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História Força e Vida - Tomione - Capítulo 27 - O primeiro ataque


Escrita por: BeatriceBRiddle

Notas do Autor


Bom dia, crianças!
Mais um capítulo para vocês, com menos amor dessa vez, porque não sou sempre melosa! u.u

Capítulo 27 - Capítulo 27 - O primeiro ataque


Os próximos meses passaram quase como aquele primeiro dia de aula. As matérias eram realmente mais fáceis do que no futuro, e eu estava seguindo uma rotina de estudos como a minha comum. Ia cedo para a sala precisa, depois para o café, em seguida para as aulas, almoço, mais aulas, jantar e para as aulas de astronomia, nas terças e quintas às dez horas da noite.

No intervalo das aulas ou estudava, ou ficava coversando com os meus amigos. Ficar perto das garotas era muito fácil, Dorea era animada e Cedrella mais calma, porém as duas eram ótimas amigas, e leais. Havia feito amizade com Minerva, Charlus e Septimus, e era engraçado o quanto eles me lembravam do trio de ouro e seus bons tempos. Draco ficava grande parte do tempo comigo, exceto nas minhas aulas não obrigatórias, já que ele não fazia Aritmância e Runas Antigas.  Abraxas, eu havia descoberto, era muito mais gentil do que parecia a primeira vista, até mesmo mais gentil do que o Draco, muitas das vezes que meu irmão não podia buscar um livro para mim, Abraxas o fazia com o maior prazer. Passávamos horas conversando, ele era um cara animado, divertido, e descontraído quando não estava se portando como um futuro comensal, fora que também era inteligente, demonstrando quando volta e meia estudava comigo ou me perguntava sobre algum feitiço que não compreendia totalmente. Eu também havia notado que ele gostava realmente da Minerva, e vê-lo bobo perto dela era muito fofo, eu não conhecia minha futura avó, mas sabia que o amor deles em algum ponto daria errado, isso me deprimia um pouco.

Tom estava quase na mesma, tivemos mais momentos de quase beijo, mas em todos ou eu fugi ou ele desistiu quando percebeu o que ia fazer. Éramos amigos, daqueles que com um passo se tornariam amantes, e eu não conseguiria jamais dar esse passo. Eu via que conforme o tempo ia passando, ele se dividia, ao meu lado eu não via o Tom que queria um mundo totalmente bruxo, sem trouxas ou nascidos trouxas, comigo ele era doce e gentil. Mas eu sabia que o seu lado Voldemort estava crescendo. Só até aquele dia não sabia o quanto já estava crescido.

Já havia se passado três meses que estávamos em Hogwarts, tudo parecia calmo, tudo havia se ajeitado na medida do possível, mas eu sentia que a calmaria estava prestes a acabar. Eu sabia que esse era o ano em que no dia 13 de junho a Murta seria assassinada, eu sabia que a calmaria com toda certeza iria acabar, cada vez mais eu me precavia quando saía pelos corredores e já havia alertado o Draco para que não olhasse se escutasse um movimento hostil, ele era puro-sangue, mas ao contrário de mim, poderia morrer ao olhar para os olhos da Königin.

Aquela noite estava serena, o frio já estava implantado, já que estávamos em Dezembro. O céu estava incrivelmente limpo e eu o observava da sala precisa. Pela posição da Lua e a cor do céu, provavelmente já se passava das dez horas da noite, se eu fosse pega voltando para o salão comunal estaria em detenção.

Naquela noite eu havia recebido uma carta da minha mãe, nos falávamos praticamente todos os dias, sobre coisas comuns do meu dia a dia e sobre o dia dela. Mas naquela noite ela havia dito para que eu tomasse cuidado, que não fosse para o salão comunal muito tarde, e que ficasse lá até o amanhecer. Provavelmente ela sabia que algo aconteceria nessa noite e queria que eu não me envolvesse, mas eu havia me prendido em meus estudos, e perdido a hora. Precisaria ir agora com minha capa até as masmorras.

Suspirei, saí de perto da janela, peguei minha mala, que já estava pronta, a encolhi ao tamanho de um pingente, a coloquei por sua alça no meu colar com o ovo, e joguei a capa sobre mim. Eu a havia ajustado para que ficasse tão longa quanto o chão, justa em meu corpo e minhas mãos, e mais solta no rosto, para que eu pudesse ter menos chances de esbarrar em alguém.

