima do tecido da minha roupa.

– Eu odeio essa parte de amar. A busca pela pessoa certa. É a parte mais dolorida. – Falei. – Mas afinal, quando você acha a pessoa certa pode não machucar mais. – Falei virando o meu olhar para ele.

– Essa é a melhor parte de amar? – Ele pergunta.

– A melhor de todas. – Sorri e dei-lhe um selinho.

Marcel entra desesperado no escritório.

– Scott está na cidade. – Marcel disse. Olhei para Klaus, sem entender muito bem. – Ele matou treze dos nossos e segundo as bruxas ele está a caminho do galpão onde a seita estava.

– Ele vai ficar furioso quando vir todos eles mortos. – Kol disse.

Não pude conter meu sorriso com a notícia.

– E desde quando temos medo dele? – Falei baixo o suficiente para que só eu mesma e, talvez Klaus pudesse ouvir. Ele ouviu e riu do meu comentário.

– Acho que a perda não vai afetar apenas Abaddon no final das contas. – Hayley disse.

– Não falem como se ele não merecesse. – Falei dessa vez para que todos escutassem. – Isso faz com que eu me sinta culpada. – Todos me encararam por alguns segundos. – Tudo bem, isso não muda nada pra mim. – Falei rindo. Fui até a cadeira e me sentei, colocando meus pés sobre a mesa.

– Isso é realmente bem divertido, mas o que Scott vai fazer em seguida não vai ser divertido para nós. – Rebekah diz.

– Ah, você, Kol, Elijah e Klaus mataram um seita inteira. Qual seria a diferença em matar apenas Scott? – Perguntei.

Rebekah não pareceu se acalmar.

– Melhor nos concentrarmos na Hope. – Elijah disse para abafar o caso.

Finalmente entendi o que estava acontecendo. Nunca imaginei que aquilo aconteceria.

– Não. – Falei balançando minha cabeça para mostrar minha decepção. – Isso não pode estar acontecendo. – Me levantei. – Passei um tempo longe e vocês começaram a ter medo de Scott? Isso é sério?

– Devido a tudo o que ele fez... – Hayley disse.

– Não muda nada. – Completei. – Vocês esqueceram mesmo quem é que manda nessa droga toda? – Perguntei. Todos ficaram em silêncio. Fui até a sacada e abri as portas. – Essa cidade, isso tudo... Somos nós que controlamos tudo. Somos os ventríloquos dessa cidade e do que quisermos. Não tem Scott, Abaddon ou seita que vai mudar isso. – Todos me encaravam. – Cada pessoa que conheciam demônios antes de nós diz o quanto eles são invencíveis, mas nós estamos os vencendo aos poucos. Nós estamos provando que os únicos invencíveis aqui somos nós. Eu não sei quanto tempo vou ficar longe de vocês da próxima vez, mas eu sei que da próxima vez que eu os ver depois de um bom tempo eu não quero ninguém com medo aqui. Medo é para os fracos e nós somos fortes. Fui clara? – Eles continuaram em silêncio. – Eu perguntei se fui clara?

– Sim. – Todos responderam em coro.

– Ótimo. – Olhei para Marcel. – Reponha os treze. Nada de luto. Teremos muito tempo pra ficar de luto depois que acabarmos com os nossos problemas e com os nossos inimigos.

Marcel fez que sim com a cabeça e voltou para trás. Todos voltaram a conversar e eu voltei a cadeira, com os pés no espaço da mesa onde Freya não estava usando.

Klaus me olhava com um sorriso de orelha a orelha.

– O que foi? – Perguntei.

– Nada. – Ele respondeu ainda sorridente. – Só gostei de ver que a minha garota voltou com tudo.

– Sou a rainha lembra? – Perguntei. – Preciso agir como tal. – Pisquei para ele.

Klaus fez uma reverência.

– Com certeza. – Ele diz.

– Encontrei! – Freya disse. – Eu encontrei a Hope!

Kol se levantou na hora e foi até a mesa.

– Onde ela está? – Kol pergunta.

– Em New York, como imaginamos. – Freya responde. – Ela está exatamente aqui. – Freya pega uma caneta vermelha e risca o lugar. Tirei meus pés da mesa e me inclinei para frente para onde ela havia riscado.

– O-ou. – Falei. Olhei para Kol que me encarava com a mesma expressão.

– O que foi? – Harold pergunta.

– A loira precisa escolher os lugares mais complicados de se chegar? – Kol pergunta.

– O que tem nesse lugar? – Klaus pergunta.

– Basicamente um lugar cheio de pessoas que nos odeiam. – Falei. – É quase um clubinho dos nossos inimigos.

– Com “nossos inimigos” você quer dizer os seus inimigos e do Kol, né? – Hayley pergunta.

– Boa parte é. – Falei. – Posso ser incrivelmente cativante, mas tenho muitos inimigos.

– São literalmente nossos inimigos. – Kol responde. – Eu e Lavínia fizemos uma pesquisa quando estávamos em New York e descobrimos que é um ponto bem visitado por todos que nos odeiam.

– Faz sentido Hope estar lá. É um lugar tão bem escondido que nunca encontramos. Só sabíamos que ficavam por essas ruas. – Falei. – Mas se tivermos sorte esse lugar já não é mais a mesma coisa. Afinal, faz mais de um século.

– Por que New York? – Elijah pergunta.

– É uma das cidades mais visitadas e famosas. O ultimo lugar para onde iriamos quando nosso pai ainda nos caçava. – Kol explica. – Sempre evitamos lugares badalados.

– E nossos inimigos nos evitam por estarem em desvantagem. – Klaus diz.

– Exatamente. Lá eles podem unir forçar e vir atrás de vocês. – Falei.

– E por que seus inimigos estão lá? – Hayley pergunta. – São apenas os Mikaelson, certo?

– Os Mikaelson são meio que celebridades no mundo sobrenatural. Eu sou uma mini celebridade, assim como Katherine. – Falei. – As notícias correm e já não é novidade que eu engravidei de Klaus e agora sou meio que um patrimônio dos Mikaelson. Eles querendo atingir os Mikaelson tentariam me atingir, mas precisariam de ajuda considerando que estão falando de Lavínia Black.

– Nada melhor do que unir forças com os inimigos dela. – Klaus completa. – Afinal, eles não pediriam nada em troca já que estariam se vingando de Lavínia.

– Vai ser uma missão suicida. – Harold disse.

– Mas nós precisamos tirar Hope de lá. – Kol disse.

– Entrar no perímetro do inimigo é muito arriscado. – Freya disse. – É mais fácil acharmos outra forma de salvar Hope do que ir lá e encarar cada um deles.

Eu e Klaus nos entreolhamos.

– Não! Acha que ela vai estar lá? – Perguntei.

– Com certeza. Fizemos da vida da pobre coitada um inferno. – Klaus diz.

– Fazemos isso com a vida de todos. – Falei.

– Tudo bem, do que os psicopatas estão falando? – Hayley pergunta.

– Uma velha amiga. – Respondi. – Ela estava por perto quando eu e Klaus nos encontramos em 1920.

– Ah, eu também estava lá. – Kol disse. – Não me lembro de ninguém em especial que vocês infernizaram.

– Isso porque infernizamos muita gente. – Klaus disse. – Você pode ter se esquecido irmão, mas ela não.

– Então está decidido. Vamos buscar Hope e eu e Klaus podemos dar um oizinho para a nossa amiguinha. – Falei por fim.

– Não! – Elijah discorda. – É muito perigoso. Não podemos provoca-los. O máximo que vocês podem fazer é procurar por Hope, mas nada de provocação. Sequer deixe que eles os vejam.

– Isso não seria divertido. – Falei.

– Nem um pouco. – Klaus concorda.

– Não é pra ser divertido. É pra ser um resgate. Sejam responsáveis. Pelo bem da Hope. – Freya pede.

– Tudo bem. – Klaus concorda.

– Certo. – Concordei também. – Pela Hope. Mas eu quero deixar claro que eu acabaria com cada um deles se eu pudesse.

– Acredite, ninguém duvida disso. – Hayley disse. – Vamos?

