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História Força e Vida - Tomione - Capítulo 52 - Escudo Humano


Escrita por: BeatriceBRiddle

Notas do Autor


Sim, eu estou viva.
Não, eu não fiz de propósito.
Sim, eu estou atrasada.
Me desculpem pelo sumiço, mas além da faculdade ontem tive compromissos importantes o dia todo, tanto que saí 8 e pouco logo depois de acorda e cheguei meia noite e quarenta, tendo que levantar hoje as 6! Foi o caos!
Mas voltei u.u

Capítulo 52 - Capítulo 52 - Escudo Humano


Minha mãe não queria que eu fosse à festa de forma alguma. Tanto que mesmo com a carta, foi necessária uma semana inteira para que ao menos ela começasse a pensar sobre o assunto, e não mandar berradores para o Draco.

Achei que as cartas mal criadas viriam para mim, porém assim que ela recebeu a carta começou a enviar inúmeros berradores para o loiro, dizendo que ele não tinha o direito de ter me mostrado aquilo. Felizmente ela não enviava para o salão principal e sim para a câmara, o que era também preocupante já que eu tinha que entregar para ele e dar um jeito de ninguém mais ouvir.

Porém depois de uma semana, pela primeira vez ela não enviou um berrador. No lugar da carta barulhenta havia uma comum, direcionada a mim dessa vez.

Bela parecia mais calma, e até mesmo tentou pedir desculpas para o Draco, mas toda aquela irritação dos primeiros dias se transformou em preocupação e medo, o que eu tive que controlar com uma longa carta dizendo que ela estaria bem perto para cuidar de mim, caso algo desse errado, e que além do mais, eu sabia ser discreta e também sabia me proteger.

Mesmo ainda faltando mais de um mês para a festa, ela já estava dando trabalho. E parecia que não ia melhorar a situação, à medida que o fim do ano se aproximava.

Depois de uma semana, mesmo que os meus problemas estivessem menores, a escola parecia estar naquele momento antes da tempestade, já que ninguém havia descoberto quem havia enfeitiçado a Cátia.

Eu não podia simplesmente entregar quem havia feito aquilo, primeiro porque Dumbledore provavelmente já sabia de tudo e segundo porque seria perigoso, e uma burrice, provocar os dois sonserinos dentro de uma escola, onde havia alunos inocentes, e de onde eu não conseguiria fugir caso algo desse errado.

Gina também havia me avisado que o Harry estava começando a agir estranho. Mantendo o mapa do maroto sempre por perto e lendo um livro de poções que ele havia recebido na primeira aula do professor Slughorn. Não era um comportamento normal vindo do moreno, já que ele não gostava de estudar, muito menos já havia sido visto com interesse em um livro por tanto tempo.

Algo estava realmente errado, já que ele não havia contado nada nem para a ruiva. Porém ela desconfiava que ele sabia de alguma coisa a mais sobre o embrulho amaldiçoado, já que foi ele quem havia contado a ela, que contou a mim, que a Cátia ia entregar o embrulho ao Dumbledore, sendo que o resto da escola não havia sido avisada sobre isso.

Meu maior medo era que ele resolvesse fazer algo, caso descobrisse os reais culpados, e acabasse se machucando. Mas dessa vez meu envolvimento não era uma opção, e se ele estava tão centrado e obcecado com isso, não valia a pena eu acabar com o meu disfarce para tentar o convencer de que aquilo era burrice. Harry sempre foi teimoso, ele não me ouviria, além de ficar profundamente chateado se soubesse que eu estava ali e na Sonserina.

Sabendo que me manter afastada e confiar no que a Gina me contava eram as minhas melhores alternativas, tentei começar a ficar mais tempo com os meus amigos do que na câmara, para não acabar seguindo os meus antigos amigos e fazer algo extremamente burro.

Comecei a passar mais tempo com a Pansy, indo a passeios pelos jardins, treinando feitiços e a ajudando a estudar. Ela era uma companhia muito agradável, além de se esforçar para aprender quando me pedia ajuda em alguma matéria.

A cada dia que eu passava com ela, mais um pedaço da antiga forma que eu pensava dela ruía, já que mesmo ela sendo ácida e orgulhosa isso era algo que muitas vezes eu também era. Nós éramos parecidas em vários pontos, apenas eu nunca havia percebido isso antes.

