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História Freeze You Out - 6. Um Toque


Escrita por: PandoraCipriano

Notas do Autor


Boa Leitura!

Capítulo 6 - 6. Um Toque


Fanfic / Fanfiction Freeze You Out - 6. Um Toque

“Um elfo jamais faria isso...”

“Humanos podem ser sempre desta maneira, mas um elfo...”

“Articule mais a boca ao falar, se mantiver a cabeça abaixada ninguém irá ouvi-la!”

“Erga mais o braço, está usando uma espada e não uma faca de cortar pão!”

Nye se jogou na cama tendo sua mente ecoando a voz de Thranduil em sua cabeça. Os dias que outrora foram calmos agora se tornaram insuportáveis, o rei elfo parecia ter piorado seu humor nesses últimos dias. Desde que descobrira acidentalmente sobre seu suposto casamento e que ainda não sabia se iria mesmo se casar, a elfa tem vivido um verdadeiro inferno. Thranduil não perdia a oportunidade de lembrar que ela não servia para ser uma elfa, estava tão acostumada a ser uma humana que praticamente não sabia nem se quer andar como um - isso na opinião dele.

Elrond tentou ajudá-la, mas estava claro que o egocêntrico rei da floresta das trevas não queria ajuda para educar sua futura esposa. Ou aquilo tudo não passava de um teste e um motivo para fazer a mesma desistir desse casamento, já que até ele se mostrava não muito contente com a situação.

Por mais que se sentisse atraída de alguma forma por ele, que ele a intrigasse, casar com o mesmo seria um passo largo, ou melhor, enorme. Ela não tinha qualquer preparação para se casar, nunca recebera um nem uma orientação quando vivia em Erenon. Ela não tinha idéia do que era estar casada com alguém ou ao menos uma noção do que a esperava. E sempre se questionava que tipo de marido Thranduil seria. Mas vendo o temperamento dele, dava para notar que seria mandão e mandaria em sua esposa, uma copia quase perfeita do rei Ilis. Restava saber se ela iria apanhar da mesma forma que a rainha Aren.

E o mais importante – o que também era a pior parte para ela -, como seria sua noite de núpcias?

Pensar nisso fez Nye sentar-se na cama bruscamente e corar tão forte que suas bochechar arderam como se tivesse jogado óleo e ateado fogo ali. Seu corpo ficou tenso, para se acalmar andou pelo quarto enquanto limpava o rosto que derrubara algumas lágrimas. Esfregou as mãos uma na outra tentando aplacar a tremedeira que começou de repente.

Não quis ficar mais no quarto e saiu, andando pela casa de Elrond sem rumo. Vagou com os pensamentos afoitos, mas era difícil mante-los calmos e longe de Thranduil. Aquele elfo que antes parecia intrigante para ela agora estava mais como uma dor de cabeça terrível. Era inacreditável que ele tenha sofrido essa mudança tão repentina em apenas duas semanas. Logo parou de andar e sentou-se em um banco que encontrara, suspirou e manteve os olhos fechados e evitando qualquer coisa que envolvesse aquele elfo.

Mas seu silencio não durou muito. Logo ouviu relinchos e se levantou tendo outros barulhos chamando sua atenção. Mais a frente ela viu a entrada de Rivendell, um pátio que possuía uma pequena ponte para chegar nele e o mesmo era redondo e com estatuas como decoração, mas Nye não prestou atenção no formato delas e sim nos elfos que ali se encontravam presentes. Cavalarias e guardas iam se aglomerando de forma harmônica próxima ao lance de escadas por onde Lindir descia e se mostrava cordial.

Bem diferente da forma como ele também a olhava, aquele elfo que seguia estritamente as ordens de Elrond, parecia compartilhar dos mesmos pensamentos de Thranduil.

Em meio ao elfos ali presentes, ela avistou uma elfa de cabelos similares ao fogo e trajava vestimentas esverdeadas que combinaram com suas madeixas, ao lado dela estavam duas elfas de porte superior, mas suas feições a faziam se lembrar de Galadriel, suaves e serenas, mas ela aprendera a não confiar nas aparências. E pelo jeito mais difícil.

A elfa de cabelos ruivos parecia conversar algo com ele e Lindir se mostrou respeitoso com as duas elfas, ambas possuíam cabelos intensos, no entanto, uma possuía cabelos tão escarlate que parecia aquele por do sol único. Já a outra, parecia ser uma acompanhante, mas seus traços eram mais duros e sua postura ereta. Uma delas observava o local e ao mover sua cabeça seu olhar encontrou-se com o dela. Se olharam por um momento, mas Nye teve a impressão de que estava mais uma vez sendo analisada.

