1. Spirit Fanfics >
  2. Freedom >
  3. Capítulo 47

História Freedom - Capítulo 47


Escrita por: Alicesampaio

Notas do Autor


Gente me desculpe pela demora mas estava muito ocupada com os últimos acontecimentos da minha vida, o capitulo não ta grandes coisas mas o próximo vai ser bem emocionante.
Bjos

Capítulo 47 - Capítulo 47


Passei a manhã toda em baixo dos lençóis chorando sem parar. Carly me fez um visita na noite passada e me comunicou que hoje seria realizado o casamento do Justin e da Jenny. Já fazem alguns dias que ele descobriu que eu estou grávida, e desde suas últimas palavras Justin não me procurou mais. Eu ainda consigo reviver amargamente cada frase dita naquele dia desastroso, Justin foi cruel mas eu o entendo, eu fui a egoísta eu decidir levar uma vida sem ele e agora tenho que aguentar as consequências. 

Eu sabia que uma hora dessas ele devia estar se casando e isso machuca muito porque no fundo eu sei que não tenho mais direito algum de impedir que ele siga em frente com a sua vida. Levantei da cama quando ouvi a campainha tocar, não me dei trabalho algum de molhar o rosto ou fingir que eu não estava chorando. Abri a porta e dei de cara com Justin. Haviam bolsas em baixo dos seus olhos, olheiras profundas e muita tristeza. Ele vestia um terno, provavelmente a roupa que usará em seu casamento. Se não fosse o fato de seu semblante estar muito abatido eu diria que nunca o tinha visto mais bonito.

- Justin. – Pronunciei seu nome surpresa por lhe ver parado em minha porta. – Eu não entendo o que é isso?

- Não sei. - Ele abaixou a cabeça. - Estaria mentindo se te desse uma razão. Não sei por que vim, talvez seja porque quisesse te ver uma última vez antes de casar. - Olhamo-nos olhos um do outro.

- Você não deveria estar casando uma hora dessas? – Perguntei tentado me manter firme e não desabar. 

- Deveria, mas não sei se consigo. - Eu notei a profundidade de seus sentimentos por mim.

- Vá embora Justin, já nos magoamos demais. - Pedi com a voz embargada. Se ele ficasse mais um pouco, iria começar a implorar para não casar.

- Não me trate assim, não me trate como se você fosse a vitima. - Ele me acusou e eu me senti mal.

- E como você quer que eu te trate? - Perguntei sem saber se queria ouvir a resposta.

- Você tem toda razão não sei porque vim. – Quando virou as costas para ir embora. Eu disse.

– Espera! – Ele me olhou. - Antes de você partir e se casar, eu quero que pense por um instante que eu te dei tudo o que se pode dar para um homem, te dei meus sonhos, minhas esperanças o meu amor, e o melhor de mim como mulher, porque eu te amei com meu corpo e te amei com a minha alma. - Ele suspirou. - Eu sei que eu errei e você também errou, mas ainda assim eu te amo e me arrependo amargamente de ter deixado você. - Não segurei as lágrimas e Justin também não. 

-  Você continua sendo cruel comigo, me deixou de fora da sua vida e da vida dessa criança e agora diz que está arrependia. - Ele enxugou as lágrimas que caiam em seu rosto, mas não adiantou porque elas eram teimosas.  - Eu gostaria que tivesse confiado em mim, mas agora não adianta mais, porque eu não confio em você. - Solucei chorando.

- Você tem toda razão. - Limpei minhas lágrimas e fingi sorri. - É melhor você ir porque você esta se casando e sua noiva está esperando você voltar para ela. – Quando me virei para entrar em casa ele me puxou para junto dele e disse.

– Você é minha e será sempre assim, nunca se esqueça disso. - Meu coração apertou. - Eu vou me casar com a Jenny e tudo isso é consequência da sua covardia e você vai ter que conviver com isso para o resto da sua vida. – Ele beijou minha testa e se foi.

Eu desabei claro, as palavras e o modo como Justin as pronunciou me magoaram muito, agora ele seria de outra mulher e eu nunca mais o teria junto a mim. Eu nem sei em que momento adormeci mas quando acordei meu quarto inteiro estava coberto de fumaças, corri para a porta e forcei para abrir mas estava travada, tentei respirar e manter a calma, corri até a janela abri e comecei a gritar por socorro, mas a fumaça era tanta que minha garganta começou a arder. Comecei a tossir, meu corpo foi amolecendo e meus sentidos sendo perdidos.

- Socorro. – Eu tentei gritar mais uma vez, mas eu estava fraca demais a tossi atrapalhou meus gritos. Meu corpo foi desfalecendo e caindo ao chão, e então tudo ficou escuro.

