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História Freedom - Capítulo 62


Escrita por: Alicesampaio

Notas do Autor


Demorei um pouco para postar eu sei mas tenho um bom motivo, como quase ninguém está comentando e eu preso muito pelos comentários para seguir com a história, é bom recebi a crítica de duas pessoas e resolvi repensar os capítulos que eu já tinha escrito antes de postar, eu estava feliz com tudo o que tinha escrito até agora, então tive que mudar algumas coisas e quando cheguei em um consenso comigo mesmo resolvi vir aqui é postar, o importante sempre é agradar vcs, pq a história é minha mas escrevi para vcs, então espero que gostem!

Capítulo 62 - Capítulo 62


Os dias se passaram normalmente, nada diferente ou fora de controle. Minha filha estava crescendo rápido demais e eu consegui um emprego, finalmente parei de ser vista só como a garota que serve cafezinhos, sou secretaria pessoal da editora chefe da W Magazine, até agora ainda sinto que estou sonhando, não foi exatamente fácil passar por cada fase da seleção, mas eu perseverei e consegui, o problema é que agora me sobra pouco tempo para estar com a minha filha, essa que eu fui obrigada a deixar na creche pelo tempo em que fico fora.

- Você parece exausta. - praticamente me joguei no sofá de casa. 

- E eu estou. - Suspirei. - Miranda não é nada compreensiva. - Carly me serviu com uma xícara de café. - Obrigada por ter pego a Beatrice na creche e ficado até essa hora tomando conta dela. - Já passada das dez e eu fui praticamente intimada a acompanhar Miranda em um jantar com um estilista famoso.

- Não precisa agradecer, você sabe que eu adoro ficar com a Beatrice. - Ela sentou-se na poltrona em minha frente. 

- Tudo parece estar dando certo, mas é possível que eu não esteja tão feliz? - Eu estive me questionando a semana inteira, finalmente decidi botar para fora.

- Isso tem a ver com o Justin? - Balancei a cabeça. - É possível sim, você acabou de perdê-lo é normal que se sinta infeliz dessa maneira.

- Tem razão, não há um dia em que eu não pense nele. - Deitei minha cabeça no sofá e relaxei. - Eu só queria que ele estivesse aqui, mas ao mesmo tempo eu tenho medo de ficar remoendo a ferida tempo demais e esquecer de viver.

- Você vai lembrar dele sempre Alice, Justin foi seu primeiro amor, não tem um botão que desliga isso. - Sentei ereta e encarei minha melhor amiga. - Não force a felicidade se ela não existe, deixa que o tempo te guie e responda todas as suas perguntas. - Sorri e tomei um gole de café.

- Você está filosófica hoje. - Ela sorriu e abaixou a cabeça. - Aconteceu alguma coisa? - Carly olhou para mim e assentiu.

- Eu recebi uma ótima proposta de emprego. - Bati palmas alegre por ela. - Minha feche vai assumir um jornal britânico e me quer ao lado dela. - Entendi tudo mas esperei até que ela falasse. - Se eu aceitar, vou ter que ir para Inglaterra.

- Isso é ótimo não é? - Tentei anima-la mas não funcionou. 

- O Chaz, ele não pode me acompanhar, toda a vida dele está aqui nessa cidade, eu não sei o que fazer. - Vi uma lágrima solitária escorrer pelo seu rosto.

- Você considerou recusar? - Fui boba, mas é claro que ela considerou ala o ama.

- O tempo todo. - Carly abaixou a cabeça. - Ele disse que não tinha o direito de me pedir pra ficar. - Ele me olhou com os olhos bastantes marejados. - Mas ele parece não saber o quanto eu amo e eu faria qualquer coisa só para estar com ele, porque ele é a minha vida inteira Alice. - Nem em um milhão de anos eu imaginei ouvir isso da boca da Carly. Ela sempre foi muito independente, cheia de si e muito segura de todos os passos, mas vê-la tão vulneral me fez pensar que você só é assim até o momento em que se apaixona.

- Então porque está chorando? - Toquei seu rosto secando suas lágrimas. 

- Porque é difícil dizer isso a ele. - Ela mordeu os lábios. - Eu nem pensei Alice e eu já sabia a resposta para essa proposta. - Eu sorri porque entendia.

