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História Forever - Cativeiro.


Escrita por: littlelotte

Notas do Autor


Olá amorecos, primeiramente: MIL DESCULPAS.
Nunca pensei que vida de universitária seria tão difícil. Sempre li fanfics e reclamava muito quando as autoras deixavam de escrever por causa da faculdade, mas hoje eu entendo que a vida delas não é nada fácil, principalmente quando se faz jornalismo e tem que escrever PRA CARAMBA! Só Jesus na causa...
Mas a notícia boa é que: OLIMPÍADAS ESTÃO AÍ E COM ISSO MINHAS AULAS SÓ VOLTAM NO FIM DE AGOSTO, o que isso significa? Capítulos novinhos para vocês <3
Não vou me estender muito, leiam logo e espero que gostem.

Capítulo 11 - Cativeiro.


Fanfic / Fanfiction Forever - Cativeiro.

 

"A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho relaciona-se mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós."

Jane Austen.

 

Por mais que tenhamos medo de algo, nunca sabemos qual será a nossa reação até que a circunstância apareça e nos encare, frente a frente. Quando você está encurralada, não tem para onde fugir e não sabe o que dizer ou fazer, aparentemente sua única opção seria permanecer calada. Permanecer calada e desejar ardentemente que um buraco se abra na terra para que você possa entrar nele e sumir, definitivamente. Mas Elizabeth não tinha essa opção. Desde o início de toda essa história, quando ela resolveu dar asas à uma mentira que poderia acabar mal, ela sabia dos riscos que estava correndo. Ela sabia que seus curados jamais permitiram tal relacionamento. Ela sabia que quando sua tia soubesse que ela escondeu tal fato, ficaria muito magoada. Ela sabia que não deveria ter envolvido dona Regina nessa história e colocado em risco seu trabalho. Ela sabia que não deveria ter mentido para David, mas fez o que fez por desespero e um medo estúpido de ficar longe dele, e era exatamente isso que iria acontecer. Ela sabia, ela sentia. Toda a história acabara de ser revelada ali, e ela podia ver nos fundo dos olhos de Mr Williams a fúria. Por mais que ela quisesse falar, inventar uma desculpa, sair dali correndo e principalmente, deixar David fora dessa confusão, ela não conseguia. Estava paralisada. Seu coração acelerado e respiração fraca assustaram David, que começou a chamar por seu nome, mas nem assim ela saiu de seu estado de transe.

Depois de alguns minutos de silêncio e terror absoluto, Mr Williams resolveu falar:

- Já chega dessa palhaçada, Elizabeth! - E saiu puxando seu braço com toda força, fazendo com que todos que estavam por perto parassem e olhassem a cena.

- Ei, larga ela, quem você pensa que é? - Disse David, puxando o outro braço de Elizabeth e se metendo em sua frente, encarando Mr Williams.

- A pergunta,jovezinho indeliquente, é, quem é você? - Perguntou Mr Williams, dando ênfase ao pronunciar a palavra "você".

- Não te interessa, mas eu realmente não vou permitir que você trate Elizabeth dessa maneira!

- Saia da minha frente antes que eu mande algum guarda vir atrás de você, e tire essas suas mãos sujas da minha pupila!

- Mãos sujas? Ora, seu preconceituoso, acha que só porque sou pobre isso significa que eu seja sujo? Pois eu tenho uma coisinha para lhe falar: prefiro mil vezes ser pobre do que ter a alma tão imunda como a sua. Agora solte Elizabeth, não quero partir para a agressão!

- Agressão? É só assim que pessoas do seu tipo conseguem resolver as coisas, não é mesmo?

- Não sou eu que estou segurando com força o braço de uma jovem dama, então me poupe de sua hipocrisia.

Elizabeth observava cada farpa trocada entre David e Mr Williams e não conseguia falar nada. Ela queria fazer muita coisa, queria se jogar nos braços de David e permitir que ele a levasse para bem longe dali, onde Mr Williams jamais pudesse encontra-la e eles pudessem ser felizes, mas não conseguia. Seus pensamentos começaram a ficar confusos e ela começou a sentir uma pressão no peito, como se sua respiração aos poucos estivesse parando. E, enquanto os dois cavalheiros discutiam, a dama caiu no chão, desamaiada e com a respiração fraca.