E quando percebeu, a ruiva que parecia “mais velha” estava lhe fitando também e logo a feição de Lindir mudou e sua boca se moveu parecendo explicar algo. E embora ela não pudesse ouvir nada do que ele dissesse, Nye teve a certeza de que não eram palavras boas, já que as três elfas olharam para ele rapidamente e depois a fitaram mais uma vez, com expressões surpresas.

Logo depois, Lindir guiou a todos pela escadaria e sumiram de sua vista. Nye respirou fundo e teve que se sentar novamente.

Pelo visto, as coisas não iriam melhorar tão cedo. 

 

*

*

*

 

A casa de Elrond começaria a ficar mais movimentada a partir de agora, a noticia de que Thranduil se casaria novamente se estendeu por toda Arda e alguns dos parentes mais próximos da família dele e de Galadriel chegariam para a festa onde seria anunciada a oficialização do noivado. Elfos e humanos comemoravam essa parte de modo diferente, enquanto os humanos faziam apenas a festa de casamento, os elfos faziam duas festas. Uma de oficialização, onde faziam o anuncia de seu noivado e apenas semanas depois o casamento era oficializado no reino do noivo.

Nesse caso o casamento aconteceria em Mirkwood.

Tauriel era a chefe da guarda de Mirkwood e ela mesma passou o recado para o povo de Thranduil, alguns ficaram contentes pelo rei se casar de novo, talvez uma nova esposa fizesse aquele mal humor todo sumir, mas outros ficaram temerosos com a nova rainha. Principalmente Legolas, que não engoliu a historia muito bem e nem se quer acompanhou Tauriel até Rivendell para a festa de anunciação. Quem a acompanhou fora Eryn, sua parceira de ronda no reino e pela floresta. Amiga desde que era uma pequena elfa.

Eryn possuía cabelos castanhos intensos sempre confundidos com um ruivo mais suave que o de Tauriel, era mais baixa que a amiga, porém, um pouco mais magra e medidas sutis.

As duas receberam uma tarefa importante de Galadriel, buscar uma amiga que vivia em uma cabana em algum bosque longínquo. A elfa em questão era Malyr, uma elfa nascida em Vallarin, mas que após a tragédia se refugiou nos bosques e vive sozinha com seus animais. Malyr era uma elfa alta, passava confiança a quem a olhasse, era firme ao falar, mas muito serena e gentil.

Elas foram levadas até uma sala ampla e mais aberta onde Galadriel as aguardava. Quando chegaram a rainha do vale dourado sorriu amigavelmente ao rever uma antiga amiga, assim como Herea, que também estava ao lado de Galadriel.

- Elen síla lúmenn’ omentielvo – disse Galadriel ao vê-las.

Uma rápida mesura fora feita por parte das três elfas, enquanto que Lindir se mantinha ao fundo ainda próximo a porta.

- Elen síla lúmenn’ omentielvo – respondeu Malyr com um sorriso agradável.

- Lúmë anta avánië – Herea se pronunciou tendo o sorriso mais largo que o das outras.

Herea também era amiga de Malyr e a elfa vermelha a ajudou bastante no inicio que seus poderes começaram a causar problemas. Esperava que ela fosse uma boa tutora para Nye também.

- Herea, pelo visto sua beleza ainda continua genuína – elogiou – Ainda enlouquece os homens quando passa? – cutucou brincando.

- Dizendo assim me fará passar por uma humana mundana – retrucou.

Tauriel e Eryn seguraram os risos, sabiam como Malyr podia ser brincalhona também, os dias de viajem lhes renderam ótimas historias e risos. Mas a chefe da guarda tinha outros assuntos a tratar.

- Com licença, perdão por interrompe-las, mas... Onde está meu rei? Eu preciso falar com ele – Tauriel avançou um passo.

O sorriso de Galadriel sumiu ao olhar para a elfa em questão, não por achar que ela tenha se intrometido na conversa e sim por perceber algo.

- Ele não veio – falou virando o rosto e caminhando pelo cômodo.

Malyr sabia de quem ela estava falando e também sentiu certa tensão, aquilo seria uma afronta e o conselho de ambos os reinos poderiam não gostar.

- Thranduil está em seus aposentos – Herea respondeu e em seguida Tauriel se curvou respeitosamente.

- Eryn, vá e cuide dos cavalos e ajude a descarregar os pertences dos lordes e da senhora Malyr. Encontro com você mais tarde – avisou antes de sair.

Logo após a partida das duas elfas e de Lindir, Malyr adotou uma expressão diferente.

- Vi sua sobrinha ao chegar, ela estava em uma varanda de frente a entrada de Rivendell – contou – Parecia deprimida, vi lágrimas em seus olhos e suas emoções eram tão fortes que tive que me concentrar para não ser levada com elas – emendou.