- Então vá lá e fale para ele tudo o que você sente. - Ela me olhou assustada. Carly ainda se sentia insegura sobre por para fora seus sentimentos. - Enxuga essas lágrimas minha amiga e vai até seu homem e diga a ele o quanto você o ama! - Ela pareceu ficar na duvida mas eu a fiz levantar e arrastei até a porta, dei um beijo em seu rosto.

- Obrigada! - Foi tudo que ela disse antes de ir encontrar seu amor. Acabei sorrindo e me sentindo feliz por ela ter enfim se encontrado. Ouvi a porta destravar e revirei os olhos.

- Tudo que eu não preciso hoje é da sua companhia. - Falei de costas para a porta sabendo exatamente quem estava entrando. Quando olhei na direção de Nick ele estava com a cara toda machucada, não consegui me conter e comecei a rir, ele revirou os olhos furioso.

- Isso não é engraçado. - Continuei rindo até que lembrei que Beatrice estava dormindo.

- Desculpa Nick, mas para mim é muito engraçado. - Caminhei até o sofá e sente cruzando as pernas. - O que faz aqui essa hora?

- Não vai perguntar o que me aconteceu? - Ele questionou como se eu tivesse cometido uma grande gafe. 

- Isso não me interessa. - Respondi firmemente. - O que faz aqui a essa hora? - Ele sentou próximo a mim no sofá.

- Eu entrei numa briga. - Olhei para ele sem interesse. - Não sabia para onde ir e acabei dirigindo até aqui. - Nick vem com frequência na minha casa, mas eu nunca lhe dou trela não entendo essa insistência toda. 

- Então você pode por favor voltar a dirigir para bem longe daqui? - Ele me encarou com o maxilar travado.

- Eu estou machucado Alice, pode parar de me mandar ir embora e me ajudar com os machucados? - eu sorri alto novamente.

- De jeito nenhum. - Respondi sem pestanejar. 

- Qual é Alice? Pensei que fosse mais humana. - Levantei do sofá.

- Nick vai embora por favor, eu estou realmente cansada e sem paciência para você e suas ironias baratas. - Eu odeio esse cara, definitivamente ele me irrita. Nick levantou e andou até a porta.

- Tudo bem, eu vou embora hoje, mas você me paga. - Revirei os olhos nem aí pra suas ameaças e então ele saiu furioso. 

No dia seguinte acabei perdendo a hora e tive que deixa Beatrice na creche e pegar o metrô acabei chegando muito atrasada no trabalho.

- Eu não pago você tão bem para chegar atrasada. - Miranda estava furiosa.

- Desculpa Miranda, mas ontem à noite... - Ele me interrompeu levantando o seu dedo indicador com seu ar de superioridade.

- Guarde suas desculpas para quem tem interesse em ouvi-las. - Virou as costas e simplesmente entrou na sala desfilando elegância e arrogância.

- Nossa ela pegou pesado em. - Olhei para a morena com traços indígenas lindos que trabalhava ao meu lado.

- Ela tem razão, eu não devo me atrasar. - Caminhei até minha mesa cheia de post-its. - Eu preciso mesmo comprar um carro. - Murmurei. A vida estava bastante agitada, não sobrava muito tempo para lamentações, mas não posso negar que Justin me faz uma falta terrível, eu gostaria que ele estivesse aqui, gostaria de compartilhar com ele esses pequenos momentos, chegar em casa e encontrá-lo no sofá com o uma taça de vinho na mão e um sorriso no rosto, a realidade é muito dura. Me concentrei em fazer meu trabalho com excelência, o dia foi cheio, Miranda me manteve bastante ocupada, ela ainda estava zangada pelo meu atraso. 

- Alô. - Quase não consegui atender meu celular a tempo de cair a ligação. - Alô. - Repeti mas ninguém respondeu do outro lado. Meu coração disparou, depositei todos os papéis que estavam em minha mão na mesa e sentei, respirei fundo. - Justin? - Eu me senti uma tola por pronunciar seu nome sem ter certeza. - É você? - Eu tinha que perguntar, a ideia pareceu boba mas eu senti que tinha que perguntar, mas nenhuma resposta veio do outro lado. - Se você estiver ouvindo, volta por favor volta para casa Justin, eu preciso de você. - Minha voz ficou embargada. - Beatrice precisa de você. - Senti meus olhos arderem e então a ligação foi encerrada. Olhei para a tela do celular mas o número era desconhecido, uma chama de esperança queimou em mim, com as mãos trêmulas levantei da cadeira, peguei as pastas e papéis com as mãos trêmulas e prossegui com meu trabalho, e durante todo o dia tive que me manter de pé mesmo com uma enorme vontade de chorar. 

