História Forever - Nunca desista de seu Sonho

POV CAMILA

Depois de ouvir as palavras da toda poderosa Jauregui, sai correndo da sala dela com lágrimas nos olhos, passei pela recepção e dei graças a Deus que era a última a passar pela entrevista, mais ainda tinha a recepcionista que a me ver chorando deu um sorrisinho debochado, foi ai que mais lagrimas caíram feito cachoeira. Não aguentava mais precisava colocar tudo pra fora se não iria explodir, estava com muita saudade da minha família e não conseguia vender as minhas composições, estava vendo meu sonho se dissipar na minha frente. Não entendia o que havia de errado com minhas letras, porque seria tão errado demonstrar os sentimentos, tinha que haver um equilíbrio entre a visão artística e a comercialização da música, mas as gravadoras não vão querer vender isso, só priorizam o dinheiro.

Voltei para meu apartamento aos prantos, decidida a esquecer dos meus sonhos de um dia ser uma grande compositora e guardar as minhas letras somente para mim. Mais não tinha como prever o que minha amiga havia reservado para mim. Dinah me abraçou já sabendo o porque de minhas lágrimas e sem dizer nada deixou que me acalmasse. Quando parei de soluçar suas palavras me fez reconsiderar.

- Você não sabe quão precioso é seu dom. Nunca desista de seu sonho, não importa o que aconteça, pois você me traz emoção através da sua arte, eu acredito em vc... aprenda a levantar depois de cair, pare de chorar e tome uma atitude. Mila, já te falei isso. E repito: você tem talento, nasceu pra ser diferente, pra estar no palco e não na plateia. Pra fazer acontecer e não para simplesmente assistir! – disse Dj tentando me incentivar.

- Obrigada Dinah, não sei o que seria de mim sem vc. Mais só de imaginar cantando pra outras pessoas eu fico em pânico, simplesmente não consigo. – disse a ela 

- deixe o que aconteceu para trás, vc era criança e nossa sua voz era horrível. –disse DJ fazendo careta. - vc melhorou muito e evoluiu bastante, sua voz hoje é linda parece de um anjo, e se vc não tentar nunca saberá que tem talento não só para escrever, mais também para cantar. – falou já se levantando e me deixando sozinha para assimilar o que disse.

Depois de refletir muito, decidi deixar este assunto um pouco de lado e focar no trabalho de garçonete, pois no momento era nosso ganha pão. À noite fui para a boate e como era de esperar de uma segunda-feira, seria mais tranquilo.

Hoje era show das meninas próximo do balcão do bar, enquanto elas dançavam Harry faria sua magica, uma habilidade incrível com copos e garrafas, nunca vi alguém fazer malabarismos tão perfeitos. Enquanto eu e as outras meninas serviríamos as mesas ele fazia os coquetéis.

As meninas dançavam enlouquecidas levando os clientes à loucura, apesar de ter pouca gente por ser ainda cedo. Foi quando nada mais nada menos minha melhor amiga Dinah louca Jane se empolgou e começou dançar em cima do balcão.

- Aqui é uma boate ou uma igreja? Vamos agitar meninas! - gritou DJ entusiasmada.

Então Normani, Vero e Lucy também subiram e começou o verdadeiro show, todos os clientes foram para perto do bar, velas dançar e foi uma loucura total. Uma coreografia impecável elas dançavam de forma sensual, rebolando, lentamente e depois para uma movimentação mais frenética. Normani empinou o bumbum, inclinando ligeiramente para frente e jogando-o de um lado para o outro, de cima para baixo sua dança era mais interessante e variada. Seu movimento era delicado pra frente e para trás ao som da música, e ao mesmo tempo chamativos, só o suficiente para destacar as belas curvas do seu corpo.

Vero enquanto dançava fazia contato visual com as pessoas que achava atraentes e, depois de alguns segundos, desviava e continuava dançando. Isso a deixava mais sensual e misteriosa. Mais o melhor foi quando Lucy se aproximou lentamente. Dançou passando as mãos pelo corpo como se não soubesse que o mundo existe e chegou mais perto, fazendo contato visual com Vero que retribuiu o olhar com um sorriso, aproximou-se mais e começou a roçar levemente enquanto dançava por trás, com as mãos nos quadris dela para dançarem juntas. Virou-se de frente para ela e colocou seus braços por trás do pescoço de Vero e tomou seus lábios em um beijo de língua que levou os clientes ao delírio. 

Dinah era uma obra de arte em movimento tinha seus próprios passos, o verdadeiro segredo de sensualidade, destacava os movimentos chamando a atenção para o bumbum e quadril sem se preocupar com cada movimento, como se fosse uma coreografia ensaiada. Deixou-se levar, fechou os olhos, expressando as notas e o significado da música em seu corpo, encerrando assim a apresentação.

