História Forbidden Love - The Game

"Não é da minha natureza cair sem lutar,

mesmo quando as coisas pareçam insuperáveis."

Pov’s Barbara

Eu estava certa, Selena estava com o Usher. Mas, mas ela também era uma traficante? Eu nunca imaginei algo assim.. Olhei para o Justin desesperada e o mesmo me jogou para atrás, me segurando forte como nunca antes.

- Então Justin, pensou que era tão esperto quanto eu? - Usher riu alto. - Se pensava, agora viu que estava enganado. 

- Oi Usher! Boa noite para você também. - Justin respondeu sarcástico e vi sangue nos olhos de Usher.

Olhei para os outros garotos e todos estavam com uma mão estendida para proteger o corpo e a outra próxima da cintura, para sacar a arma a qualquer momento.

- Você não sabe com quem está mexendo, garoto. - O homem parou, balançando a cabeça. 

- Esperem! - Alguém interrompeu. - É ela! É a Barbara. - Olhei na direção da pessoa que tinha dito aquilo, vi que era Selena, o que acabou por me entregar. 

- Pegue-a ! - Gritou Usher.

E sem pensar, comecei a correr. Vi vultos de todos sacarem as armas, olhei para trás, Justin estava me olhando sem saber o que eu estava fazendo, vi que não era o certo a se fazer, mas mesmo assim corri o mais rápido possível, olhei para trás novamente e vi Selena correndo atrás de mim. Corri para um lado, me esforçando para não cair enquanto ouvia tiros. Logo me dei com um muro de tijolos. Estava encurralada.

- Não quero matar você! - Declarou Selena com um sorriso no rosto. Olhei para ela, sem saber o que fazer com o coração disparado de terror, pensando em algo. - Eu só quero acertar as contas. 

- Que contas, garota? - Perguntei sem entender.

- Justin! - Agora eu entendi. - Você o roubou de mim. - Ri alto. - Porque está rindo cachorra? Você o roubou sem permissão. - Ela andou, até chegar em minha frente e apontou a arma. - Reza, reza para eu não te matar aqui e agora! - Selena bateu em minha cabeça, me fazendo cair, logo depois me chutando forte nas costas. Gemi alto. Lembrei de minha arma escondida na meia, mas como eu iria pegar sem que ela perceba? E para minha sorte ela virou por um segundo, rindo de minha cara e assim que ela virou, saquei a arma em sua frente.

- Ei, ei, ei! Não ria Selena, causará rugas ao seu lindo rosto. - Falei sarcástica e o sorriso que havia em seu rosto, foi se desmanchando aos poucos. - Parece que o jogo virou não é mesmo? - Bati em sua mão e a arma que ela segurava, foi parar no outro lado do beco. Lembrei das técnicas que Justin havia me ensinado no paintball e então soltei a arma que estava em minha mão. - Eu jogo limpo, não sou como você. - Eu via pavor em seus olhos, ela não sabia o que fazer e então, por impulso voou para cima de mim, sem sucesso pois a dei uma bandana e a mesma caiu como bosta no chão. Ajoelhei perto dela e para a minha surpresa a mesma me seu um soco na boca, senti o sangue escorrer. - Você realmente acha que isso vai adiantar? - Bati em seu rosto, meu sangue estava fervendo, eu tinha que jogar algumas coisas na cara dela, então a puxei pelo cabelo, dei graças a Deus por Justin ter me dado algumas aulinhas box.

A joguei contra a parede, apertando seu rosto sem dó. - Você acha mesmo que o Justin te ama, cachorra? Eu tenho é pena de você. - Cuspi as palavras a soltando e a mesma caiu no chão sentada. - O que você não sabe é que aqueles homens te usam. Você nunca será alguém na vida. Se toca! E você realmente acha que o Justin é seu? - Bati a mão em meu peito. - Ele é meu! Nada e nem ninguém irá tira-lo da minha vida. - Ri. 