Peguei Beatrice na creche e voltei para casa. Cuidei da minha filha e dos meus afazeres domésticos mesmo depressiva, já era quase oito da noite quando ouvi a porta sendo destravada.

- Eu não estou com humor para você Nick. - Esse era meu mantra. Ele se aproximou da cozinha onde eu estava. 

- Quero que me acompanhe a um baile. - Parei o que estava fazendo para encarar seus olhos. 

- Você quer que eu acompanhe você a um baile? - Repeti com sarcasmo. Nick assentiu. - Apesar de eu ter certeza que isso não é um convite, eu recuso. Não obrigada. 

- Eu não aceito não como resposta, e sim isso não é um convite, muito menos um pedido. - Eu já estava cheia de toda a merda que ele despejava em cima de mim.

- Eu não ligo para o que você quer, não tou nem aí se aceita ou não mas minha resposta não vai mudar, eu não vou com você pra nenhum canto, agora da meia volta e saia exatamente por onde entrou. - Eu quase gritei. Nick se aproximou de mim com sangue nos olhos segurou pelo meu pescoço e me esmagou na parede. 

- Eu tenho sido paciente demais com você, tenho aturado todos os teus chiliques. - Ele estava apertando forte em minha garganta. - Mas você está me obrigando a lembra-lá que quem manda aqui sou eu. - Ele apertou com mais força e eu senti meu corpo quase desfalecendo, então ele me soltou e eu cai no chão levando minha mão diretamente para o pescoço. Nick caminhou até o sofá e pegou uma caixa grande e jogou no chão bem próximo de onde eu estava. - Eu volto em uma hora e para o seu bem, esteja linda. - Ele virou as costas e foi embora. Senti às lágrimas quentes escorrerem sob meu rosto, eu não queria chorar, estava bem cansada de ser fraca, eu não aguentava mais ser o fantoche de todos, mas eu estava desprotegida e sem Justin. 

Levantei e caminhei até o quarto, tomei uma banho e liguei para Carly, pedi que cuidasse de Beatrice até que eu estivesse de volta. Caminhei até a sala e peguei a caixa que ainda estava jogada no mesmo lugar, abri e vi que se tratava de um vestido, um par de sandalhas de salto alto, uma garra e um conjunto de joias. Mesmo com ódio eu vesti tudo o que tinha naquela caixa, arrumei o cabelo e fiz uma maquiagem leve, eu estava fantástica, mas muito infeliz.

- Uau, você está linda. - Elogiou Carly assim que entrou no meu apartamento.

- Eu não quero contrariar o Nick. - Respondi sentando no sofá. - Eu estou tão cansada disso tudo Carly, minha vida tá uma droga. - Minha amiga sentou ao meu lado e segurou em minha mão.

- Aguenta firme Alice, as coisa não vão ser assim para sempre. - Olhei em seus olhos. - Viva cada dia, lide com o que vier e deixa o tempo cuidar do resto. - Eu assenti. - Vá, tire proveito da noite, ou para irritar o Nick mais ainda ou para se divertir. 

- Como você consegue ser tão positiva dessa maneira? - Eu não entendia minha amiga às vezes. 

- Eu tive que aprender a ver o lado bom de tudo, não é fácil, mas depois você acaba acostumando. - Olhei para ela carinhosamente. - A minha vida sempre foi uma intensa montanha russa, nem sempre foi fácil, mas eu tive que aprender a tirar vantagem até das dificuldades. - Eu estava começando a compreender. Nick atravessou a porta, e como o esperado, super pontual. Ele estava elegante com um Smokings e um sorriso pervertido no rosto. 

- Eu sabia que você ia ficar fantástica nesse vestido, ele foi feito para você. - Revirei os olhos e me despedi de Carly.

- Por favor me ligue qualquer coisa, eu venho correndo para casa. - Era como se eu estivesse pedindo ajuda inconscientemente, Carly assentiu e Nick me empurrou para a porta e me guiou até o carro.

