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História Free As A Bird - Capítulo 33


Escrita por: marysheezus

Capítulo 34 - Capítulo 33


- Cara, eu não acredito nisso!

Sexta feira, eu e Paul caminhávamos para nossos quartos. Juntos, como havíamos feito todos os dias ao longo da semana. Dessa vez, nós dois segurávamos os papéis de advertência. De formas diferentes. Enquanto eu segurava como um diploma de formando, orgulhoso e de peito estufado, Paul queria esconder a advertência dele, como se fosse um mandato de morte.

- Ah, Paul... Não é tão mal assim! Agora somos os bad boys aqui! – Sorri para ele enquanto o mesmo olhava o papel com uma expressão frustrada.

- É porque essa não é a tua segunda advertência no ano! E se eu levar mais alguma, eles comunicam os pais, e eu não quero nem imaginar o quão nervoso meu pai vai ficar comigo...

O porquê da advertência? Por termos matado aula na segunda. Ok, eu sabia que isso ia acontecer... Mimi me fez ler o manual de regras da escola 3 vezes, então eu estava consciente que eu perderia meu fim de semana por causa da advertência... Mas o que eu poderia fazer? Sinceramente, havia valido a pena. Muito.

- De qualquer forma, acho que está exagerando...                                             

- Já você parece não estar nem um pouco triste com isso. Posso saber por quê? – Finalmente Paul tirou os olhos do papel e me olhou.

- Digamos que a ideia de termos um final de semana... Sozinhos... Só nós dois, juntos... É algo que me agrada bastante.

O sorriso que eu amava se mostrou mais uma vez e depois de precaver, olhando para os lados e procurando para ver se havia alguém, abracei Paulie de lado, desjeitosa e divertidamente.

-Você é muito espertinho, Lennon... – Ele me deu um beijo na bochecha.

- Não é que eu sou mesmo? – Sorri com o beijo. – Tem planos para hoje?

- Hum... – Olhou para cima, tentando se lembrar de algo. – A semana de provas acabou e não temos matéria nova, então não preciso estudar... Não temos ensaio hoje, só amanhã de manhã... Ringo e George estão estudando juntos então não tem como começar o nosso trabalho de música...

- Que vai ser um ótimo projeto, diga-se de passagem...

- Não é?! Achei muito legal essa ideia do professor!

- Ele é um cara legal. Só achei o prazo meio curto.

- Podemos fazer isso juntos. Compor não é algo impossível.

- Em duas semanas?

- Fique tranquilo, nós vamos conseguir... – Paramos na porta do quarto de Paul.

- Então... – Ele se desvencilhou do meu braço para abrir a porta. – Está livre essa noite?

- Para a sua felicidade, sim. – Abrindo a porta, ele fez uma expressão bem humorada.

- Então, que tal deixar suas coisas aí e dormir comigo no meu quarto?  – Entramos no quarto, ele colocou uns cadernos que segurava em cima da escrivaninha e o casaco em cima da poltrona.

- Será que eu deveria? – Paul cruzou os braços e veio andando, sorrindo, na minha frente.

- Eu acho que sim. Sentimos muito sua falta por lá... – Coloquei minhas mãos no bolso da jaqueta. – Não só eu, sabe... Minha cama, meus lençóis, meu travesseiro... – Paulie chegou mais perto e pôs as mãos ao redor do meu pescoço. – Eles também estão com saudades de você.

Meu coração bateu rápido quando ele me deu um beijo. Tão bobo eu era, quase tinha um ataque cardíaco toda vez que ele colava seus lábios nos meus. Tão frágil eu era perto dele, justo quando eu tinha aquele desejo final e enorme de protegê-lo e guardá-lo só pra mim. Tão possessivo eu era.

- Isso é um sim? – Abri meus olhos para vê-lo e arquei meu corpo pra trás, junto com as sobrancelhas.

- Aham.  – Ele sacudiu a cabeça. – Vai ser o nosso final de semana, então.

- Só nós dois? – Abri a porta para ele sair pela mesma.

- Só nós dois. – Paul andou pra fora, eu fechei a porta atrás de mim e fomos caminhando até o meu quarto.

- Promete que não vai brigar comigo nem nada do tipo, pelo menos nesses dois dias?

- Prometo. – Se virou para mim na frente da porta.

- Apenas curtindo a companhia um do outro...

- Tudo bem, vou te dar uma folga. – Ele sorriu, entrando no quarto.

- Obrigado. – Fechei a porta e acendi a luz.

Não estava calor, mas sim quente o bastante para tirar a minha jaqueta e jogá-la na cama. Para ficar mais confortável, tirei minha blusa de uniforme e procurei algo para vestir pelas minhas gavetas bagunçadas.

Quando me virei, encontrei Paul sentado na cadeira, sua cabeça apoiada na mão. Ele estava me olhando com uma expressão estranha.