Andava a passos silenciosos e já havia descido vários andares quando ouvi um barulho vindo de um local no meio do corredor. Virei para a direção do barulho e notei que as tochas dentro do local estavam acesas, cheguei mais perto e notei que era um banheiro, levei poucos segundos para perceber que era o banheiro feminino do segundo andar.

Olhei para dentro com mais cautela e vi sombras, eram humanas e também podia ouvir passos. Eu tinha esse momento para decidir se iria embora para o salão comunal, ou iria ver o que estava acontecendo. Usei o resto da coragem Grifinória que ainda possuía e entrei com cuidado no banheiro, passo por passo para não fazer barulho.

- E se ele gritar? – Ouvi uma voz sussurrada dizer. Não era uma voz que eu conhecesse.

- Não vai, quando eu terminar, ele não poderá falar nada. – Essa voz era mais fria e mais firme, essa eu conhecia bem. Era Tom.

Eles estavam perto das pias só que do outro lado do meu campo de visão. Segui pela lateral oposta a da porta para que se alguém saísse, não esbarrasse em mim. Quando fui me aproximando da lateral direita dos rapazes, pude notar que eles estavam perto da pia onde era a entrada da câmara. No chão havia um pequeno aluno, que pelo que notei do uniforme era um lufano do primeiro ano. Ele parecia machucado com alguns cortes e respirava com dificuldade.

- Eu havia dito para que fossem cautelosos, e não deixar marcas de briga trouxa no garoto. Além do mais, estar aqui a essa hora chama muita atenção. Não falhe de novo, Lestrange. Não te deixarei livre da próxima. – Lestrange. O rapaz alto, magro e de cabelos negros na minha frente era provavelmente o pai do meu padrasto.

Tom parecia furioso com o deslize do comensal. As ordens pelo jeito eram para que fossem mais discretos com quem atacavam. Ouvir tudo aquilo de Tom me deixou a ponto de explodir de raiva. Como eu pude ser tão tola? Ele já é Voldemort em vários aspectos. O rapaz alto assentiu e fez uma reverência.

- Me perdoe, Milorde.

- Saía daqui agora, só há uma forma de resolver isso e se você ficar pode morrer junto. – Lestrange saiu em disparada, mas com leveza nos passos.

Tom esperou alguns minutos, até ter certeza de que o Lestrange já estava fora do corredor.

- Eu tenho um presente preparado para você, sangue ruim. – Tom falou olhando para a pequena criança. Seu sorriso era frio e polido, mas parecia se divertir profundamente. Aquilo fez com que eu sentisse um frio na espinha.

Ele saiu de perto do aluno que estava deitado a poucos metros das pias, e se dirigiu ao local da entrada da câmara.

- Venha, Königin. – Foi o que Tom disse para abrir a câmara.

Pelos barulhos que ouvi na câmara, a porta já estava aberta, e Königin estava subindo provavelmente para matar o rapaz. Assim que a Königin colocou sua cabeça para fora do buraco da pia, Tom disse.

- Tenho uma reunião com os meus comensais na floresta. Trancarei a porta do banheiro, quando o garoto acordar, mate-o. Volto daqui uma hora para fechar a câmara, tenha cuidado. – No fundo ele parecia se preocupar com o bem estar dela, mas nesse momento nada mais importava.

Esperei Tom sair, fechar a porta com um feitiço e eu ouvir seus passos pelo corredor, antes de falar.

- Não posso deixar que o mate, Königin. – Lancei um abaffiato no banheiro, e um feitiço na porta para ter certeza de que ninguém entraria antes que eu saísse.

- Não achei que deixaria, posso petrificá-lo. – Königin mesmo não sendo minha nessa época, entendia bem o que eu sentia.

- Acho que é o melhor que podemos fazer sem que o Tom desconfie de tudo. Quando ele acordar você o petrifica, eu o deixo na enfermaria, e você desce para a câmara. Se ele perguntar algo sobre onde está o garoto, você diz que quando não conseguiu matá-lo desceu para o seu canto. – Minhas palavras vinham quase tão rápido quanto os meus pensamentos.

- É uma boa ideia, Hermione. – Ela hesitou como um ser humano. – Cuide-se com o que está por vir, tempos difíceis e de escolhas difíceis.

Com um feitiço consegui reanimar a criança deitada no chão. Ele respirava pesado e parecia bem assustado.

- Você precisará ficar dormindo durante um tempo para que possa sobreviver, está bem? – Não podia dizer que ele seria petrificado. – Por enquanto fique de olhos fechados.

