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História Freedom - Capítulo 52


Escrita por: Alicesampaio

Capítulo 52 - Capítulo 52


P.O.Vs JUSTIN
Ela estava tão linda, mesmo grávida Alice consegue ser irresistível. Da varanda do meu quarto pude ver Logan esperando por ela, o cara só faltou babar quando a viu se aproximando. Senti vontade de vomitar quando eles se abraçaram.

- Eu não sei onde eu tava com a cabeça que não tranquei ela no quarto. - Murmurei pensando que estava sozinho no quarto.

- Concordo! eu também não sei onde você estava com a cabeça quando deixou ela sair da sua vida. - Me assustei com a voz de Maria. Olhei para trás a vi se aproximar de mim.

-  Que mal tem em bater na porta antes de entrar? - Perguntei irónico, chateado e muito envergonhado. Maria sorriu tocou meu ombro.

- A porta estava aberta, pensei que você não estava por isso entrei. - Revirei os olhos.

- O que você quer? - fui grosso, eu queria ficar sozinho e curtir minha dor de cotovelo em paz.

- Não precisa ser tão duro comigo, eu criei você, me sinto no direito de lhe aconselhar. - Virei meu corpo totalmente em sua direção, cruzei os braços e respirei fundo.

- Sobre o que? - Maria estava certa, ela me criou como um filho, eu lhe devia respeito, mas às vezes precisava contar até cem para não ser mal educado.

- Para começar você engravidou duas mulheres. - Arqueei uma sobrancelha. - Em segundo lugar você está bancando o babaca e perdendo a mulher que ama porque é covarde. - Rir pelo nariz, como ela se atreve?

- Maria você veio aqui mesmo pra me ofender? - Ela virou o rosto envergonhada.

- Não, eu vim aqui para dizer o que você precisa ouvir, na ausência da sua mãe eu me sinto responsável. - Maria me olhou carinhosamente, retribui olhando feio para ela. - Você não percebe que  está perdendo a Alice?

- Eu estou cansado Maria, ja está tarde e eu preciso mesmo de um banho, será que você pode me deixar em paz. - Eu respeito muito minha governanta, mas não suporto ter que ouvir sobre como eu deveria agir com Alice.

- Posso sim, mas antes disso você precisa saber que se não tomar a atitude certa vai perder a mulher que ama. - Olhei feio e ela percebeu que eu já estava perdendo a paciência. - Bem, eu só queria alertar você, o outro já até falou em casamento com a Alice. - Suas últimas palavras me chamaram atenção.

- Casamento? - Maria assentiu.

- Isso mesmo, enquanto você tá brincando de separação, tem outro homem louco para dar o nome à tua filha. - Ela só podia estar louca, jamais eu permitirei essa loucura.

- Nunca vou admitir que a Alice faça uma coisas dessas, esse cara não vai chegar perto da minha filha. - Afirmei nervoso.

- Entao meu filho abra os olhos. - Foi tudo o que Maria disse antes de beijar na testa e  sair. 

Já passava das uma da manhã e nada de Alice aparecer. Eu estava inquieto não consegui pregar o olho, acabei vencendo o orgulho e disquei os numeros do celular dela, mas só caia na caixa postal, passei mais de uma hora sentado na varanda do meu quarto observando se o carro do Logan aparecia e nada. Resolvi descer para comer algo.

Quando cheguei ao primeiro andar estava tudo escuro, caminhei até a porta da cozinha e me assustei quando ouvi o barulho da porta da frente se abrir e por ela passar Alice. Fiquei observando enquanto ela andava até as escadas na ponta dos pés, casteloas para não fazer barulho. Fui para trás dela e disse.

- Pensei que não dormiria em casa hoje. - Alice se assustou e pudia ver mesmo no escuro a palidez de sua pele.

- Justin? - eu arregalei os olhos. - Me assustou. Faz o que acordado uma hora dessas e aqui no escuro? - mudou de assunto a sínica.

- Senti fome. - caminhei até o interruptor e acendi as luzes.

- Bom lanche para você, vou subir. - Alice virou as costas e quando ia subir chamei sua atenção.

- Espera! - ela voltou e me olhou. - Maria comentou comigo que você pensa em casar com aquele cara isso é verdade? - ela sorriu e levantou a mão mostrando em seu dedo um anel de brilhantes, meu coração disparou, o sangue fervilhou em minha veia.

