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História Força e Vida - Tomione - Capítulo 30 - Pressentimentos e dores


Escrita por: BeatriceBRiddle

Notas do Autor


Bom dia, amoras!
Como estão?! Estou mega feliz que chegamos a 60 favoritos na fic! Eu não esperava que tanta gente gostasse de ler, e fico muito feliz por estar errada quando penso que estou escrevendo para o nada! Muito obrigada gente *-*

Capítulo 30 - Capítulo 30 - Pressentimentos e dores


Desde a noite do natal, onde eu acabei dormindo nos braços do moreno no sofá, eu e o Tom nos tornamos uma espécie de casal de namorados. Ele não havia saído com nenhuma outra garota desde o começo das aulas, mas eu havia ficado sabendo da sua fama através das minhas colegas de quarto. Porém agora ele procurava se distanciar do assédio de algumas meninas, passava mais tempo comigo, e apesar de ele não ter me pedido em namoro e nem andarmos de mãos dadas, éramos visto juntos praticamente em todos os lugares nos horários entre as aulas.

Tom era sempre carinhoso comigo, não nos beijávamos em público, na verdade quase não nos beijávamos, já que ele sabia o quanto isso continuava sendo complicado para mim. Mas ele sempre me abraçava, me puxava para os seus braços em momentos de distração e fazia carinho no meu rosto e nas minhas mãos quando estávamos sentados em algum lugar.

Eu estava feliz, do meu jeito é claro, mas sorria mais e às vezes meus sorrisos chegavam aos olhos, e eu sabia disso porque o Draco havia me contado. Ele tinha medo de que eu me machucasse, afinal de contas, se tratava de Tom Riddle e nós éramos os únicos que sabíamos o quanto o moreno era perigoso e letal.

Draco havia voltado feliz e diferente do orfanato, sentia falta da Elisa como sempre, e continuava como um bobo apaixonado suspirando pelos corredores, mas havia superado o fato de que ela era do passado e ele do futuro, e que mesmo que conseguíssemos mudar muita coisa no nosso presente, ela continuaria sendo trouxa.

- Você gosta dela de verdade, Draco. O sangue importa, mas não precisa ser sempre assim. – Eu, o Tom, o Abraxas e o Draco estávamos sentados embaixo da mesma árvore que eu havia ficado com o moreno no outro dia.

Eu estava sentada no meio das pernas do Tom e apoiada em seu peito confortavelmente, havia sido um susto para o Abraxas, que provavelmente havia visto o moreno ficar com inúmeras garotas apenas por diversão, e para o Draco, que não esperava tanto toque vindo da minha parte, mas os dois disfarçaram bem e fingiram que nada estava acontecendo.

Enquanto eu lia um clássico livro trouxa, os meninos conversavam sobre a vida amorosa do Draco. Um assunto que durante anos eu achei que era inexistente, já que a fama que eu sabia que o Tom tinha era do Draco no futuro. Queria minha inteira concentração focada no livro, já que eu conhecia toda a vida amorosa do meu irmão, mas estava quase impossível, já que a opinião do Abraxas e do Tom me surpreendia às vezes e que o moreno estava fazendo círculos distraídos com as mãos na minha cintura.

- Eu me importo com sangue. Sempre me importei. Minha família com toda certeza se importa. Mas o problema não é esse, Abraxas. – Olhei rapidamente para o Draco tentando não repreendê-lo com o olhar, nunca gostava quando ele me lembrava da forma como a nossa família pensava. – O problema é que eu não quero viver no mundo trouxa. – Olhando para o meu irmão, percebi o quanto lhe doía falar isso, e eu podia ver que não era apenas sobre o mundo trouxa que ele estava pensando, mas também da diferença de cinquenta anos entre eles.

Estava prestes a entrar na discussão e deixar o meu livro de lado, quando de repente um vento gelado passou pela minha espinha. Teria deixado para lá, mas senti minhas cicatrizes dos Basiliscos latejarem assim que a sensação de calafrio passou.

No mesmo instante fiquei tensa, alguma coisa estava acontecendo, e era alguma coisa importante, eu podia sentir. Me esqueci de tudo que estava fazendo, me concentrando apenas em uma forma de descobrir o que poderia estar acontecendo.