– Onde? – Klaus pergunta.

– Buscar Hope. Está perto de amanhecer. – Hayley disse.

– Hayley, você não vai. – Elijah diz.

– Elijah, você não pode me obrigar. – Hayley disse.

– Você não vai sem mim. – Elijah diz.

– Galera, galera... – Parei a briga. – Todos podem ir tá legal. Vamos precisar de ajuda para achar Hope. Mas como a Hayley disse, está perto de amanhecer. Seria bom se o casal decidisse rápido.

(...)

Hayley e Elijah concordaram que seria bom, os dois irem. Freya também quis ir, assim como Harold. Rebekah optou por ficar cuidando de tudo em New Orleans com Marcel.

Harold foi em seu carro com Freya. Elijah e Kol iriam no carro de Klaus. Hayley iria comigo no meu carro.

– Acha que eu também tenho inimigos lá? – Hayley pergunta quando já estávamos no caminho de New York.

– Você eu não sei, mas certamente eu tenho. – Falei. – Quer dizer, pelo menos uma das esposas dos irmãos Mikaelson deveria ter inimigos.

– Não sou esposa de nenhum dos irmãos Mikaelson. – Hayley disse.

– Ainda não. – Falei. – Mas quem sabe as coisas mudem.

– O que poderia mudar as coisas? – Hayley pergunta.

– Eu não sei. Belos olhos azuis extremamente cativantes poderiam convencer Elijah de que você e ele nasceram para ficar juntos. – Falei.

– Eu te odeio. – Ela disse dando-me um leve empurram no ombro.

– Nós duas sabemos que isso não é verdade. – Falei.

– Infelizmente não. – Hayley admite. – Estou feliz que está de volta.

– Também estou feliz que estou de volta. – Falei.

– Você fez muita falta. Não só para Klaus, mas pra todos. Eu nunca pensei que sentiria tanto a sua falta. – Hayley diz.

– É claro que você sentiria minha falta. Eu sou tão incrível. Você sentiria falta da minha bela imagem fazendo coisas incríveis! – Falei.

– Senti falta até desse seu jeito egocêntrico! Sabe, sempre se achando a melhor de todas. – Ela disse.

– Eu não preciso me achar, eu sou a melhor de todas. – Falei.

– Exatamente assim. – Hayley disse. Nós rimos.

(...)

Chegamos em New York antes do amanhecer. Só precisaríamos achar Hope antes que ela tivesse um surto.

– Faz um tempo que não venho aqui. – Hayley disse descendo do carro.

– Me lembro de ter quebrado seu pescoço a ultima vez que eu estive aqui. – Falei.

– Por que isso não me impressiona? – Hayley pergunta.

Meu celular começa a tocar.

– Alô? – Atendi sem olhar na tela quem era.

– Lavínia? Então é verdade. Você voltou. – A voz de Kate disse aliviada. – Está sozinha?

– Não. – Falei olhando para Hayley. – Por quê?

– Tente se afastar um pouco. Eu preciso te contar uma coisa. – Kate pediu.

Sem entender, entrei novamente no carro e liguei o rádio.

– Pode falar agora. – Falei.

– Os bebês são bruxos negros também. – Kate disse.

– Você também sabe? – Perguntei. – Quem mais sabe da gravidez da Hope?

– De pessoas confiáveis? Só eu e você. – Kate responde. – Os bebês já tiveram um surto uma vez e foi desastroso. Você precisa parar o surto não só da Hope, mas o dos bebês.

– E como eu faço isso sem ter que bater nela até deixa-la inconsciente? – Perguntei.

– Talvez eu possa ajudar. – Olhei para o lado e Nataly estava lá.

– Ela está certa. – Kate disse. – Sua mãe também sabe. E é importante que ninguém saiba até que Hope esteja pronta para contar.

– Certo. – Tenho que desligar. – Desliguei o celular e olhei para Nataly. – E então? Me diga o que fazer.

– Você precisa provar o quão cativante é. Precisa atingir o lado humano dos bebês. – Nataly disse.

– Como posso fazer isso? – Perguntei.

– Os bebês sentem tudo através do toque. Kol parou o surto deles ao encostar acidentalmente na barriga de Hope. – Nataly explica. – Precisa mostrar a eles que você tem boas intenções. Precisa cativa-los com o seu toque.

– E quanto a Hope? – Perguntei.

– Talvez atingir a parte humana dela seja mais difícil. Acho que deixa-la inconsciente é a forma mais eficaz. – Nataly disse. – Ela vai estar mais forte. Mais sombria. Vai tentar te atingir com feitiços, golpes e principalmente com palavras. Mas você não pode se deixar abalar.

– Eu não vou. – Falei. – Mas se eu espanca-la até deixa-la inconsciente isso pode atingir os bebês, não é?

– Provavelmente. – Nataly disse. – Mas atingir a parte humana é difícil.

– Mas não impossível. – Completei. – Eu vou tentar até o ultimo segundo. Se não funcionar...

Desci do carro novamente.

– O que estava fazendo lá dentro? – Hayley pergunta.

– Pensando. – Falei. – Vamos encontrar os outros.

Andamos um pouco pelas ruas vazias de New York. Na verdade apenas aquela área era vazia. Não era muito conhecida como ponto turístico. Longe de tudo que possa entreter um turista. Por isso nossos inimigos escolheram aquela área. Por mais que eu e Kol conhecêssemos praticamente tudo em New York, não nos interessávamos pelas partes “sem graça” da cidade. Ficamos com a parte badalada.

Encontramos os outros vindo na nossa direção.

– Por que demoraram tanto? – Klaus perguntou ao se aproximar de nós.

– Precisei de um tempo para pensar no que eu vou fazer para parar o surto da Hope. – Falei. – Vai se um pouco mais complicado já que ela vai estar mais forte. – E porque ela estava gravida, completei mentalmente.

– Freya, está sentindo alguma coisa? – Kol perguntou para a irmã.

– Ela passou por aqui. – Freya disse. – Mas já foi pra outro lugar.

– Como exatamente você está fazendo esse feitiço? – Perguntei curiosa.

– Com a ligação da Abaddon com a Hope e com a minha ligação com ela. – Freya explica. – A ligação que Dahlia forneceu entre os primogênitos está ativada agora que ela está acordada.

Arregalei os olhos.

– Ela acordou? Quanto? Onde? Como? – Perguntei nervosa.

– Não é uma certeza. – Klaus tenta me acalmar.

– Não é uma certeza? Freya disse que a ligação entre os primogênitos que ativa quando Dahlia acorda é uma das coisas que está a ajudando a encontrar Hope. – Falei. – Como pode não ser uma certeza?

– Vamos focar em encontrar a Hope, tá legal? – Kol diz. – Nos preocupamos com isso mais tarde Laví. Agora, precisamos encontrar a loira antes que ela tenha o surto.

Freya começa a gritar de dor e caí nos braços de Harold.

– Eu a encontrei novamente. – Ela disse com dificuldade. – É um lugar escuro. Tem uma garota na frente dela.

– Descreva a garota. – Pedi.

– Por que isso importa? – Freya pergunta.

– Pode ser um dos nossos inimigos. Se for só precisamos encontrar o esconderijo deles. – Falei.

– Ela é ruiva. – Freya começa a descrever.

– Pode ser a Charlie que ficou sabendo de tudo e a ajudou. – Harold disse.

– Não é a Charlie. – Freya disse. – Mas a garota não parece ser realmente ruiva parece mais...

– Uma peruca? – Perguntei.

– É. – Freya diz. – Ela está com uma roupa estranha. É um vestido. Ela tem olhos verdes.

Eu e Klaus nos entreolhamos.

– Mais alguma coisa? – Klaus pergunta.

– Tudo bem, o cabelo dela é totalmente uma peruca. Ela acabou de tirar. Ela é loira na verdade. – Freya disse.

– Isso é o suficiente para mim. – Falei.

– A roupa dela... Eu conheço essa roupa. É de uma época diferente. – Freya disse.

– Anos 20? Um vestido preto brilhante? – Perguntei.

– Sim. – Freya disse.

