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História Free Fallin - Dispensa do trabalho


Escrita por: _RangerVermelho

Notas do Autor


Olar
Bom, não tenho muito o que falar, só que tem links nas notas finais.

Enjoy it <3

Capítulo 4 - Dispensa do trabalho


O restante do dia foi tranquilo. Atendi alguns telefonemas, sai pra comprar café, e até fiz amizade com Sun Hee, a secretária fofa, só não conversei muito com Inguk. Ele estava extremamente concentrado em um novo projeto, as únicas vezes que ele falou comigo foi pra pedir algo. Agora eu já tinha terminado de organizar tudo que havia me mandado, já passava das seis da tarde e estava esperando ele dizer que eu podia ir.

 

   Olhando desse ângulo, Inguk com os olhos vidrados no computador, os ombros tensos e o maxilar travado, ele era extremamente lindo, e eu me sentia uma idiota pelas tentativas frustradas de puxar conversa.

 

-Algum problema Amélia? - me assustei quando escutei sua voz.

-Hum?

-É que já faz um bom tempo que você está ai me olhando! - Inguk falava comigo, mas não tirava os olhos do computador.

-Ah! Eu só estava... - admirando sua beleza, desculpa.

-Se você já terminou o que tinha pra fazer pode ir, acho que não vou mais precisar de você hoje! - ele disse olhando no relógio.

-Você ainda vai ficar aqui, chefe? - arrumei as coisas dentro da minha bolsa.

-Vou daqui alguns minutos - me olhou - Você precisa de uma carona?

-Ah não, não. Um amigo vem me buscar! - sorri - Bom, então, tenha um boa noite chefe! - me curvei de leve e o vi acenar com a cabeça.

 

   Peguei o elevador, por causa do horário quase não tinha mais tantos funcionários trabalhando, desci sem ter que parar em algum andar. Apesar de ter chegado rápido na entrada da empresa, tive que esperar quase dez minutos até Benjamin aparecer. Pontualidade não era seu forte.

 

-Cheguei meu amor! - escutei Ben gritando enquanto buzinava.

-Da pra ser mais discreto por favor! - entrei no carro batendo a porta.

-Só estou expressando minha felicidade pelo seu primeiro dia de trabalho! - ele piscou um olho - Agora me conta como foi! - eu abri um sorriso.

-Tudo bem, mas primeiro vamos para casa, porque essa roupa 'ta me incomodando. Vou usar roupas normais no trabalho, só vou me vestir formalmente se o Sr. Seo pedir!

 

   Ben deu partida no carro enquanto ria de mim. Me virei pra colocar o cinto quando vi o chefe parado na entrada olhando na direção do carro, espero que ele não tenha visto o escândalo que Benjamin fez. Ele ficou lá até a gente cruzar os portões da empresa.

 

                                 [...]

 

   Assim que sai do banho fui direto pra mesa de jantar, o novo apartamento estava com um cheiro ótimo de comida. Assim que me sentei minha mãe colocou uma tigela de arroz pra mim.

 

-Se sente para comer também Alfred! - minha mãe o olhou.

-Se não vai acabar ficando sem comida! - Ben falou enquanto enfiava um monte de comida na boca.

-Sim madame! - Alfred se sentou - E você tenha mais respeito menino! - ele bateu na cabeça de Benjamin que resmungou.

-Como eu senti falta disso. E da senhora também mãe! - segurei sua mão sorrindo.

-Eu também meu amor, embora esteja um pouco contrariada por conta de suas últimas decisões! - ela me repreendeu com o olhar.

-A senhora sabe que eu sei me cuidar, não se preocupe! - tentei tranquiliza-la.

 

   Depois do jantar eu disse pra Alfred que ele podia ir descansar que eu ajudaria minha mãe arrumar a cozinha. Benjamin já tinha apagado na cama de um dos quartos.

 

-A senhora não sabe o quanto eu senti falta disso! - falei enquanto secava um prato.

-De fazer serviço? Não se preocupe que isso é o que não vai faltar aqui! - mamãe disse me fazendo rir - Eu também senti falta querida, teríamos mais momentos assim se eu não tivesse que ir ao hospital de tempos em tempos, e ficar lá!

-Não tem problema mãe, fico muito feliz só em saber que a senhora está se recuperando bem! - sorri.

-Eu também. Mas ainda me culpo por tudo que te aconteceu, Amélia, se eu tivesse impedido seu pai naquele tempo...

-Esqueça isso mãe, aconteceu o que tinha que acontecer. A senhora não poderia enfrentar meu pai, nem eu posso fazer isso!