- Nye e Thranduil não tem se entendido muito nesses dias, na verdade, ele não é muito amigável com ela e piorou depois que aceitaram se casar – Herea contou, apesar de ainda não saber se a sobrinha iria mesmo aceitar, mas o silencio dela fora interpretado como um ‘sim’.

- Um casamento falido? Quais as chances deles darem certo? – indagou se aproximando da varanda e observando o sol no alto do céu – Seria sábio insistir? – fitou as duas.

Mas nenhuma ousou responder algo.

 

***

 

Duas batidas firmes fora soadas na porta de madeira grossa, logo recebeu a permissão para entrar e Tauriel adentrou o aposento de seu rei. O quarto enorme onde possuía uma cama de casal e mobílias rústicas, mas uma varanda de tirar o fôlego e era bem ali que seu rei se encontrava. A elfa parou a alguns metros dele, juntando as mãos atrás do corpo e esperando pela palavra dele.

Demorou um pouco para o rei responder, tanto que Tauriel já estava abrindo a boca para quebrar aquele silencio esmagador.

- Chegaram antes do previsto – avaliou ele.

- Sim, tivemos ajuda de Malyr, sua sensibilidade além do normal nos ajudou a escapar de rotas de orcs. E ela parecia ansiosa demais para chegar a Rivendell – contou.

- Legolas não veio – Thranduil falou, mas não parecia uma pergunta, apesar de Tauriel ter respondido.

- Não, meu senhor – afirmou e abaixou a cabeça.

- Ele recebeu a carta que eu mandei?

- Sim. Mas sua reação não foi uma das melhores – acrescentou.  

- Entendo – soltou sua respiração com certa força – E quanto ao conselho? E os demais no reino?

- Eu diria que uma mistura de emoções. Alguns ficaram contentes e aguardam a nova rainha ansiosos, mas outros temem a chegada dela – alegou – Nós a vimos ao chegar e se me permite dizer, ela muito bonita e me parece uma rainha justa – emendou.

- Justa? Aquela elfa nem sabe a própria língua materna e ainda insiste em manter certos hábitos humanos – disse com amargura e Tauriel ficou confusa.

Ninguém no reino sabia da historia da futura rainha de Mirkwood, na carta que Thranduil enviou dizia apenas sobre seu futuro casamento e que ela era herdeira do trono de Vallarin. E que era uma elfa pura e sobrinha de Galadriel. Nada mais.

Ouvir que a mesma possuía hábitos humanos fez a chefe da guarda questionar a futura esposa de seu rei, ainda mais pelo fato dela não saber a língua dos elfos. Afinal, que elfo seria ela se não soubesse a própria língua?

- Alguma ordem senhor? – indagou, tentando mudar de assunto antes que acabasse cometendo o erro de perguntar ou comentar alguma coisa.

- Não. Pode se retirar – moveu a mão, em nenhum momento ele se virou para encará-la.

Tauriel se curvou e se retirou do quarto, deixando seu rei novamente só. E remoendo seus pensamentos em torno daquela elfa tão singular. Era estranho para ele o modo como aquela garota agia, talvez fosse pelo fato de ter sido criada por homens, mas havia algo a mais nela que lhe chamava a atenção e ele odiava aquilo.

Qualquer coisa que aquela elfa lhe causava lhe deixava estranho e desconfiado, sendo assim tentava se afastar o máximo possível da mesma.

 

*

*

*

 

- Eu tenho mesmo que ir? – choramingou, mas Leony não parecia que iria cooperar.

- Malyr é uma elfa importante de nosso antigo reino e ela quer muito conhecer você, sem contar que haverá outros lordes de terras amigas para a festa de seu noivado – afirmou.

Tudo que ela menos queria naquele momento era encontrar-se com Thranduil novamente, se ele não estivesse lá ela nem faria caso, mas saber que teria que ver aquele elfo novamente em menos de algumas horas e no mesmo dia, já a fazia ter arrepios na espinha.

Mas ela não tinha muita escolha, quando percebeu estava sendo conduzida por Leony até a área de jantar da casa de Elrond. O elfo de cabelos negros não possuía um salão fechado para comerem, todas as refeições importantes eram feitas naquela varanda de frente ao horizonte onde dava para ver o por do sol claramente, mas ainda faltava muito o entardecer e o céu se mostrava limpo demais, sem qualquer rajada alaranjada ou nuvens brancas no céu.