– É, é ela! – Klaus disse.

– A velha amiga de vocês dois? – Hayley pergunta. – Ótimo!

– Diga algo sobre o lugar. – Pedi a Freya.

– É bem escuro. É como uma boate, mas é mais escuro. Tem música. – Freya disse.

– Não pode ser uma boate. Não tem nenhuma boate por aqui. – Kol disse.

Senti tremer levemente o chão. Concentrei minha audição no asfalto e... Pra minha surpresa tinha música.

– Filhos da... – Prensei os lábios para não terminar. – Eu sei onde eles estão.

Todos me encararam. Apontei para baixo.

Todos levaram um tempo para entender, mas depois disso todos fizeram uma cara de “como eu não pensei nisso?”.

– Vamos lá. – Kol disse em direção a uma tampa de bueiro no meio da rua.

– Acho melhor você não ir Kol. – Falei. – Você é quem pretende ficar em New York. Se esses ratos de esgoto imaginarem isso você vai se ferra meu amigo.

– E eu lá me importo? Vou salvar a minha loira. – Ele disse tirando a tampa.

Eu e Klaus nos olhamos. Antes que Kol descesse, usei minha velocidade e quebrei seu pescoço.

– É pelo seu bem. – Falei. – Tirem o corpo dele daqui. Quando voltarmos vamos voltar com a Hope.

Eu e Klaus descemos.

A música ainda não estava muito alta. Estava bem escuro.

Passamos por um tipo de corredor e logo chegamos na multidão de inimigos que tínhamos.

– Pelo menos vai ser fácil passar despercebido. – Klaus disse no meu ouvido. Acabei rindo.

– Por eles, talvez. Mas pela ratinha pode não ser tão fácil. – Falei. Klaus riu ao perceber que eu havia usado o apelido “carinhoso” que demos para nossa velha amiga.

– Não custa tentar. – Ele disse.

Passamos por várias pessoas apertadas dançando conforme a música. Às vezes acabava esbarrando em alguém e esse alguém percebia quem eu era e eu percebi que era um dos meus inimigos e tentava sair de perto dele o mais rápido possível.

– Eu já achei uns cem dos meus. – Gritei para Klaus por conta da música.

– Cem? Sortuda. – Ele gritou de volta. – Estava feliz quando tinha achado o centésimo.

– Atenção meus amigos. – Aquela voz. – Essa noite é especial. Temos dois convidados especiais conosco.

– Ferrou. – Falei.

– Palmas para nosso casal querido: Klaus Mikaelson e Lavínia Black! – Ela disse fazendo que, de pouco em pouco cada um dos presentes cravassem seus olhos em nós.

A multidão a nossa frente abriu espaço para um ser “ruivo” com seu vestido dos anos 20 que eu conhecia muito bem.

– Acho que nosso plano de passar despercebido foi por água abaixo. – Klaus disse.

– Não foi por água abaixo. Se fosse nós o encontraríamos no esgoto. – Brinquei.

– É ótimo revê-los. – Juliet parou na minha frente. – Espero ter os recepcionado da melhor forma possível.

– Juliet. – Falei. – Você guardou o vestido. Não sei porque isso me impressiona. Você é uma ratinha de esgoto. Deve ser sua única roupa boa. – Provoquei.

– Até hoje me lembro que Klaus disse que eu tinha fica incrivelmente bonita com esse vestido. – Ela disse se aproximando do mesmo. – Eu o guardei para esse momento tão especial.

Empurrei Juliet para trás quando percebi que ela encostar nele.

– Pode ver e desejar, mas nada de tocar. – Falei.

– Garotas, isso ficou no passado. – Klaus disse. – Na verdade, isso serve para cada um de vocês. Só quero pegar minha filha e ir embora.

– Mas nenhum de nós quer que você vá embora, meu amor. – Juliet disse.

– Meu amor? – Meu sangue ferveu.

Eu teria enfiado meu punho naquela cara ridícula se Klaus não tivesse segurados minhas mãos.

– Melhor ir com calma Juliet. – Alguém com uma voz familiar disse lá no fundo. – Conheço Lavínia muito bem. É estranho ela ainda não ter acabado com você.

Klaus me encarou meio confuso com a intimidade que o sujeito alegava ter comigo.

Logo o sujeito se revelou. Seus cabelos loiros eram os mesmos. Nunca me esqueceria deles.

– Jesse. – Falei. – Quanto tempo.

– Realmente muito tempo. – Jesse concorda. – Deveríamos recuperar o tempo perdido. – Ele disse se aproximando.

Foi quando Klaus me jogou para trás dele.

– Eu acho que não. – Ele tomou sua forma de hibrido por alguns segundos.

– Adoro quando faz isso. – Juliet disse.

– E eu adoro deixar sua cara mais terrível do que é. – Falei saindo de trás de Klaus e indo em direção a Juliet. Teria passado se um marmanjo não se colocasse na minha frente.

– Cuidado com as palavras delicinha. – Ele coloca sua mão em minha cintura.

– E você cuidado onde coloca suas mãos. – Klaus disse empurrando o cara que era praticamente três dele. – Pode acabar encostando em algo que não é seu.

– Klaus esquece isso. – Falei atrás do mesmo. – Olha o tamanho dele.

– Minha toxina de lobisomem é mais eficiente que todo esse tamanho. – Klaus disse peitando o cara.

– Sério Juliet? Está mesmo usando esses inimigos? Fiz coisas piores com algumas outras pessoas que estão aqui. – Falei.

– Nada pode ser pior que você na cama. – Juliet diz.

– Como é? – Perguntei rindo.

Jesse e Klaus olharam para ela como uma expressão de “eu acho que não”.

– É Juliet, acho que ela na cama é a melhor coisa do mundo. Gostaria tanto de provar. – O marmanjo disse me encarando enquanto Klaus tentava o afastar de mim.

– Me desculpe camarada, mas eu não sou amostra grátis. – Falei tentando puxar Klaus para trás.

– Ah, não seja por isso eu pago pelo produto. – Ele responde.

Klaus estava bravo o suficiente para bater nele até a morte, mas ele sabia que depois disso eu mesma o faria.

– Cuidado com as palavras delicinha. – Falei socando a cara daquele infeliz. Minha mão quase quebrou, mas valeu a pena ver a cabeça dele indo para trás e voltando. – Algumas delas podem me deixar bem ofendida e bem nervosa. E muita gente aqui já me viu nervosa pra saber que não é bom chegar nesse ponto. Estou errada Jesse? – O mesmo ficou mudo. – Exatamente.

Virei de costas para puxar Klaus dali e ir embora. Conseguiríamos outro jeito de salvar Hope, mas passar por todos eles não era uma opção.

– Achei que a frente era a melhor parte, mas a de trás pode trazer muita diversão. – O marmanjo disse avaliando.

Não pensei duas vezes. Virei devagar e chutei a barriga dele, fazendo-o cair em uma cadeira atrás dele.

Me aproximei da cadeira e comecei a socar a cara dele com toda a minha força. Quando fiquei satisfeita segurei em sua nuca e o joguei de cara no chão e o chutei novamente para que ele virasse. Queria ver sua cara. O quão terrível ela estava depois dos meus socos.

– Você realmente só tem tamanho. – Falei o avaliando. – E agora a sua parte de traz é a única que realmente pode trazer alguma diversão já que na parte da frente tem a cara e eu te fiz o favor de deixa-la mais horrível do que ela já era. – Olhei em volta. – Quem é o próximo? Posso fazer isso o dia todo.

– Onde está a Hope, Juliet? – Klaus pergunta.

– Hope? É uma loirinha meio perturbada? Se for ela vocês deram azar. – Juliet disse. – Ela é muito preciosa. Só vou devolvê-la se vocês me derem algo em troca. – Ela disse segurando no ombro de Klaus. – Afinal, sou uma mulher de negócios.

– Não, você é só uma vadia mesmo. – Falei quase partindo pra cima dela. Mas Jesse me segurou.

– Tire suas mãos dela. – Klaus também ia partir pra cima de Jesse, mas várias pessoas o seguraram.