 

   Minha mãe sempre batia na mesma tecla, se culpava por não ter conseguido impedir que me mandassem pro CTM. Mas ela não tinha culpa, mesmo que ela tivesse batido de frente com meu pai não teria mudado nada, dificilmente ela teria conseguido fazê-lo mudar de ideia. Isso poderia até ter sido pior pra ela e eu não gosto nem de pensar nisso.

 

-Só me prometa que não vai fazer nada imprudente por minha causa! - ela segurou meu rosto com as duas mãos.

-Eu prometo mãe! - a abracei.

 

                                [...]

 

   Fazia mais de duas semanas que eu estava trabalhando ali no escritório. Minha amizade com Sun Hee tinha crescido, meu relacionamento com o chefe não tinha mudado muito, ou pelo menos eu achava que não, porque sempre que eu tentava puxar assunto ou dizia alguma coisa um pouco idiota tentando ajuda-lo ele respondia com ironia, ou então as vezes, supreendentemente, até soltava um riso pelo nariz. Ele já tinha percebido o quanto meu nome me incomodava, por isso constantemente ele ficava me chamando, tinha vontade de falar pra ele me chamar só de Lia -L I A pelo amor e Deus- mas tenho certeza que ele não me chamaria assim só pra me irritar. Mas parece que tudo isso tinha sido apagado depois que eu encontrei com Sr. Moore ontem a noite. Ele tinha ido visitar minha mãe, mas claro que na verdade ele estava procurando por mim. Quando cheguei em casa encontrei os dois rindo e conversando, isso me fez pensar que tudo que tem acontecido comigo era uma coisa a parte quando se tratava dos dois, pra ser sincera, nunca vi meu pai agindo da maneira que ele age quando está com a minha mãe, parece que ele realmente amou muito ela um dia.

    Claro que a visita dele não foi só flores, logo depois já veio me dando detalhes da minha nova tarefa a cumprir, ele precisaria de mim depois de amanhã, e o que me deixa nervosa é ter que arrumar uma desculpa pra faltar no trabalho por dois dias.

 

-Aconteceu alguma coisa Amélia? - chefe me perguntou.

-Hãm? Não, não. Por quê? - me ajeitei na cadeira.

-Você está muito calada hoje, e faz algum tempo que está ai sentada olhando pro nada, embora eu achasse que você gostasse de ficar me olhando quando não tinha nada pra fazer! - ele sorriu de canto me fazendo arregalar os olhos.

-Chefe! Não é bem assim... - embora eu tenha feito isso algumas vezes. Me levantei da cadeira e parei em frente a mesa dele - Na verdade eu preciso conversar com você, pedir uma coisa... - mordi o lábio não sabendo bem como falar e vi Inguk arquear uma sobrancelha enquanto se encostava na cadeira.

-Muito bem, podemos ir almoçar, ai conversamos! - ele se levantou da cadeira vestindo seu blazer preto.

 

    Voltei a minha mesa e peguei minha bolsa (1) e corri pra alcançar Inguk que já estava perto do elevador, assim que entramos ele apertou o botão do térreo. Não sei se era por que eu estava um pouco nervosa, mas meus sentidos estavam aguçados, eu quase podia escutar meu coração batendo e o cheiro do perfume do chefe parecia muito mais forte do que era, e muito mais gostoso.

 

-Não precisa ficar nervosa só porque estamos sozinhos aqui dentro, não é a primeira vez que isso acontece! - eu quase podia apalpar a ironia em suas palavras.

-Acho que quem deveria ficar nervoso aqui é você chefe, eu poderia te atacar agora. Você não sabe do que eu sou capaz! - o olhei de canto enquanto sorria.

 

    Inguk olhava diretamente pra mim com um pequeno sorriso incrédulo nos lábios. Assim que as portas do elevador se abriram eu sai andando na sua frente e o esperei do lado de fora enquanto traziam o seu carro.

 

-Não tem medo de perder seu emprego com essas suas palavras cheias de segundas intenções? - ele chegou perto de mim pegando as chaves do manobrista.

-Quem disse que eram segundas intenções? - sorri travessa - E você não demitiria uma secretária tão competente como eu, chefe!

-Seu ego cresceu depois que começou a trabalhar aqui. Isso não é bom! - pude vê-lo sorrir.

 

    Entramos no carro e Inguk dirigiu até um restaurante não muito longe dali. Quando chegou a hora de fazer o pedido me senti um pouco perdida. Até os dez anos de idade eu não comia comidas assim, minha mãe que cozinhava pra mim, e durantes os sete anos que passei no CTM a comida não era uma das melhores, sinto ânsia de vômito só de lembrar, e nesses últimos dois anos depois que sai de lá só tenho comido besteira e as vezes alguma coisa que Alfred faz pra mim.

