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História Frankenstain - PAUSADA POR FALTA DE TEMPO - Inverno de 1842


Escrita por: Si1mari11ion

Notas do Autor


Você tem certeza que a vida é uma comédia de mal gosto quando você acaba de voltar do Enem e sua mãe te manda ensinar matemática para o seu irmão XD
Boa leitura :)

Capítulo 24 - Inverno de 1842


Corria em desespero pelas ruas da grandiosa cidade, se escondendo entre a escuridão das casas próximas a Notre-Dame.

A guerra acabou! O tratado tinha sido assinado, por que ainda estava atrás de si afinal? Nem mais fabricava daquele veneno terrível!

A vida nunca lhe sorriu?!

Mesmo que branca, foi vendida como escrava. Levada para as Índias Orientais por seu senhor, onde conseguiu fugir e ter uma vida simples com a fabricação de uma droga que já era comum em sua terra natal.

Então o Imperador proclamou a perseguição de todos que tivessem posse da droga, logo mais começou a guerra e teve que fugir, abandonando tudo o que tinha e tudo o que construiu.

¬ Santuário! – batia desesperada a porta. – Por favor, dei-me asilo! Santuário!

As duas estatuas de anjo assistiam aquela cena com o peito pesando. Era uma inocente, viam que ela era inocente, e precisava desesperadamente de ajuda.

¬ O Padre não vai chegar a tempo. – disse um deles com a respiração já descompassada.

Lágrimas grossas escorriam pelo rosto da mulher, mas ela não desistia de bater na grandiosa porta.

¬ Não estamos no direito de interferir! – disse o outro se controlando para não fazer alguma loucura.

O padre estava dormindo e não acordava de jeito nenhum.

No colo na moça viram um embrulho se remexer e choramingar.

A estatua apertou o punho de sua espada com força anormal, ele iria acabar interferindo.

¬ PARADA!! – urrou o homem.

Os cascos do gigantesco cavalo se aproximavam perigosamente, os olhos escuros faiscavam e o nariz expulsava ar em lufadas de fumaça branca.

Seu dono não estava tão diferente assim, chegando a ser mais fera que homem de fato.

A mulher arfou e abandonou a porta, tentando fugir mais uma vez pelas ruas da cidade, abraçando o embrulho em seu colo protetoramente.

¬ DEIXE-ME IR!! – a essa altura ele estava urrando. – NÃO VOU ACEITAR O JULGAMENTO DESTE FALSO HOMEM DE BEM!!

¬ NÃO!! – urrava o outro em resposta. – NÃO PODEMOS INTERFERIR!!

¬ INTERFERIMOS POR MILO!! – rebateu. – PORQUE NÃO PODEMOS INTERFERIR POR ELA?!

Um relinchar misturado a um grito os calou.

Tarde demais.

A jovem estava caída nos degraus da catedral, de sua cabeça provinha uma quantidade absurda de sangue e de seus olhos a luz fugia.

O embrulho em seu colo começou a se remexer mais agitado e gritos assustados agora enchiam a praça.

¬ Um bebê?! – o homem descera do cavalo.

Aproximou-se o bastante para apanhar o embrulho e descobri-lo.

Era um menino e um lindo menino. Mas seus olhos lembravam os de uma raposa e em seu peito repousava um colar de pentagrama.

¬ Kitsune Kuko! – concluiu o homem assustado.

Mais do que depressa ele foi até o velho poço que ficava na frente da catedral e soltou a criança.

¬ NÃO!! – o urro de Phoenix foi de rasgar o coração.

O homem mal tinha se afastado do poço onde jogara o bebê quando outro homem se jogara ali. Assustado montou em seu cavalo e o preparou para fugir se fosse necessário.

¬ MILO!! – gritou Cygnus.

Em minutos o homem assistiu Milo ressurgir do poço com a criança junto ao peito. Ele se esforçava bastante e tentava a toda maneira não ferir a criança pequena.

Saio do poço um tanto arfante, arrumando a criança em seu colo e verificando seu estado. O pequeno parecia bem apesar do susto.

¬ Quem é você? – perguntou o homem em tom de repreensão.

Milo desviou o olhar termo dirigido à criança, mirando seu interlocutor com verdadeiro ódio e fúria.

¬ Sou quem pergunta! – rebateu grosseiro. – Quem és tu? O que fizeste? – apontou para o corpo da mulher.

A criança chorava a plenos pulmões, se debatendo sem parar no colo de Milo. O menino estava com medo, frio e fome.

¬ Quem sou não é da tua conta. – respondeu o homem aquietando o cavalo. – Estava atrás dessa bruxa fugitiva que levava consigo um demônio em forma de criança.

Milo estava cerrando os olhos da moça quando ouvira tal respostas. Ergueu-se na mesma hora completamente tomado pelo ódio.

Aproximou-se do cavalo e agarrou suas rédeas, forçando o animal a abaixar-se até que deitasse no chão e por consequência derrubasse seu dono.

Assustado o cavalo correu para longe, deixando o homem sozinho para lidar com a cólera de Milo.

¬ Bruxa? Demônio? – andava ameaçador em sua direção. – Sangue inocente você derramou nos degraus de Notre-Dame! A criança tomou dos braços da mãe nos mesmos degraus! A criança feriu e tentou matar perante os mesmos degraus!

O menino berrava cada vez mais alto, parecia saber que perdera a pessoa mais importante de sua vida.

¬ Ela fugiu e eu fui atrás, não sou culpado. – respondeu o homem de forma calma, apesar de estar intimidado. – Minha consciência está limpa.

Milo apontou-lhe o dedo em riste, acusador e ameaçador.