Chegando na grande casa que mais parecia um castelo Nick me obrigou a entrar de braços dados com ele.  Eu fiquei impressionada com o requinte da casa, tudo era de primeira. Nick cumprimentou algumas pessoas que eu julguei ser grandes figurões da sociedade, me apresentou como mãe de sua filha e eu agradeci mentalmente por ser só isso, ele poderia exagerar na mentira e inventar que temos algum tipo de relação. 

- Vamos dançar. - Tomei um susto quando ele sussurrou ao meu ouvido, mesmo sem querer eu o acompanhei até a pista de dança. - Você é a mulher mais linda da festa. - Eu não dei atenção ao seu galanteio, na realidade eu evitei qualquer tipo de papo com ele durante boa parte da noite. - Vai ficar sem falar comigo? - Ele olhou em meu rosto, nossa proximidade me perturbou. 

- Você me machucou. - Sim eu estava muito chateada por isso. 

- Me desculpe. - Olhei em seus olhos, Nick não parece o tipo de homem que se desculpa com frequência. Ignorei. - Qual é Alice, eu estou tentando ok, não quero me comportar como um babaca mas você não coopera. - Arregalei os olhos.

- Você é um babaca metade do tempo em que passa comigo, quer mesmo que eu acredite que você não quer ser um? - Ele parou de dançar por alguns segundos e olhou firme para mim, depois voltou com os movimentos.

- Pensei que fosse o tipo de homem ideal para você. - Olhei para ele surpresa. - Justin não era um cavalheiro.

- Não se compare a ele, Justin me amava e apesar de tudo sempre deu a vida para o meu bem estar, ele nunca me machucaria, não de propósito. - Nick revirou os olhos. 

- Eu não quero machucar você. - Ele disse depois de alguns minutos em silêncio. Eu fiquei sem palavras, pensando o que ele pretendia com toda essa conversa. 

- Meus pés estão doendo. - Disse na esperança de acabar com a dança, eu queria distância das mãos e do corpo dele. 

- Vamos nos sentar. - Ele me direcionou até a cadeira e eu sentei. Nick ficou batendo papo com um homem mais velho de cabelos completamente grisalhos que eu imaginei ser o anfitrião da festa. Tentava prestar atenção na conversa mas o toque do meu celular  chamou minha atenção.

- Alô. - Nick olhou na minha direção curioso.

- Alice, sou o detetive que contratou, acho que vai gostar de saber que Logan e Jenny estão jantando juntos. - Meu coração disparou. - Se você quiser surpreendê-los sugiro que venha imediatamente para cá. - Anotei o endereço que ele me passou e fui até o Nick.

- Precisamos ir, eu tenho um assunto urgente para resolver. - Ele levantou as sobrancelhas curioso.

- Posso ajudá-la? - Pensei bem antes de falar, mas a vontade de pegar os dois traidores no flagra foi bem maior, e se eu queria saber de toda a verdade, eu teria de por os três frente à frente. 

- Preciso que me leve nesse endereço, tem uma pessoa que eu quero encontrar lá. - Nick pareceu desconfiado mas acabou assentindo. Nos despedimos de todos no baile e saímos de fininho sem chamar muita atenção, o motorista de Nick parou em frente ao restaurante, saltou do carro e abriu a porta. 

- Não vai sair? - Nick perguntou vendo que eu hesitei. 

- Me dê um minuto. - Pedi o deixando ainda mais desconfiado. Eu não tinha certeza se estava preparada para saber a verdade sobre a ligação dos três, mas acabei saindo do carro sendo acompanhada por Nick, entrei no restaurante e de longe vi a mesa que estava meio isolada e nela estavam Logan e Jenny.

- Entendi tudo. - Murmurou Nick atras de mim. - Vamos logo acabar com isso. - Ele segurou em minha cintura e me guiou até a mesa. Logan me olhou chocado, não sei se foi por eu estar com Nick ou se foi por eu estar lá no mesmo lugar que ele e Jenny.

- Alice! - Quando ele pronunciou meu nome Jenny que estava de costas para mim virou e seus olhos se arregalaram. 

- Surpreso? - Minha voz era cheia de amargura. Um atendente chegou e nos perguntou se queríamos sentar. 

- Por favor nos leve a um lugar discreto, a conversa aqui vai ser difícil. - Nick pediu e o atendente nos levou até um escritório e nos deixou a vontade.

- O que faz aqui Alice? E com ele? - Logan estava atônito, mas eu não ia desviar a atenção para mim.