- Isso responde sua pergunta? - Olhei boquiaberto para ela. Meu coração ficou apertado e comecei a sentir meu corpo inteiro tremer, como se eu fosse entrar em colapso.

- Você não pode casar com esse homem! - Murmurei. Mesmo sabendo que nosso entendimento é quase impossível, eu não admitia que Alice pudesse pertencer a outra pessoa, só de pensar na hipótese, minha cabeça dói e meu estômago embrulha.

- E porque não? - ela se aproximou de mim corajosamente.

- Porque... - Eu me sentia como um peixe fora D'água, estava sufocando. - Porque eu amo você! - Saiu como um impulso. Ela sorriu. - Isso é uma loucura mas é o que eu sinto. - Comecei a tremer como uma donzela. - Da forma mais louca eu me apaixonei por você. Ainda não sei como, porque na boa você é louca garota. - Acabei sorrindo com meu comentário. - Deve ter sido daquela vez que você me enfrentou aqui em casa, no nosso primeiro beijo ou quando você se entregou pra mim. - Balancei a cabeça perdido. - Eu não sei em que momento mas foi a melhor coisa que senti em toda a minha vida até agora, porque eu sinto que esse sentimento está acabando comigo, eu tou enlouquecendo por você - Fui sincero. Alice me encarava e seu olhar me deixou envergonhado.

- Se você me ama realmente como diz, prova. -Minha boca ficou seca. - Suas palavras Justin, não causam mais nenhum efeito em mim. - Ela falou friamente, virou as costas e subiu as escada. Mas antes que sumisse do meu campo de visão eu gritei.

- Eu mato ele antes que cheguem ao altar. - Gritei. Alice sorriu. Eu estava nervoso e fui para o meu escritório, me servi com uma grande dose de álcool, sentei na poltrona e bebericando fiquei olhando para noite. Nunca fui um cara muito pensativo, na verdade eu sempre fui calculista demais, no entanto cada passo dado com Alice, requer uma estratégia bem mais complexa do que as que costumo usar para lavar dinheiro ou pro envio de drogas para a Europa. Chega a ser engraçado o tanto de vezes que me pego pensando e falando sozinho por causa dela. Relaxei na poltrona fechando os olhos e assim passei o resto da noite, com ela dominando o meu pensamento por completo.

P.O.Vs ALICE

Eu estava morrendo de rir por dentro, Justin é um babaca mesmo. Eu adoro deixar ele nervoso e morrendo de ciúmes. Logan me pediu em casamento realmente, mas eu não aceitei e ele em um ato de cavalherismo me ofereceu o anel como presente, disse que o anel foi comprado especialmente para mim. Não achei justo jogar fora e acabei aceitando. Confesso que adorei deixar o Justin maluco. 

Mesmo amando o Justin loucamente e querendo o ter de volta na minha, meu foto e toda a minha força de vontade está voltada para Jenny, preciso descobrir o quanto antes o que de fato ela planeja. É hora de virar o jogo, hora de mudar essa história de uma vez por todas.

Algum tempo depois 

Acordei me sentindo pesada, eu ja estava a espera da chegada da minha filha, falta pouco para o nascimento dela.

Levantei e tomei um banho demorado, desci as escadas e quando ia em direção a cozinha dei de cara com uma mulher... morena de estatura mediana com um corpo escultural.

- Oi. - ela me cumprimentou sorrindo.

- Oi. - respondi educadamente. - Quem é você?

- Ela é a baba do Julian Alice. - disse Maria respondendo pela garota.

- Jenny ja está de volta?

- Sim ela esta no quarto com o bebê. - disse Maria.

Levantei as sobrancelhas, fui diretamente para cozinha encontrando Justin que estava tomando café.

- Bom dia! - Cumprimentei Justin que me olhou de ponta de olho, mal humorado e nem se deu ao trabalho de responder. Ele ainda estava zangado pela noite passada, eu não dormi em casa, disse a ele que tinha passado a noite com Logan. Eu menti é claro, passei a noite com a Carly e pedi que ela guardasse segredo, no fundo eu gostava de deixar Justin enlouquecido. - Chateado ainda? - perguntei sentando de frente para ele.

- Não. - Respondeu monossilábico. Levantei uma sobrancelha e fiquei encarando seu rosto.