– Tenho que admitir. Lavínia me impressionou derrubando Carl. Mas eu tenho certeza que ela não vai derrubar todos os outros. Vocês são iguais até nisso. A maioria de quem está aqui quer acabar com você e Lavínia. Não apenas um, mas os dois juntos. Fico me perguntando quando foi que vocês arrumaram tantos inimigos em comum. – Juliet disse. – Enquanto você pode me oferecer algo em troca da sua filha, eu vou deixar os outros se divertirem com Lavínia.

– Não! – Klaus disse com raiva. – Deixe-a ir agora. Ela e Hope. Eu fico.

– Fica uma ova! – Falei tentando me soltar dos braços de Jesse. – Juliet solte a Hope. Você não sabe o que pode acontecer se ela ficar por aqui. Você vai se arrepender se não me ouvir... – Ela me interrompe.

– Foi isso o que você disse quando me deu esse vestido. – Juliet disse se aproximado de mim. – Eu trabalhava no bar onde você, Klaus e Kol ficavam. Toda vez, você e Klaus compeliam minhas amigas para alimenta-los vocês se referiam a mim como a ratinha. Uma noite, você me chamou antes do bar abrir. Me levou até seu quarto e me deu esse vestido. Me levou até Klaus e disse que tinha uma surpresa para mim. A surpresa era meu noivo, morto. Você disse que era uma coisa boa, considerando os vários elogios que ele havia feito a você e a forma como ele te olhava. Em seguida, Klaus me deu seu sangue e quebrou meu pescoço. Quando acordei em transição vocês já não estavam mais lá. – Ela dá um tapa na minha cara. – Até hoje eu penso que você dormiu com o meu noivo. Por isso, quero fazer o mesmo com o seu.

– Fala sério. Acha mesmo que eu me rebaixaria dormindo com ele? Eu tinha Klaus Mikaelson e qualquer outro homem que eu quisesse. Por que exatamente eu dormiria com o seu noivo? – Perguntei. – Eu fiz isso pra te mostrar que seu noivo era infiel. Mas você é terrivelmente burra a ponto de não entender isso.

– Isso não importa! – Ela grita. – Você é uma mentirosa. Sempre foi. Não é algo que você possa negar, já que todos aqui sabem o quão traiçoeira e manipuladora Lavínia Black é. – Ela olha para a multidão. – Façam bom proveito!

Klaus, ainda sendo segurado foi levado para um canto com uma cortina de veludo junto com Juliet. A cortina se fechou e eu só podia imaginar o quanto eu queria acabar com aquela rata prostituta de esgoto.

– Pronta para a diversão Lavínia? – As pessoas gritavam.

Uma garota de quem eu me lembrava muito bem, veio a frente. Eu havia me irritado com o irmão dela, que era um galinha e traía sua noiva. Em uma tarde, quando ela estava trabalhando, matei toda a sua família e fiz um banquete com suas cabeças. Até hoje me lembro dos gritos de horror dela quando ela abriu os pratos, pensando que era o jantar preparado pela sua mãe. A transformei e  vampira logo depois que ela havia aberto todos os pratos e visto a cabeça decepada de cada um dos seus familiares.

Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa comigo, alguém arranca seu coração. Me assusto ao ver Kol.

– Eu deveria ter deixado eles te baterem depois de você ter quebrado o meu pescoço. – Kol disse empurrando Jesse e me soltando.

– Eu te amo! – Falei aliviada por ele ter chegado a tempo. Apontei para a cortina de veludo.

– Eu sei. – Kol disse indo em direção as cortinas de veludo que eu apontei.

– Não tão rápido. – Jesse se coloca na nossa frente.

– Jesse... – Falei fazendo bico, lamentando ele ser tão teimoso. Ela era fofo demais para eu mata-lo, mas... – Você tinha um belo tanquinho. – Falei encarando seu coração em minhas mãos.

Logo em seguida, vários outros vieram atacar. Sem muito esforço, eu e Kol os matamos.

– Lavínia, temos alguns minutos. – Kol disse.

Eu e ele usamos nossa velocidade e chegamos até a cortina de veludo.

Assim que a abri, não demorei a atacar Juliet, que estava sentada perto do lugar onde Hope estava.

– Uma dica do que ganha alguém que tenta roubar o que é meu... – Enfiei minha mão dentro dela, segurando seu coração, prestes a arranca-lo. – Suas próprias sepulturas. – Arranquei o coração dela.

Klaus e Kol estavam tentando acordar Hope, que estava suada e fervendo de febre. Veias negras circulavam pelo seu corpo.

– Ela não vai aguentar. – Kol disse.

– Ela tem que aguentar. – Falei passando o braço de Hope pelos meus ombros. – Vocês precisam dar um jeito naqueles caras, ou eu não vou conseguir sair com a Hope daqui.

– Se preocupe apenas em tira-la daqui. Eu e Kol vamos dar um jeito neles. – Klaus disse.

Ele e Kol foram para o lado de fora da cortina. Fiquei tentando acordar Hope.

– Vamos lá, acorde. – Pedi dando leves tapas em seu rosto.

– Lavínia? – Hope pergunta com a voz fraca.

– Sim, sou eu. – Falei. – Hope, você precisa aguentar. Só mais um pouco.

– Eu vou tentar, mas... Está doendo muito. – Ela disse. – Posso resistir o quanto quiser, mas eles não conseguem. – Ela disse colocando a mão em sua barriga.

– Só mais um pouco passarinha. Fique acordada, por favor. – Pedi.

Me levantei com Hope se apoiando em mim. Ela mal conseguia andar. Abri a cortina e vi Klaus e Kol mantendo todos longe de nós duas.

– Lavínia... – Hope disse. – Eu não vou aguentar. – Ela disse.

– Não, não, não! Você vai aguentar. – Falei a arrastando pelos cantos que estavam vazios. Estavam tão entretidos com a briga que não me perceberam passando com Hope. – Estamos quase lá, aguente só mais um pouco. – Pedi quando vi a saída.

– Eu não... – Hope tentava dizer. Senti seu coração acelerar e as veias circulavam com mais rapidez. – Eu não vou conseguir.

– Sim, você vai. Só mais um pouco Hope. – Pedi chegando quase na porta.

– Não dá. – Ela disse chorando.

– Hope, só mais um pouco. Eu prometo que estamos quase lá. – Falei a arrastando. Estava tentando ir o mais rápido que conseguia.

– Não dá. – Ela repetia freneticamente. – Eu não consigo. Eles estão gritando muito alto! – Ela disse colocando as mãos na cabeça.

– Eles quem? – Perguntei.

– As vozes. – Ela respondeu. Hope parou de se apoiar a mim e caiu de joelhos no chão, gritando tão alto que fez os ouvidos de todos sangrarem. Até que o grito explodiu todos os vampiros que tentavam atacar Klaus e Kol.

Hope desmaiou logo depois.

– Hope! – Gritei chamando a atenção de Klaus e Kol, que vieram correndo ver o estado da loira. – Vamos lá, acorde! – Mandei a chacoalhando. – Hope, acorde agora!

Tudo começou a tremer, de repente. Kol pegou Hope no colo e usou sua velocidade para tirar a garota dali.

– Precisamos sair daqui. – Klaus disse me puxando, enquanto o esconderijo dos nossos inimigos era destruído pelo terremoto.

Assim que chegamos lá em cima, vimos Kol desacordado.

– Relaxem, eu só quebrei o pescoço dele. – Hope disse. O terremoto já havia parado. – Fica mais fácil controla-los depois de alguns segundos. – Ela disse se aproximando.

– Hope... – Antes que Klaus pudesse terminar a frase, Hope quebrou seu pescoço.

– Agora sim! – Hope disse. – Era assim que deveria ser. Apenas nós duas. – Ela deu mais um passo em minha direção. – Como nos velhos tempos...

Nós duas corremos em direção uma da outra. Percebi que Hope estava mais forte dessa vez.

Ela segurou meu pescoço e por pouco não conseguiu me levantar. Torci seu braço e com a mão livre, fiz uma chave de braço.

– E como nos velhos tempos, você vai parar com essa maldita frescura. – Falei.