- De todas as pessoas que já me traíram na vida, eu nunca esperei isso vindo de você. - Já parti logo para briga, não queria rodeios não queria desculpas só a verdade me interessava. - Eu quero saber, que tipo de ligação vocês três tem? - Olhei para ambos e todos exceto Nick pareciam nervosos. 

- Não sei do que você está falando. - Logan teve a coragem de fingir.

- Não me trate como ingênua, você está aqui jantando com essa mulher, e eu sei que essa não a primeira vez que se encontram eu sei Logan que isso vem de anos atrás. - Eu já estava nervosa, Nick tocou meu ombro. 

- Nós somos pessoas livres Alice, não temos que dar satisfações a você. - Jenny respondeu como se fosse óbvio.

- Eu não estou interessada no relacionamento amoroso de vocês, eu não ligo se dormem juntos, eu quero saber que tipo de ligação suja vocês têm? - Logan estava muito nervoso e pareceu pensar bem no que diria.

- Conte a ela Logan! - Nick se pronunciou e Logan avançou em cima dele, fiquei pasma com a ousadia.

- Cala essa boca seu merda! - Gritou mas Nick não recuou. Me meti no meio de ambos e eles se olharam com fogos nos olhos. - Alice, eu não sei o que esse cara contou a você, mas não deve confiar nele. - Ele atirou as palavras em cima de mim.

- E eu devo confiar em quem? Em você? - Disparei. - Eu não sou idiota e eu exijo que pare de me tratar como tal. - Logan sentou na cadeira e passou as mãos no cabelo desesperado. Jenny cruzou os braços e parecia desinteressada. - Onde vocês dois se conheceram? - Perguntei para Jenny. 

- Em um cassino. - Ele foi bastante vaga. 

- Quando? - Eu queria saber de tudo, desde o início. 

- A alguns anos atrás Alice, o que isso importa? - Logan estava sem paciência e gritou a resposta.

- Você estava procurando por ela? - Eu queria fazer às perguntas certas.

- Sim. - Ele respirou fundo e levantou vindo na minha direção, mas Nick se botou no meio, Logan o encarou mas Nick não parecia intimidado e isso fez Logan recuar. Ele respirou fundo e parecia cansado então começou a falar - Quando eu voltei de viagem e soube que estava morando na casa do Bieber, eu fiquei louco de ciúme. - Logan puxou os próprios fios de cabelo, parecia perturbado. - Eu fui atras dela para que pudesse livrar você da dívida com ele. - Apontou na direção de Nick. - Mas aí eu soube que você e Justin estavam juntos e eu fiquei cego de ódio, eu amo você Alice. - Ele tentou se aproximar mais uma vez só que dessa vez foi eu quem o impediu.

- Continue! - Eu queria a verdade completa e não ia embora até descobrir tudo. 

- Então ele me convenceu a voltar com ele, eu amava o Justin e comecei a alimentar o ódio por você. - Jenny respondeu dessa vez. - Nos planejamos tudo antes de voltarmos, Logan tiraria você de casa enquanto eu tentava levar Justin para cama e convencê-lo a me aceitar, e o resto você já sabe. - Sim eu sabia e lembrava a dor perfeitamente.

- Você planejou que eu encontrasse você e o Justin juntos? - Ela assentiu e eu fiquei pasma com a sua frieza. 

- Podia ter dado tudo errado, mas Justin sempre foi fraco por um rabo de saia. - Logan falou com amargura. Olhei para ele com sangue jorrando dos olhos. 

- Não se atreva a sujar a memória dele, você não é melhor. - Ele pareceu ficar magoado, mas eu não estava nem aí. - E onde você entra nessa história? - Virei e perguntei diretamente para o Nick. Ele coçou a cabeça olhou para Logan e disse.