Encontrou o “salão” bem arrumado como de costume, a mesa grande forrada com uma bela toalha de mesa e a prataria toda bem alinhada com as taças e os talheres. Alguns dos convidados já estavam ali e conversavam de pé mesmo em sussurros quase inaudíveis. Mas toda aquela falação dita em tom baixo acabou quando ela chegou com Leony. Fazendo seu corpo ficar ainda mais tenso, como se já não bastasse o olhar de seu futuro marido e rei a mirando de forma questionadora.

Se estivessem sozinhos com certeza ele iria brigar por seu atraso.

Malyr estava em um canto ao lado de Elrond e ao ver a menina mais de perto sorriu singelamente, deu uma rápida olhada para Thranduil e o mesmo fitava seriamente a elfa, mas logo desviou o olhar e se afastou dos demais para se servir de mais chá.

- Perdão pela demora – Nye se apressou em dizer e moveu-se em forma de respeito.

- Está tudo bem, nem está tão atrasada assim – Herea falou puxando a menina – Nye, quero apresentar você a algumas pessoas – falou e logo começou com as apresentações – Esta é Malyr, uma elfa e tutora de Vallarin. Ela foi minha mestra quando eu ainda aprendia a controlar meus poderes, e ela está aqui para ajudá-la da mesma forma que me ajudou. Sem contar que é uma grande amiga minha e de seu pai – contou.  

Nye sorriu e moveu a mão próxima ao coração e curvou-se discretamente, Malyr fez a mesma coisa, mas em seguida se aproximou da menina tocando sua mão, fazendo com que Nye se assustasse. Uma descarga percorreu seu corpo deixando-o frio por um leve segundo, mas ainda sim ela pode sentir sua alma ser rasgada e ficar a mostra para aqueles olhos que pareciam ver tudo.

Malyr a soltou com um sorriso no rosto e fitou Galadriel de canto.

- Você se parece muito com sua mãe, mas os olhos são de seu pai – disse – E uma grande honra servi-la, minha princesa – curvou-se em respeito.

Em seguida Herea a levou até as duas figuras que havia visto horas atrás no portão de entrada de Rivendell. Ambas possuíam trajes parecidos e porte altivo, olhar firme e gestos tão sutis quanto a de um felino andando na mata sem ser visto.

- Estas são Tauriel e Eryn – apresentou-as – Tauriel é chefe da guarda do reino de Mirkwood e Eryn uma guerreira do mesmo reino. Elas também estão aqui para ajudá-la e protegê-la.

- Ayia, minha rainha – Tauriel falou ao se curvar e Eryn a imitou – É um prazer conhecê-la.

Nye não disse nada, apenas sorriu minimamente enquanto tentava guarda os rostos de cada um e os nomes, aquela parte não era seu forte. Provavelmente esqueceria de alguns deles. Quando achou que as coisas parariam por ali, um elfo de cabelos pálidos e escorridos, com olhos tão claros quanto o de Thranduil se aproximou dela com um sorriso mais do que agradável. Segurou suas mãos entre as suas e depositou um beijo casto na costas de sua mão.

- Elen síla lúmenn' omentielvo - falou em élfico e Nye se desesperou, entendeu parte da frase, pois Arwen a fez repetir aquilo mil vezes, mas estava tão nervosa que se esquecera até mesmo como se falava um ‘oi’ em élfico – Essenya Giel  - falou e o desespero dela apenas aumentou.

Até que a voz cortante de Thranduil a tirou do apuros.

- Ú-quetis Eldarin – disse ele avaliando qualquer coisa ao longe, mas ao dizer a frase virou-se de forma lenta e seus olhos caíram em cima dela novamente, causando outra onda de temor na elfa.

O elfo a sua frente a fitou desconfiado, mas após a avaliação ele sorriu de canto e fez questão de mostrar este sorriso ao rei elfo.

- Uma jóia rara você tem aqui, Thranduil – comentou, mas de forma mais contida agora – Sou Lorde Giel, senhorita. E um amigo de seu noivo – falou se curvando brevemente – Espero que esse pequeno detalhe não atrapalhe seu casamento. Uma elfa que não sabe a própria língua não é vista com bons olhos pelo conselho do rei – avaliou.

- Ela aprenderá e será uma ótima elfa – Leony a defendeu, ficando ao lado da irmã e fitando aquele elfo de forma séria.

Giel assentiu e se afastou retornando para seu assento a mesa.

E após o breve momento estranho que se instalara ali, todos se sentaram, mas o azar de Nye, ela teve que se sentar ao lado de Thranduil. E Malyr ficou diante deles, causando um desconforto ainda maior nela. E internamente ela rezou para que aquele breve chá acabasse logo e pudesse sair dali e não ver ninguém, ao menos até amanhã.

Mas aquilo parecia estar longe de acabar.

