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História Forgetfulness flower - Lumity - Capítulo seis


Escrita por: skyatlas

Notas do Autor


Só avisando aqui que estamos nos aproximando do fim de uma fase da história. Essa fase acaba no capítulo oito e a partir do nove começa a narração da Amity.

Espero que estejam gostando!

Com flores, Atlas

Capítulo 7 - Capítulo seis


Pov Luz Noceda




Alguns meses se passaram desde que Willow descobriu tudo, Gus voltou para as nossas vidas e decidimos tentar descobrir se a Amity lembra ou se ela apagou as memórias.


As coisas ficaram mais complicadas quando nossas perguntas não tão sutis começaram a deixar a Amity confusa, mas ela acabou deixando pra lá e nós agora somos todos amigos.


Não é como antes, longe disso, é tão diferente que as vezes me assusta. Mas também é bom, e nosso, me faz pensar em recomeços. Mesmo assim é difícil pra mim, mais do que para Willow e Gus. Eles tem a amiga deles de volta, eu não quero só isso. Eu só quero que ela me olhe como olha para a Skara.


Mas, apesar de tudo, no meio da esperança de que ela lembre, eu também guardo a aceitação. Se ela não lembrar tudo bem. Ela está feliz, não é? A Skara faz bem pra ela. Eu posso encontrar outra pessoa como ela encontrou.


Todas as vezes que vejo elas se beijando eu recito isso na minha mente como um mantra. Ajuda.


Infelizmente, em todos esses meses que passaram, ela não demonstrou lembrar nenhuma vez. E eu e meus amigos acabamos decidindo que ela provavelmente não lembra.


Então eu basicamente tô tentando decidir se posso viver com isso ou se preciso esquecer.


- Ei - A voz que domina meus sonhos me chama a atenção. Amity está apoiada no meu armário - Preparada para o jogo de hoje?


Hoje vamos ter um jogo muito importante contra a escola rival, e para ser sincera eu mal posso esperar. Jogar é o que tá me salvando desde que percebi que ela provavelmente não lembra.


- Claro - Eu respondi com um sorriso enquanto desviava o olhar para o meu armário. Olhar para ela dói - Vai assistir?


- Óbvio - Ela responde e então aponta para a jaqueta, que só agora eu notei que é a jaqueta do time da Skara - Tenho que apoiar ela.


Tento mascarar a dor nos meus olhos com um sorriso e ela parece aceitar porque sorri de volta. A minha Amity sempre sabia quando meu sorriso era falso. 


- Tenho que ir - Eu digo rapidamente enquanto puxo um caderno do armário.


- Você tá bem? - Ela pergunta enquanto toca meu pulso com cuidado. O toque dela queima de uma forma que eu não queria que queimasse mais, então me afasto rapidamente.


- Desculpa, Lilith não gosta de atrasos - Eu respondo rapidamente e sem esperar uma resposta saio andando.


E no caminho para a sala eu vejo Skara andando no corredor, ostentando a jaqueta do time de futebol com um grande Blight atrás.


E eu não posso deixar de lembrar de quando eu usava essa jaqueta.



"Era temporada de futebol na escola, as minhas semanas favoritas porque eu podia assistir a minha garota jogando.


- Você é um clichê, Noceda - Willow diz assim que me vê - Usando a jaqueta do time, sério?


- O que ela pode fazer se fica linda com meu sobrenome? - Amity diz enquanto se aproxima me abraçando por trás.


- Por que vocês não estão namorando mesmo? - Ela pergunta com uma careta irônica.


E antes que eu possa responder Boscha chega por trás da minha amiga e coloca a jaqueta do time nela com carinho.


- Seja meu amuleto da sorte? - Ela questiona com um biquinho.


E Willow. Willow Park. A garota que odeia clichês, a garota que tava me julgando alguns segundos atrás... cora. 


- O que você quiser, amor - Willow diz com um sorriso e beija a namorada.