A expressão de desespero no rosto de David ao ver Elizabeth caida no chão espantou Mr Williams, que observava a cena espantado e calado. David pegou a jovem em seus braços e começou e pedir que ela acordasse, enquanto algumas lágrimas caíam de seus olhos. Essa foi a confirmação que Mr Williams precisava: eles tinham um caso. Por isso, Elizabeth ficou em silêncio. Por isso ele estava defendendo a jovem. Agora tudo fazia sentido. Em um aceso de raiva, aproveitando da fraqueza do jovem rapaz ao ver a amada desmaiada, ele levantou-se e rapidamente tomou Elizabeth de seus braços.

- O que você vai fazer com ela? Deixe-a em paz! - David disse, levantando-se rapidamente.

- Vou leva-la a um hospital, ela precisa de um médico.

David não se opôs, queria que tudo ficassem bem com Elizabeth, mas acima de tudo, queria tê-la perto dele. Depois de toda essa cena desnecessária, ele começou a entender as razões pelas quais ela foi obrigada a mentir para ele. Sua mentira não era necessáriamente um sinal de indiferença, ela o amava, ele tinha certeza absoluta disso. Ela mentiu para protegê-lo de várias situações desconfortáveis, desse senhor deselegante e acima de tudo, mentiu para proteger o amor dos dois.

Enquanto estava tentando colocar sua cabeça no lugar após toda essa cena, uma voz feminina e conhecida o tirou de seus pensamentos:

- Você merece mais do que isso, David. Você não vê que ela não é do nosso mundo?

David virou-se, reconhecendo a voz, e encarou-a. Rachel estava ali, parada bem atrás dele. Provavelmente viu toda a cena e estava jogando seu veneno para que ele desistisse de correr atrás de Elizabeth, mas ele jamais permitiria isso. Após alguns segundos de silêncio, a encarando com rancor em seu olhar, ele simplesmente voltou-se para a rua e caminhou, deixando-a para trás sem uma resposta.

Depois de tudo isso, a última coisa que ele precisava era de uma mulher soltando veneno contra Elizabeth. A única coisa que se passava pela sua mente era se Mr Williams realmente iria leva-la para o hospital, se ela ficaria bem e acima de tudo, como ficaria a relação dos dois após o ocorrido.

Margareth, sozinha em casa, começou a preocupar-se com a ausência da sobrinha. Andou de um lado para o outro na sala de estar, esperando que de repente, a porta se abrisse e ela entrasse. Ela não aguentaria mais um sumiço da sobrinha, já estava começando a se desesperar, quando Regina apareceu.

- Onde está a Senhorita Hill?

- Não sei Regina, não sei...

- Como assim, não sabe? - Regina perguntou, a voz parecendo levemente alterada pela preocupação, mas tentou conter-se para não piorar a situação de Margareth.

- Ela ainda não voltou, dona Regina. Estou começando a me preocupar...

Regina respirou fundo, contou até dez antes de pedir a Margareth que mantivesse a calma. Ela não tinha o direito de pedir que a mulher ficasse calma pois nem ela mesma estava. Isso tudo é muito estranho, não é possível que Elizabeth ainda não tivesse voltado... A não ser que ela tivesse feito as pazes com David e resolvido fugir com ele, mas ela não seria capaz de tal coisa sem ao menos avisa-la. O pior de tudo é que ela não fazia a mínima ideia de onde a garota se encontrava.

Enquanto as duas senhoras se martirizavam com o sumiço de Elizabeth, Mr Williams dava continuidade ao plano que ele criara ao perceber o relacionamento entre o rapaz humilde e sua adorável pupila. Apesar de tudo, ele se importava com Elizabeth e a tratava como filha, por mais que ela não reconhecesse isso. Ela era filha de seu melhor amigo e ele jamais permitiria que tal relacionamento colocasse fim nos negócios de seu querido Jonathan. Ele sabia que, um dia, Elizabeth o agredeceria por essa medida extrema.