As refeições dos elfos pareciam todas ser sempre regrada de bastante comida e ao mesmo tempo nenhuma comida, a mesa era sempre farta com variedade, mas com comidas apenas leves e ainda fazia o estomago de Nye ficar insatisfeito. Novamente aquela onde de conversas sussurradas pairou sobre o lugar e ela tentou respirar com calma, apesar de ser difícil, pois do seu lado estava um elfo mandão que a analisava o tempo todo e diante de si aquela elfa peculiar que a lia como se fosse um livro aberto.

Sua vergonha começou a aparecer e seu rosto se abaixou, fitando agora somente o prato. Conversar não seria viável a ela, pois não sabia falar ainda a língua dos elfos. E não sabia como conversar com Thranduil sem ganhar uma olhada de pouco caso, então sua única opção era seu prato e ficar de papo com sua própria consciência. 

Logo sentiu uma mão abaixo de seu queixo forçando sua cabeça a ficar ereta e em seguida mãos em seus ombros para se endireitar. Quando olhou de esguelha percebeu Thranduil arrumando sua postura e ele não parecia contente com sua falta de compostura a mesa, o que a fez suspirar internamente.

- Mantenha sempre a cabeça erguida, elfos não fitam seu prato como se fossem galinhas a procura de sementes – disse, mas sua voz saira tão baixa que duvidava que os outros tivessem escutado também.

Ele falava apenas com ela. Outra capacidade dos elfos na qual ela não tinha certeza se saberia fazer. Ela assentiu concordando e tentou manter sua cabeça erguida, apesar de sentir que alguns olhos se voltaram para ela. E a vontade de sair correndo apenas aumentou.

- Não seja tão severo Thranduil, a menina ainda é uma aprendiz. Mas logo saberá se portar como uma verdadeira elfa – Malyr se pronunciou e em seguida levou o garfo a boca.

- Ela tem muito ainda o que aprender – comentou tentando não dar atenção a elfa de cabelos flamejantes.

- Se tivesse mais paciência ela aprenderia mais rápido com você – disse sugestiva e o rei elfo a fitou de forma mais mortal fazendo Nye perceber uma constante tensão entre aqueles dois.

Na verdade, quem não causava tensão no ar ao lado de Thranduil? Aquele elfo parecia repudiar a tudo e a todos. Isso a deixava ainda mais aflita e incerta em aceitar casar-se com ele. Para se distrair daquela pequena conversa cheia de farpas, Nye achou melhor se servir de mais suco, já que não era muito fã daqueles chás élficos. Porém, Malyr viu outra oportunidade de segurar na mão da menina, mas Thranduil fora mais rápido e segurou a mão de Nye fortemente impedindo qualquer toque da outra elfa.

O toque repentino causou uma descarga elétrica em Nye, que deu um leve pulo em seu assento. Fitou Thranduil confusa e viu o olhar dele queimar em cima de Malyr e esta apenas lhe sorria sugestivamente, como se estivesse gostando de provocá-lo. Mas Nye estava mais interessada na mão grande do rei elfo sobre a sua do que na pequena batalha que aqueles dois travavam silenciosamente.

Sua mão fora pousada por ele sobre a mesa e elas se mantiveram unidas ainda. No entanto, o olhar cravado na elfa ruiva não havia sido desfeito em nenhum momento, preocupando-a.

- Conheço seus truques, Malyr – proferiu ele, estreitando seus olhos – Nem pense em tocar nela – avisou.

- Creio que seja tarde para este aviso – piscou, voltando a conversar com o elfo ao seu lado.

Thranduil então virou-se para Nye que se encolheu, já esperando por alguma bronca ou qualquer frase que fosse feri-la, mas nada veio, apenas o olhar em tom de aviso.

- Não deixe-a chegar muito tempo, é perigoso – avisou e depois concentrou-se em sua comida, mas mantendo a cabeça erguida e olhos atentos a todas as conversas daquela mesa.

Nye abriu a boca e fechou-a varias vezes, porém, nenhum som saia da mesma. A mão dele ainda estava por cima da sua e mesmo que começasse a se sentir bem com aquilo, não podia negar que era estranho estar daquela forma com ele.

- Thranduil... – sussurrou ao se aproximar dele, o mesmo a fitou e esperou que ela dissesse algo – Sua... S-Sua mão – apontou com a mão livre e só então o rei elfo pareceu ter consciência do que acabara de fazer e ainda se encontrava fazendo.

Desnorteado, ele soltou a mão dela e voltou a comer como se nada tivesse acontecido. O que não foi o mesmo com Nye, que sentia a mão formigar e mil sensações percorrerem seu corpo. Depois disso comer ficou algo difícil.