– Sabe, tem algo diferente desde a ultima vez que você precisou parar um surto meu. – Ela disse com dificuldade. – Eu não tinha ajuda antes. – Comecei a sentir uma maldita dor de cabeça.

Soltei Hope e fiquei me contorcendo enquanto ela se recuperava.

– Golpe baixo. Três contra uma. – Falei ainda com dor de cabeça.

– E o golpe é ainda mais baixo quando os três são mais fortes que você. – Hope disse rindo. – Faça as contas. Eu por conta própria já sou forte, imagine isso em três vezes? – Ela se aproxima, e isso fez minha dor de cabeça piorar. – Mas isso deve ser muita matemática pra você. Vou te fazer o favor de aliviar seu cérebro disso. – Ela ergue a mão em minha direção. – Você não vai ter que usa-lo se não tiver um, não é mesmo? Por isso, vou explodir seu cérebro.

Ela vai fechando a mão lentamente.

– Hope, pare. – Pedi. – Eles não merecem isso. A culpa... A culpa de matar uma das pessoas que mais os protegeria nessa vida... – Caí de joelhos nos chão. – Eu perdi o meu filho, por isso eu faria de tudo para proteger os seus. – Fui me arrastando até a Hope. – Eu nunca deixaria que os machucassem. – Encostei em sua barriga. – Eu os ajudaria no que eles precisassem. Eu vou ajuda-los a controlar isso. Nem que meu cérebro tenha que ser explodido mil vezes.

– O que está fazendo? – Hope pergunta com raiva.

– Posso não conseguir parar o seu surto, mas vou parar o deles. – Falei. O sangue já escorria pelo meu nariz e pelos meus olhos.

A pressão no meu cérebro havia parado.

– Não! – Hope disse tirando minha mão de sua barriga.

– Pelo menos eles confiam em mim para ajuda-los. – Falei me levantando. – Me deixe ajudar passarinha.

Hope me encarou com raiva.

– Eu sabia que esses bebês deixariam de ser uteis. – Ela disse tirando uma faca de caça de sua bota. – Mas eu já tinha um plano para caso isso acontecesse. – Ela enfia a faca em sua barriga.

– Não! – Tentei ir até ela, mas com a mão livre ela me impedia de dar um passo sequer.

Ela se esfaqueava várias vezes com frieza.

– Sou tão forte que mesmo me esfaqueando eu posso acabar com você. – Ela diz. – Acabo com três vidas de uma só vez.

Alguém a chuta para longe. Me surpreendi ao ver Hayley.

– Você está bem? – Hayley pergunta.

– Sim. – Respondi. – Obrigada.

– Pra que servem as amigas? – Ela disse.

– Que lindo. – Hope se levanta ainda sangrando com as facadas. – Estou chorando de emoção.

– Se você for chorar não vai ser de emoção. – Corri até ela e soquei sua cara com tanta força que até eu me assustei. – Vai ser de dor. – Agora tudo estava perdido. Eu precisava partir pra violência pra parar o surto de Hope e leva-la a um hospital para tentar salvar os bebês.

– Agora vai ficar interessante. – Hope disse se recuperando do soco.

Empurrei Hope até um carro e a joguei em cima do capo. Comecei a estapeá-la e soca-la. Quando percebi, Hope sangrava por todo lado e já estava desacordada.

– Temos que leva-la para um hospital. Agora! – Falei para Hayley.

Dei dois passos ou quase isso e tudo que lembro era da minha vista escurecendo e eu ficando zonza. Depois disso eu havia desmaiado.

(...)

Acordei no banco da frente do carro. Eu estava sozinha, dentro do carro estacionado em frente a um hospital. Estava algemada a porta. Puxei algumas vezes para tentar me soltar, mas não funcionou.

– Não sabíamos se quando acordasse seria Abaddon ou você. Por isso nós te algemamos. – Klaus entra no banco do motorista.

– Foram espertos. – Falei. – Não que eu esteja reclamando da hospitalidade, mas se importa de me soltar agora que sabe que sou eu? As algemas incomodam.

Klaus riu, pegou uma pequena chame no bolso de sua calça e me soltou.

– Melhor? – Klaus pergunta.

– Totalmente. – Falei passando a mão pelos pulsos. – Onde conseguiu algemas?

– Matt Donavan. – Klaus responde. – Ele disse que algum dia nós precisaríamos de um par de algemas.

– Por isso você pegou as dele? – Perguntei. – Tenho certeza que ele não teria dado de bom grado.

– E é por isso que vou me casar com você. – Ele disse insinuando que eu estava certa.

– Só por isso? – Perguntei.

– Você sabe dos meus milhares de motivos para me casar com você. – Ele disse. – Perde a graça se eu ficar repetindo toda hora.

– Como está a Hope? – Perguntei apontando com a cabeça para o hospital.

– Vai ficar bem. – Klaus disse com certo alívio na voz. – Vou te perguntar algo, mas quero que seja 100% sincera comigo. – Assenti com a cabeça. – Sabia que Hope estava gravida?

– C-como assim estava? – Perguntei com medo que o pior tivesse acontecido. – Ela não está mais?

– A enfermeira veio nos avisar que a equipe médica não conseguiu salvar os bebês. Isso pegou todos de surpresa. – Klaus explica. – Então você sabia, não é?

– Sim. – Respondi. – Me desculpe. Não cabia a mim, contar isso a todos e Hope queria guardar segredo.

– Eu só não entendo porque ela não quis contar para mim. Ela deveria confiar em mim, certo? – Klaus pergunta.

– E ela confia. – Falei. – Ela confia muito. E ela não me contou. Hope começou a me perguntar coisas sobre isso e eu desconfiei e ouvi os batimentos dos bebês dentro dela.

– Continuo sem entender porque ela escondeu de todos. – Klaus disse.

– Ela não queria preocupa-los. – Falei. – Eu a entendo. Hope queria que focassem em acabar com Abaddon e a gravidez dela chamaria mais atenção. – Fiz uma pausa. – Antes de acharmos o corpo de Miguel eu já sabia da Abaddon. Quer dizer, em partes eu sabia. Ela estava em minha cabeça antes mesmo de tudo acontecer. Nos meus sonhos, os transformando em pesadelos, destruindo todas as minhas boas lembranças... Mas eu não contei nada para que todos continuassem procurando Miguel.

– Sinto muito não ter percebido. – Klaus disse. – Assim como sinto muito não ter percebido que minha filha estava gravida.

– Nos dois casos, a culpa não era sua. – Segurei sua mão. – Melhor trocarmos de assunto.

– Sobre o que vamos falar? – Klaus pergunta. – Talvez nós devêssemos falar do que você já fez com algumas pessoas do seu passado. Por exemplo, Jesse.

– Juro que não foi nada significante. - Falei. – Jesse era fofo, mas sempre foi lento e iludido. Foi tão fácil magoa-lo... Pobrezinho.

– Certo. – Klaus disse ainda não satisfeito. – E quanto àquele projeto de Vin Diesel?

– Eu não o conhecia. Quer dizer, se tivesse o conhecido antes eu já teria o matado. Ele é um babaca. – Falei. – Mas agora é a minha vez de ficar com ciúmes.

– Você está sempre com ciúmes. – Klaus disse rindo.

– E com motivo. Viu como aquela vadia da Juliet olhava para você? – Perguntei. – Ela provavelmente nem deveria estar fazendo aquilo por vingança. Era um pretexto para te levar pra cama.

– Não se preocupe quanto a isso. – Ele disse me encarando. – Você é a única que pode fazer isso.

– Acho bom. – O beijei.

Quando me dei conta, as mãos de Klaus já estavam uma na minha cintura e outra na minha nuca, me puxando para cima dele. Eu passei minhas pernas uma de cada lado da cintura dele e continuei a beija-lo.

– Já parou pra pensar que enquanto você me beija, você pode estar indiretamente beijando a Abaddon? – Perguntei enquanto ele beijava meu pescoço.

– Vai ficar com ciúmes até quando eu estou te beijando? – Klaus pergunta parando de beijar meu pescoço para me encarar.