Após sair do médico com Elizabeth, que teve uma crise asmática provavelmente causada pelo nervosismo ao encontra-lo, ainda encontrava-se desacordada. Chegou no hospital desmaiada, voltou a si e explicou a ele o que sentiu antes de perder os sentidos mas logo voltou a dormir, efeito dos remédios.

Ele precisava de um lugar distante para deixar Elizabeth em segurança, longe dos olhos do moleque impertinente. Um lugar que ninguém jamais pensaria em visitar. Nem mesmo sua tia, Margareth. Margareth... É claro! A casa de campo dos Campbell, como ele não havia pensado nisso antes? A casa onde Margareth havia amado o empregado, onde havia manchado seu nome perante a sociedade engravidando e vivendo com um homem sem a aprovação dos pais. Ela jamais pensaria em voltar a esse lugar e também não seria capaz de imaginar que a sobrinha estivesse lá, perfeito.

Então, deu ordens ao cocheiro para que os levasse até a casa de campo dos Campbell, pedindo que mantivesse em segredo tudo o que aconteceria dali pra frente.

Foi uma viagem razoavelmente longa até que ele pudesse avistar o casarão de campo dos Campbell. 4 horas na estrada. Não havia nada errado nisso, certo? Afinal, Elizabeth era uma Campbell também, e vai passar uns dias, talvez alguns anos, ali até que esteja totalmente segura.

Quando a carruagem parou em frente ao casarão, uma senhora o recebeu.

- No que posso ajuda-lo, sr..?

- Williams. Eu trouxe aqui Elizabeth Hill, filha de Claire, sobrinha de Margareth...

- Ah, a jovem Hill, sejam bem vindos!

- Então, senhora...?

- Mison, Tania Mison.

- Então, senhora Mison, Elizabeth tem uma saúde muito frágil. Sofre com asma, coitadinha. Está tendo muitos problemas por conta disso em Londres e achei que seria uma boa mantê-la na casa de campo de sua família.

- Essa é uma fabulosa ideia, senhor. Teremos o maior prazer em atender à suas ordens.

- Pois bem, consiga um quarto para ela. Que não entre sol, e que as janelas sejam trancadas. Ela não deve sair do quarto, está ouvindo?

- Mas senhor... a dona será tratada como prisioneira? - Dona Tania perguntou, assustada.

- É tudo por uma coisa maior, recomendação médica. Ela não deve ficar exposta à luz solar, essas coisas. E ela não queria vir para cá então é bom que fique trancada no quarto até aceitar bem a ideia de que tudo que estamos fazendo é para seu próprio bem.

- Entendo, passarei as informações para os empregados.

- Ah, mais um detalhe: ninguém pode saber que ela está aqui. Eu sou o curador dela, Mr Williams, e gostaria que ninguém a incomodasse aqui. Cuidarei dos negócios dela enquanto estiver ausente.

- Sem problemas, entendi senhor.

- Posso coloca-la no quarto, então?

- Ah, claro senhor. Mas, terá que ser no quarto de hóspedes, pois é o único que atende os requisitos que o senhor exigiu.

- Sem problemas. Tem banheiro nele?

- Tem sim, senhor.

- Então é perfeito. Trate de colocar grades na janela do quarto, ainda hoje.

- Chamarei os homens para fazê-lo, senhor.

- Pois bem... - Disse e saiu andando, seguindo dona Tania para ver o aposento em que Elizabeth ficaria hospedada.

O quarto ficava nos fundos de um longo corredor, bem longe da sala de estar, mesmo que ela gritasse para que a tirassem de lá, as chances de alguém escuta-la seriam mínimas. A única janela do quarto era pequena demais para que ela pensasse em fugir por ali, mas por constar das dúvidas, ainda teriam as grades. Dentro do quarto havia um pequeno banheiro onde ela poderia realizar sua higiene pessoal. Tudo estava ótimo e ela ficaria segura de qualquer influência das pessoas que deixou em Londres.

Cerca de 5 minutos depois, um empregado trouxe Elizabeth, desacordada, e a deixou na cama de seu mais novo quarto. Todos se retiraram dali e a deixaram sozinha.

Antes de ir embora, Mr Williams chamou a governanta da casa para mais uma conversa íntima.