P.O.Vs JUSTIN

- Eu vou repetir a pergunta. – Disse o Juiz já sem paciência. – Justin Drew Bieber você aceita Jenny Cornelia  como sua legitima esposa? - Quando eu estava prestes a responder, o celular de Chaz toca alto fazendo todos olharem o repreendendo.

- Desculpe. – Pediu. Voltamos nossa atenção ao Juiz. Mas antes que ele repetisse a pergunta pela terceira vez o celular de Chaz tocou novamente.

- Não é possível, atende logo essa droga e pare de atrapalhar meu casamento. – Disse Jenny irritada, e eu tava começando a achar que isso tudo era um sinal para que eu não dissese sim.

- Oi Carly. – Assim que ele disse o nome da Carly eu fiquei em alerta. – Como? – Ele pareceu ficar nervoso. – Fica calma eu estou indo. – Chaz desligou o telefone e me olhou preocupado.

- O que aconteceu? – Fui em sua direção.

- O apartamento. - Ele olhou para a Jenny e então respirou fundo e olhou para mim. - O apartamentos da Alice pegou fogo. – Arregalei os olhos esperando ele continuar. – Ela está no hospital. – Eu empalideci. Meu coração quase salta do meu peito.

- Ela ... – Eu não conseguia formular a pergunta estava nervoso demais.

- Ela foi levada inconsciente. – Não pensei duas vezes em um surto de adrenalina sai correndo deixando todos para trás, fui em direção ao meu carro mas antes de entrar Chaz pegou em meu ombro.

- Você não tem condições de dirigir. – Pegou a chave da minha mão. – Eu dirijo. – Entramos no carro e seguimos viagem, chegamos a porta do hospital e antes que Chaz estacionasse pulei do carro e saí correndo, dei de cara com a Carly na recepção.

- Onde está ela? Como está minha mulher e meu filho Carly? - Meu coração parecia que ia sair pela boca.

- Calma Justin, eles estão bem agora, Alice respirou muita fumaça e perdeu os sentidos mas graças a Deus conseguiram tirar ela a tempo. - Senti um alívio percorrer meu corpo.

- Eu quero vê-la. – Pedi nervoso. Carly me levou até o quarto que Alice estava, e quando entrei ela estava assustada na cama do hospital. Me aproximei e ela me abraçou forte, eu podia sentir seu coração palpitando freneticamente, apertei Alice em meu abraço tentando passar tranquilidade.

- Alice... – Sussurrei.

- Não fala nada só me abraça. – Alice chorou. Eu podia sentir como ela estava tremula. Depois de muitos minutos consegui fazer ela dormir um pouco, a deixei por alguns minutos enquanto ia a recepção falar com Carly, eu precisava entender o que tinha acontecido.

- Carly? O que realmente aconteceu no apartamento. – Ela e Chaz se olharam.

- Dude, os peritos estão fazendo a averiguação, mas tudo indica. - Ele parecia escolher as palavras. - O incêndio foi criminoso. – Meu corpo todo ficou tenso.

- Criminoso? Como criminoso? - Encarei os dois que se entreolharam.

- Alguém sabotou o gás do apartamento. Alguém trancou Alice dentro do quarto enquanto as chamas destruíam tudo, Alguém tentou matar Alice. - Fiquei em choque. Sentei na cadeira da sala de espera e pensei nos meus próximos passos, mas uma voz me tirou do transe.

- Onde está Alice? - Levantei a cabeça e dei de cara com o desgraçado do Nick, levantei em um pulo e fui para cima dele mas Chaz me impediu de chegar perto.

- Eu vou matar você seu desgraçado. - Gritei. - Como ousa aparecer aqui depois do que aconteceu? - Nick me encarou.

- É bom vê-lo também Bieber. - Sorriu com deboche. - Mas eu não vim aqui por você. - Tentei me desvencilhar de Chaz.

- Calma Bro, aqui não é lugar para isso. - Tentou me acalmar.

- Se tivesse acontecido alguma coisa com ela eu juro... - Minha boca tremia incontrolavelmente. - Eu juro que vou matar você. - Ele sorriu.

- Eu não vim aqui ouvir suas reclamações, eu vim aqui para saber como está a mãe do meu filho. - Eu paralisei, não sei direito o que senti, mas não consegui me mover por longos segundos. Nick olhou para Carly. - Então vai me dizer onde ela está ou vou ter que descobrir sozinho? - Carly olhou para mim e depois para ele e apontou o quarto, Nick virou as costas e foi até Alice, eu o segui. Nick entrou no quarto sem bater e quando Alice o viu ficou surpresa, mas não do jeito que eu esperava. - Como você está? - O desgraçado parecia mesmo preocupado.

