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História Freedom - Capítulo 16


Escrita por: Alicesampaio

Capítulo 16 - Capítulo 16


Fanfic / Fanfiction Freedom - Capítulo 16

 

Novembro duas semanas depois
Era terça feira e o dia amanheceu muito nublado a temperatura estava baixa, botei uma roupa bem quente, e desci para preparar meu café da manhã, Maria tinha ido visitar sua irmã que estava doente no interior, e estávamos só eu e Justin.

Duas semanas se passaram rápido, Justin não fala mais do que o necessário comigo, ele ainda estava chateado pelo episódio que sucedeu a festa. E falar em tal episódio recebemos um convite formal para o jantar do lorde Vincent hoje às 20:00m, Justin não está muito animado com o fato de vermos novamente o lorde.

Tomei meu café da manhã e a casa estava no mais absoluto silencio, estranhei, fui em  direção ao escritório de Justin dei duas batidinhas e entrei, o grande sofá tinha se transformado em cama com travesseiros empilhados no canto, a mesa de centro tinha sido arrastada para perto e estava coberta de papeis, mapas, notebook e o celular, fiz uma pausa na porta olhando tudo até que Justin disse irritado.

- Vai ficar parada ai feito uma idiota? – ele estava jogado numa cadeira perto da lareira me olhando de cara feia. Sai de meus pensamentos e o olhei, ele estava só de roupão suas pernas estavam à mostra e uma parte de seu peito exposto pelo roupão.

- Você está bem? – fiquei com vergonha de olhar por causa da sua seminudez , meu olhar podia se transformar em ávido devorador.

- Acho que estou resfriado. – respondeu ele.

- Você não devia estar... Devidamente vestido já que não está bem? – estava frio e ele estava resfriado e seminu.

- Quer que eu vista terno e gravata? O que é claro é a vestimenta apropriada para quem está doente dentro de casa. –  disse rouco sem perder a pose foi irônico como de costume. Mesmo doente Justin continuava irritante.

- Quis dizer que talvez devesse vestir algo mais quente. – sugeri.

- Estou fervendo. – Aquilo mexeu com meu imaginário.

- Talvez esteja com febre. – sentei em uma das cadeiras.

- Talvez. – respondeu Justin.

- Tomou algum remédio? – não acredito que estou me preocupando com esse cara.

- Não costumo ter remédios para gripe em casa, acredite ou não, é a primeira vez que me lembro de ter ficado nessa situação desde que era criança. – Disse sincero.

- A situação chama-se "estar resfriado" é um acontecimento normal para a maioria de nós. – olhei para baixo porque senti que ia rir e tremia só de pensar na reação que ele teria. Claro que para Justin é difícil lidar com a ideia de doença, germes normalmente o evitam como uma praga! Esse pensamento me deu ainda mais vontade de rir.

Levantei-me fui em direção à porta e então me virei para olha-lo.

- Vou comprar seus remédios você tem preferência para algo liquido ou comprimido? – Sugeri, não podia deixá-lo nesse estado.

- O que for mais forte, tenho que estar de pé amanhã tenho negócios muito importantes a resolver.

- Não diga isso para mim, diga isso para seu vírus, eles têm péssimos hábitos de não prestar atenção. –disse por cima do ombro saindo do escritório antes que risse na cara de Justin.

– Alice. - Chamou-me Justin, voltei e o olhei curiosa. – Peça para um dos seguranças acompanhá-la. – Revirei os olhos.

- Não preciso de babá. – falei irritada.

- Não é prudente que ande sozinha por aí. – assenti não querendo arrumar mais briga.

Fui a uma farmácia que tinha na esquina, não me aguentando de tanto rir. Quando voltei encontrei Justin no mesmo lugar, ele estava cochilando mas abriu os olhos assim que eu entrei.

-Você devia tentar dormir. – disse tirando a caixa da bolsa e lendo as instruções. – Você estava cochilando, seu corpo está avisando que precisa de descanso.

-Não seja ridícula! Eu estava terminando um relatório quando você entrou, meu corpo vai descansar quando eu disser que deve descansar e nem um minuto antes. É esse o remédio? Me dá aqui. – perguntou abusado. Fui andando em sua direção.

- Se você não tiver cuidado vai se transformar num velho rabugento. – sorri com a ideia.

- Não brinque com a sorte Alice, você pode está morando na minha casa e posso ter prometido te proteger, mas não aguento mais essa sua psicologia barata. – Ele estava bem irritado. Quando pegou o vidro nossos dedos se tocaram e eu pude sentir a quentura do seu copo, botei minha mão em sua testa.