Às vezes Draco se juntava a nós, e era nesses momentos que eu mais me divertia, já que a loira gostava do loiro e muitas vezes tentava esconder, mas de longe eu conseguia notar o olhar brilhante que ela tinha para ele, assim como o sorriso que tentava esconder.

Pansy nunca havia ficado com o Draco, apesar de toda a fama que os dois tinham. Desde pequena ela era apaixonada por ele, algo que ela havia me contado nas primeiras semanas, talvez pensando que eu poderia gostar dele dessa forma. O loiro parecia nunca ter notado, o que eu achava fofo já que ele a considerava uma amiga tão próxima e a tratava bem do seu jeito, protegendo-a.

 Eu sabia que ele havia gostado da Elisa de verdade, mas não o suficiente para amá-la para sempre. Fora que ela era inalcançável atualmente, e ele tinha uma família para quem voltar no presente. Pansy estava ali, no nosso tempo, era puro sangue, e seus pais amigos da família Malfoy. Além de ela ser legal, daria certo.

- Pansy. – Chamei enquanto nos sentávamos para o jantar depois de uma tarde no jardim, onde eu havia ensinado a ela feitiços de proteção e ataque simples.

- Oi. – Disse ela olhando discretamente para a porta, talvez esperando por um certo loiro, que ainda não havia chegado.

- Vocês poderiam dar certo. – Sorri para o seu olhar confuso, colocando comida no meu prato. – Sabe bem do que eu estou falando, Pan. – Bochechas coradas tomaram o lugar da confusão.

- Acha mesmo? – Quando se tratava dele, ela não era confiante, como sempre, na verdade ele era o único que a deixava insegura.

- Sim, eu acho. Só ele ainda não percebeu isso. – Sorri acolhedora tentando dizer que eu conseguia entendê-la, depois do tempo que havia passado achando que gostava do Rony.

A loira suspirou e parecia prestes a falar algo, quando todas as facas da mesa da Sonserina se levantaram e foram em direção à mesa dos professores com o diretor como alvo. O feitiço era bem feito, apesar de o próprio diretor ter se protegido com rapidez, transformando as facas em pequenas aves azuis. As conversas no salão começaram a se elevar e todos olhavam para todos os lados, tentando encontrar quem havia feito isso.

Na porta do salão estava Draco, olhando assustado para o que havia acabado de acontecer. Rápido como as facas, ele olhou para mim e saiu dali, talvez chegando à mesma conclusão que eu, de que todos iriam pensar que havia sido ele. No mesmo momento que o loiro sumiu no corredor, Harry levantou da mesa da Grifinória e saiu, não sendo visto por ninguém já que todos estavam mais preocupados com o ataque.

- Pansy, estou com um mau pressentimento. – Conhecendo os eventos anteriores, eu sabia que isso não poderia ser boa coisa.

- Eu também. – A loira estava olhando para a porta e para a mesa da Grifinória. – A ruiva está vindo para cá, mas eu acho melhor você ir atrás do Draco, eu posso falar com ela.

Assenti rapidamente e saí do salão, tentando não chamar atenção e sem olhar para trás. A parte boa de eu sentar sempre de costas para a mesa da Grifinória era essa, antes que a Gina conseguisse me alcançar, Pansy já estava conversando com ela.

Corri pelos corredores sem prestar atenção para onde estava ainda, apenas correndo para o lado que eu sabia que eles haviam ido. Não estava me preocupando em ser discreta, já que todos ainda estavam no salão principal, e dificilmente sairiam tão cedo.

A cada esquina procurava por algo que me mostrasse que eles haviam passado por ali, já que a única pista que eu tinha era que Draco havia ido para o lado do corredor principal que levava aos andares superiores. Algo que eu não havia entendido de primeira, já que esse não era o caminho das masmorras, mas que eu entendi assim que acabei no segundo andar.

Draco sabia que eu teria como entrar na câmara e que era o lugar mais seguro para conversar, mas ele não estava sozinho no banheiro. Entrei no banheiro silenciosamente, talvez já prevendo que o Harry o seguiria, e logo vi Draco olhando para os espelhos em frente das torneiras, sem notar que o moreno o espreitava.