- Bem como pode ver. - Alice então percebeu que eu estava na porta observando ambos. Ela me olhou sem dizer nada, parecia triste.

- E o bebê? - Alice desviou os olhos dos meus e voltou a olhar para o Nick.

- Está tudo bem, o que você quer aqui? - Eu não estava entendendo o entrosamento dos dois, parecia que eram íntimos. Me senti incomodado.

- Eu fiquei preocupado quando soube que botaram fogo no seu apartamento. - Ela arregalou os olhos, provavelmente surpresa. - Não contaram a você? - Decidi que não ia intervir, decidi observar mais os dois. - Tentaram matá-la Alice. - Ela me olhou confusa, voltou a olhar para o Nick.

- Suponho que veio então terminar o serviço já que eu ainda estou viva. - Acusou-o. Nick sorriu e se aproximou dela, mas antes que chegasse perto o suficiente eu o impedi segurando em seu ombro como um aviso. Nick me olhou e entendeu o recado.

 - Sinto muito decepciona-lá, mas não foi eu, não dessa vez. - Olhei para ele tentando entender o que exatamente acontecia naquele quarto de hospital. 

- Eu não tenho inimigos Nick, o único que sempre me perseguiu foi você. - Ela acusou-o novamente.

- Eu disse a você que enquanto espera um filho meu não será alvo. - Senti meu sangue esquentar. - Eu cumpro com as minhas promessas. - Peguei Nick desprevenido pela gola da camisa e o empurrei na parede.

- Que conversa é essa? - Ele me encarou. 

- Vejo que você ainda não contou a ele que eu sou o pai dessa criança. - Olhei para Alice e de volta para Nick. - É novidade para mim também Bieber. - Eu o enforquei mais e o desgraçado começou a perder o ar.

- Justin, para! - Alice pediu. Olhei para ela que estava apreensiva. 

- Você vai me explicar agora o que está acontecendo aqui, porque esse cara está aqui? - Ela balançou a cabeça.

- Tudo bem eu explico, mas por favor fica calmo. - Neguei e continuei a apertar o pescoço do Nick. - Ele descobriu que eu estou grávida, apareceu na minha casa e exigiu que eu saísse do meu emprego, ele... - Nick não deixou ela terminar de falar e completou.

- Fui sua companhia no café da manhã todos os dias. - Não aguentei e soquei seu rosto, mas o filho da puta continuou rindo mesmo com a boca cheia de sangue. Olhei para Alice ainda com raiva.

- O que aconteceu entre você e esse cara? - Ela estava nervosa e parecia escolher bem as palavras.

- Não aconteceu nada eu juro, ele só aparecia e exigia que tomássemos café juntos e depois ia embora. - Vi lágrimas escorrendo do seu rosto. - Eu não podia negar, ele ameaçou tirar meu filho de mim. 

- Porque não me contou? Porque não pediu ajuda? - Ela juntou as mãos no rosto.

- Você não sabia que eu estava grávida, esse era um problema que eu tinha que resolver sozinha. - Passei a mão nos cabelos transtornado.

- Como pode deixar esse homem se aproximar de você? - Eu estava muito zangado.

- Ela não tem escolha. - Disse Nick. Encarei-o. - Eu permiti que me tocasse até aqui Justin, mas não vou admitir que tire de mim o meu filho. - Nick se aproximou de mim, ficou tão perto que eu podia sentir seu hálito. - Essa criança me pertence e essa mulher vem de brinde. - Senti que ia explodir, minha pele ficou quente de repente. Me aproximei mais dele e estávamos quase com a testa colada quando eu disse.

- Não me provoca, até agora eu deixei você a vontade, mas sabe porque me chamam de Rei? Eu mando nessa porra toda e vou botar tua cabeça a prêmio. - Senti que ele ficou tenso, mas sorriu tentando Demonstrar o contrário. - Não se aproxime da minha mulher e do meu filho outra vez.

- Você está me desafiando? - Ele sussurrou. Eu sorri.

- Sim eu estou. - Sua mandíbula estava travada enquanto ele me encarava. Alice levantou da cama e se meteu no meio de nós dois. 

- Já chega! - Ela puxou pelo meu braço e me separou do Nick. - Vai embora Nick. - Olhou para mim e disse. - Vai embora você também. - Meu coração acelerou. - Você deveria estar na sua festa de casamento não aqui. - Nesse momento a porta se abriu e Jenny passou por ela.