 

*

*

*

 

Depois do rápido lanche que tiveram, cada um se recolheu para um canto da casa de Elrond. Nye fora a primeira a correr e Thranduil sabia que não veria tão cedo, ainda sentia a maciez da mão pequena sob a sua e aquilo deixou o rei elfo pensativo. Se encontrava agora na biblioteca - onde sabia que ninguém o incomodaria - uma bandeja de prata com um jarro de vinho e uma taça se encontravam em uma mesinha próxima a ele, mas a mesma estava intacta.

Não sentia vontade de beber, apenas o pediu para deixar claro que não queria se incomodado. Quando Thranduil se recolhia em um cômodo e pedia por vinho, era um sinal de que não queria ver ninguém a menos que fosse por um motivo bem importante. Tauriel mais do que ninguém sabia disso e por isso repassou o fato aos criados de Elrond. No entanto, nem todos pareciam obedecer a aquela ordem omitida.

Thranduil anda de um lado a outra perdido em seus pensamentos quando ouviu a porta ser aberta e a presença daquela elfa lhe causou irritação, para não dizer que sentia-se incomodado com ela e com o que ela era capaz de fazer.

- Pelo visto ainda gosta de beber – Malyr comentou ao adentrar o cômodo, o sorriso sempre brincava em seus lábios, mas era algo voltado a diversão, como se tudo ao redor dela fosse fascinante e divertido.

- Não casa de perturbar a paz? – rebateu ele, sua voz deixava claro que não queria ser importunado.

- Sua noiva é bem peculiar, devo ressaltar, mas ela parece ter medo de você – comentou andando até a varanda curta da biblioteca, deu uma rápida olhada para a floresta que cercava Rivendell e depois virou-se para o rei – Seria sua personalidade difícil que está interferindo? Posso ajudar se quiser – disse sugestiva e Thranduil trincou o maxilar.

- Nem ouse usar esse seu poder asqueroso em mim! – disse entre dentes.

O pobre rei já fora vitima dos efeitos dos poderes de Malyr, era um poder até mesmo interessante, mas somente se quiser usá-lo no inimigo, ser usado em si mesmo era algo que Thranduil já havia experimentado e não sentia nenhuma vontade de fazê-lo de novo. Não queria sentir a sensação de ser lido.

- Não estava pensando em você, mas já que sugeriu... – esticou a mão na direção dele e o mesmo se afastou como se ela fosse alguma orc.

- O que quer realmente? – estreitou os olhos na direção dela.

- Ajudar. Vi que há tensão entre você e sua noiva e como serei tutora dela acho que tenho o dever de ensiná-la em todos os aspectos – falou – Como eu disse, ela o teme, mas também sente fascínio por você. Está intrigada e completamente confusa se aceita ou não casar com você – alegou.

- Tudo isso com um simples toque? Seus poderes aumentaram então – supôs.

- De fato – sorriu – Mas e quanto a você? – caminhou despreocupadamente pelo recinto tentando de alguma forma se aproximar dele.

Thranduil estava de costas a ela, mas atento aos movimentos dela. Sua mente apesar de carregar tantos pensamentos, ainda conseguiu se concentrar naquela conversa, mas queria desesperadamente se afastar daquela elfa. Não gostava da sensação de estar vulnerável. Porém, quando se virou para responde-la, as mãos de Malyr “cravaram” no pescoço dele logo abaixo do maxilar. Era um toque suave, mas intenso.

A respiração dele ficou descompassada, seus olhos se arregalaram levemente e por todo o corpo ele sentia um frio percorrer. Como se sua alma estivesse sendo sugada e todos seus segredos mais íntimos estivessem sendo revelados.

Malyr sorriu e rapidamente o soltou, fazendo o rei puxar o ar com força como se tivesse voltado a vida após ter morrido.

- Como ousa?! – a voz dele soou vacilante, mas ainda era notável seu tom de fúria – Como ousa...

- Você tem medo! – ela o cortou. E ele pela primeira vez deixou que a expressão de surpresa habitasse seu rosto – Você já perdeu entes queridos e agora que tem a possibilidade de casar novamente e unir-se a uma elfa, teme perde-la também. E de uma forma ainda mais trágica – emendou.

- Eu devia mandar arrancar essa sua cabeça, quem sabe assim esse sorriso desapareça de sua face – ameaçou e nem mesmo com isso Malyr sentiu medo – Você não me conhece, Malyr!

- Será mesmo? – sorriu.

 

*

*

 *

 

Enquanto Malyr e Thranduil “conversavam”, já que aquilo não dava para chamar de conversa. Nye, que após o termino do lanche foi dar uma volta para acalmar o coração agitado, agora se encontrava próxima as cachoeiras belíssimas que decoravam a paisagem de Rivendell. Andar pareceu lhe acalmar, seus pensamentos fluíam como a água de um rio e calmamente ela ia colocando tudo no lugar.