- É isso o que vamos ver. - Foram suas ultimas palavras, até eu perder a cabeça e dar um soco em seu estomago, a fazendo gritar de dor. Peguei a arma que estava no chão, apontei para ela. Me assustei com um homem vindo em minha direção, vi que ele era da gangue de Usher e sem pensar duas vezes, atirei. Sem sucesso, então me concentrei.. Apertei o gatilho novamente e o acertei, o que o fez cair. Olhei para Selena, que estava desmaiada de dor.

Coloquei minha arma na meia novamente. Tirei meus saltos e pulei em uma enorme lata de lixo, escalando o grande muro. Alcancei o topo e senti uma forte dor em minha perna enquanto puxava o corpo para cima.

Ignorei a sensação e joguei o corpo para o outro lado, me esticando ao máximo antes de saltar sobre o chão de concreto. Acabei caindo de lado, com a certeza de ter machucado o quadril ou a perna. Lembrei do Justin me pedindo para correr, e foi isso o que fiz.

Não sei por quê, mas achava que o homem estaria logo atrás de mim. Quando cheguei no final de rua, porém, percebi que não estava. Só então me dei conta que eu lhe dei um tiro na perna. A sensação estranha na minha perna voltou e começou a queimar. Olhei para baixo, sob a fraca luz de um poste. No local, o vestido estava molhado. Um vidro tinha entrado em minha pele, ao escalar o muro.

Apesar de eu ter estado no meio de um tiroteio, batido na Selena e ter escalado um muro, aquilo não parecia real. Ainda assim, não havia como negar as dores que queimavam e aumentavam a cada segundo, em várias partes do meu corpo.

Olhei para os lados. A rua estava totalmente deserta. Comecei a caminhar, sem sair das sombras. Não fazia idéia de onde ir. Não sabia se tentar voltar para lá era uma boa idéia. Mas, mesmo que fosse, eu não iria aguentar. Meu Deus, como queimava. Era difícil pensar. Cruzei uma rua estreita entre dois prédios. 

Não havia para onde ir, então caminhei até um beco mal iluminado e me escondi atrás de umas latas de lixo. A noite estava fresca, mas aquele tinha sido um típico dia quente em Las Vegas. As lixeiras de metal cheiravam muito mal. Com aquele cheiro e a dor, senti que estava prestes a vomitar. 

Sentei naquele chão de concreto gelado, desgrudei o vestido da ferida e com cuidado para não irritar mais do que o necessário. Minhas mãos tremiam com o medo e a adrenalina. Tirei o caco de vidro preso em minha pele. Eu queria gritar. Mordi os lábios na tentativa de abafar o som, mas mesmo assim meus gemidos ecoaram na noite. Olhei para a ferida, o caco rasgará a minha pele. Algo ainda brilhava, percebi que ainda tinha um pedaço de vidro mais para dentro, mas eu não podia fazer nada. Escorei a cabeça na parede, tinha a sensação de que já passara uma eternidade, mas na verdade não tinham sido nem dez minutos. A dor ficava mais intensa. O desespero começou a bater. 

Será que Justin estava bem? E os meninos? Continuei quieta. Tentava desviar o foco das preocupações. Tudo o que podia fazer era me concentrar em mim mesma. Mas o que faria se Justin morresse? Ou se eles não me achassem? Meus pensamentos foram interrompidos por um barulho, o que me fez encolher ainda mais. Prestei atenção na rua.

- .. Justin - Alguém gritava. - Venha pequena, é o Justin. - Eu reconheci aquela voz e apenas uma pessoa me chamava como pequena.

Levantei com dificuldade e fui até a saída da rua. Vi o carro descer a rua de forma lenta. Cabeças para fora das janelas, à minha procura. Caminhei para a rua, perto de alguns comércios abandonados. 

- Justin! - Gritei ao me aproximar - Justin!

O carro freou, e Justin e os meninos correram para fora. Tentei correr, ao ver os braços de Justin abertos, mas sem sucesso. Era tão típico dele sempre tentar ser meu herói.