Fui até a pia e liguei todas as torneiras. Esperei que o chão estivesse todo encharcado antes de me dirigir ao garoto novamente.

- Abra os olhos, mas não os tire do chão. – Ele lentamente me obedeceu.

- Königin, sentirei sua falta. – Assim que ela se aproximou e seus olhos se encontraram com os do garoto através do reflexo na água, ele automaticamente petrificou. Senti um arrepio passar pela minha espinha, eu conhecia bem aquela sensação.

Olhei uma última vez para Königin, peguei o garoto no colo e ajustei minha capa para envolvê-lo também. Saí do banheiro com muita cautela já que o chão estava todo molhado e meus passos fariam muito barulho se eu não fosse devagar. Depois de lacrar o banheiro novamente, me dirigi até a ala hospitalar, deixaria o garoto lá e faria algum barulho para chamar a atenção da Madame Pomfrey, já que eu não poderia ser vista.

Depois de que deixei o garoto em uma das macas, puxei a minha varinha e soltei uma faísca de luz laranja em direção à sala da Pomfrey. Logo depois que saí, pude a ouvir indo apressada em direção à maca onde eu tinha deixado o garoto, e ao meu lado, na porta, passou seu Patrono, provavelmente indo avisar o diretor ou algum professor.

Eu sabia que seria arriscado ir até a Sonserina, se Tom já tivesse descoberto que alguém havia levado o garoto até a ala hospitalar, estaria procurando pelo responsável, e começaria pelos primeiros andares. Resolvi subir correndo para a sala precisa, lá eu estaria segura e poderia dizer que adormeci estudando, seria uma boa desculpa. Assim que cheguei, desejei um lugar onde eu pudesse dormir, e que não pudesse ser incomodada ou encontrada.

O quarto era bonito, em tons de azul claro com branco, tinha uma cama de casal larga com travesseiros azuis e um edredom azul. Tinha livros em estantes, um armário que pelo que eu percebi estava conectado com o meu no dormitório, e havia uma porta que provavelmente levava a um banheiro. O chão era todo coberto por um tapete felpudo branco, tudo era aconchegante. A porta desapareceu assim que eu a fechei, provavelmente se alguém desejasse uma sala iria parar em qualquer outro lugar menos aqui, estaria segura durante aquela noite.

Dirigi-me ao enorme banheiro, tomei um banho demorado e relaxante. Fui para a cama com meu corpo mole e relaxado, e dormi assim que encostei a cabeça no travesseiro.

Acordei cedo, pelo que eu via pela janela. Eu até gostava da Sonserina, mas sempre sentiria falta da vista da Grifinória. Levantei e me arrumei com um dos uniformes limpos que estavam no guarda-roupa.

Saí da sala precisa com cuidado, e fui em direção às escadas, iria tomar café da manhã e ver como estava a situação da escola. Havia acabado de sentar, quando Draco entrou com todos os nossos amigos no salão principal. Dorea e Cedrella correram em minha direção, pude ver que estavam apreensivas e Draco parecia aliviado em me ver.

- Onde você estava, Mione? Recebemos um comunicado no salão comunal para tomar cuidado, já que um aluno havia sido atacado noite passada. – Dorea falava rápido e parecia mais aliviada me vendo ali.

Notei que o Tom parecia estar de mau humor e me encarava com olhos frios, mas eu não o olhava nos olhos por nenhum momento.

- Acabei dormindo em cima dos livros ontem, acordei apenas hoje cedo. – Olhei para ela com uma expressão de quem pede desculpas e suspirei ao fim. Pelo olhar de todos notei que estava cada vez melhor em minhas mentiras.

Apenas Draco parecia ter notado que aquela não era a verdade integral. E o Tom, que parecia confuso.

- Você não vai à biblioteca, onde dormiu? – Ele falou, e dessa vez olhei para os seus olhos. Quando ele tocou no nome daquele lugar estremeci involuntariamente.

- Eu não estudo lá, encontrei uma sala há algum tempo onde posso estudar em paz sem precisar ir lá. – Era fácil olhar para ele, já que agora eu estava falando uma verdade integral.

Ele pareceu relaxar consideravelmente, devia estar com medo de que tivesse sido eu quem salvou a criança ontem. Parecia que sua raiva teria sido maior se eu tivesse feito isso, porque ele relaxou totalmente depois de um tempo.


Notas Finais


Nem sempre gostar de alguém nos torna boas pessoas, ser bom com alguém não significa deixar de ser ruim com o resto do mundo, sempre tenham isso em mente.


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