¬ Você pode até iludir-se e pensar que não haverá remorso amanhã, mas saiba que jamais vai conseguir desviar e muito menos fugir deste olhar! – apontou para a catedral. – Profundo olhar de Notre-Dame!

Phoenix apenas bateu a espada que empunhava contra a parede da catedral, fazendo assim sua vontade valer por toda construção.

Quando o homem mirou a gigantesca fortaleza pode ver todas as imagens e estatuas de santos, anjos e demônios lhe dirigirem um olhar acusador.

Os santos pareciam indignados e enojados. Os anjos furiosos queriam a justiça. E os demônios rosnavam para si ou quem sabe sorriam.

Assustado, o homem conseguiu chegar até seu cavalo e fugir em desespero dos olhares que certamente o seguiam.

¬ Ei... – Milo fazia carinho no pequeno, tentando acalmá-lo. – Não chore... Vai ficar tudo bem agora.

Cygnus concertou as mudanças que Phoenix fizera na catedral e ambos se juntaram a Milo, tentando acalmar a criança.

O menino era tão lindo, parecia um querubim daqueles pintados em quadros renascentistas. Os olhos verdes e brilhantes se assemelhavam aos de uma raposa arteira e a doçura que expressava conquistava até o mais duro coração.

Naquele caso, o mais duro coração era o de Phoenix, que tirara seu manto para envolver o bebê.

¬ Oi... – o bebê agora repousava tranquilo no colo do Santos. – Você está com fome é? Prometo que já te arranjo algo pra comer, mas primeiro desfaça esse bico, pois está seguro agora. – sorria e brincava com a mão do bebê.

¬ Quem é aquele e o que esse ser desconhecido fez com Phoenix? – Milo não conseguia acreditar da mudança.

¬ Ele sempre foi assim, só não mostra com frequência. – respondeu Cygnus cuidando do corpo.

Arrumou a moça em um dos degraus, ajeitando sua roupa e a posição do corpo.

¬ O nome dela era June, derivado do mês Junho em Alemão, Juni. – Cygnus mais falava consigo mesmo do que com Milo. – Ela teve uma vida difícil, usando os artifícios que lhe eram possíveis. A criança não é dela, mas amava como se fosse. Era uma boa mulher apesar das coisas que fizera em vida para se manter. – o Santos suspirou triste. – Requiescat in pace, June a Chamaeleon.

Milo arqueou a sobrancelha e olhou preocupado para o menino no colo de Phoenix.

¬ Ela era uma Descendente? – perguntou para confirmar sua ideia.

¬ E o menino também. – respondeu. – E um Descendente de nosso irmão Andrômeda.

¬ Pensei que os Descendentes eram famílias inteiras e que não costumam ficar sozinhos. – volveu.

¬ Quando um Santos perece em batalha ou é banido, seus Descendentes vão se extinguindo aos poucos. Então as famílias de Descendentes se unem para sobreviver até que nossos irmãos e irmãs sejam capazes de voltar. – explicou. – Essa moça era a última Descendente de nossa irmã Chamaeleon. E o menino eu não tenho certeza.

¬ Bom, não podemos simplesmente abandoná-lo. – disse Milo.

¬ E não vamos. – respondeu o outro. – Mas antes, me ajude a dar um fim digno ao corpo desta jovem.

Milo apenas acenou e o seguiu. Enquanto Phoenix ia para dentro da catedral, onde o menino não passaria frio.

Quando voltaram viram o moreno ninando o bebê com um pequeno sorriso. Milo e Cygnus apenas se entreolharam, achando a ideia que tiveram bastante viável.

¬ Phoenix. – chamou Milo sentando-se ao lado do Santos. – Pode cuidar do menino?

O moreno se assustou, chegando a dar um pequeno pulo e acordar o menino, ao qual correu para acalmar novamente.

¬ E-Eu?! – tinha até se engasgado com o susto.

¬ Não era você que queria ajudar? – disse Cygnus com um pequeno sorriso. – Pois bem, ai está sua chance.

Phoenix apenas olhou feio para o irmão, voltando sua atenção para Milo logo em seguida.

¬ Mas eu... Eu não sei... – não conseguia nem formar palavras.

¬ Por favor. – disse Milo. – Eu juro que vou lhe ensinar, mas, por favor, cuide dele. Eu prefiro que fique seguro com você, do que comigo em constante perigo.

Phoenix parou e ficou olhando para o garotinho adormecido.

Ficou ponderando por um longo tempo se era ou não sensato e bom ficar com o menino.

¬ Tudo bem. – respondeu por fim.

Milo riu e o abraçou pelo ombro, como que para motivar e dar força. Cygnus se aproximou e ajoelhou-se para ficar bem próximo da criança.

¬ Qual o nome? – perguntou sorrindo. – O nome do menino?

¬ Você já escolheu, certo? – disse Milo.

Demorou um pouco para responder, deixou para escolher naquele momento. Foi quando o menino bocejou e abriu os olhinhos de forma preguiçosa, sorrindo logo em seguida para o moreno.

¬ Shun.

¬ Shun?! – os outros dois se espantaram com o nome.

¬ Passageiro, Breve. – continuou enquanto sorria e fazia um carinho no menino. – Um nome adequado para uma vida mortal e da qual será tão rápida quanto um piscar de olhos para um ser imortal como eu. – desmanchou o sorriso, mas não parou o carinho. – É mais uma forma para que eu não me esqueça de que ele não viverá para sempre.

O menino apenas deu um gritinho e soltou um riso ao agarrar o dedo do Santos, que lhe sorriu maravilhado.


Notas Finais


Licença que eu vou chorar só um pouquinho T-T
Espero que tenham gostado :)

Bjs. L :3


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