Não poderia ir à câmara, seria a forma mais rápida de descobrir o que poderia ser, mas se o Tom me encontrasse lá, tudo estaria acabado, ele sabia que eu tinha um Basilisco, mas não sabia que eu na verdade tinha dois e que um deles era o dele próprio. Minha mãe poderia ter notícias, se fosse algo que estivesse acontecendo no futuro, e eu só precisaria ir até a sala precisa como sempre.

- Hei. Está tudo bem? – A mão direita do Tom estava passando pelas minhas costas, ele parecia preocupado e tentava me chamar de volta à superfície. Fez um ótimo trabalho já que sua mudança no toque me trouxe a realidade na hora.

- Eu não sei. – Até pensei em mentir e dizer que estava tudo bem, mas apenas eu e ele estávamos nessa conversa, já que Abraxas e Draco ainda discutiam sobre o futuro do mais novo, e normalmente eu não conseguiria mentir para o Tom.

- De repente você ficou tensa e pálida, o que foi? – Ele parecia angustiado, da forma que sempre ficava quando não sabia de alguma coisa. Com o canto do olho, Draco estava nos observando, eu não havia sido muito discreta na minha mudança de estado.

- Tive um mau pressentimento. – Não era exatamente toda a verdade, já que as minhas cicatrizes ainda latejavam, não havia sido apenas uma sensação ruim. – Preciso entrar. - Olhei para o Tom e pude ver no reflexo dos seus olhos o meu próprio olhar, parecia uma pessoa transtornada.

Antes que o moreno pudesse dizer qualquer coisa, me levantei rapidamente e comecei a correr para dentro, só dando uma última olhada para o Draco, tentando avisar que talvez estivéssemos com problemas. Não dei tempo para que qualquer um pudesse me seguir, apenas corri para dentro o mais rápido que eu pude, e depois subi correndo as escadas.

O que quer que estivesse errado, provavelmente era sério. Eu e a minha mãe conversávamos todos os dias pela manhã, e na maioria das vezes ela me contava como estavam os avanços das tropas do Voldemort e como estava tudo em Hogwarts. Ela era a minha ligação para saber qualquer coisa que conseguíssemos mudar no futuro, mas ultimamente suas cartas estavam cada vez menos detalhadas, e ela dizia apenas estar bem ocupada. Algo grande estava para acontecer, mas ela parecia ter medo de me contar.

Corri pelos corredores o mais rápido possível, e por pura sorte não fui pega por nenhum monitor ou professor. Mas pensando bem, se tivesse sido pega provavelmente não teria parado para receber a bronca. Até mesmo quase corri as três voltas na frente da sala precisa, e ela pareceu ter entendido o recado já que rapidamente a porta apareceu e se abriu para a sala que eu sempre utilizava.

Em cima da mesa, havia uma carta endereçada a mim como eu esperava.

Filha,

Eu queria poder te entregar sempre boas noticias, ou ao contrário disso, não contar nada. Mas acredito que tenhamos chegado a um ponto em que não posso mais deixá-la desinformada.

A maioria das pessoas, principalmente os alunos de Hogwarts, acredita que você e o Draco estejam em um intercâmbio para uma escola estrangeira. Mas seu pai e sua tia sabem que o Draco não iria para fora esse ano, mesmo que o Dumbledore tenha se comunicado com eles e tenha tentado ajudar na melhor desculpa possível, eles estão tendo dificuldade em esconder isso do Lorde das Trevas.

O lorde quer seu irmão por perto, para que ele se torne um comensal melhor do que o pai sempre foi. E ele tem se tornado ainda mais poderoso, não acredito que consiga descobrir os seus verdadeiros paradeiros, mas não é por isso que vamos deixar de temer.

Tempos difíceis estão por vir, e eu agradeço todos os dias por vocês estarem longe disso aqui. Aí também existem perigos, mas não podem ser comparados com o que o mundo em que estou está por presenciar.

Belatriz Black Lestrange

A carta apenas confirmava os meus temores de que algo estava fora do lugar, mas a minha mãe estava tentando me esconder alguma coisa realmente séria, já que as minhas cicatrizes continuavam latejando. Os Basiliscos queriam me avisar, mas era simplesmente impossível eu ir ver um deles. Era muitíssimo arriscado chamar a atenção do Tom para o fato de poder ter sido eu a pessoa que salvou o menino trouxa.