- Nossa você está com febre, anda toma o remédio. – fiquei preocupada, hoje teríamos o jantar na casa do Lorde e mesmo com Justin doente pretendia enfrentá-lo e ir sozinha.

-Na verdade eu prefiro comprimido. – ele me entregou o vidro, eu o olhei incrédula. – Não gosto muito de xaropes.

Vá se foder, ele só pode esta me zuando né...

- Azar o seu. Não vou voltar à farmácia outra vez por causa dos seus caprichos, está chovendo e faz muito frio. - Peguei o vidro enchi em uma camada generosa e observei enquanto tomava tudo fazendo careta.

-Pronto! Satisfeita? – disse após tomar o conteúdo.

-Você não está tomando esse remédio para o meu bem Justin, e sim para o seu. E você precisa ir para a cama. Ficar sentado ai semidesspido fingindo está trabalhando só vai prolongar o resfriado. – o olhei firme de braços cruzados, ele podia não gostar da minha atitude e adicionar víbora a lista dos meus adjetivos, mas não estou nem ai. -Não estou implicando com você, mas se decidir se comportar como um garotinho então é assim que vou lhe tratar.

A expressão dele era de incredulidade valia a pena ver tal expressão no rosto dele, certamente ele não era acostumado e pegar bronca de mulheres e nem acostumado a ouvir que ele estava agindo como criança.

 – Não posso impedi-lo de trabalhar, mas vou só dizer uma coisinha: Quanto mais trabalhar agora, mais difícil será sair da cama amanhã. E hoje tínhamos o jantar na casa do Lorde. - Lembrei-o. Justin revirou os olhos.

- Alguma vez já considerou a carreira de enfermeira do mal? Ou talvez alguma função no presídio? – disse Justin com ironia, fingi sorri. – Ligue para o Lorde se desculpe e diga que não podemos ir. – Sugeriu grosseiramente.

-Não, Estava pensando em ir com ou sem você, posso me desculpar pela sua ausência que está debilitado, mas não existe nenhuma razão pela qual eu não possa estar presente. – Me fuzilou com o olhar.

- Alice não brinque comigo, hoje não, você não vai nesse jantar sozinha, e a razão é simples, você não vai porque eu não quero que vá! – Mandão, dominador e filho da puta, decidi não discutir, ele estava em um péssimo dia.

Justin  levantou arrumou o roupão e disse.

- Traga esses mapas, acho que minha febre pode aguentar mais um pouco de trabalho. – ele parou em minha frente e sorriu. – Você representa um papel de sargento muito bem sabia? – ele saiu do escritório rindo, idiota mil vezes idiota, quem ele pensa que é? É o fim mesmo, eu ter que bancar a enfermeira do Justin agora.

- Não tão bem quanto você Justin. – Disse caminhando em direção ao seu quarto a porta estava entre aberta fiquei parada  olhando entre a brecha, a cama estava desfeita os lençóis travesseiros e cobertas estavam caoticamente espalhados, e no meio do quarto lá estava ele de costas o corpo não estava mais parcialmente coberto pelo roupão que tinha sido descartado. 

Fiquei desorientada, parecia que tudo funcionava em câmera lenta, pelo menos ele tinha tido a decência de manter a cueca Boxe preta, mas isso só acentuava a perfeição do seu corpo, abdômen sarado, músculos bem definidos, suas tatuagens, engoli em seco, meus olhos estavam arregalados, fiquei nervosa e acho que bati em algo que fez  barulho, ele se virou e olhou em  minha direção sem fazer nenhuma menção de se cobrir.

- Ótimo que trouxe o que eu pedi. – ele vinha caminhando em minha direção e eu me afastei alguns centímetros apertando os mapas contra meu corpo como um escudo protetor. Limpei a garganta e disse.

- Você se importa de... Colocar a roupa Justin? – Gaguejei de tão desconsertada com a sua nudez.

-  Você pode olhar para mim sem ficar envergonhada, não estou nu. – parecia que ele tinha cronometrado a retirada do roupão de propósito para ver minha reação.

Justin suspirou e caminhou até a cama entrando debaixo das cobertas e me olhou, eu juntava as forças para me aproximar dele.

- Você não vai vestir um pijama? – Ver Justin desse jeito com pouca roupa mexia com meu imaginário.

