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História Four Moons - Set


Escrita por: HikariFour

Notas do Autor


Capítulo REESCRITO

Capítulo 3 - Set


BaekHyun despertou num local completamente desconhecido, sentia sua visão um pouco turva, o que dificultava no reconhecimento do lugar, não se lembrava sequer de quando havia perdido os sentidos na noite anterior. Lembrava-se apenas de ser carregado por um lobo inimigo para dentro do território demarcado pela posse deles. Ergueu seu corpo ainda em forma lupina, apenas o suficiente para conseguir notar que estava dentro de um lugar fechado. Não eram boas notícias, estar preso significava estar à mercê de quem quer que o havia prendido, pois ele não teria como escapar facilmente. O lugar parecia-se muito com um quarto recém construído, o cheiro de cimento ainda estava presente no ambiente, coisa que o olfato apurado não pôde deixar de detectar. Ergueu um pouco mais o corpo na intensão de espiar através da pequena janela com grades de ferro que havia no canto direito, viu que era noite e que realmente não haveria nenhuma chance de escapar dali. Tentou calcular quantas horas em média ele estaria ali preso, se já era a noite de um dia posterior ao da batalha ou se ainda era a mesma noite.

                BaekHyun tentou pensar de forma coerente sobre qual seriam os motivos de ter sido ele o lobo levado como refém. Provavelmente ele havia sido o escolhido por ser o esposo do líder, quando lobos são marcados eles se tornam mais fortes ao estarem próximos de seus parceiros, porém ao serem separados a tendência é que eles fiquem mais fracos, principalmente psicologicamente, a falta do companheiro é séria e grave, sequestrar um ômega como estratégia de batalha era uma grande covardia e normalmente não era praticada, afinal lobos alfa tem a tendência a tentar provar-se mais forte que o outro, e para isso, enfraquecer seu adversário de forma covarde é algo inadmissível pois apenas provaria que ele jamais o conseguiria vencer a par de igualdade. O jovem ômega então tentou refletir no real motivo de ter sido sequestrado por aquela alcateia, porém não conseguia chegar a nenhuma conclusão. Apenas sabia que se a tentativa era tornar Yifan mais fraca, que não funcionaria, não eram marcados e a falta da presença de BaekHyun não causaria nada além de uma ferida no ego enorme do marido. Olhou em volta no intuito de analisar melhor o lugar onde se encontrava,  percebeu que num canto havia uma vasilha com água e um pouco de comida, mas não sentia fome, então apenas fez uma nota mental de que mais tarde poderia ter uma refeição – se é que aquilo não estaria envenenado – e tentou manter-se calmo. Um uivo triste escapou de sua garganta com o passar do tempo, parecia que estava ali a uma eternidade, não tinha muitas esperanças de sair dali por conta própria, tudo bem que era um alívio se livrar de Yifan a aquela altura, mas ser prisioneiro não era uma opção muito melhor, sabia-se lá o que pretendiam fazer consigo, então pensou que talvez com sorte Yifan honrasse suas calças e o viesse resgatar, afinal ele sempre afirmara que era o maioral, o alfa mais forte de todos e que ninguém era capaz de vencê-lo, então, que ele mostrasse isso e o viesse resgatar.            

                O som de passos do lado de fora do quartinho onde estava foi detectado por seus ouvidos sensíveis, e o cheiro almiscarado de um Alfa se fazia presente, era um cheiro estranhamente familiar para BaekHyun, mas ele sabia bem que não era o aroma de nenhum dos lobos de sua matilha. Era um cheiro que ele provavelmente não sentia a muito tempo, pois tinha uma memória dele, mas não conseguia identificar com precisão a quem ele pertencia. Deixou outo lamento entristecido escapar e sentou-se de forma dura sobre as próprias patas, tentava não tremer de medo pelo desconhecido. Ergueu os olhos novamente para a janela engradada, e ao observar a lua, sentiu o corpo se resfriar e se contrair. O ciclo lunar representava e guiava o ciclo fértil de um ômega, e para BaekHyun, a lua cheia era o topo, não eram boas notícias, pois a mesma brilhava intensamente iluminando as árvores em volta da construção em que estava.