– Tecnicamente, eu estou dividindo meu corpo com a Abaddon então... – Klaus não me deixa terminar a frase com um beijo.

– A única pessoa com quem você divide o seu corpo é comigo. – Ele disse me dando selinhos e voltando a beijar meu pescoço. – Pelo menos eu espero... – Ele fala bem baixinho.

Dei-lhe um tapa leve no ombro.

– Você merecia um belo de um tapa na cara depois disso. – Falei fingindo estar indignada.

– Brincadeira. – Ele disse rindo. – Se tivesse mais alguém provavelmente já estaria morto, considerando o que ganha alguém que tenta roubar o que é meu. – Ele repete o que eu disse antes de matar Juliet.

– E o que eles ganham? – Perguntei.

– Suas próprias sepulturas! – Ele repete.

– Idiota. – Falei rindo e o beijando. – Vamos ver a Hope.

(...)

Entramos no hospital e vimos Freya abraçada a Harold.

– Acho que você conseguiu. Vai fazer os dois ficarem juntos. – Klaus cochichou em meu ouvido.

– Eu sempre consigo o que quero no final. – Falei.

– Isso nunca foi novidade. – Klaus concorda.

– Lavínia. – Hayley vem correndo me abraçar. Retribuí o abraço com muito gosto. – Estou feliz por estar bem.

– Achou que seria tão fácil assim se livrar de mim? – Perguntei.

Nos soltamos e logo vi Elijah.

Todos estavam lá, menos Kol.

– Onde ele está? – Perguntei. – Onde está Kol?

– Ele quis ficar com a Hope no quarto. – Hayley disse. – Ela ainda não acordou.

– Posso vê-la? – Perguntei.

Hayley fez que sim com a cabeça.

Entrei no quarto de Hope e vi Kol sentado em uma poltrona ao lado da maca, segurando a mão de Hope, dormindo em cima do próprio braço.

Me lembrei de quando Klaus ficava ao meu lado no hospital toda vez que eu ficava mal por conta da gravidez.

Me aproximei de Kol e coloquei minha mão em seu ombro, o que foi o suficiente para fazê-lo acordar desesperado.

– Fique tranquilo, ela ainda não acordou. – Sussurrei.

– Lavínia. – Ele disse em um tom de alívio, se levantou e me abraçou. – Graças a Deus você acordou.

– Eu estou bem, antes que pergunte. – Falei. – E como você está?

– Péssimo. – Kol disse. – Eu não queria acreditar. Não queria acreditar que Hope faria uma coisa dessas.

– Ela teve seus motivos. – Justifiquei.

– Será que ela poderia me explicar esses motivos mais tarde? Estou curioso para saber o que a faria dormir com Scott. – Ele disse para a minha surpresa.

– Kol... – Antes que eu pudesse explicar, Hope acorda.

Kol segura a mão dela novamente.

– O que aconteceu? – Ela perguntou com a voz fraca.

– Você teve um surto. – Kol explica com um sorriso triste nos lábios. – Acabou se esfaqueando várias vezes e isso trouxe algumas consequências.

– Como...? – Ela pergunta.

– Isso acabou matando seus gêmeos. – Kol disse. Dava para perceber que ele estava triste. Triste pela morte dos bebês e por pensar que Hope havia o esquecido e dormido com Scott.

Hope ficou olhando para frente enquanto suas lagrimas escorriam pelo seu rosto.

– Hey... – Foi a minha vez de tentar acalma-la. Passei para o lado oposto da maca e segurei sua outra mão. – Vai ficar tudo bem. – Garanti. – Nós vamos superar isso todos juntos.

– Lavínia? – Ela pergunta. – Como você...

– Não se lembra? Eu tentei te levar para fora antes de você ter o surto. – Falei.

– Não me lembro de nada além das vozes. – Hope disse.

– Kol, é melhor chamar os outros. – Falei.

Kol assentiu e foi para fora.

– O que mais aconteceu e eu não me lembro? – Hope pergunta.

– Nada importante. – Falei. – Só aconteceu uma coisa da qual você deveria saber. E foi depos do surto.

– O que é? – Ela pergunta.

– Kol acha que os gêmeos eram de Scott. – Falei.

– O quê? – Ela pergunta. – Como ele pensa que eu faria uma coisa dessas?

– Eu não sei, talvez porque seja improvável que os filhos fossem dele. Ele não pode procriar e considerando que Scott é apaixonado por você... – Expliquei. – Mas nós vamos explicar tudo pra ele.

– Não. – Hope disse. – Fiz uma promessa de que deixaria Kol ter sua segunda chance, bem longe de mim. É melhor que ele pense isso e então, nada mais vai segura-lo em New Orleans.

– Hope, isso é insano! – Falei. – Vocês se amam.

– E é por ama-lo que eu vou deixa-lo ir. – Ela explica. – E quanto a você e meu pai?

– Estamos bem. – Eu disse.

– Vocês mal tem tempo para ficarem juntos. – Hope falou. – Como podem estar tão bem?

– Mal temos tempo para ficarmos juntos? – Perguntei me lembrando de minutos atrás. – Eu não diria isso considerando o que aconteceu no carro a alguns minutos atrás. – Falei rindo. – Posso dizer que temos muito tempo para ficar juntos. Bem juntos. Sabe, quase um dentro...

– Muita informação! – Hope disse me interrompendo. – Fico feliz por isso. Só espero algum dia ter um relacionamento como o de vocês.

Mal ela sabia que estava jogando essa chance pela janela.

(...)

POV-HOPE

Depois de todos terem checado umas mil vezes se eu estava bem, os médicos me deram alta. Eu estava no quarto, esperando meu pai aparecer com as minhas roupas. Foi quando senti algo nos meus cortes. Estavam formigando.

Retirei o curativo que os cobria e os assisti cicatrizar.

– Meu Deus! – Foi tudo o que consegui dizer.

De repente, não consegui respirar. Não consegui respirar, me mexer ou até mesmo enxergar e ouvir alguma coisa. Isso durou alguns segundos e logo tudo voltou ao normal. Era como se meu coração tivesse parado por alguns segundos e voltado a bater.

Foi então que eu pensei “se eu me curei então os bebês...”.

Saí do meu quarto e logo vi todos, com exceção do meu pai, conversando com a recepcionista. Nenhum deles estava prestando atenção no meu quarto então ninguém me viu sair de lá.

Saí correndo pelos corredores a procura de uma sala. Eu precisava saber se a minha teoria estava certa.

Encontrei a sala de ultrassom. Entrei e agradeci a Deus por ela estar vazia.

Liguei todas as máquinas e passei aquele gel gelado na minha barriga. Passei o aparelho pela minha barriga e na telinha pude ver aquelas duas manchinhas pretas. Eu havia me curado e meus bebês estavam vivos. Isso era uma nova chance para mim. Uma chance de conseguir esconder de todos e deixar Kol ir embora. Uma chance de não ficar tão triste quando Kol for embora, pois terei meus bebês para me alegrar.

(...)

Voltei para o meu quarto e meu pai ainda não tinha chegado. Todos ainda estavam falando com a recepcionista.

Segundos depois, meu pai entra no quarto com uma sacola nas mãos.

– Desculpe pela demora. – Ele disse me entregando a sacola. – Eu nunca mais vou voltar em uma loja de roupas. A garota que me atendeu me mostrava milhares de roupas e dizia que era a nova tendência.

– Tudo bem. – Falei rindo. – Essas estão ótimas.

– Se vista. Vamos voltar para casa ainda hoje. – Meu pai disse.

– Mal vejo a hora. – Falei. Antes que ele saísse o chamei. – Pai... Termine o serviço quando chegar em casa.

– Como assim? – Ele pergunta.

– Você sabe... E acho melhor chegarmos rápido... Sabe o quanto Lavínia Black é impaciente. – Falei piscando para ele.

Ele riu ao entender do que eu estava falando.

– Apenas se vista. – Ele disse rindo enquanto saía do quarto.

– Tomem cuidado. Não quero nenhum irmão. – Gritei antes dele fechar a porta.