- Ela tem razão, você deveria estar na nossa festa de casamento e não aqui com uma mulher e uma criança que não é sua. - Olhei para Alice que abaixou a cabeça. - Vamos embora Justin. - Encarei Jenny. Maldita.

- O que você está fazendo aqui Jenny? - Perguntei sem cerimônia. 

- Eu vim buscá-lo, vamos embora. - Ela ainda estava vestida de noiva e parecia desapontada assim como a pequena mulher que estava ao meu lado. 

- Vão embora todos, saiam daqui, eu preciso descansar. Já cansei de todos vocês. - Alice tentava esconder as lágrimas, mas elas insistiam em molhar seu lindo rosto. - Vão embora. - Ela já estava nervosa. Nick a avaliava risonho, ele estava se divertindo.

- Eu não vou deixá-la sozinha. - Tentei argumentar, mas Jenny se aproximou e segurou em minha mão tentando me forçar a acompanhá-la. - Porque você simplesmente não vai embora? - Tentei não ser tão grosso com a mulher com a qual eu ia casar, mas só de pensar em deixar Alice com Nick eu já me enfurecia. 

- Não pode me tratar como se eu não fosse ninguém, eu sou a sua esposa a mãe do seu filho, não pode me deixar sozinha no nosso casamento para vir atrás de outra. - Jenny tocou sua barriga, ela não parecia bem. Foi apenas um minuto, ou menos que tirei os olhos de Alice e ela simplesmente desapareceu do quarto, não a vi sair. 

- Onde está Alice? - Olhei para Nick que estava divertindo-se.

- Acho que ela cansou do show. - Ele passou por mim e antes de sair disse. - Parabéns pelo casamento e... - Ele olhou para barriga da Jenny. - Pelo bebê. - Sorrindo ele saiu do quarto.

- Você não devia estar aqui. - Jenny sentou-se na cama em que antes Alice ocupava. 

- Você me largou sozinha, no meio da cerimônia. - Ela estava chorando, mas eu não consegui sentir remorso. Andei até a porta. - Onde você vai? - Ela perguntou antes de eu sair.

- Atrás da mulher que eu amo. - Eu tinha que parar de mentir para as pessoas e acima de tudo parar de mentir para mim mesmo. 

Procurei por Alice em todos os cantos do hospital, mas ela tinha sumido. Algum tempo depois Chaz me ligou avisando que ela tinha implorado para que ele a tirasse do hospital e a deixasse em casa mesmo sem a liberação do médico, ela simplesmente fugiu porque não aguentou a pressão.

Peguei um táxi e fui para o bar mais próximo, enchi a cara, afoguei as mágoas e tentei esquecer a merda de vida que eu estava levando, mas o álcool só torna mais intenso todos os nossos problemas, só nos trás fantasmas mais assustadores. Cheguei em casa por volta das duas da manhã e Jenny estava me esperando na sala.

- O que faz aqui uma hora dessas? - Perguntei sem muito interesse.

- Eu estava esperando você. - Ela se levantou do sofá e chegou perto. - Você bebeu? - Balancei a cabeça confirmado. - O que pretende Justin? - Sua pergunta me pegou de surpresa.

- Eu quero trazer Alice de volta para essa casa. - Não pensei muito só disse.

- Não incomoda você o fato dela estar grávida de outro? - Olhei para Jenny e refleti sobre suas palavras. - Não pode me deixar plantada no altar e me dizer que quer trazer outra mulher que não é a sua com um filho que não é seu para dentro dessa casa. - Lágrimas escorriam dos seus olhos. - E eu Justin? E o nosso bebê não tem importância para você? - Eu não estava afim de discutir, não queria ouvir os dramas da Jenny. 

- Antes de existir você já tinha ela Jenny. - Ela me olhou impressionada ou magoada talvez. - Sempre foi ela, sempre vai ser ela. - Respirei fundo. - Esse bebê que ela espera pode ser meu. - Senti uma ponta de esperança. 

- E se não for? Vai mesmo desperdiçar seu tempo cuidando do filho do Nick? - Eu já estava cheio dessa conversa, passei por ela sem responder e ignorei seus chamados. Subi as escadas e antes de entrar no meu quarto Jenny disparou.

- Não pense que eu vou deixar o caminho livre para ela, não nos casamos hoje, mas eu não vou desistir. - Então ela virou as costas e foi para o seu quarto. Respirei aliviado, tudo o que eu não queria era encheção de saco nessa altura do campeonato. Tomei um banho e tentei dormir, mas tudo o que consegui foi ficar virando na cama com meus pensamentos masoquistas.