Movia a mão vez ou outra para fazer aquele formigamento parar, era como se pudesse sentir a mão quente do rei por sobre a sua. Nunca imaginou que a mão de Thranduil fosse quente, imaginou que segurar a mão dele seria como segurar um cubo de gelo. Não era uma coisa agradável. No entanto, fora totalmente o contrario e ela se via querendo aquilo de novo, sentir a mão dele contra a sua.

Mas então se lembrou que apesar de possuir mãos aconchegantes, o resto dele era o mais puro gelo, principalmente sua boca. Por onde saia os mais impensáveis comentários a respeito de seu aprendizado como elfa. Até mesmo durante o lanche que tiveram ele não perdeu a oportunidade de fazer um comentário.

Ela balançou a cabeça querendo esquecer dele por um instante, quando parou de andar percebeu estar próxima a um lago, não era muito grande, mas daria para nadar. Uma idéia que lhe ocorreu assim que botou os olhos naquele lago, a água era cristalina possibilitando assim ela ver as pedras com alguns musgos no fundo do mesmo. A água seguia um fluxo calmo enquanto que mais acima, vindo da cachoeira, a mesma era agitada. Uma mudança tão rápida quanto o humor do rei.

Nye bufou ao ver que havia pensando em Thranduil novamente.

Olhou ao redor e viu que estava sozinha, ainda estava dentro do território de Rivendell então estaria segura, mas não queria nenhum criado a observando enquanto nadasse ali. Olhou para a enorme casa de Elrond e ela estava um pouco longe, mas dava para ver as janelas abertas, porém, não havia ninguém também. Sorriu. Se aproximou de uma árvore onde atrás da mesma havia um arbusto e se enfiou ali atrás para retirar seu vestido, por sorte este não havia amarras nas costas e era mais solto que os outros que usara durante a semana.

Retirou-o e o dobrou colocando o vestido na raiz da árvore. Sentiu-se estranha e constrangida por estar nua ali, mas como não havia ninguém ela não se importou muito. Se aproximou da margem do lago e molhou a ponta do pé para ver a temperatura da água. Estava fresca e isso animou ainda mais a elfa. Nye entrou de uma vez, espirrando água, mergulhou e voltou a superfície.

Nadou um pouco antes de parar e ficar brincando com a água. O sol não estava forte e fazia muita sobra por causa das enormes árvores ao redor. Depois parou e tentou boiar, sem se importar se deixaria sua nudez a vista. Ficou assim por tempo até decidir mergulhar novamente e ficar um pouco mais de tempo debaixo d’água.

Quando mergulhava ela movia suas mãos e rodopiava como se fosse uma sereia. Porém, por estar mergulhando, ela não percebeu que ativou seus poderes, fazendo a grama ao redor do lago criar uma cama fina de gelo, assim como nas copas das árvores. Ela havia voltado à superfície, mas não percebeu o gelo se formando e tornou a mergulhar brincando novamente de mover os braços, quanto mais ela movia, mais gelo se formava e ia se espalhando.

Uma hora ela parou e abriu os olhos debaixo d’água, mas ao invés de ver claridade ela viu algo cinzento se formar no céu e refletir na água, já que a mesma era cristalina. Estranhou e curiosa resolveu voltar a superfície, mas não conseguiu. Quando sua mão tocou a superfície da água ao invés de sentir a brisa lhe tocar, ela sentiu algo duro e frio contra sua mão. O que fez se desesperar. Olhou ao redor e não viu nada mais do que água e pedras, mas acima de si estava aquela parede fria e só então notou que era gelo.

Nadou procurando alguma saída, mas não possuía. Socou a parede de gelo tentando se libertar, mas parecia que nada adiantava e seus toques apenas piorava e engrossava o gelo. E com isso do lado de fora o gelo ia se espalhando também e ficando mais grosso.

 

***

 

Malyr e Thranduil ainda estavam na biblioteca, a elfa ruiva escutava as ameaças e reclamações do rei de Mirkwood a respeito de sua audácia e ousadia em ler o que se passava dentro dele. Coisa que ela parou de prestar atenção no instante em que sentiu algo diferente e chamativo pairando no ar. Seu sorriso morreu e seus olhos se focaram no nada, como se sua alma tivesse deixado seu corpo.

Thranduil ainda reclamava com ela, quando se virou vendo a elfa inerte e estranha.

- Malyr... – chamou.

- Medo – disse aflita e levou a mão ao peito – Está com medo, desesperada... – acrescentou e o rei elfo ficou confuso.