- Achei que sabia se esconder melhor, Malfoy. – Harry não parecia com ele mesmo. – Vir para o banheiro feminino, não parece muito inteligente. – O moreno parecia fora de si, perdido em sua própria raiva.

- Eu não estava tentando me esconder, Potter.  Mas pelo jeito você não cansa de me seguir, de qualquer forma. – O sorriso superior do loiro estava ali, mas não me atingia da mesma forma que antes, eu sabia que o Draco não estava preocupado com o Harry, ele era apenas uma distração.

- Óbvio que eu te seguiria, você estava tentando matar o Dumbledore. Cátia disse que foi você que a enfeitiçou, e hoje você apareceu bem no momento em que todas as facas, apenas da Sonserina, voaram de encontro aos professores. – Assim que o Harry começou a falar daquela forma coloquei a minha capa da invisibilidade, que eu sempre guardava na minha bolsa, que agora mantinha sempre em forma de colar, e passei discretamente para o lado do loiro, sabendo que aquilo estava a ponto de dar errado. – Você não pode me enganar! – Eu não havia percebido quando o moreno pegou a varinha, mas de repente ela já estava mirando o peito do Draco.

Não daria tempo de procurar e pegar a minha varinha na bolsa, e pela cara do loiro, ele estava sem a dele. Harry normalmente não era perigoso com feitiços, já que ele os fazia bem, mas não sabia muitos. Porém o olhar que ele demonstrava, algo que eu nunca havia visto no moreno antes, eu sabia que ele poderia fazer um estrago, já que parecia poder lançar um Avada se soubesse o que era necessário para a maldição imperdoável.

Sem parar para pensar no que eu realmente estava fazendo, me coloquei na frente do loiro, sem que qualquer um dos dois percebesse. Eu poderia ser curada com veneno de Basilisco, caso ele fosse bem sucedido em alguma azaração.

- Eu não seria burro ao ponto de tentar algo tão idiota como aquele show no salão, Potter. – Draco cuspia as palavras para ele.

- Sim você seria, Malfoy. – Isso não era verdade, aquilo havia sido a assinatura de alguém bem desesperado e burro, não fazia o tipo do Draco.

Porém antes que o loiro pudesse revidar, ou falar qualquer coisa que fosse, Harry o impediu.

- Você não vai conseguir machucar o Dumbledore. E também não vou deixar que você tente machucar qualquer outra pessoa. Sectumsempra. – Eu não conhecia aquele feitiço, mas assim que ele me atingiu a capa da invisibilidade abriu mostrando o meu rosto e o meu corpo.

Olhei para o Harry surpresa e esperei até ele sair correndo do banheiro, assustado, antes de deixar que o meu grito de dor saísse. Mas a dor era muito mais potente do que eu conseguia exprimir, eu não consegui ouvir o meu lamento, já que por dentro eu estava gritando mais alto.

Assim que fui atingida a minha pele começou a rasgar com longos e profundos cortes, que se abriam cada vez mais e em maior quantidade. Quando as minhas pernas cederam, Draco me segurou, para que eu não caísse no chão, e me virou para ele.

- O que é isso?! Como eu faço parar? – Draco me perguntava desesperado, olhando para os inúmeros cortes que surgiam e para o sangue que vazava rapidamente. O problema é que eu não sabia parar.

- Eu não sei parar. – Falei com toda a voz que me restava e reprimindo um grito agoniado.

- Hermione! O que eu faço? – Eu queria poder tranquilizá-lo, mas eu não conhecia aquele feitiço, e por consequência, não conhecia o contra feitiço.

Veneno. Isso poderia me curar, porém eu tinha uma leve impressão que usar veneno de cobra, ou veneno do Basilisco seria pior, já que poderia estancar o sangue ou curar os cortes, mas o feitiço provavelmente criaria novos, e eu ficaria em um ciclo de dor e perda de sangue.

Infelizmente eu não sabia o que fazer, só sabia que não poderíamos ficar ali, mas não tinha mais forças para dizer isso para o loiro. Então deixei de prestar atenção no que Draco tentava dizer, e também nos gritos que a minha cabeça tentava fazer com que eu liberasse, e me concentrei apenas no silêncio e na calma que a escuridão trazia.



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