☽○☾

                Aquele dia parecia ter sido abençoado pelos deuses, ChanYeol estava de extremo bom humor, e era evidente pelo sorriso estampado em seu rosto enquanto caminhava pelas ruas no entorno do Quartel General. Mesmo que não tivesse de fato ganhado a batalha contra o outro clã, ele tinha um trunfo. Sorria solto ao lembrar-se do quão fácil havia sido sequestrar um dos guerreiros do Clã inimigo. Ainda mais quando o seu líder era o odioso Wu Yifan. ChanYeol trabalhava aquilo como uma espécie de vingança pessoal, afinal de contas ChanYeol nunca perdoaria Yifan por todos os anos de péssima convivência durante a época da escola na zona neutra, e principalmente por ter sido ele o escolhido para desposar BaekHyun. Por mais que os anos tivessem se passado, o Park nunca esquecera seu primeiro amor, e ainda carregava consigo o sentimento de perda, tanto que em todos esses anos ele não havia sequer pensado em encontrar um ômega, ou uma mulher para se casar. Sempre sentia que não conseguia ir mais além do que um encontro ou um sexo casual, o coração de ChanYeol estava preenchido por sentimentos por um único rapaz, e este estava inacessível, sendo o esposo do alfa que ele mais odiava. Então, para o líder dos Park, ter sequestrado o braço direito de Yifan era um ótimo trunfo de guerra. ChanYeol por um momento havia cogitado a possibilidade de levar BaekHyun no lugar do Beta, braço direito do líder do clã inimigo, porém, além de ser uma atitude um tanto quanto covarde, ele sabia que normalmente os ômegas nunca iam para frente de batalha, KyungSoo mesmo nunca ia para a zona vermelha, ele preferia ficar e cuidar de quem se machucasse quando retornassem. Era inteligente da sua parte por que Kai simplesmente não lutaria direito sabendo que teria que proteger o menor.

                Seguiu seu caminho rumo a pequena cadeia improvisada que ainda estava em construção, era uma casa que antes estava abandonada, mas que o líder viu como um bom local para corrigir aqueles que precisavam de um pouco de disciplina. A casa em questão ficava numa parte um pouco mais isolada do perímetro urbano das terras do clã Park, então era um bom lugar para manter os prisioneiros. Ao deparar-se com a construção que ainda pedia algumas reformas, decidiu montar guarda, a noite já caía e era bem mais seguro que tivesse alguém ali para vigiar o prisioneiro. Sabia bem que não era de fato sua obrigação tomar conta daquela tarefa, mas Kai estava cansado pela batalha e decidiu poupar o amigo de ter que dormir no chão para vigiar o lobo da matilha de Yifan. Sentou-se em sua forma lupina e respirou fundo enquanto tentava relaxar o corpo. Observou com atenção as estrelas que pareciam brilhar um pouco menos naquela noite devido ao fato da enorme lua cheia se ostentar sob o céu de veludo negro. De todas as quatro fases da lua, a favorita de ChanYeol era a lua cheia, sua luz refletida na terra deixava tudo com um aspecto tranquilo e majestoso, o alfa sempre a associara com o primeiro amor, o mais lindo de todos.

                Com o passar das horas, a brisa tornava-se mais fria, o que fez com que o Park decidisse entrar na casa que vigiava, porém, antes mesmo que pudesse girar a maçaneta e abrir a porta, seu olfato aguçado fora tomado por um cheiro doce e inebriante. Aquele aroma era típico dos dias mais férteis dos ômegas, sendo esses mulheres ou homens, normalmente aquele perfume exalava quando o ômega em questão estava em seu heat. Com as pupilas dilatadas e com o lobo interno já se remexendo dentro do Park, o alfa procurou encontrar um pouco de concentração. Não haviam muitos ômegas por aí, e em sua alcateia o único que já havia chegado a idade adulta e ainda não possuía um parceiro, era Do KyungSoo. Esse fato preocupou um pouco o líder, pois estando solteiro e num período tão vulnerável, o jovem ômega poderia passar por sérios problemas, principalmente devido a quantidade de alfas e betas solteiros dentro das terras.

 – “KyungSoo?” – Indagou fazendo o uso da coletividade. Se KyungSoo estivesse em sua forma lupina, ele conseguiria facilmente ouvir o chamado de seu líder.

“Sim, Líder?” – A resposta fora quase imediata.

“você está em heat? Sinto cheiro de cio por perto e o único ômega adulto e solteiro por aqui é você...”