   Acabei pedindo olhando as coisas que vinham no prato e não pelo nome.

 

-Você estava com dificuldade de fazer o pedido? - Inguk me questionou.

-Na verdade sim. Pode parecer estranho, mas apesar de morar a muito tempo aqui eu não estou tão acostumada com as comidas, passei um bom tempo, anos pra ser mais exata, comendo coisas bem diferentes! - era a melhor maneira de explicar sem dizer a verdade.

-Você é uma pessoa bem peculiar, senhorita Amélia! - ele me encarou com o cenho franzido, sempre quando me olhava assim seus olhos ficavam menores. E ele parecia Alfred me chamando assim.

-Você também chefe. Quando comecei a trabalhar achei que só nos falaríamos quando você quisesse algo, mas olha agora, estamos conversando numa boa! - apoiei os braços na mesa.

-Acho que nenhum dos dois conhece um ao outro ainda, Amélia! - Inguk também apoiou os braços na mesa ficando mais perto de mim.

 

   Depois disso nossos pedidos chegaram. Nós almoçamos tranquilamente trocando umas palavras aqui e ali uma vez ou outra. Quando estávamos quase terminando Inguk lembrou o real motivo do nosso almoço.

 

-Então, o que queria me pedir Amélia? - senti meu estômago da uma volta quando ele voltou sua atenção toda pra mim. Ele precisava ficara falando meu nome toda hora?

-Bom, eu sei que eu comecei a trabalhar não tem muito tempo, mas, gostaria de pedir dois dias de folga essa semana! - mordi o lábio e dei um sorriso logo em seguida o encarando.

-E por qual motivo quer essa folga? - Inguk apoiou os cotovelos na mesa e cruzou os dedos em frente a boca ainda me olhando com o cenho franzido.

-É que... bom... - vai Amélia inventa uma desculpa - Meu pai ta precisando de mim, ele não aceita o fato de que eu sai de casa e que não dependo mais dele! - Bingo. Não era bem uma mentira, na verdade Sr. Moore não aceitaria o fato de eu não cumprir uma ordem sua, talvez eu não sobrevivesse se isso acontecesse de novo, porque nesse caso, negócio vem primeiro que laços familiares.

 

    Chefe me encarou por alguns segundos, ele parecia me analisar. Em todos esses anos eu havia aprendido a mentir, e a enganar as pessoas, não é possível que não vou conseguir fazer isso com ele.

 

-Você trabalhava com o seu pai Amélia? - ainda trabalho chefe.

-Eu o ajudava um pouco! - dei de ombros.

-Tudo bem, você pode tirar esses dias de folga! - ele finalmente me liberou.

-Obrigada chefe! - abri um sorriso largo.

-E quando vai ser?

-Depois de amanhã, na quarta e na quinta! - falei

-Não temos nada de importante marcado? - me olhou.

-Não! - respondi e o vi concorda com a cabeça murmurando um baixo "ok" - Você parece me entender quando falo do meu pai, chefe!

-Digamos que entendo o seu lado de não querer mais depender do seu pai. Comigo foi a mesma coisa quando fui assumir a presidência da empresa, meu pai queria que eu ficasse mais algum tempo com ele e não trabalhasse, mas eu não podia fazer isso!

-Entendi! - balancei a cabeça - Você tem irmãos chefe? - rapidamente Inguk fechou um pouco a cara e se levantou da mesa.

-Vamos, o horário de almoço já acabou!

     Eu falei alguma coisa errada?

                                **

 

     O restante da tarde seguiu normal. Acompanhei Inguk numa reunião, anotei alguns compromissos de amanhã, organizei papéis e o escritório que estava um pouco bagunçado. Quando finalmente o expediente acabou, o chefe me ofereceu uma carona já que Benjamin não iria me buscar, mas eu recusei, queria passar na academia que costumava frequentar.

    A terça passou de forma tranquila e rápida no escritório, infelizmente. Eu quase não fiz nada, depois de organizar alguns documentos e atender alguns telefonemas fiquei sentada na cadeira olhando pro nada, já que se eu olhasse pro canto Inguk já achava que eu estava olhando pra ele. Ele é louco, eu hein.

 

                                [...]

 

    Eram seis horas da manhã na quarta-feira quando Alfred me acordou, eu não ia assaltar um banco, não precisava ter acordado tão cedo, mas quando se tratava dos serviços que eu tinha com Sr. Moore, Alfred era muito rígido comigo, ele não queria que eu sofresse as consequências por um atraso qualquer, e sinceramente, nem eu queria.

