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História Forgetfulness flower - Lumity - Prólogo


Escrita por: skyatlas

Notas do Autor


Oi, gente!! Eu disse que tava apaixonada por Lumity então vim com mais uma história delas.

Essa não é uma one shot e não sei ainda quantos capítulos vai ter, mas não vai ser muito grande.

É um universo alternativo, então magia não existe e elas são humanas.

Vou adorar ouvir o que vocês acharam!

Com flores, Lynn

Capítulo 1 - Prólogo


Essa história começa como todo bom clichê. Começa com uma garota.

O nome dela não importa agora, tudo que importa é o jeito que ela sorria pra mim. Como se tudo fosse ficar bem, como se tudo de alguma forma valesse a pena o risco.

Eu a conheci no auge da minha adolescência. Tínhamos 16 anos e achávamos que tudo iria dar certo, que tudo ficaria bem.

Spoiler: Não ficou.

Mas ei, essa não é a história de como tudo deu errado. De como a vida arrancou nossos corações e nos empurrou para a vida adulta sem esperança.

Não, essa não é uma história triste. Não é a história de um coração partido.

Pra falar a verdade, essa história não começa exatamente com uma garota. Mas sim com uma lembrança e como ela mudou tudo que eu conhecia.

Veja bem, quando vivemos algo nós nunca sabemos o quanto isso vai mudar tudo. O quanto nossa vida vai se basear nisso, o quanto vamos ser montados com base nisso.

Conheço um garoto, um bom amigo meu, que não sabe viver sem livros. E pode parecer bobeira, mas os livros formaram quem ele é hoje. Sem isso, sem essas lembranças, ele não é nada. Vocês entendem a gravidade disso, certo?

Então, se a gente tirar dele todas as lembranças dos livros que ele já leu, quem ele vai se tornar?

Essa é a coisa toda. Conseguem ver agora?

Eu não sabia o que me tornava quem sou. Que pequena lembrança na minha vida mudou tudo. O que me moldou.

Então, eu não tinha como saber o que eu perderia ao usar aquele dispositivo bobo.

Veja bem, com todas as novas tecnologias no mundo e grandes inovações, várias empresas decidiram testar dispositivos com pessoas reais. Ver como eles funcionavam de verdade. E eu fui uma das testes que se cadastrou no site e recebeu um pequeno dispositivo duas semanas depois.

Ele era tão pequeno e simples que ninguém nunca adivinharia que ele mudaria tudo.

A proposta dele é simples: Você revisita suas lembranças, como um filme. Existe uma seleção gigante delas na sua mente e esse dispositivo te ajuda a catalogar, escolher e assistir.

Vi meus primeiros passos, minha primeira palavra, vi coisas bobas que nem lembrava mais. Tudo que eu vi sabia que tinha vivido, mas aquilo?

Eu não deveria lembrar do momento que a conheci? Digo, ela é A garota. Não é normal esquecer isso.

Mas de alguma forma eu esqueci.

Eu esqueci como ela sorriu pra mim, como esbarramos igual um clichê adolescente, como sorrimos uma pra outra.

Como eu posso ter esquecido?

Fiquei vendo essa memória milhões de vezes até ter coragem de mandar uma mensagem pra ela. Eu sabia que ela era uma teste também, afinal, é ela. Como não seria?

Ela também não lembrava, o que aliviou um pouco meu coração.

Ficamos revendo a lembrança milhões de vezes. Tentando guardar no nosso cérebro e não esquecer dessa vez.

Um dia, a empresa nos enviou uma mensagem. Deveríamos testar a nova fase do dispositivo. Outro botão.

A atualização nos levaria fisicamente para as lembranças e nós viveríamos ela em tempo real. Novamente, sem mudar nada.

Eu e ela combinamos de visitar juntas, entender juntas.

Fizemos isso algumas vezes, até o momento que não conseguíamos desativar o teste.

O servidor entrou em contato, nos mandou manter a calma e apenas continuar revivendo tudo sem mudanças. Eles não sabiam que consequências teriam se mudássemos algo.

Mas veja bem, somos adolescentes e adolescentes não são pacientes. Então na centésima vez eu quis parar, eu me estressei com o sorriso dela que naquele ponto já me parecia falso e eu quis parar toda aquela droga. Eu pirei.

E ela sorriu daquele jeito triste pra mim, de quem não sabe o que fazer ou agir.

Foi culpa minha. Eu tava cansada, não entendia porque não lembrava daquilo e eu só queria parar de olhar pra ela. Porque olhar pra ela me lembrava tudo que eu queria viver com ela. Não é estúpido? Pois é.

Mas entendam, leitores, eu não sabia. Eu não sabia o que tudo isso mudaria. Eu não sabia quem eu era sem aquela lembrança.

E principalmente, eu não sabia quem eu era sem ela.

Amity Blight é muitas coisas. Gênio de sorriso bonito, baixista de uma banda boba da escola, jogadora principal do time de futebol da escola. Amity Blight é tudo. Como eu deveria saber que ela era tudo pra mim também?

Ela não deveria ser só um crush de ensino médio que acaba quando vamos pra faculdade?

Mais uma vez, eu era uma adolescente idiota que não sabia das consequências das suas ações.

Então, eu mudei tudo. Eu me recusei a continuar a lembrança e a partir disso tudo mudou.

Eu ainda lembro de tudo. Lembro do jeito dela de sorrir pra mim, como aqueles dourados brilhavam. Eu lembro de absolutamente tudo que Amity Blight era.

Eu tenho que lembrar porque é só isso que tenho.

Porque agora eu vivo uma vida completamente diferente. Eu acordei e não sou quem deveria ser.

Eu não deveria jogar basquete e muito menos participar de tantas aulas avançadas. Eu sou Luz Noceda, a nerd sem jeito que mal tem amigos.

E então eu acordei e sou a mais popular da escola? E do que adianta isso tudo sem ela?

Ela não me olha mais nos olhos. Eu nem sei se ela lembra.

A empresa dos dispositivos testes? Nem existe. Pesquisei milhões de vezes.

O que é isso? Uma simulação? Realidade?

Bom, simulação ou não, eu descobri da pior forma quem é Amity Blight na minha vida. E eu não vou cometer o mesmo erro.

Então, sim, isso tudo começou com uma garota.

E eu espero que termine com ela.



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