- Tudo bem com você? - ele me olhou furioso e eu sorri. - Justin você não me parece bem, tem certeza que... - ele me interrompeu.

- Ora Alice, vai a merda. - xingou se levantando da mesa, saiu da cozinha.  Acabei achando graça da situação.

- Tão feliz assim porque Alice? – olhei em direção a porta da cozinha e ela estava lá soltando seu veneno tão cedo.

- Porque eu adoro ver o Justin com ciúmes de mim. - sorri e Jenny me olhou torto.

- Isso logo, logo vai mudar porque eu estou de volta e com o filho dele nos braços. - eu sorri alto. - Ta rindo porque?

- Pra você ver que nada e nem sua presença indesejável pode acabar com minha alegria. - eu sorri e ela sorriu também.

- Sua hora nessa casa ta acabando queridinha! - ela disse se aproximando de mim.

- É o que veremos QUERIDINHA! - enfatizei a palavra. Saí da cozinha e fui para o escritório do Justin, ele parecia concentrado no seu notebook, mas logo notou minha presença.

- O que você quer Alice? - Ele mal me olhou nos olhos, quase desanimei.

- Vim ver o que você está fazendo. Incomodo? - tentei fazer uma vozinha fofa. Justin me olhou e balançou a cabeça negando. - O que é isso?

- O projeto arquitetônico do meu novo hospital. - Respondeu sem tirar os olhos da tela do computador.

- Em Nova York? - Me aproximei mais, Justin me olhou de rabo de olho e respirou fundo.

- Não. Em Miami. - Ele então se virou na minha direção e sorriu. - A inauguração vai ser dentro de dois dias.

- Você vai pra Miami? - Perguntei interessada.

- Sim. Depois de amanhã. - Sem perceber acabei fazendo cara de triste. - Ficarei fora por cinco dias. - Encarei seus olhos claros.

- Cinco dias com o peso de uma eternidade. - Acabei dizendo sem ânimo. - Seu trabalho exige muito de você. 

- É isso que faz dele excitante. - Respondeu com um sorrindo. Ficamos algum tempo em silêncio, um silêncio muito constrangedor.

- Tem certeza que vai deixar Jenny e eu sozinhas aqui? - Brinquei. Justin sorriu. - Você sabe a gente se odeia e quando você chegar uma de nós duas pode estar morta.

- Não tinha pensado nisso. - Coçou a cabeça divertido.

- Então posso arrumar minhas malas? - Perguntei animada.

- Malas para quê? - Encarei Justin e sorri.

- Eu vou para Miami com você! - Afirmei. Eu não estava pedindo sua permissão, eu estava impondo minha presença. Justin assentiu sorrindo.

- Não sei se é uma boa ideia, eu vou a trabalho, vou passar muito tempo fora e você não vai querer ficar trancada no quarto de hotel. - Tentou me fazer mudar de ideia.

- Eu não me importo. - Respirei fundo. - Eu só quero estar com você. - Justin engoliu em seco. Me aproximei mais e toquei em seu cabelo com as mãos trêmulas. - Já se passou muito tempo desde que nos conhecemos, e eu sinto que perdemos metade da nossa vida longe um do outro. - Justin levantou e ficou parado de frente para mim.

- É assustador pensar em o quanto a vida foi cruel com a gente. - Murmurou. - Eu gostaria de arrastar você e a bebê comigo para todos os lugares do mundo, eu queria sumir com vocês duas e nunca mais voltar, gostaria de reviver aqueles dias em Napa Valley. - Ele suspirou e eu sorri. - Foram dias incríveis. 

- Nossa vida está uma bagunça agora não é? - Ele assentiu. - Eu estou tão assustada com todos esses acontecimentos. - Justin pegou em minhas mãos, junto-as e beijou carinhosamente.

- Vai ficar tudo bem, relacionamentos são mesmo confusos, as pessoas se machucam, mas se estão destinadas mesmo a ficarem juntas, no final tudo se resolve e tudo se renova. 

- Você acha que isso se aplica a nós dois? - Ele olhou para os pés, pensou por alguns instantes e sorriu. 

- Quem sabe, sempre que estamos juntos é um caos. - Ele sorriu me encarando. - Na verdade nada relacionado a nós é simples. - Acabei sorrindo.

