História Forever By Your Side - 002

Suspirou observando o sol que começava a tomar um tom alaranjado sobre as nuvens. Chanyeol adorava esse momento, entre o dia e a noite. Sempre que estava junto nesse período ele contava uma história diferente para garota.

Sua última história que havia contado repassava na cabeça da garota todos os dias, era como uma música quando entrava na cabeça e você não conseguia tira-la.

Observou rio Han refletir o alaranjado sol enquanto sua garganta formava um bolo.

-Minha mãe costumava me contar que nesse horário é quando Sol e a Lua tem seu único momento para dividir o céu, juntos. O único momento para fazer suas juras de amor antes que o Sol desapareça e só sobre a Lua solitária, por isso deveríamos sempre contemplar esse momento. -O garoto deitado sobre a grama viçosa observava o céu. A lua começando a aparecer e o sol começando a descer.

-Mas estão tão afastados. -A garota contestou. -Não dá pra jurar amor nessa distância.

-Minha mãe dizia também que o vento era o mensageiro deles. Como Hermes, entende? -Chanyeol sorriu.

O garoto sabia como ninguém como sua namorada adorava mitologia, principalmente grega.

A garota sentiu a brisa tocar a pele de seu rosto e fechando os olhos sussurrou um singelo "Por favor, me espere"  na esperança que o vento fosse seu mensageiro e entregasse sua mensagem ao garoto, onde quer que esteja. Naquele momento sentiu-se como a Lua e o Sol. Suas pernas ainda balançavam conforme o rio corria e ela sentiu que por alguns momentos pudesse voar.

-Ya! -O menino exclamou assustando a pequena ao seu lado que ainda observava o céu que aos poucos escurecia. -Quer ouvir uma história? Vou te contar uma. -Ele apoiou sua cabeça em suas mãos enquanto seu cotovelo sustentava o peso para que o garoto olhasse nos olhos da namorada.

A menina deitou-se na mesma posição que o namorado, para que pudesse observar cada detalhe de seu rosto. Seu incrível rosto, para a garota Chanyeol era a personificação da perfeição em carne e osso.

-Há muito tempo atrás, digo há muito tempo atrás mesmo, na época que nem minha avó era nascida. -Ele fez questão de frisar a última parte arrancando uma risada da menina. -Quando os humanos acreditavam que Gaia poderia acordar e o mundo acabar, a Vida e a Morte se apaixonaram, visto que não pode viver juntos, a Vida envia incontáveis presentes para a morte desde então, todos os dias sem falta. A Morte é um pouco desajeitada com seus sentimentos, mas ela guarda os presentes que a Vida lhe dá para sempre.

Ambos ficaram em silêncio.

Naquele momento vendo o pôr-do-sol a menina tinha entendido que o mais novo presente o qual a Vida havia dado para Morte era seu querido Chanyeol. E ele com certeza teria sido o presente mais valioso o qual foi dado.

Seus olhos encheram-se de lágrimas e ela quis entender o porquê de ter sido ele, um garoto com uma vida brilhante á frente. O menino que a fez se sentir protegida, amada e realizada. O qual a fez pensar em um futuro.

-Teremos seis filhos, certo? -O garoto perguntou fazendo a morena torcer o nariz.

-Ya! Quer montar um time de futebol?

-Não é uma má ideia. -O garoto respondeu levando um leve tapa em seu peito.

-Teremos gatos, não filhos. -A menina deu de ombros enquanto observava as crianças no parque.

-Dois filhos então. -O menino fez bico. -Um menino e uma menina. O menino tem que ser mais velho para que possa proteger a irmã.

-Tenho dó da menina. -A garota respondeu baixo.

-Por quê? -O rosto do garoto expressava confusão.

-Você será um pai ciumento! Imagina quando ela começar a namorar? -A menina brincou.

-Ya! -Protestou alto o suficiente para chamar a atenção dos mais velhos que estavam ao redor do casal. -Quem disse que ela vai namorar?

Ambos riram, mas a garota sábia que ele não brincava o que fez ela o achar o ser humano mais fofo o qual conhecia.

Ela sentia falta dele, sentia falta até mesmo dele entrando às escondidas em seu quarto de noite e então a assustando. A garota sempre brigava com o namorado dizendo que algum dia ele a mataria do coração, mas se soubesse que algum dia ficaria sem ele, ela nunca ao menos teria levantado a voz para ele. Como se fosse possível sentia saudades mesmo de suas apostas idiotas, do ciúme e da proteção exagerada.