    Quando deu oito horas eu sai a caminho da minha antiga casa, onde eu passaria o dia recebendo informações sobre o que eu precisava fazer, era nesses momentos que eu me encontrava com meus antigos instrutores do CTM, eu não fazia questão de revê-los, mas eram eles que mexiam com os negócios do meu pai, e quem fazia o serviço sujo também, assim como eu.

 

                                 **

 

-Por favor senhorita, tome cuidado! - Alfred me olhou preocupado.

-Cuidado é o meu segundo nome! - dei uma piscadinha tentando tranquiliza-lo - Agora vai, acho que vai demorar um pouquinho aqui!

 

    Alfred acenou com a cabeça e entrou no carro logo dando partida. Me virei encarando a boate, bom, vamos lá.

    Ajeitei a escuta no ouvido, coloquei as mãos dentro do bolso da jaqueta (2) e caminhei até a entrada, ia dando passo por passo, tudo calculado, quando fui me aproximando o segurança começou a me encarar enquanto falava pelo seu comunicador, possivelmente, com outro segurança. Quando cheguei perto dele nem precisei jogar aquela típica conversinha pra cima dele, ele simplesmente me deixou entrar. Estranho.

    O local por dentro era enorme, um bar cheio de pessoas, poltronas grandes cheias de pessoas se pegando, um DJ tocando uma música qualquer enquanto inúmeras pessoas dançavam. Mas não era aqui que eu tinha que ficar, eu tinha que entrar na sala onde ficava o cassino.

 

-Tudo bem, com quem eu tenho que falar? - perguntei pelo pequeno microfone na minha blusa.

-Procura um cara estranho com dentes de ouro na boca. Você precisa chamar a atenção dele! - escutei a voz de Yang Jo no meu ouvido, eu gostava quando era ele que ficava no ponto comigo, ele era engraçado, mas não deixava de ser um filho da puta que fazia tudo por dinheiro.

-Se é dente obviamente vai estar na boca né? - debochei.

-Palhaça! Vai logo. Se precisar de algo me chama!

 

    Não demorei pra encontrar o cara, ele era realmente estranho. Estava sentado em uma das poltronas rodeado por mulheres perto de bar, passei por ele o olhando de canto e  fui em direção ao bar, pedi qualquer coisa pra beber e fiquei ali, vez ou outra olhava pra ele, dava uma dançadinha, foram quase 30 minutos até ele chegar em mim, e mais quase quinze minutos até convence-lo a me levar pra sala do cassino.

   Depois que entrei lá fiquei até com pena de saber que aquele lugar seria fechado, era muito grande e muito bonito. Tive que conseguir me enturmar e depois de quase uma hora fingindo jogar como todo mundo ali, dei aquela famosa desculpa de que precisava ir ao banheiro, mas na verdade eu precisava encontrar o escritório da boate copiar os arquivos e sair logo daqui.

    Subi as escadas discretamente, e quando cheguei no corredor do escritório dei de cara com alguns seguranças que me olharam com um sorrisinho cínico como se já esperassem que eu aparecesse por aqui. O que está acontecendo?

    Disfarcei entrando no banheiro, tranquei a porta e coloquei o ouvido na mesma tentando escutar alguma coisa. Logo escutei passos se aproximando e uma voz abafada logo em seguida

 

-A filha do Sr. Moore está dentro do banheiro. Não se preocupe, vamos ficar de olho nela! - droga. O que eu faço agora?

-Yang Jo seu babaca, porque não me falou que eles já esperavam que eu aparecesse por aqui? - perguntei irritada pelo ponto.

-Ah Amélia, vai me dizer que não notou nada de estranho, ou não percebeu nenhum segurança te encarando quando chegou ai? - ele riu. O segurança lá na entrada, eu devia ter percebido.

-Que droga Yang Jo, custava ter deixado claro isso pra mim? - falei irritada.

-Achei que fosse mais esperta Amélia! - debochou - Agora acho melhor você terminar seu serviço rápido se não quiser ter problemas!

 

   Eu ia reclamar, mas logo ouvi o barulho do ponto sendo desligado. Bufei com raiva batendo na pia do banheiro. Arranquei o ponto do ouvido e o joguei no lixo, olhei ao redor e só me passou uma ideia pela cabeça, a janela. Sai do banheiro por ela e fui caminhando pelo telhado até achar a janela do escritório e entrei. Eu odiava quando não me davam a pequena informação de que todo mundo no local que eu deveria estar já me conheciam.