- Você quer ficar comigo? - Não sei de onde surgiu a coragem para fazer tal pergunta. Justin me olhou supresso.

- Quero. Tanto que dói. - Meu coração acelerou. Me aproximei mais dele até que nossas bocas estivessem a milímetros, senti o cheiro do seu creme pós barba, sorri deliciada. Justin posicionou sua mão em minha nuca e me trouxe para mais perto de sua boca, até que nossos lábios se tocaram e nos beijamos apaixonadamente.

 - Eu amo você seu babaca, as vezes eu acho que você esquece disso. - Disse com os lábios ainda quase colados nos seus. Justin tomou meus lábios para si novamente.

- Senti sua falta. - Justin acariciou meus cabelos. - Senti falta do seu beijo, do seu cheiro. - Ele sorriu e colou nossos lábios. - Eu quero você de volta na minha vida, em cada parte dela. - Meu coração se encheu. 

- Tudo bem, porque não importa o quanto eu tente, simplesmente não consigo ficar longe de você mesmo. - Beijei seus lábios com paixão.

Estava tudo tão tranquilo, Justin estava mais paciente comigo e posso ariscar dizer que até mais apaixonado. Tivemos uma conversa franca e muito honesta onde ele me perguntou sobre minha relação com Logan e eu lhe disse a verdade, Justin ficou muito satisfeito. E eu fiquei ainda mais feliz quando ele me disse que desde o dia em que ele engravidou a Jenny eles nunca mais tiveram absolutamente nada, e que o casamento foi só uma forma infeliz de me chamar a atenção e talvez até uma forma dele fugir dos próprios sentimentos.

Eu tenho evitado o Logan esses últimos dias, as coisas entre Justin e eu estão melhorando e não quero arriscar ter um desentendimento com ele.

- Alice, vou levá-la para Miami. - Me informou Justin. - Mas quero avisa-lá que terei dias corridos por conta do trabalho, então espero que não se importe de ficar o dia inteiro no hotel.

- Tudo bem. - Afirmei animada. - Eu não me importo. Ele se aproximou de mim e pegou em meu rosto. 

- Então faça as malas baby. - Sorri e Justin se aproximou me beijando.

- Então é isso mesmo? Toda vez que eu vier atrás de você vou ser surpreendida com vocês dois se agarrando. - Justin e eu nos afastamos. 

- O que você quer Jenny? - Perguntou sem ânimo.

- Seu filho não está bem Justin, ele tem febre alta. - ela realmente parecia preocupada.

- Você deveria leva- lo ao médico. - sugeri sendo solidária.

- E quem pediu sua opinião? - ela respondeu grosseiramente.

- Deixa de ser estúpida Jenny, Alice só quer ajudar. - Defendeu-me Justin.

- Eu dispenso a ajuda dela. - ela me olhou com desprezo.

- Bem já que eu não sou necessária aqui vou cuidar das minhas plantas que embora não saibam falar são bem mais agradecidas. - Justin sorriu e eu sai do escritório.

Estava na cozinha ajudando Maria fazer o Jantar, a noite estava nublada e a casa estava bastante quieta, observei pela janela da cozinha alguém no escuro da parte de trás da casa, próximo a piscina.

Era Jenny que falava no telefone, a curiosidade me domava, resolvi me aproximar com cuidado para não ser notada e conseguir algum tipo de informação.

- .... Eu não posso sair... o menino ta doente... Eu não sei o que ele vai fazer em Miami... Ele não me conta nada sobre os negócios eu ouvi ele no telefone com a Pattie, avisando que iria ficar fora por uns dias... - Ela sussurrava informações pra alguém no telefone. - Você não pode fazer isso, temos um acordo... Tudo bem vou dar um jeito de sair, me encontra em meia hora no lugar de sempre...

Antes que Jenny notasse minha presença eu me escondi, ela saiu batendo o pé em direção a casa, passei alguns segundos pensando no que ia fazer antes de sair do esconderijo.

Resolvi ligar para Carly e contar minha mais nova descoberta.

- Carly ela estava dando informações sobre a viagem do Justin pra alguém.

- Alguém quem? homem? mulher? quem pode ser essa pessoa?

- Não faço a menor ideia de quem seja, mas temo pela vida do Justin.