- e ai novata gostou do show?- perguntou Vero nos ajudando a servir os clientes no balcão. Balancei a cabeça confirmando, pois apesar do movimento ser um pouco mais fraco os clientes ficaram afoitos por causa da apresentação das meninas e não dava pra conversar. – Não fomos apresentadas ainda, sou Verônica Iglesias, mais pode me chamar de Vero. Aquela mulata linda é Normani, ou Mani e aquela doce e encantadora moça é a Lucy Vives, vulgo minha namorada. – disse quando deu um selinho em Lucy.

- vcs são realmente muito boas no que fazem, os clientes adoraram o show. Só não entendo porque a Demi prioriza tanto a apresentação da Michele e não investe tanto em vcs. – comentei intrigada.

- infelizmente isso nós nunca saberemos. – falou Mani que também nos ajudava.

- dizem que na verdade elas são sócias, que algum tempo atrás Demi passou por dificuldades e quase perdeu a boate e que Michele a ajudou com suas apresentações enchendo a casa novamente, por isso a Demi se curva aos pés de Michele. – disse Lucy entrando na conversa.

- gente é melhor vcs voltarem ao trabalho olha a cara da Demi, acho que aconteceu alguma coisa. – disse DJ preocupada.

Achei estranho o comportamento da Demi, parecia triste e desanimada. O que será que aconteceu? Percebi que hoje havia poucas pessoas, talvez por ser começo de semana ou seria essa a preocupação da Demi.

Depois que a boate fechou as meninas me chamaram pra sair, mais recusei, pois estava muito cansada, meu dia tinha sido muito exaustivo. Então mesmo com os argumentos de Dinah decidi ir pra casa descansar. Cheguei em casa e fui direto tomar um banho pra relaxar, logo quando terminei me joguei na cama para dormir, mais não consegui, apesar do cansaço fiquei repassando tudo que aconteceu quando chegamos aqui.

Desde o momento que chegamos nesta cidade, passamos algumas dificuldades, desde o local em que moramos até a recusa de minhas composições, muitas vezes desejei voltar pra casa e desistir. Mais DJ sempre esteve por mim, me ajudou a entrar na boate e nunca me deixou abater pela rejeição das gravadoras.

Deus a boate. O que posso dizer, lá é o lugar mais exótico que conheci e apesar de ser um pouco conservadora e pelo pouco tempo que trabalho, gosto de trabalhar lá e principalmente assistir as apresentações dignas de musicais da Broadway. Principalmente o show da Michele, que só de lembrar da sua apresentação, não pude conter minha excitação, fiquei completamente molhada imaginando aquela mulher na minha cama. Tinha também a enigmática Lauren Jauregui, tão segura e decidida que era impossível não perceber sua estonteante beleza, olhando-a era como se perder no paraíso. Por mais que seja autoritária e rude, aquilo me atraia ainda mais para ela... Eu nunca tive experiência com mulheres antes, mas tanto uma quanto a outra me atraia intensamente, apesar de acha-las muito parecidas, cada uma tinha suas diferenças.

Quanto mais pensava sobre as duas mais minha excitação crescia. Eu queria ambas aquela noite. Queria os olhos de esmeralda de Lauren encarando - me fixamente. Queria sentir sua pele em minhas mãos. Por outro lado tinha Michele, ela era linda e suas curvas não saiam da minha cabeça.

Bem lentamente desci minhas mãos em direção ao meu sexo por cima da calcinha, eu agia sem pensar, fiquei embriagada de excitação só de imaginar aquelas beldades. Retirei minha calcinha que já estava completamente encharcada, logo depois deixei meu dedo indicador acariciar meu clitóris. A pressão era tanta que não havia resquício de timidez, eu estava em brasa. Estremeci ao tocar mais intimamente minha pele sensível, pressionando o dedo do meio no meu ponto latejante. Fechei os olhos e gemi alto jogando a cabeça para trás me deleitando.

Eu sabia que meu alivio estava próximo, então introduzi o dedo do meio enquanto acariciava com os outros meus pequenos e grandes lábios clitorianos. Comecei a rebolar meu quadril de encontro à minha mão, causando uma deliciosa fricção, que me fez soltar mais um longo gemido. Abri um pouco mais as pernas numa posição meio deitada meio sentada, de barriga para cima, permitindo-se meus dedos entrar e sair com mais facilidade. Estava bem próxima, meus dedos não paravam de esfregar aquele ponto de prazer, não havia como parar, senti um leve tremor se apossar de mim aos poucos, quando o alivio me tomou, o orgasmo chegou forte como um vulcão em erupção me deixando completamente extasiada. 

Depois disso me afundei no colchão com a respiração e o coração acelerados, fechei os olhos permitindo sentir a sensação onde nenhum problema me alcançaria.