    Sentei na cadeira de frente pro computador e o liguei, conectei o pendrive e comecei a copiar todos os arquivos pra ele. O processo não estava nem na metade quando ouvi os seguranças na porta, e logo eles a arrombaram. Droga!

    Eles vieram pra cima de mim, eu me defendi e aguentei enquanto pude, tentando enrolar enquanto os arquivos eram copiados, mas eu não consegui ser forte o suficiente e por mais que eu odeie usar esse tipo de objeto, eu não tive escolha. Um dos seguranças me segurava por trás enquanto outro se preparava pra me dar outro soco no estômago, estiquei o braço o máximo que eu pude até conseguir alcançar uma arma que estava no quadril dele

 

-Um! Dois! - senti o impacto dos tiros percorrer todo meu corpo e soltei a arma.

 

    Passei a mão pelo canto da boca onde escorria sangue e limpei, sentia algumas partes do meu rosto arder e meu corpo um pouco dolorido, sem contar o meu cabelo todo desgrenhado. Olhei ao redor na sala, havia quatro homens no chão, dois mortos e dois desmaiados, a sorte era que eu tinha aprendido a me defender de caras muito maiores que eles. Voltei até o computador e tirei o pendrive que estava lá, depois apaguei tudo deixando só alguns arquivos que comprometeria essa boate e mais algumas.

   Sai da sala meio cambaleando, desci as escadas e cada vez o som da música ia ficando mais forte, e cada vez ia aparecendo mais casais se pegando pelos cantos. Sai pelos fundos tentando não chamar mais atenção indesejada, e assim que pisei lá fora liguei pra polícia falando que tinha acabado de acontecer um homicídio. Assim que desliguei o celular o joguei em uma lata de lixo qualquer pra evitar que o rastreassem até mim.

    Sai andando pelo beco escuro quando avistei mais a frente um carro familiar, era Alfred, só não corri até ele porque meu corpo não aguentava, a sensação de saber que alguém esperava por mim nessa situação, era boa. Assim que cheguei mais perto ele me ajudou a entrar no carro. Sr. Moore queria o pendrive ainda hoje, então fomos encontra-lo.

    Cheguei na sala e fui direto pro escritório que estava cheio de babacas que não conseguiam fazer o próprio serviço e obrigavam outros a fazerem por eles, e no meio deles estava o pior de todos, meu pai.

 

-Aqui está! - coloquei o pendrive na mesa.

-Demorou, mas conseguiu, Amélia, aposto que não foi difícil pra você! - ele disse com desdém sem ao menos me olhar.

-Posso sair? - perguntei baixo. Estava cansada.

-Vai, sai! - como sempre ele sequer ligou pro estado em que eu estava.

 

   Depois que sai do escritório, só lembro do Alfred me ajudando a entrar no carro de novo e depois apaguei.

 

                                  [...]

 

    Seo In-Guk point of view

 

   A sexta finalmente chegou, e hoje Amélia voltava pro trabalho. Não sei nem porque concordei com esses dias de folga, ela só tem pouco mais de duas semanas trabalhando, mas de alguma forma senti que ela precisava, em compensação o escritório estava bagunçado porque ela não estava ali pra fazer o que tinha que fazer. Espero que isso não se repita com frequência, não posso ficar assim sem secretária, mesmo tendo uma.

   Até porque ela me fazia falta ali, mesmo as vezes me irritando quando tentava puxar assunto quando eu estava ocupado, por isso que na maioria das vezes respondia com ironia, e as vezes ela respondia no mesmo tom, chegando até a ser engraçado.

 

-Bom dia senhor! - Sun Hee se levantou pra me cumprimentar e eu apenas acenei com a cabeça.

-Amélia já chegou Sun Hee? - continuei andando.

-Sim senhor, mas... - parei de andar e me virei pra ela - Acho que aconteceu alguma coisa com ela!

 

    Apressei meus passos e entrei no escritório, Amélia estava de costas pra mim mexendo em algo na sua mesa.

 

-Bom dia Amélia! - a saudei.

-Bom dia chefe! - ela se virou pra mim e sorriu como de costume - Não posso ficar dois dias fora que isso aqui vira uma bagunça!

 

    Agora entendi o que Sun Hee quis dizer.  Amélia estava com a boca machucada, um corte na testa, a bochecha meio arroxeada, ferimentos nas mãos, sem contar que parecia estar com dificuldades pra ficar em pé.

 

-O que aconteceu com você?

 


Notas Finais


1- http://www.polyvore.com/m/set?.embedder=18374324&.svc=copypaste-and&id=216019526
2 - http://www.polyvore.com/m/set?.embedder=18374324&.svc=copypaste-and&id=218566980

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