- Isso tudo não faz sentido Alice, porque Jenny daria informações sobre Justin, que eu saiba ela é louca por ele, não acredito que botaria a vida dele em risco. 

- Eu não tenho certeza de nada mais... - pensei por um instante no que faria. - Só tem um meio de saber quem está por trás dessas ligações. - suspirei. - Eu vou seguir a Jenny.

- Não Alice nem pense em cometer uma loucura dessas.

- Eu preciso saber o que essa mulher ta tramando Carly, ela é perigosa.

- Por isso mesmo que você não deve cometer essa loucura, isso é suicídio.

- Confia em mim Carly eu sei o que faço, agora tenho que desligar... - Não deixei que ela me dissesse mais nada desliguei o celular e entrei em casa, agora teria que dar um jeito de sair de casa sem ser percebida e principalmente sem ser barrada.

Fui em direção ao escritório de Justin e lá estava ele concentrado no trabalho, eu preciso arrumar um jeito de despistar ele.

- Oi Justin! - disse com um pouco de sinismo. Ele me olhou desconfiado.

- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou se escorando confortavelmente na cadeira.

- Bem, eu vou sair por alguns minutos. - Avisei. Justin me olhou dos pés à cabeça e cruzou os braços.

- Voltou a sair com aquele cara de novo? - Mordi os lábios, não sabia o que dizer é acabei assentindo.

- Eu preciso ter um tempo com ele. - Justin respirou fundo tentando se conter. - Não se preocupe, nós somos só amigos.

- Eu não gosto disso, achei que já que tinha sido claro na nossa última conversa. - Sentei de frente para Justin e o encarei.

- E eu achei que você tinha entendido que entre Logan e eu só existe amizade. - Justin coçou a cabeça.

- Sabe o que eu não consigo entender? - Balancei a cabeça negando. - Porque é tão importante assim manter o Logan por perto, mesmo sabendo que isso é uma das principais causas dos nossos desentendimentos. - Por um instante eu parei e pensei. Justin tem razão, eu sou muito egotista mesmo. Baixei a cabeça e respirei fundo.

- Você tem razão, desculpe. - Sua expressão suavizou.

- Eu preciso trabalhar agora, a decisão é sua, não posso impedi-la de absolutamente nada. - Eu queria abraçá-lo, mas meu tempo era curto, levantei da cadeira e sai do escritório sem dizer nada. 

Fiquei minutos andando de um lado para o outro, até que observei Jenny descendo as escadas toda arrumada.

- Vai sair? - perguntei fingindo indiferença.

- Não é da sua conta. - Ela nem olhou para mim, passou reto e foi até a porta. Fui atrás dela como quem não quer nada.

- Nossa está nervosa assim porque? - Provoquei um pouco e Jenny parou e olhou para mim com sangue nos olhos.

- Não enche Alice... Faz de conta que não me viu okay? - Eu assenti sorrindo, ela virou as costas e continuou andando até o portão de entrada onde um táxi a estava esperando. Resolvi partir para um plano B. Sai correndo na direção da garagem e dei de cara com o motorista.

- A senhorita está bem? - Tentei manter a compostura.

- Por favor, tire imediatamente. - Olhei para baixo e Jenny já estava entrando no taxi. O motorista ficou me encarando. - Vamos, não fique parado me olhando. - Então ele correu abriu a porta para mim e tomou seu lugar no volante.

- Para onde vamos senhorita? - Não tive escolha.

- Siga aquele táxi. - Ele me olhou pelo retrovisor e assentiu. 

- Você está com algum problema senhorita? - Revirei os olhos. Porque os empregados do Justin são tão intrometidos.

- Não me faça perguntas só siga as minhas ordens. - Ele me olhou mais uma vez pelo retrovisor e mesmo desconfiado assentiu.

- O Justin não vai gostar disso. - Murmurou.

- Ele não vai saber, agora vira a direita e não o perca de vista. - O motorista estava desconfiado e vez ou outra me olhava pelo retrovisor. -  Não seja notado. - Ele assentiu. - O Justin não precisa saber disso, caso o contrario digo a ele que você tentou abusar de mim. - O motorista me olhou assustado.

- Mas isso não é verdade senhora. - De repente ele ficou nervoso.

- Eu sei, mas você acha que ele vai acreditar em quem? eu posso ser muito convincente. - Sorri diabólica. Eu sei tou sendo má, mas é necessário, por uma boa causa.