– “Não, Líder, meu cio só chega na lua nova, ainda tenho alguns dias antes que ele chegue, mas como sabe, sempre tenho tudo preparado para que eu o passe sem causar problemas dentro da alcateia. Tem certeza que sente cheiro de heat?” – Indagou estranhando o acontecimento. Ômegas marcados normalmente exalavam o cheiro de heat muito mais fraco que ômegas solteiros, pois estes já tinham parceiros para a vida, e seu cheiro afetaria, em teoria, apenas ao seu companheiro. KyungSoo tentou pensar em quem poderia ser o tal ômega em período fértil já que era o único ômega da geração e todos os outros, homens ou mulheres que eram mais velhos já possuíam a união.

“Infelizmente tenho certeza. Mas por via das dúvidas quero que me faça um favor, verifique se algum dos adolescentes da matilha está entrando em forma adulta. O cheiro do cio vai excitar todos os Alfa que não tem ômega e você sabe bem que isso pode dar confusão”

“Aposto que você está falando isso por que está excitado! – O ômega não pode deixar de rir. – Pode deixar vou verificar conforme seu pedido, Líder.”

                ChanYeol estalou o pescoço, era uma mania que tinha quando se sentia pressionado, tentou organizar os pensamentos para conseguir agir de forma racional mesmo quando o cheiro do suposto ômega invadia suas narinas e despertavam nele a chama da selvageria de seu lobo. Ouviu um resmungo dolorido vindo de trás da porta de madeira que tinha a sua frente, e junto a ele vários uivos famintos soaram pelas redondezas, o aroma já começava a atingir os extintos dos outros alfas da alcateia.

                O líder decidiu por fim que iria investigar por conta própria acerca daquele cheiro, ele tinha certeza que vinha de dentro da cadeia improvisada. Porém uma dúvida passou a cercar seus pensamentos: Quem era na verdade aquele lobo?

                Segundo o que sabia e também de acordo com as investigações de seus subordinados, o prisioneiro era Huang Zitao, o braço direito de Wu Yifan, vindo de sua matilha original, imigrante chinês e um beta. Porém o cheiro de heat que vinha de dentro do cômodo não poderia ser de um beta, já que eles não possuem cio e são os lupinos mais próximos dos humanos comuns. Logo, ChanYeol chegou à conclusão de que haviam duas possibilidades ali: Ou Zitao era um ômega que se fingia de beta por algum motivo e de alguma maneira que não sabiam, ou o lobo ali dentro não era Huang Zitao. Decidiu então entrar na sala e interrogar o prisioneiro de uma vez, visto que se tivesse mesmo havido um erro na captura do lobo em questão, que fosse sabido de forma rápida afim de arquitetarem de forma precisa um novo plano de ataque e defesa acerca da alcateia de Yifan. Retornou a sua forma humana de modo que o cheiro evidente se tornaria menos agressivo ao seu olfato que em nessa forma tendia a ser menos eficiente e assim aliviar um pouco a névoa que pairava sua racionalidade. Era muito difícil controlar os instintos quando tão perto de um ômega em heat. Abriu a porta cuidadosamente observando a figura encolhida no canto da sala.

                O lobo branco se encontrava enrolado sobre o colchão e parecia sentir dor, seu cheiro adocicado e afrodisíaco emanava de forma natural e parecia serpentear em volta do alfa o convidando a se aproximar um pouco mais. ChanYeol rosnou involuntariamente ao sentir o aperto em suas vestes, aquele era o poder da fragrância repleta de feromônios. O lobo diante de si deixou escapulir um ganido incomodado enquanto parecia não deter mais o controle da forma lupina, e assim, aos poucos os pelos alvos foram regredindo, o tamanho diminuindo e os traços bestiais tornando-se humanos.

                Um som um bocado agoniado escapou dos lábios da figura diminuta que surgira à frente de ChanYeol, o cheiro tornava-se mais intenso agora que não havia nenhuma parede como obstáculo. O Park não conseguiu frear o rosnado instintivo que escapou de sua garganta a fazendo vibrar, ele se sentia completamente seduzido pelo aroma do outro, porém ele jamais o tocaria sem consentimento, fosse ele um prisioneiro ou não.