- Paul? – Percebi que ele, discretamente, mordia a parte de dentro do lábio. Seu olhar perdido achou o meu chamado quando olhou meu rosto.

- Sim?

- Tava olhando o que?

Foi engraçado a forma que o rosto dele ficou vermelho, foi aos poucos, como sempre. As maças do rosto dele ficavam rosas, e depois iam escurecendo, indo para a mandíbula, até o queixo e se bobear, seu pescoço.

Era uma coisa tão inocente, tão pequena, que conseguia plantar um sorriso tão sincero e grande no meu rosto.

- N-Nada. – Ele sorriu, seria uma postura segura se não estivesse vermelho que nem um pimentão.

- Pode falar... – Deixei minhas roupas em qualquer lugar e andei até ele. Me inclinei para baixo, conseguindo o olhar nos olhos. Pendurei um dedo debaixo do seu queixo, levantando devagar o sua face, a pouco centímetros de distância entre nossos rostos. – Você tava olhando para mim, não estava?

- Não... – A voz dele enfraqueceu quando ele olhou para o lado, fugindo de mim e se encolhendo na cadeira.

- Paul... – Com uma mão, transformei o dedo em seu queixo em uma mão que agarrou sua mandíbula e o forçou a olhar para mim. Pude ouvir o gemido surpreso que ele deixou escapar entre seus lábios entreabertos. – Não minta pra mim.

Sorri com a visão. Talvez eu fosse um sádico incurável, mesmo. Mas era tão bonito ver aqueles olhos aflitos e assustados. Grandes olhos, grande aflição. O beijei com rastros de violência, invadindo boca e entrelaçando língua, vencendo um jogo que mal tinha começado. Impondo toda a minha vontade.

O plano não estava subentendido. Mas ambos sabíamos o que queríamos. Pelo menos eu sabia o que Paul queria.

Ofegantemente quebrando o beijo, afrouxei minha mão ao redor de seu rosto.

- J-John... – Tremia. Ele relaxou o corpo em um suspiro.

- Shhh... – Preponderei meu dedo em seus lábios, beijei sua mandíbula e sussurrei em seu ouvido. – Eu vou cuidar de você. – Pendi minha língua e arrastei a mesma pelos seus lábios. Minha mão em seu peito pode sentir o arrepio sonorizado. Pude observar Paul fechando os olhos, e o canto da minha boca subiu sadicamente. – De novo.

Uma música que narrava luxúria começou a tocar na minha mente, e de repente, tudo era vermelho e altamente sexual. E eu sabia muito bem como dançar aquela canção.

Foi bem planejado, me pressionando e me amassando, apoiando e voltando para dar espaço a um fôlego que pedia por ar. Experientemente são, eu sabia – muito bem – o que fazer e como fazer pra obter o resultado que eu queria.

E o resultado que eu queria era ele. Fraco, louco, duro e meu.

Exclusivamente meu.

Mesmo sem nunca ouvir uma palavra sobre isso, eu sabia que ele gostava quando a minha barba rala roçava no seu pescoço (inclusive, as vezes eu deixava de fazê-la frequentemente por isso).

Minhas mãos exploraram por baixo da sua blusa. Respirando uma alta temperatura contra sua pele, fui traçando minha linha pessoal até a sua clavícula. Com beijos suaves e lábios arrastados, voltei atrás uma vez e ataquei o meio da tua linha horizontal corpórea. Foi ali, onde havia maxilar, pescoço e pomo de adão.

Fui violento de uma forma única. Estranhamente bom.

Por que é que aquilo me perturbava tanto? Era uma espécie de culpa.

Deliciosa culpa.

E fui adiante, agarrando com dentes e boca a pele de Paul. Consciente de que aquilo deixaria marcas vermelhas e roxas, não pude me controlar. Era mais forte que eu. Uma, duas, três vezes. Em lugares diferentes com poucos centímetros de distância.

Os gemidos dele soavam cada vez mais gostosos nos meus ouvidos. Uma agonia, desespero. Era tão bom tê-lo em mãos.

Quando o beijei de novo, ele já havia se rendido. Músculos relaxados e mãos que corriam pelo meu peitoral. O toque dele era algo muito bom de sentir. Tranquilizador.

Mordi teu lábio inferior. Forte. Pude sentir o gosto característico de sangue quando rompi levemente o tecido de seu lábio. Não era muito, mas foi o bastante.

Que tipo de doente sou eu? Aquilo apenas havia me deixado mais excitado do que eu já estava. Por mais que eu achasse isso impossível a poucos segundos atrás.

Olhos abertos unicamente para vê-lo, e ri quando o encontrei perdido em meio a poltrona. Jogado e com os cabelos úmidos. Poderia até ser o bastante, mas eu não podia parar agora. Eu queria ver até aonde ele chegava.