Ele continuo seguindo o táxi que entrou por uma estrada barrenta e foi em direção à um pequeno casebre no meio do nada, mas o que ela tava fazendo aqui? Passei cerca de uma hora observando a casa até a hora em que Jenny saiu de dentro do local acompanhada por um homem que eu conhecia muito bem.

- Mas o que ela ta fazendo com esse homem? - Murmurei para mim mesma.

- Senhora o que significa tudo isso, porque a senhorita Jenny ta com esse homem? - O segurança se perguntou.

- Então eu não estou louca, ela realmente veio até esse lugar se encontrar com o Rick. - pensei alto. Rick é o braço direito do Nick, isso não me parece nada bom.

- Isso tudo é muito estranho. - disse o motorista enquanto observavamos os dois, que conversavam na frente do casebre. Meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho do meu celular tocando. 

Ferrou!

- Alô. 

- Onde você está? - Justin estava furioso.

- Não se preocupe Justin eu tou bem e já estou voltando para casa. – tentei manter a calma e fiz um sinal com as mãos, o motorista entendeu que deveria dar partida e voltar.

- Eu não tou preocupado eu tou furioso Alice. Eu vou matar você e quem estiver junto. - Bufei, o Justin às vezes exagera, mal voltamos as boas e ele já quer me controlar.

- Conversamos quando eu chegar. - desliguei em sua cara.

- Ele está furioso não é? - eu olhei na direção do motorista que estava dirigindo apressadamente. - O Justin vai me matar antes que você diga a ele o que viu.

- Não... Nós não podemos dizer a ele. - ele me olhou confuso. - Nem você e nem eu vamos dizer a ele o que vimos. Eu preciso descobrir que tipo de negocios ela tem com aquele homem. E até eu descobrir isso vai ficar somente entre nós dois tudo bem? - ele ficou calado. - Eu posso contar com a sua descrição?

- Senhorita, você vai me colocar em maus lençóis, o Justin vai me matar. - Revirei os olhos.

- Não se preocupe, deixa que eu tiro a gente dessa. - ele estacionou o carro e antes que eu descesse Justin vinha feito um furacão em nossa direção, e antes que eu ou o motorista, pudessemos dizer alguma coisa Justin acertou um murro no Nariz dele.

- Calma Justin. - fiquei no meio dos dois. - Ele não teve culpa.

- Como não teve, ele não deveria ter saído com você. – Justin gritou nervoso.

- Eu menti para ele ta legal. - Justin parou com uma mão na cintura. - Ele só cumpriu ordens minhas. - Olhei para os outros seguranças e disse. - Tirem ele daqui. - dei as ordens. Eles olharam para o Justin como se pedissem permissão e Justin não disse nada. - Estão esperando o que? Façam o que eu disse. – Gritei tomando postura e eles fizeram o que eu ordenei. - Você poderia ser menos impulsivo e deixar as pessoas falarem antes de você as agredir. - ele sorriu pelo nariz.

- Você é maluca ou o que? Não pense que porque espera um filho meu pode falar comigo desse jeito. - Levantei uma sobrancelha.

- Você está exagerando, eu só fui tomar sorvete não é como se eu tivesse ido cometer um suicídio. - ele me olhou muito irritado.

- Você vai me enlouquecer. - ele fazia mensao com as mãos como se fosse me enforcar. Não me contive e comecei a rir, ele estava muito engraçado. - Ta legal. Eu não estou vendo nada engraçado aqui, de que merda esta rindo?

- De você. - É óbvio que ficou maluco assim porque achou que eu estivesse com o Logan, mas precisava descontar no pobre homem?

- Porque esta rindo de mim? - me aproximei dele e quando ia lhe dar um selinho ele se afastou.

- Você é muito bobo sabia, eu estou aqui agora. Estou bem não aconteceu nada. Não precisa ter tanto ciúme, eu não estava com Logan, pergunte ao motorista se quiser. - ele ficou de costas para mim e nem se deu o trabalho de me olhar.

Fiquei irritada e sai batendo o pé.

- Idiota! - Fui para o meu quarto e tranquei a porta. Eu estava furiosa, não vou admitir que ele me mantenha trancada só porque estamos nos entendendo novamente.



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