Pov Marinette
Ainda está escuro e já desisti de dormir há muito tempo. As meninas estão roncando nas camas, então levanto silenciosamente para não acordá-las. Olho as horas no relógio no criado mudo. 5:00. Tomo uma ducha fria, visto um jeans e uma camiseta e tomo uma lata de café que peguei do refeitório durante o jantar. Fico observando as nuvens, agora mais imperceptíveis durante a noite, bebericando meu café. Às 6, acordo Isabella e acabo por acordar Juliet também. Ela sai antes de nós, apreensiva como na maioria das vezes. Por que ela é tão estranha? Eu sei sobre ela. Talvez ela esteja planejando sequestrar alguém. Aquela conversa... foi suspeita. Que heroína eu seria, se não cogitasse tirar isso a limpo?
-Ei. Tudo bem?- pergunta Isabella. Assunto e falo que só ia me trocar e pra ela ir na minha frente. Minha colega de quarto vai, sem perguntar muito o porquê. Troco de roupa e quando estou para sair, vejo o celular de Juliet em cima da escrivaninha? Pego. Sei que isso não é certo, mas preciso tirar a limpo. Por que ela ficaria tão brava a ponto de me machucar por eu ter ouvido uma ligação? Tento ver os contatos, mas para o meu azar o celular tem senha. Tento tudo. O nome dela, o nome do colégio. Quando estou prestes a desistir, uma dá certo. Vingança. Eu tinha tentado vinagre (Autora: meu deus, fia! Tu tava desesperada mesmo), mas as dicas levaram a vingança. A foto da tela inicial é dela e de um garoto que não consigo identificar, mas ele é familiar. Vejo em contatos, mas não encontro nada suspeito. Parto para mensagens. Um nome me chama a atenção. Chefe. É o que tá escrito. Quando estou prestes a abrir as mensagens, Isabella entra no quarto reclamando da demora e eu escondo o celular atrás das costas.
Levo ele comigo, esperando poder devolver antes que Juliet sinta falta dele. É arriscado, eu sei, mas preciso saber.
Depois do café, me tranco no banheiro para olhar as mensagens. Infelizmente, a que mais importa está criptografada. Estou prestes a sair, mas alguém entra no banheiro. Duas garotas.
-Você acha que ela suspeita de algo?- pergunta uma delas. A voz é familiar, mas estou tão tensa que não consigo reconhece-la.
-Claro que sim, sua idiota! Você foi descuidada em fazer aquilo.- grita a outra. Não ouso sequer respirar.
-Eu não tive escolha.
-Vou contar a ele.
-NÃO! Por favor, não! Eu... isso não vai mais acontecer.
-Assim espero. Se mais algo assim acontecer…terei que contar.
Elas saem e finalmente solto o ar e engulo o nó em minha garganta. Tikki sai do bolso da minha jaqueta.
-Você estava aí o tempo todo?- perguntei, olhando para a pequena kwami. Pensei que ela estava na minha mochila no dormitório.
-Estava... e ouvi a conversa toda. Entre aquelas garotas. Sei da Juliet. Olha, precisamos descobrir quem são elas e o que querem.- ela diz. Concordo com a cabeça.
-Acho que elas tem alguma relação com Juliet.
-Hum... você tem alguma pista?
-Só o celular dela. E uma mensagem criptografada.
-Você conhece alguém que possa ajudar com isso?
Penso um pouco.
-Bem... eu não sei. Mas conheço uma pessoa que possa saber quem pode nos ajudar.
Pov Chloe
Quebra de tempo
-Meu Deus, Sabrina! Você não sabe fazer nada direito mesmo!- grito, enfurecida. Ela não consegue nem colocar uma pulseira!
-N-nossa Chloe, me desculpa, eu achei que...
-Você não achou nada! Da próxima vez faça direito, tá me entendendo?
-Ahã!
-Vou fazer uma visitinha ao Adrien.
-Por que você gosta dele?
-Ele é o único bonito e rico o suficiente naquela escola.
-Mas... você nunca quis reparar na inteligência, bondade.
Rio na cara dela.
-Pelo amor de Deus, Sabrina! Nós estamos no século 21. Você acha que eu vou ficar reparando nisso? Você é idiota mesmo.
-Sei lá, ué!
-Calma aí! Olha ele lá.
Ele esta tentando ligar pra alguém. Nos escondemos atrás de um arbusto (Autora: que original!) e ficamos ouvindo a conversa.
Pov Marinette
(Autora: finalmente! Não estava mais aguentando a Chloe)
Durante a aula de matemática algum sujeito infeliz me liga e o professor me expulsa da sala, achando que eu estava mexendo no celular durante a aula dele. Podia muito bem fazer isso, já que ela é tão chata que pode curar alguém da insônia. Já no corredor, atendo, esperando que seja importante. O número é desconhecido, mas atendo mesmo assim. Fico meio desconfiada, mas estou meio assim depois do vem acontecido. Devolvi o celular de Juliet ontem, sem que ela percebesse, mas hoje vou falar com a "pessoa" para ver se ela conhece alguém para desvendar a mensagem. Aperto o botão e atendo.
-Alô?- a pessoa do outro lado da linha fala. Reconheço a voz assim que a ouço.
-Você?!
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