Vesti a camisa de mangas compridas e a calça que estavam na sacola. Calcei as botas que também estavam na sacola junto com as roupas e logo saí do quarto.

A primeira coisa que vi foi Freya rindo sem graça de algo que Harold tinha dito. Meu pai conversava com Elijah e minha mãe. Kol estava em um canto, quieto e com uma expressão de tristeza. Provavelmente pelo que ele pensava que tinha acontecido. Uma pena eu não poder explicar tudo. Lavínia estava ao seu lado, vendo algo em seu celular, mas com uma cara confusa.

Olhei para um canto e vi uma pessoa com uma jaqueta com capuz preto. Algo naquela pessoa me chamou atenção, então resolvi segui-la, por um motivo desconhecido.

A pessoa entrou em uma sala. Olhei em volta e entrei também.

Não havia ninguém. Olhava em volta, mas ainda não tinha encontrado ninguém. Foi quando uma mão tampou a minha boca e outra mão me segurou.

– Relaxe querida, não vou te machucar. – Eu conhecia aquela voz. Aquela maldita voz que me perseguia.

– Scott... – Tirei suas mãos de mim e me afastei. Ele tirou o capuz da jaqueta. – Se der um passo em minha direção eu vou gritar e você terá um encontro com Lavínia Black e Klaus Mikaelson então é melhor...

– Como se eu tivesse medo de algum deles. – Scott disse. – Só estou aqui pra avisar o que vai acontecer.

– Não podia fazer isso pelos malditos sonhos? – Perguntei recuando para trás cada vez mais.

– Não, porque é lá que vai acontecer de fato. – Scott disse se aproximando. – Primeiro: quero que agradeça a minha irmãzinha por ter matado minha família, mais uma vez! – Ele grita. Scott recupera a calma logo em seguida. – Segundo: acho que vou ter que forçar um pouco o nosso relacionamento.

– Nós não temos um relacionamento. – Falei.

– Ainda não. – Ele disse. – Hope, você teria a melhor das vidas ao se unir a seita. Eu daria tudo o que você quer, tudo o que você merece.

– Não quero nada de você. – Falei.

– Uma pena. Eu quero muitas coisas de você. – Ele disse me olhando dos pés a cabeça. – Eu vou te mostrar a vida perfeita que você poderia ter depois que se juntar a nossa seita.

– Vida perfeita? – Perguntei rindo. – Minha vida seria perfeita se você morresse de uma vez e deixasse a minha família em paz.

– Infelizmente, eu sei que você nunca iria querer ficar comigo para sempre, construir uma família. Mas você quer isso com Kol. E eu te amo tanto que sou capaz de te dar isso. Mas é claro que vai ter suas consequências. Todos a sua volta poderiam continuar felizes, se um de vocês estiver em sofrimento constante. – Scott disse. – Por isso, eu te proponho uma vida dupla.

– Uma o quê? – Perguntei confusa.

– Você seria a pessoa em sofrimento constante. Mas apenas em seu caso, considerando que você despreza tanto a seita. – Scott acaricia a minha bochecha. – Você poderia ter uma vida comum com todos que você ama, mas em troca, teria que se juntar a seita, em segredo é claro!

– Eu nunca aceitaria uma coisa dessas. – Falei.

– Será que não? Eu tenho as minha duvidas. – Scott disse. – Você pode dar toda a felicidade que todos merecem logo após o “apocalipse”. – Scott faz aspas.

– Está dizendo que todos sobreviveriam depois que os demônios pudessem possuir todos? Depois que o mundo sobrenatural deixar de existir? – Perguntei.

– Eles sobreviveriam, mas como humanos. Teriam uma vida comum, longe dessa loucura toda. Mas você, por ser uma bruxa negra, ficaria com seus poderes. Ficaria com a seita. – Scott disse. – Apenas espere. Você vai entender melhor essa história.

Ele beija a minha bochecha, dá as costas e vai embora.

Fiquei paralisada. E o pior: eu nem sabia o porquê. Por que Scott me dava tanto medo em alguns momentos e em outros ele era nada mais do que uma formiguinha que eu iria pisar em cima e destruir?

Saí alguns minutos depois e encontrei Lavínia me encarando um pouco preocupada.

– O que fazia ai dentro? E que cara é essa? – Ela pergunta. – Hope, aconteceu alguma coisa?

– Eu estou bem. – Aquelas palavras eram mais para me convencer. Eu sabia que Lavínia não acreditaria de qualquer forma.

– Hope, o que aconteceu? – Ela perguntou.

– Nada de mais eu só... – Antes que eu terminasse a minha mentira, Lavínia me encarou com aqueles olhos azuis que estavam especialmente azuis naquele instante. – Só estou cansada. Podemos ir embora?

– Claro. – Ela responde. – Estávamos só te esperando. Vamos procurar os outros. – Ela disse me empurrando para a recepção.

POV-FREYA

Eu e Harold estávamos procurando Hope no estacionamento do hospital. Estava preocupada se algo tinha acontecido com ela. Ela não tinha motivos para sair dali.

O celular de Harold tocou avisando que tinha chegado uma mensagem.

– É da Lavínia. – Ele disse já lendo a mensagem. – Encontraram ela.

– Ótimo. – Falei suspirando aliviada. – Vamos então.

– Espera. – Ele disse. Droga!

Ficar a sós com ele não era uma boa ideia. Não mesmo. Eu não queira ficar encarando aqueles olhos maravilhosos. Eu sabia que era um caminho sem volta se eu o fizesse.

Me sentia tão estupida por ter qualquer sentimento por Harold. O que aconteceu não significou nada. Foi um beijo enquanto eu estava a caminho da morte e nada mais.

– O que foi? – Perguntei engolindo em seco. Ele não parava de me encarar. – Algo errado?

– Não. – Ele deu um passo na minha direção. – Quer dizer, na verdade tem algo errado.

– O que é? – Perguntei ainda com medo de ficar ali sozinha com Harold.

– Eu sou um completo idiota. – Ele disse. – Por dois motivos. O primeiro... – Mais um passo. – Acho que eu me apaixonei. Uma Mikaelson. Péssima escolha, eu sei.

– E qual o segundo motivo? – Perguntei.

– Deixei essa garota incrivelmente maravilhosa passar por causa desse maldito sobrenome. Algum conselho para reconquista-la? – Ele pergunta.

– Você não precisa reconquistar ninguém. – Falei. – Quer dizer, ah... Eu acho... Não sei de quem você está falando... Se for da Rebekah, pode ter certeza que vai ter problemas com Marcel... Ou se for a Hope... – Antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, Harold se aproxima rapidamente e me beija.

– Adoro quando você se perde nas palavras. – Ele disse quando nossos lábios se separaram por um instante.

Fiquei com um sorriso largo nos lábios por um bom tempo. Até que Harold me surpreende com outro beijo.

– Finalmente! – Ouvimos um grito de Lavínia e Kol.

Quando olhamos para o lado, estavam todos lá, aplaudindo e rindo. É claro que Lavínia gritava acompanhada de Kol.

Como resposta por toda aquela gritaria, Harold me beija novamente.

Só consegui rir ao ver os pulinhos que Hope deu com aquele beijo.

– Eu shippo! – Hope gritou enquanto ria.

– Freyold eternamente! – Hayley complementou.

Eu e Harold riamos enquanto nossas testas estavam coladas e estávamos abraçados no meio do estacionamento.

– Melhor casal do ano, quem concorda? – Kol pergunta.

Eu e Harold nos viramos para a multidão de idiotas que lançava suspiros longos ao nos ver. Harold me abraça de lado e nós dois ficamos observando a “torcida”.

– A espera de outros casais! Vamos lá galera. Queremos mais membros Mikaelson desencalhando. – Lavínia incentivava olhando para Elijah.

– Lavínia... Você perde o amigo mais não perde a piada. – Hayley disse balançando a cabeça negativamente.

– Acho melhor irmos. – Elijah disse. – Queremos chegar ainda hoje em New Orleans.

– É, talvez Marcel tenha pedido Rebekah em casamento. Já que aqui não vamos ter mais nenhuma declaração... – Antes de Lavínia terminar sua indireta para Elijah, Klaus a vira para ele e a beija.