Assustado com o rosnado que partiu do outro, o menor remexeu-se sob o colchão escorando-se contra a parede de tijolos. Não esperava a presença de um alfa no ambiente em que se encontrava, principalmente estando numa situação tão vulnerável. Ofegou ao sentir o calor tomando conta de seu corpo, as dores e calores do cio eram sempre intensas, porém pareciam ter se agravado com a presença do outro ali. BaekHyun nunca havia estado na presença de um alfa enquanto passava por seu heat, sempre se escondia, se isolava e tomava vários chás de ervas e remédios para dormir a maior parte do tempo, ele nunca passava essa época estando realmente consciente e aquilo o estava enlouquecendo, ele sentia que não aguentaria muito tempo sem obter alívio. Pressionou uma perna na outra em busca de um alívio que não veio. Ele sentia cada vez mais a necessidade de se aliviar. Um gemido sôfrego saiu de seus lábios e isso chamara ainda mais a atenção do homem a sua frente.

                ChanYeol estudou a figura a sua frente de forma quase intimidadora, engoliu um seco ao conseguir desviar os olhos das pernas do menor e analisar finalmente seu rosto, fechou os olhos afim de conseguir encontrar alguma sanidade dentro de sua mente, ele estava prestes a entrar em um surto ao reconhecer quem era ômega em questão que estava ali prostrado diante de si. Seu primeiro pensamento era de que aquilo era uma piada, só poderia ser efeito dos extintos causado pelo cheiro daquele ômega, certo? Não poderia ser real, afinal de contas, era impossível que a aquela altura, depois de tantos anos o destino e os deuses viriam brincar com ChanYeol daquela forma, trocando o verdadeiro alvo do sequestro para o único detentor dos sentimentos e dos reais desejos do líder. Era impossível que ao invés de Huang Zitao, ele tivesse pego Byun BaekHyun como refém e que ainda por cima o menor entrara no cio bem diante de si, estando vulnerável e a sua mercê. Até por que, BaekHyun era casado, nesse momento já devia ter filhotes e uma marca de Yifan, logo não exalaria cheiro para ChanYeol que era um alfa solteiro, certo? Era tudo uma peça pregada pela sua mente fantasiosa que simplesmente não conseguia esquecer o amor de infância e adolescência.

                Abriu os olhos novamente já consciente de que sua mente não poderia estar lhe pregando uma peça, tudo era real demais, ele não estava errado quando pensou que o cheiro lhe era estranhamente familiar, ele já o havia sentido antes, sete anos atrás debaixo daquela árvore, no mesmo dia em que finalmente havia beijado BaekHyun. Os deuses realmente queriam guiar os caminhos de ChanYeol até aquele pequeno, e ele simplesmente não recusaria o presente divino que havia recebido. Suspirou derrotado ao observar o rosto corado do pequeno ali sentado sob o colchão velho e maltratado, e chegou à conclusão de que não tinha mais escapatória, ele o queria assim como quis anos atrás, e se BaekHyun o permitisse, ele o tomaria para si.

– BaekHyun? – Chamou a atenção do menor para si, rezando internamente para que ele estivesse com consciência o suficiente para responde-lo. Alguns ômegas não conseguiam manter-se coesos e raciocinando sobriamente nesses períodos, pois as dores podiam ser severas. O menor tombou a cabeça para o lado fechando os olhinhos como se apreciasse o tom de voz do outro, e aquilo de alguma forma conseguiu encantar ainda mais o alfa que se aproximou devagar. BaekHyun gemeu baixinho em resposta ao peso de ChanYeol sobre o colchão em que estava sentado, a presença do alfa o desconsertava e o deixava com ainda mais desejo.

–C-ChanYeollie...- O ômega murmurou mais para si mesmo que para o outro, deslizou a mão sobre a pélvis, apertando a evidente ereção que gotejava lubrificação, abriu os olhinhos analisando o homem diante de si, parecia estar preso em um transe. Os olhos antes castanhos tomaram um brilho azulado que foi se intensificando aos poucos. Eram os olhos mais bonitos que o alfa já havia visto. E não pensava daquela maneira simplesmente por que era BaekHyun ali, mas por que aquele azul era tão profundo quanto as águas do mar. –C-ChanYeol – Chamou o alfa novamente, e o maior não resistiu em levar a mão até a face do outro.  O menor gemeu um pouco mais alto assim que os dedos do maior tocaram seu rosto, a sensação era quase febril. Ser tocado mesmo que apenas no rosto por outra pessoa enquanto estava ali tão desejoso era um bocado torturante, pois ele queria mais. – Você nunca pareceu tão real... – Delirou o mais velho, era um pouco constrangedor para si assumir tais pensamentos, mas em meio a tanta dor e sofrimento de ficar quatro dias em um cio nunca consumado que BaekHyun sempre delirava com ChanYeol durante esses momentos. O Imaginava ali com ele, o amando e o satisfazendo até que fosse tomado pela inconsciência dos remédios e das plantas medicinais que tomava para suportar o heat.  