POV Alice

Eu fiquei sufocada com a presença de todos no meu quarto de hospital, acabei fugindo e implorando para que Chaz me trouxesse para minha casa. Estava tudo um caos, mas não tive grandes perdas, o fogo não foi tão grande como imaginei. Tomei um banho e troquei minhas roupas de cama. Tentei organizar um pouco da bagunça na minha pequena sala, me assustei quando ouvir a porta se abrir e por ela passar Nick.

- Você de novo? O que faz aqui? - Perguntei sem ânimo. 

- Você fugiu do hospital? - Revirei os olhos.

- Não devia ter vindo, eu estou exausta só quero um pouco de paz hoje, será que pode ir embora? - Ele sentou no sofá e cruzou as pernas. 

- Eu estou surpreso. - Comentou. - Achei que eu fosse o único a perseguir você, mas aí eu recebo uma ligação avisando-me de que alguém sabotou seu gás de cozinha e trancou você no quarto para morrer. - Ele tocou o queixo. - Estou curioso. 

- Quer mesmo que eu acredite que você não tem nada a ver com isso? - Decidi sentar no sofá de frente para ele. 

- Eu não minto Alice, e costumo cumprir com as minhas promessas como disse. - Ele sentou na beira do sofá se aproximando mais de mim. - Eu não machucaria você, não enquanto espera um filho meu. - Encarei seus olhos, e eles pareciam sinceros. Nick ainda estava com a boca cheia de sangue do murro que levou do Justin.

- Porque não limpou isso? - Apontei para a ferida. Nick tocou na boca e gemeu sentindo dor. Suspirei e levantei do sofá indo até o armário do banheiro. Peguei a maleta de primeiros socorros e depositei em cima da mesa de centro, sentei na mesma de frente para o Nick. - Deixa eu limpar isso. - Meio apreensiva eu comecei a limpar o sangue com o algodão, Nick gemeu um pouco de dor e chamou alguns palavrões, senti vontade de rir. - Tão machão, amedrontador de mocinhas e não aguenta limpar um machucado. - Provoquei e acabei sorrindo, ele sorriu também, mas não aquele sorriso macabro que eu estou acostumada, um sorriso de menino travesso. Me senti incomodada com seu olhar penetrado em mim enquanto eu passava pomada cicatrizante em seu lábios inferior. - Pronto. - Disse ao terminar.

Nick ficou me encarando, eu tentei desviar os olhos mas acabei encarando-o também. Senti o clima mudar sutilmente.

- É uma pena que tenha que ficar no meio do fogo cruzado. - Murmurou e eu me assustei com a sua declaração. - Mas alguém tem sempre que pagar o preço. - Me arrepiei.

- Porque quer tanto me machucar? - Ele não respondeu. - Acha que fazendo mal a mim vai aliviar a dor de ter perdido ela? - Me referi a sua noiva morta.

- Eu não quero machucar você, não você propriamente dito, eu quero causar dor a ele, ao Justin. - Meu coração apertou. - E você é a minha melhor alternativa para isso. - Me retrai. Levantei da mesa de centro e devolvi a caixa de primeiros socorros ao seu lugar. 

- Você pode ir embora agora, eu realmente preciso descansar. - Tentei parecer educada, mas não funcionou.

- Vou passar a noite aqui. -  Olhei para ele surpresa.

- De jeito nenhum. - Nick se levantou do sofá e foi até meu quarto. - O que pensa que está fazendo? - Ele tirou a camisa e os sapatos. 

- Não vou deixá-la sozinha depois do que aconteceu. - Ele abriu o botão da calça e um dejavu passou pela minha cabeça.

- Eu não preciso da sua proteção. - Ele começou a arriar a calça. - Pode por favor parar de tirar a roupa e ir embora. - Nick deitou na cama e cobriu as pernas com o cobertor.

- Eu já disse, vou passar a noite aqui, agora deite-se do meu lado e descanse. - Neguei desesperada.

- De jeito nenhum. - Ele ajeitou o travesseiro e deitou relaxando. Fiquei alguns minutos em pé o encarando e pedindo mentalmente que Deus me ajudasse a me livrar de sua indesejada presença, mas Nick nem se mexeu e quando notei já estava dormindo. Peguei meu travesseiro e outro cobertor e fui para a sala, ajeitei o sofá e me deitei nele. Fiquei algumas horas apenas olhando para o teto e pensando em como minha vida se tornou tão desajustada desse jeito, acabei dormindo de tão cansada que estava.

Acordei na manhã seguinte com o corpo todo dolorido, foi uma péssima noite.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...