Mãe,

O que está acontecendo? Há bastante tempo eu sinto que você está me escondendo alguma coisa, mas tive um pressentimento ruim hoje, e as cicatrizes dos Basiliscos estão latejando sem parar. Algo grande está por vir, e eu não sei se é sobre o seu mundo ou o meu, mas eu estou com medo.

Uma grifinória não deveria se sentir assim, mas não consigo expressar meus sentimentos de outra maneira. As cicatrizes estão chegando a doer, e eu não tenho ideia de como proteger a mim e ao meu irmão.

Sua filha,

Hermione Black

Precisava apelar para o lado emotivo, que talvez fosse bem pequeno, da Belatriz, já que essa era a única forma de talvez conseguir uma informação específica. E não que eu estivesse apavorada, mas eu realmente sentia um pouco de medo do total desconhecido que estava por vir. E as cicatrizes realmente estavam doendo.

Saí da sala precisa com a minha cabeça latejando junto com as cicatrizes. Minha mão direita ardia, já que a cicatriz feita pela Umbridge, que havia quase sumido depois que eu tomei veneno de cobra, voltou de uma hora para outra sem a mínima dó. Estava atordoada, mas precisava encontrar o meu irmão, ele precisava saber que alguma coisa ia mal.

Desci as escadas devagar, havia escurecido um pouco, mas não fazia mais do que quarenta minutos que eu havia deixado os rapazes. Eles provavelmente estavam ou ainda nos jardins, ou no salão comunal. Quando cheguei ao térreo, cuidando para não esbarrar nos poucos alunos que passavam nos corredores, e escondendo a mão nas vestes, fui até a porta para olhar pelos jardins.

Os rapazes não pareciam estar onde estávamos antes, então olhei também para o salão principal, não era hora de alguma refeição, mas o Draco e o Abraxas viviam atrás de comida. Vendo que ninguém estava por ali, desci para as masmorras, que também estavam vazias. Afinal de contas, era sábado, muitos alunos estavam ainda em Hogsmeade, inclusive Dorea e Cedrella.

Quase comemorei quando cheguei à parede que dava entrada para o salão comunal, e disse a senha pausadamente, tentando controlar todas as minhas emoções antes de encontrar com alguém. Assim que passei pela entrada, olhei ao redor do salão, que como eu imaginava estava quase vazio. Apenas havia alguns alunos perdidos por ali estudando, outros conversando baixinho, e por fim os três rapazes que eu procurava.

O moreno estava deitado em um sofá, olhando para o teto com cara de pensativo, parecia um pouco tenso. Continua lindo. Tem coisas nessa vida que não há como discordar. Draco e Abraxas estavam em outro sofá, conversando distraidamente, pelas suas caras, continuavam no mesmo assunto de antes.

Logo depois que entrei, Draco olhou para cima, percebendo a minha chegada. Seu olhar se conectou com o meu, sua expressão relaxada de antes pareceu se quebrar imediatamente, e seus olhos ficaram concentrados procurando no meu rosto as respostas que queria. Mantive-me firme, precisaria falar com ele depois, e as dores que eu estava sentindo poderiam ser adiadas.

Mas assim que olhei novamente para o Tom, perdi um pouco do meu controle. Ele havia me olhado quase tão rápido quanto o Draco, mas tinha se movido ainda mais rápido, já que agora estava sentado no sofá me encarando. Nossa relação podia ser estranha, ele podia ser um cara totalmente perigoso e errado, mas naquele momento ele era o rapaz que havia me socorrido na noite em que eu tive um pesadelo, e me colocado para dormir com ele.

Minha mão pareceu doer ainda mais, junto com as cicatrizes. E em um momento de fraqueza, eu não consegui esconder uma rápida expressão de dor. Em um segundo eu estava sentindo a dor me dominar, e em dois o Draco estava na minha frente.


Notas Finais


Gente, perguntinha, tem alguém aqui que gosta de Dramiones? Tenho uma que postei em outro site, e tô pensando em colocar aqui também, será que alguém gosta?


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