                A mãozinha do ômega segurou então a semelhante que pertencia ao alfa. Ergueu um pouco o corpo equilibrando-se sobre os joelhos e aproximou seu rosto do maior. ChanYeol jogou parte de sua razão fora naquele momento, a proximidade com o outro mexia consigo de maneira muito eficiente, e assim findando a distância entre os dois pares de lábios, iniciou o primeiro beijo após sete anos separados.  O gosto dos lábios de BaekHyun ainda era o mesmo de que se lembrava, doce, viciante e delicado como o próprio garoto que agora passava a ponta da língua entre os seus para convidá-lo a aprofundar o ósculo. Segurou o menor pela cintura, espalmando a mão pela base da coluna deste o trazendo mais para si. Colou os corpos e percebeu o quanto a temperatura do outro parecia elevada devido a febre do cio. Não hesitou em dar ao outro o que queria, chupando e mordiscando os lábios do menor enquanto deixava que suas mãos sentissem e mapeassem o corpo diminuto.         

A quentura do corpo do outro era a melhor que já havia sentido em todos aqueles anos, sentia-se com ainda mais desejo e com mais vontade de tê-lo, mas iria devagar, pois além de ter medo de machucar o menor, também estava atento a qualquer negativa que poderia partir do mesmo. Passou as mãos em torno da cintura delgada e as subiu pelas omoplatas, sentindo cada pedacinho da textura da pele do outro. E quando alcançou com a boca o pescoço do menor, foi que notou que algo parecia um pouco estranho ali. Faltava algo naquela região de pele leitosa, coberta por pintinhas.

– Onde está a sua marca, BaekHyun? – Indagou com a voz rouca, totalmente regada de tesão, mas ainda assim confusa pela recém descoberta.

– Eu não tenho uma... – respondeu baixinho e com alguma dificuldade enquanto pressionava seu corpo contra o corpo do maior em busca de alívio. Era gostoso ter o calor do alfa em contato com seu corpo.

– Como não? – Perguntou tentando manter a voz mansa, puxou o menor com cuidado, para que o mesmo se sentasse em seu colo. BaekHyun ajeitou-se com uma perna de cada lado do maior, deixando seu corpo desprovido de roupas entrar em contato com uma parte tão íntima do alfa. Deixou que seu peso esmagasse a ereção do mais novo de um jeito erótico, fazendo com que o outro gemesse pela satisfação de sentir as nádegas fartas abraçarem aquela parte tão sensível de seu corpo. Precisou frear um gemido ao sentir o outro esfregar-se ali, indiretamente o masturbando, e procurou mais uma vez resgatar a razão dentro de si, ainda precisava da resposta do menor.

–Yifan nunca tocou em mim, Yeollie... Você já sabe disso só você me toca durante meus cios... – Suspirou apoiando as mãos sobre os ombros do mais alto em busca de apoio para continuar movimentando-se em seu colo. – Sei que só acontece na minha mente, mas.... Só você sente o meu cheiro quando estou assim... Só você tem a permissão de me tomar...

– Do que está falando, pequeno? – ChanYeol indagou acariciando o rosto do menor e afastando a franja de sua testa enquanto deixava escapar um gemido de prazer ao sentir o outro simplesmente deslizando as nádegas por cima de seu membro teso.

– E-Eu ... ah – Gemeu manhoso ao sentir um arrepio tomar conta de seu corpo devido a sensibilidade causada pelo heat – Você sabe, Yeollie... Você está na minha cabeça...