- Você é uma vergonha, Park - Eu digo e ela mostra a língua e sai andando de mãos dadas com a namorada.


Me viro na direção da minha garota e ela tá com aquele olhar, aquele olhar carinhoso que ela só tinha comigo.


- Tenho que ir - Eu digo assim que o sinal toca - Te vejo no jogo, campeã.


E antes que eu me afaste ela me puxa pela lapela da jaqueta e me beija. Simples assim. 


Willow tem razão. Por que não estamos namorando?"



A lembrança me machuca de uma forma que arde meu peito.


Eu ia pedir ela em namoro na semana que os testes começaram. Eu tinha anéis e tudo. Estrelas, por que eu me inscrevi naquele maldito teste?


Ignoro a dor no meu peito e corro para a aula.




***




Um ponto. Estávamos perdendo por um ponto de diferença e a treinadora estava com aquele olhar no rosto. O olhar que dizia que ia nos matar.


- Luz! - Skara grita na minha direção. Ela é a armadora e eu a pivô - Você sabe o que fazer. Um minuto.


O relógio estava correndo e tínhamos um minuto pra virar o jogo, então concordei com a Skara e corri. 


Eu sabia que assim que eu me aproximasse o bastante ela ia jogar a bola na minha direção. O destino do jogo tava nas minhas mãos.


Assim que eu cheguei perto do garrafão Skara jogou a bola na minha direção. Foi tudo tão rápido. Eu estava sozinha então sem pensar muito me preparei para uma bandeja.


Assim que a bola saiu da minha mão e eu sabia que ia entrar eu senti um impacto forte na lateral do meu corpo. Então, eu caí. Com apenas uma perna tocando o chão e apoiando o peso do meu corpo.


Eu senti no exato momento que meu joelho torceu. A dor foi tão forte que a minha visão ficou vermelha.


De longe eu conseguia ver algumas pessoas gritando. A treinadora correndo na minha direção. O placar mostrando que pelo menos ganhamos.


- Luz, onde dói? - Skara gritou na minha direção.


- Meu joelho - Eu gritei de volta - Estrelas, faz parar Skara.


- A treinadora foi buscar a enfermeira - Ela disse com carinho - Vai ficar tudo bem.


Virei na direção da arquibancada e Gus e Willow pareciam extremamente preocupados, mas o que realmente me chamou a atenção foi o vulto verde correndo pela arquibancada e pulando a grade.


Amity?


- Luz! - Ela gritou enquanto corria na minha direção - Luz, você tá bem?


Ela praticamente se jogou na minha frente e começou a procurar por ferimentos.


Eu podia escutar Skara falando com ela, explicando sobre o meu joelho, mas tudo que importava era o olhar dela. O olhar que ela tinha na minha direção.


Amity se virou na minha direção, os olhos dourados brilhando de preocupação, então ela tocou meu rosto delicadamente.


- Eu to aqui, ok? - Ela disse como um mantra - Vai ficar tudo bem.


E nada mais importava, porque ela nunca tinha me lançado esse olhar nessa realidade. Não como costumava. Não desse jeito. Não transbordando amor e preocupação. Como naquele dia.



"Estávamos jogando um amistoso rápido na aula de educação física quando uma garota do time adversário me empurrou enquanto eu tava pulando para fazer a cesta.


- Luz!! - Eu ouvi a voz da minha garota e eu sabia que ela estava correndo na minha direção.


Ela se jogou na minha frente e começou a procurar por ferimentos.


- Acho que torci o tornozelo, Ami - Eu disse enquanto apontava para o tornozelo esquerdo - Vou ficar bem.


Mesmo assim ela continuou com aquele olhar preocupado, um olhar que transborda amor.


- Eu tô aqui, ok? - Ela disse como um mantra - Vai ficar tudo bem.


E eu sabia que enquanto ela estivesse lá tudo ficaria bem."



Ela lembra.










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