- Deixa de ser idiota Alice você me veria do mesmo jeito na praia, e além disso não costumo usar pijama, eu nem tenho um. – ele estava muito irritante.

- Você precisa de mais alguma coisa? – Me senti na obrigação de ser prestativa já que ele mesmo do seu jeito torto cuida de mim.

- Comida! – disse Justin com os olhos voltados para o computador.

- Desculpe? – Perguntei tentando entender seu pedido.

- Você perguntou se eu precisava de mais alguma coisa, comida, não comi nada hoje. - Olhei-o com uma sobrancelha arqueada.

- Você quer comida? – Justin não costuma se alimentar bem diariamente, principalmente quando tem trabalho em excesso.

- Não é preciso se alimentar quando está resfriado? - Perguntou-me irônico.

- É mas... Maria não está em casa. – Disse mais para mim do que para ele, se Maria não estava e Justin precisava se alimentar logo eu mesma teria que cuidar de preparar algo para ele comer.

- Não precisa fazer nada de extraordinário, até porque duvido muito que saiba fritar pelo menos um ovo. – ele só podia estar de brincadeira né.

- Eu podia mas por conta do seu abuso não vou cozinhar para você. – Enfrenteio decidida.

- Estou doente, uma febre altíssima.- ele disse enfatizando e  fazendo  bico.

- Você não esta com uma febre altíssima. – ele ignorava tudo que dizia pois sua atenção estava voltada para a tela do notebook.

Fui em direção à cozinha bufando, isso é um abuso! Levei um bom tempo para localizar o que precisava vários outros para fazer a torradeira funcionar, e mais meia hora para conseguir desvendar a maquina de café.

Voltei ao quarto com uma bandeja com ovos mexidos torradas, suco e café.

Justin ainda não tinha se vestido, estava sentado na cama com a coberta enrolada na parte interior do corpo deixando o torço exposto, colocou o notebook de lado esperando pela bandeja.

Eu estava mal humorada, botei a bandeja na cômoda e fui em direção ao closet e peguei a primeira camisa que vi na frente, voltei e jogue a camisa em cima dele.

- Você não vai querer estragar seu corpo com queimadura de terceiro grau por derrubar café quente em cima de você, vai? – fui meio exagerada mais acabou funcionando, ele foi obediente e vestiu a camisa.

- Melhor assim! – lógico que era mentira, mas eu poderia perder de vez a cabeça por ficar olhando aquele corpo maravilhoso.

- Aqui está seu pedido. – coloquei a bandeja em cima dele e me afastei vendo fazer barulhos apreciativos.

- Que cheiro bom! – começou a comer com entusiasmo.

Cheguei a pensar se ele estaria tão doente quanto aparentava, mas cheguei a conclusão que como a maioria dos homens estava fazendo tempestade num copo d'agua, era compreensivo considerando que ele nunca foi visitado por um vírus.

Esperei que ele terminasse para recolher a bandeja.

- Estava uma delicia! Pode preparar ovos sempre. - Elogiou-me com sinceridade.

- Obrigado, mas dispenso a tarefa. – que cara folgado, sai batendo a porta, Justin passou o resto do dia trancado em seu quarto fazendo sei lá o que.

Eu fiquei horas no telefone explicando ao Vincent os motivos de não comparecer ao jantar, ele ficou chateado mas prometi que iria compensá-lo em outra oportunidade em seguida liguei para Logan, conversávamos sobre tudo, ele me mantinha a par de seu dia, eu amava conversar com ele isso me fazia muito bem.

Já era tarde quando resolvi dar uma espiadinha no que Justin estava fazendo, fui andando em passos lentos, a casa estava silenciosa, dei duas batidinhas na porta do quarto de Justin mas não obtive nenhum sinal dele, abri a porta com o maior cuidado possível para não fazer barulho olhei e ali estava ele dormindo parecendo uma anjo, tão estava tão vulneral.

 Eu me odeio cada dia mais por me sentir tão atraída por ele, eu não posso me permitir sentir essas coisas, não pelo Justin, é loucura, mas quando estou perto dele me sinto vulneral tão entregue, eu sinto vontade de olha-lo de longe de escutar sua voz mesmo que seja grosseiramente, Perto dele eu me sinto diferente, fico sem saber o que fazer, quando eu olho nos seus olhos o seu olhar fixo, atrai minha atenção, o seu olhar parece conectar ao meu coração e quando eu estou perto dele eu não sei aonde deixar minhas mãos, pois elas queriam estar entrelaçadas a suas é bobo não é?



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