– Eu não estou na sua cabeça – O alfa soltou uma risadinha achando o tom manhoso do outro simplesmente adorável e sensual, passou a boca pela pele imaculada do pescoço do menor e depositou ali uma mordida leve que foi o suficiente para lhe dar de presente mais um dos gemidos dengosos do ômega. – Eu sou bem real, BaekHyun. Totalmente real e eu estou ficando maluco com o seu cheiro e estou mesmo me segurando para não te foder agora mesmo. Agora seja um bom menino e me explique direito essa história. – Disse num tom rouco característico de quando estava em seu pico de excitação. A voz quase sussurrada ao pé do ouvido do menor quase o tirando de vez do seu próprio eixo.

– ‘Tá’ doendo, Yeollie... – resmungou insatisfeito e aumentando a pressão sobre o outro. Sabia que o menor estava chegando a um ponto onde apenas se esfregar nele, se masturbando não era mais o suficiente.

– Eu sei que dói, – Disse compreensivo – meu pau vai explodir de tão duro que ele está por sua causa, então apenas me responda: por que Yifan nunca te marcou? Ele só te come e larga quando seu cio acaba?  Quando você me der essas respostas prometo que vou fazer com que a dor acabe, meu pequeno. – ChanYeol agora se via tomado por uma veia de ira, o pensamento de que BaekHyun poderia estar sendo usado como objeto sexual dentro de seu próprio casamento o irritava imensamente.

– Yifan não me marcou por que eu não deixei... – O menor puxou o ar com força antes de continuar –Eu sou virgem e você sabe... – ChanYeol engoliu um seco ao receber a informação mas logo o desconcerto foi tomado por uma aura quase cômica quando o menor completou sua fala – Agora fique quieto, você é fruto da minha mente, devia me obedecer.

– Ah, pequeno Byun, – ChanYeol soltou uma risada maldosa, a revelação de BaekHyun o havia inflado o ego, ele seria o primeiro homem de seu pequeno, não poderia haver notícia melhor. ChanYeol sentia-se como se o presente divino preparado para ele fosse realmente o ômega ali em seu colo, era bom demais para ser verdade,  e para completar toda a maravilha, seu pequeno não era marcado, sendo assim seu casamento era inválido, o que abria o caminho para que ChanYeol fizesse aquilo que mais desejava em toda a sua vida, ter BaekHyun para si por completo e para sempre. – Eu vou te provar muito bem que eu sou totalmente real, e que a partir de agora você me pertence.

                O maior havia finalmente se cansado de perder tempo, esperara por anos para ter aquele momento e não desperdiçaria mais tempo algum. Levou os dedos até a entrada do menor tocando-a delicadamente, penetrou-o com um dedo que entrara facilmente devido a lubrificação adocicada que escorria do orifício rugoso e como recompensa ouviu um gemido deleitoso vindo do menor. Porém ao contrário do que esperava, o menor ergueu o corpo afim de retirar de dentro de si as falanges do mais novo.

–Não quero dedos, ChanYeol...Quero você – O menor sussurrou próximo a audição do alfa que mordeu os lábios com força reprimindo a loucura que tomava conta de sua mente. Ele simplesmente lutava contra o próprio extinto, mas o menor parecia não querer colaborar com seu lado racional. Não seria uma boa ideia, nem uma boa atitude se simplesmente fosse para cima do menor como um desesperado e faminto, não que isso fosse muito longe da realidade, mas sabendo que era a primeira vez do pequeno, ele sabia que precisava frear seus instintos e ser um pouco mais delicado. Não era uma tarefa simples, mas ele tinha que conseguir dar o melhor para o ômega que pretendia de uma vez de todas chamar de seu.

–Se eu não te preparar vai doer... – Alertou olhando o Byun nos olhos que brilhavam naquele azul intenso que simplesmente encantava-o.

–Já está doendo por que não te tenho dentro de mim. – Murmurou emburrado – Não ligo para preparações, não quero seus dedos, quero você todo... – Gemeu mais uma vez, estava chegando ao seu limite e não aguentava mais as enrolações do Park. – Por favor, Yeollie, eu preciso muito de você aqui dentro de mim...