- Ainda por recomendação médica, senhora, aqui está o remédio que a senhora deve fazê-la tomar, duas vezes por dia. É um remédio para asma que pode fazê-la dormir, mas é essencial para sua recuperação.

- Entendi perfeitamente, senhor. Tenha certeza de que em breve ela estará recuperada.

- Tenho certeza de que escolhi o melhor lugar para Elizabeth - Ele disse e se retirou, entrando na carruagem e pedindo para que o cocheiro seguisse rumo à Londres.

A única culpa que ele carregava dentro de si era sobre os remédios. Não eram remédios para asma e sim soníferos. Ele queria que ela dormisse durante todo o tempo de estadia ali, pois assim não sofreria acordada pensando no jovem rapaz e nem em sua tia. Ele estava decidido a não procurar Margareth para nada, nem mesmo para dizer o que havia descoberto e onde estava sua sobrinha. Ela provavelmente pensaria que a garota fugiu, como da primeira vez que ela desapareceu. Colocaria polícia atrás dela, mas nem mesmo a polícia seria capaz de descobrir onde Elizabeth está.

O dia chegou ao fim e Elizabeth despertou em um lugar completamente estranho. Primeiro, ao abrir os olhos, ficou imóvel, observando o teto nada familiar, o quarto cheirando a mofo. Bem distante da realidade a qual ela estava acostumada.

- Regina? - Ela gritou, esperando ouvir alguma resposta.

- Tia Margareth? Olá? Alguém? - Ela gritava, mas não obtinha resposta.

Levantou-se da cama, um pouco tonta pois deve ter dormido durante algumas horas, e foi em direção da porta. Tentou abrir e percebeu que estava trancada. O sentimento de desespero começou a aflorar dentro de seu peito e ela começou a bater muito forte na porta gritando por ajuda. Dirigiu-se até a pequena janela para ver se conseguia pedir por socorro e surpreendeu-se ao ver que pequenas grades de madeira estavam impedindo que ela visse a luz do luar. Seu quarto estava iluminado apenas pela luz da vela. Ela não fazia a mínima ideia de como havia chegado naquele lugar e muito menos onde estava.

Enquanto tentava lembrar-se de como chegou ali, a porta se abriu e uma chama de esperança brotou em seu coração.

- Por que me deixou trancada? Quem é você? Por que estou aqui?

- Boa noite, senhorita Hill. Sou Tania, a governanta daqui. Você está na residência de campo dos Campbell, sua família por parte de mãe. Está aqui porque passou muito mal e o médico lhe receitou ficar uns tempos fora da cidade...

- Residência dos... Campbell? Onde está minha tia?

- Provavelmente ficou na cidade, querida.

- Isso não faz sentido, minha tia jamais me deixaria, principalmente em caso de doença. Onde está dona Regina?

- Quem é dona Regina?

- Meu Deus... Minha cabeça dói!

- Deve ser porque está na hora de seu remédio, vamos, tome aqui - Dona Tania estendeu a mão com um pequeno comprimido branco e a outra segurava um copo d'água.

Elizabeth pegou o comprimdo e o engoliu, em seguida sentou-se na cama.

- Mas não entendo... Por que estou trancada nesse quarto?

- Ao que me parece, é tudo determinação médica!

- Estou com uma doença contagiosa?

- Não, parece que é... asma, senhorita!

- Asma? Eu não... me lembro.

- Parece que a senhorita desmaiou, não se lembra?

- Desmaiei? Sim... Eu desmaiei, eu me lembro...

- Provavelmente por causa da poluição, por isso não gosto de cidade grande...

- Não, não foi! - A mente de Elizabeth começou a clarear e ela começou a se confundir com flashs de imagens e acontecimentos, quando um rosto específico veio em sua mente - Foi por causa do... - Ela começou a se sentir tonta e sonolenta e antes de cair em sua cama e perder seus sentidos, chamou por um nome... - David!


Notas Finais


Ai céus, Lizzie sendo mantida em cativeiro.
Também foi péssimo pra mim ter que escrever isso, mas é que agora o negócio vai começar a pegar fogo porque a primeira etapa da fic tá chegando ao fim e em breve, muito em breve, vocês poderão se deliciar com os nossos dias atuais (e com o nosso David atual) hahahaha.

Beijinhos <3


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