Em dois ou três movimentos, consegui abrir sua camisa bruscamente.

Desde o dia em que vi Paul eu quis saber como ele era quando dominado dessa forma.

Eu queria saber se ele era barulhento, se ele era do tipo que tentava se conter, se ele era do tipo carinhoso, se ele gostava de proximidade, o que ele gostava de falar...

E mesmo agora, em meio a todo esse momento, eu não consegui desvendá-lo.

Não me importaria nem um pouquinho de ir um pouco mais longe.

Pendurei meus dedos, rapidamente, no cós de sua calça. Procurando desfazer tudo o que havia por ali. Trabalhei em teu cinto, a fivela que parecia um difícil quebra-cabeça foi desfeita. Desabotoei o botão que separava o contato, e depois trouxe o zíper para baixo.

Me agachando para facilitar meus planos, deslizei a calça de Paul contra suas coxas brancas. Eu podia quase ouvir o som do linho em contato com sua maciez.

O observei por baixo antes de tirar sua cueca. Expressão perdida em prazer, claramente. Completamente perdido.

Revelando sua ereção, puxei para baixo o tecido que antes a revestia, o colocando junto com a calça, já em seus pés. Com um dedo singular, pude traçar toda sua extensão. Foi quando ele gemeu alto, com seus velhos olhos fechados.

- Paul?

- Mm... – Ele se contorceu quando fechei minha palma ao seu redor.

- Paul?! – O chamei novamente.

- Hum?

- Abra os olhos.

Ele os abriu.

- Olhe para mim. Apenas para mim. Eu quero que você me veja fazendo isso. – Completei.

Paul mordeu o próprio lábio, extremamente vermelho, agoniadamente.

- Ouviu, Paul?

- S-Sim. – Ele me olhou nos olhos e acenou com a cabeça.

- Ótimo. – Sorri pervertidamente.

A ponta da minha língua se afinou involuntariamente quando alcançou sua pele. Fiz o caminho para cima, depois desci pelo mesmo. Nessa hora, senti a mão de Paul encontrar o meu ombro, o apertando. Ele se esforçava para me olhar, como eu havia mandado.

Voltei para a troca de olhares, era incrível o nível de luxúria que aquilo possuía.

Enquanto nos confortávamos no desconforto, mantive minha boca ocupada com Paul. Na primeira vez que ousei fazer o movimento de sucção, suas unhas cravaram no meu ombro. Não tão profundamente, mas o bastante para me fazer murmurar baixinho.

- T-Tão bom... – Paul soltou um suspiro em meio a um gemido. Sua voz ficava cada vez mais fina.

Aumentei a velocidade crescentemente. Lento, mas crescente de qualquer forma. Suas mãos foram subindo para a minha nuca, encontrando os fios de cabelo por ali e os puxando, descontando seu prazer em mim, o causador do mesmo.

Irônico? Não. Era sexo, afinal. Existem regras claras de violência e rigidez. Ambas precisas em certos momentos, pelo menos pra mim. Não que eu quisesse machucar Paul. Mas não havia como dispensar uma mordida ou um empurrão na hora certa.

Quando seus dedos escorregavam pelo meu cabelo, eu sabia que ele não duraria muito daquela forma. Minhas mãos encontravam-se em suas coxas e quadris. Apertando, pressionando e acariciando.

Às vezes era preciso sair do contato visual para me concentrar no que eu estava fazendo. Mas o mantinha como prioridade por ali.

Corri uma mão para a base de seu membro para ajudar a mim mesmo.

- John...! – Paul quase gritou o meu nome.

Após choramingar, seus dedos apertaram em força descomunal ao redor dos meus cabelos. Então ele me puxou para cima, e sem aviso prévio, me beijou de forma submissa. Tão submissa que nenhum ato feito até agora havia feito me sentir tão comandante.

Ele praticamente implorava, por meio de seus atos, por mais, mais e mais...

Paul havia chegado a seu ápice em meio a nosso beijo. Qualquer cego que pudesse apenas ouvir a cena, teria suposto este palpite certeiro por meio dos gemidos e gritos e choramingos e “John”s que, felizmente, escaparam das cordas vocais de Macca.

Muito suor pendente por ali. A respiração ofegante de Paul poderia ser facilmente confundida com um ataque de asma. O observei – pela milésima vez. Olha-lo havia virado meu esporte favorito. – cansado. Foi uma cena muito inspiradora.

-Bem... Eu preciso de um banho agora. – Me levantei, peguei minha toalha e a pus no meu ombro, indo para o banheiro.

Paul me deu um sorriso preguiçoso e bagunçado.

- Você é louco, John Lennon.

- Louco como um chapeleiro. – Pisquei.

Entrei pela porta aberta, sabendo que não demoraria muito para ele entrar também.

 

 

 

 

 



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