–Precisa é? – provocou beijando-lhe o ombro. – Então fique de quatro pra mim... – Instigou o menor que prontamente o obedeceu apoiando-se com os membros sobre o colchão e empinando o traseiro cheinho e livre de qualquer marca. ChanYeol não resistiu em desferir um  tapa estalado na nádega direita do menor o ouvindo gemer alto e logo um uivo necessitado fora ouvido do lado de fora da janela. Eram outros alfas seduzidos pelo cheiro de BaekHyun. O mais novo então encheu o peito com ar, inflando-se e liberando o ar em forma de um uivo alto de posse. ChanYeol havia de uma vez por todas declarado a cada um dos homens em volta que ele tomaria o cio daquele ômega para si, pois ele o pertencia. Satisfeito após ouvir ganidos insatisfeitos acompanhados de passos que se distanciavam da cadeia improvisada onde estavam, o líder do clã Park pode finalmente voltar a concentrar-se em sua tão prazerosa tarefa.

Apoiou seu peito contra as costas do menor, e dedicou-se a encher a linha da coluna do menor com beijinhos afim de relaxá-lo enquanto posicionava o membro teso na entrada imaculada. Introduziu-se devagar ouvindo os gemidos manhosos do menor, persistiu na abordagem lenta e cuidadosa até estar completamente dentro dele, não o queria machucar de nenhuma forma, e ao sentir a quentura do corpo do menor, seus sentidos pareciam ter triplicado. Era maravilhoso estar ali. Sentiu o menor remexer-se sob seu corpo instigando-se a movimentar-se dentro dele, pedido esse que não hesitou nem por um segundo em acatar. Moveu-se a princípio lentamente, porém adaptou-se as respostas do mais baixo, sendo sempre guiado pelos gemidos e murmúrios necessitados do menor, até poder mover-se mais rapidamente. Chegara então a um ponto, onde ChanYeol e BaekHyun já não se importavam se os movimentos estavam brutos demais ou se os gemidos eram muito altos, apenas entregaram-se um ao outro por completo. BaekHyun amava a sensação de pertencimento que aquele ato o proporcionava, então instigava o outro a dar-lhe mais sempre que podia. Movia os quadris como numa dança ensaiada, de movimentos perfeitos e sincronizados onde fazia que o maior lhe atingisse em pontos que nunca sequer imaginava que poderiam ser tocados. O ômega sentia-se completo, e não era diferente com o homem que o tomava.

                Não demorou para que BaekHyun, já muito ofegante e com as pernas trêmulas pelo esforço contínuo,  começasse a ser tomado por tremores e espasmos fortes e que ele se contraísse involuntariamente, era o chamado do seu corpo para atingir seu ápice, e foi assim,  chamando o nome do maior de forma necessitada ele se desfez pela primeira vez naquela noite permitindo-se pela primeira vez na vida sentir um orgasmo.

                Porém ChanYeol ainda não estava satisfeito, apesar de quase ter se desfeito com as contraídas involuntárias do corpinho delicioso do menor, ele ainda tinha um desejo a cumprir, virou o menor em seu eixo, jogando-o de costas no colchão, para assim conseguir ter a melhor visão do rostinho vermelho do outro. Os olhinhos azuis entreabertos e a boquinha aberta apenas libertando os tão tentadores e dengosos gemidos.  Penetrou-o com força novamente ouvindo-o se deleitar e chamar-lhe pelo nome completo mais uma vez. Aquilo o excitava imensamente, ergueu uma das pernas do menor até seu ombro, explorando a flexibilidade do ômega e assim conseguia atingir ao ponto mais doce do pequeno, causando-lhe ainda mais tremores devido a sensibilidade causada pelo orgasmo anterior. Passou a beijar seus lábios com desejo, seu pescoço, seus ombros e a mordiscar seus mamilos, sentia que estava cada vez mais próximo de seu ápice e foi quando decidiu que BaekHyun seria seu para sempre independente das consequências.

– Desculpe-me por isso, pequeno, mas eu não vou me permitir te perder mais uma vez. Não vou deixar que te levem de novo. – Sussurrou próximo ao ouvido do menor que apenas gemeu em resposta, entendendo o que o outro queria dizer. Mais do que a racionalidade e seus corpos, suas almas, seus lobos queriam aquilo. Pendeu o pescoço para o lado dando libertade total para que ChanYeol realizasse o que precisavam, e junto com os jatos fortes de sêmen que jorravam de si trazendo o êxtase do orgasmo, os dentes de ChanYeol cravaram-se na pele de BaekHyun marcando-o para sempre.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, viu?
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~chuuu


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