– Eu totalmente shippo! – Falei enquanto todos repetiam a pequena torcida, mas dessa vez para Klaus e Lavínia.

– Tudo bem, acho que eu gostei disso. – Lavínia disse quando Klaus e ela pararam de se beijar. Ela e ele trocavam sorrisos e olhares enquanto ela estava com seus braços envolvendo o pescoço dele e os braços dele envolviam a cintura dela.

– Satisfeita com as declarações? – Klaus pergunta enquanto a abraçava da mesma forma que Harold estava me abraçando.

– Não. – Lavínia disse. – Mas acho que posso esperar quieta pelas outras.

– Isso com certeza já é uma vitória. – Hayley comenta.

Percebi os olhares tristes de Hope par Kol e vice-versa. Era triste vê-los daquela forma, muito triste. Os dois se amavam tanto, mas sempre tinha algo que os separavam.

– Que tal irmos para casa agora? – Kol sugere.

(...)

POV-HOPE

O caminho de volta para casa foi rápido e silencioso. Agradecia a Deus quando vi Kol entrando em um carro diferente do meu.

Estávamos já na porta de casa, ainda comentando do beijo de Harold e Freya. Foi incrivelmente lindo e surpreendente ao mesmo tempo.

Subimos até o escritório e contamos da cena para Marcel e Rebekah que estavam no escritório.

– Fico tão feliz que a minha irmã tenha encontrado a pessoa certa... – Rebekah disse esmagando Freya com seus abraços. – Quando vai ser o casamento?

– Uou! – Freya disse se livrando dos braços de Rebekah. – Vai com calma Becka. Vamos esperar até Nik se casar com Lavínia.

– Ah, é sério? Estão mesmo fazendo isso? Até onde eu sei você é a mais velha Freya! – Meu pai disse abraçado à Lavínia.

– Você é o mais problemático! – Freya se defende. – E vocês já estão noivos de qualquer jeito! Nada mais justo que os que estão noivos se casem primeiro!

– Então, eu acho que deveríamos começar os preparativos. – Marcel entra na conversa.

– Preparativos? – Lavínia pergunta. – Acho que não deveríamos nos preocupar com preparativos de casamento nessas horas. Eu não vou me casar até Abaddon voltar para o inferno. Não gosto de pensar que Klaus vai estar se casando com ela também...

– Não para o seu casamento. Para o meu. – Marcel explica.

– Você vai casar? – Perguntei.

– Se a minha noiva aceitar... – Marcel disse tirando uma caixinha de seu bolso. Ele se ajoelha em frente a Rebekah. – Rebekah Mikaelson... – Ele abre a caixinha e mostra o anel. – Quer me dar a honra de te fazer a mulher mais feliz do mundo ao se casar comigo?

Lavínia abriu a boca em um perfeito “O”.

– Eu juro que era só uma piada quando eu falei aquilo. – Lavínia disse.

– Marcel... – Rebekah intercalava os olhares entre meu pai e Marcel. – Eu... – Ela olhou para o meu pai ao mesmo tempo que eu e nós vimos ele fazer um sinal positivo com a cabeça e sorrir em seguida. – É claro que eu aceito! – Ela disse com lagrimas nos olhos.

Enquanto eu via Marcel colocar o anel no dedo de Rebekah eu imaginava eu e Kol no lugar dos dois. Eu, tão nervosa na hora de aceitar que precisaria olhar para meu pai só para ter certeza. E é claro que eu aceitaria. Se Kol algum dia me aparecesse ajoelhado na minha frente com uma caixinha e um anel dentro dela eu obviamente diria sim. Sem pensar duas vezes. Sem sequer esperar ele perguntar. Eu diria sim, porque eu o amo! Eu amo Kol Mikaelson!

Percebi o mesmo passar por mim e sair do escritório. Resolvi segui-lo. Aquela conversa teria que acontecer em algum momento.

Acabamos no quarto de Miguel. O único lugar que ficava vazio na casa. A mobília ainda estava intacta. Do jeito que Lavínia tinha deixado.

– Gostou do anel? – Kol perguntou ao perceber que eu havia entrado no pequeno quarto.

– É lindo. Marcel tem um ótimo gosto. – Falei. – Sempre achei que Rebekah escolheria o próprio anel de noivado.

– Não é a única. – Kol disse. – E só pra constar... Marcel não sabe escolher joias. Se ele a pedisse em casamento com a aliança que ele escolheu Rebekah responderia “Só se você trocar essa coisa que você acha que é uma aliança”. – Kol disse me fazendo rir.

– Quem foi que escolheu aquela aliança então? – Perguntei.

– Não está óbvio? Sou o único homem Mikaelson com capacidade para essas coisas! – Ele disse.

– Você escolheu a aliança para Rebekah? – Perguntei.

– Mais ou menos. – Kol disse. – Aquela aliança era para outra loira. – Ele me encarou. – Era pra você.

Eu fiquei chocada. Kol ia me pedir em casamento? Ele estava planejando isso a quanto tempo? Quando ele ia me pedir em casamento?

– Kol... – Era tudo o que eu conseguia dizer.

– Lembra do apartamento que você gostou? Eu ia fazer o pedido lá. Assim que encontrássemos a primeira lâmina eu ia te levar até lá e ia te pedir em casamento. – Ele explica.

– E o que te fez mudar de ideia? – Perguntei. – Quer dizer, se a aliança está no dedo da Rebekah, quer dizer que você mudou de ideia, estou certa?

– Sim. – Ele confirma. – Marcel me mandou uma mensagem no hospital dizendo que faria o pedido assim que chegássemos. Eu tinha deixado no meu quarto a aliança. Eu não ia deixa-lo pedir Rebekah em casamento com aquela coisa que ele escolheu. – Ele disse. – Considerando que você engravidou de Scott, acho que não faria muita diferença pra você.

E naquele momento meu coração se quebrou em milhões de pedaços. Eu queria explicar que os gêmeos eram dele, que eu nunca teria nada com Scott, que fazia diferença para mim. Eu diria que eu queria que ele me pedisse em casamento para que eu pudesse aceitar sem pestanejar. Mas eu não disse nada disso.

– É complicado. – Foi tudo o que eu disse.

– Não estou bravo. Eu dormi com milhares de garotas diferentes e você foi obriga a vê-las saindo toda manhã do meu quarto. Só não entendo uma coisa: por que ele? – Kol pergunta. – Justo ele que já nos fez tantas coisas ruins.

– Acredite, nem eu sei exatamente o porquê de ser ele. – Falei. Eu poderia dizer que era outro cara, mas eu precisava que Kol me odiasse. Só assim ele iria embora. – Como eu disse, é complicado.

– Sente algo por ele? – Kol me pegou de surpresa com aquela pergunta.

– Não. – Falei a verdade. – Faz um tempo que não sinto mais nada por ninguém. – Aquilo era uma baita de uma mentira. Eu sentia algo por alguém: EU AMAVA KOL MIKAELSON!

– Nem mesmo por mim? – Kol pergunta piorando ainda mais as coisas. Eu não podia olhar nos olhos dele e dizer que não sentia nada por ele. Mas eu precisava.

– Por ninguém. – Respondi.

Kol apenas assentiu com a cabeça e saiu do quarto, me deixando sozinha.

Assim que ele fechou a porta eu desmoronei. Caí de joelhos no chão, soluçando de tanto chorar. Scott estava certo. Para que todos estivessem felizes, alguém precisaria sofrer constantemente. Esse alguém era eu.

Continua...


Notas Finais


Eae? Gostaram? Espero que tenham gostado do momento Freyold que eu já tinha prometido e do casamento da Beck's e do Marcel... Desculpem por Kolpe AINDA não ter acontecido... Quer dizer, ultimamente eles tem brigado muito... Mas não se preocupem, não é por muito tempo... Eu prometo...
Desculpem qualquer erro de ortografia (eu sei que sempre tem vários), sempre escrevo "correndo"... Digito muito rápido e às vezes acaba tendo uns erros...
Espero que não tenha ficado ruim pra vocês... Beijoos!


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