- Ele me procurou. - Olhei para Logan surpresa. - Eu tinha uma boa mercadoria, mas nunca foi suficiente para enfrentar o Bieber de frente, então ele fez uma proposta. - Nick respirou fundo e olhou diretamente nos meus olhos. - Ele ia financiar toda a minha vingança contra o Justin, mas eu tinha que deixar você em paz. - Eu não sabia o que pensar. - Eu não aceitei de primeira, dinheiro nunca foi o foco, mas eu sabia que você sim. - Nick tocou meu rosto. - Você era a mina de ouro, Justin faria qualquer coisa por você e se eu a machucasse eu o estaria matando aos poucos. - Virei o rosto e me afastei dele. - Então eu sequestrei você, e fiz um filho em você. - Eu voei em sua direção e lhe bati no rosto, Nick ficou surpreso mas não parou de falar. - Logan voltou a me procurar depois disso e me prometeu que íamos acabar com Justin e eu ficaria com todo o seu império, eu já tinha feito ele sofrer quando mandei aquele vídeo. - Tive que ficar de costas mais uma vez porque se não eu arrancaria os olhos de Nick, eu estava tremendo de ódio. - Eu aceitei a proposta e confiei a Jenny a missão de machucar o coração do Bieber. - Virei para olhar Jenny. - Você me perguntou uma vez porque eu perdoei a dívida dela. - Encarei os olhos escuros de Nick. - Quando ela voltou para a cidade nos encontramos, Jenny sempre foi muito sagas e fizemos um trato, ela ia ser meus olhos na mansão, e graças a ela eu sempre estava um passo à frente. - Olhei para Jenny pasma.

- Como você pode? Você dizia que amava ele, como pode prejudicá-lo desse jeito? Isso podia ter custado a vida do homem que sempre disse que amava! - Eu gritei e minha vontade era de amassar a cara da desgraçada na porrada. 

- Eu não tive escolha, era ele ou eu! - Senti uma tontura e quase cai, mas Logan me aparou e assim que recuperei os sentidos empurrei-o. 

- Ele é o pai do seu filho. - Murmurei. 

- Não ele não é. - Nick chamou minha atenção com o comentário, mas antes que eu pudesse esclarecer Logan deu um soco em seu rosto.

- Cala essa sua boca desgraçado! - Nick avançou em Logan e deu o troco. Antes mesmo que eu pudesse intervir os dois já estavam rolando no chão aos socos. Segurei Nick pela camisa e comecei a puxar. - Seu desgraçado porque trouxe ela aqui? Você me paga! Eu vou acabar com você! - Logan gritava para Nick.

- Eu não tenho medo de você. Ela vai saber de toda a verdade. Você nunca esteve no controle. - Nick gritava em resposta. 

- Parem! - Dei um berro e joguei todas as coisas de cima da mesa do escritório no chão e senti uma pequena ardências no pulso. - Droga! - gritei quando vi o sangue pingar. Jenny parecia bastante desinteressada no assunto e observava a briga de camarote. - Faça alguma coisa idiota. - Gritei para ela.

- Eu não vou me meter nisso. - Com os braços ainda cruzados ela ficou me encarando e então de alguma forma eu lembrei de quando disse que Julian me lembrava alguém e uma ideia me passou pela cabeça.

- É o Logan? - Ela se remexeu já ficando nervosa. - O Logan é o pai do Julian! - Não era mais uma pergunta. Eu me senti tonta novamente e olhei para onde Logan e Nick se espancavam antes, ambos me olhavam surpresos por eu ter chegado a essa conclusão. - Você é o pai do Julian! - Gritei. 

- Alice! - Foi tudo o que disse e eu já podia enxergar a culpa em seus olhos.  

- Nick. - Eu sentia que a qualquer momento eu ia desabar. - Me leva daqui. - Pedi para a única pessoa dali que eu ainda conseguia olhar sem vomitar. Jenny estava calada mas eu podia ver claramente o medo em seus olhos. - Eu tenho nojo de vocês. - Atirei.

- Mas está saindo com o cara que violentou você. - Ela rebateu. - O cara que te torturou e que quase te matou, você não é melhor que eu Alice, não é. - Sim eu não era melhor, mas as circunstâncias são outras, mas não me dei ao trabalho de responder, virei as costas e quando estava prestes a sair Logan puxa o meu braço.

- Alice me deixa explicar. - Eu não consegui dizer nada, eu estava muito ferida. Nick bateu na mão de Logan.

- Tire as mãos dela. - Encarou Logan por alguns instantes e me ajudou a sair da sala, eu estava sufocando e só consegui respirar quando sai do restaurante e entrei no carro. - Você está bem? - Olhei para Nick ainda sem saber o que dizer. - Está sangrando! - Constatou segurando meu braço.

- Não pense que você está em uma situação melhor que eles. - Minhas voz estava amargurada. - Eu ainda tenho muita coisa para vomitar em cima de você. - Ele balançou a cabeça.

- Guarde suas energias para amanhã Alice! - Foi tudo o que me disse antes de partimos de volta para casa.



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