Rapidamente ela saiu apressada da biblioteca e Thranduil ainda conseguiu ouvi-la chamar por Elrond. Ele estreitou os olhos ainda confuso e depois fitou a varanda, mas antes mesmo que pudesse se aproximar dela, uma cama de gelo fino cobriu o parapeito da sacada e Thranduil recuou dois passos. Mas logo se reaproximou e conseguiu ver ao longe o gelo dominar uma área especifica e não demorou muito para saber do Malyr estava falando, ou melhor, de quem.

E tal qual ela, o rei saiu às pressas.

 

***

 

Elfos se aproximavam da área que estava coberta de gelo, um pouco conseguiu chegar à casa de Elrond, mas não havia machucado ninguém e nem havia crescido mais. Mas não quer dizer que não deixou a todos preocupados, Herea e Leony corriam em direção ao lago extremamente preocupados com Nye. Malyr já estava ali no local com Galadriel e Elrond. Tentavam quebrar o gelo que cobria o lago e impossibilitava de Nye se libertar.

Sob a água, Nye lutava ferozmente para sair, mas parecia que seu desespero apenas piorava e aumentava a força do gelo. O ar começava a ficar frio demais e era como se uma tempestade de neve estivesse se formando somente naquela parte da floresta e ao redor o sol e o calor tomavam conta.

Thranduil havia chegado ao local também e avaliava agora de perto, o que sua suposta noiva era capaz de fazer, apesar de aquilo ser somente uma parte de seu poder. Se Nye realmente entrasse em pânico ou liberasse seu poder Rivendell acabaria como Erenon. E a sobrevivência de todos estaria ameaçada.

- O gelo não está quebrando! – alegou um guarda de Rivendell.

- O que faremos? – Malyr indagou, estava ao lado de Elrond que parecia mais preocupado com o estado de Nye do que com o gelo que se formava do lado de fora.

- Herea, não tem como você ajudar? – Elrond virou-se para ela.

- Eu até poderia, mas eu acabaria atingindo Nye e poderia feri-la. É melhor não arriscar e o mesmo vale para Leony, temos que quebrar sem o uso de poderes, pelo bem estar de minha sobrinha! – defendeu.

Alguns guardas subiram no gelo que agora era o lago e fincaram as espadas, mas o mesmo não se partia. Leony fez o mesmo e obteve igual resultado. Até Thranduil tentou ajudar, mas parou na primeira tentativa vendo que era em vão. Nye não tinha muito tempo, já estava segurando o fôlego por longos minutos e uma hora ela acabaria se afogando ou morrendo congelada. Apesar de ser dona de um poder incrível, ela poderia machucar a si mesma. Nem ela estava a salvo.

- Precisamos de algo mais duro e resistente para quebrar isso! – a voz de Thranduil soou enquanto tentava enxergar Nye por debaixo daquele gelo grosso e embaçado. Mas ele nada via.

Foi no mesmo instante que um barulho se fez em meio aos arbustos e então o enorme alce de Thranduil apareceu, tão desesperado quanto os demais que queriam salvá-la. O animal escorregou um pouco e terminou de chegar até o lago deslizando. Quando se recuperou, tentou quebrar o gelo com seus chifres resistentes e seus cascos pesados. O tamanho do alce contava naquele momento, por ser enorme ele era pesado e só isso já era suficiente para rachar a cama de gelo formada sobre a água.

Grunhindo e batendo hora seus cascos hora seus chifres o gelo logo foi rachando até se quebrar formando uma passagem para o lago. Todos haviam saído do lago temendo cair dentro do mesmo e morrer afogado ou congelado, somente Thranduil permaneceu ali e próximo ao seu animal. Era estranho para ele ver tal desespero em tentar salvar Nye, causando outra onda de questionamentos por parte dele.

Quando o gelo se partiu, Thranduil logo pulou, mergulhando naquela imensidão e procurando por Nye.

A elfa estava desmaiada, afundando até o fundo do lago que não era tão profundo assim, mas era o suficiente para alguém que não sabia nadar se afogar. Algumas pedras no fundo estavam com gelo também, mas era uma leve e fina camada, capaz de ser retirada com os dedos. Thranduil nadou até ela e a segurou pela cintura puxando seu corpo para cima, em direção a superfície. Quando emergiu, o gelo ao redor deles estava mais quebrado graças ao seu alce que continuou com o trabalho.

Thranduil saiu da água com ela no colo e a colocou no chão frio, a nudez dela naquele momento não era importante e sim sua vida. O rei elfo massageou seu peito fazendo pressão e fez respiração boca a boca, ficou assim por alguns minutos até que Nye tossiu fortemente cuspindo toda a água pra fora. Meio desnorteada ela agarrou a primeira coisa que encontrou, que fora uma parte da roupa de Thranduil, quando pareceu voltar a si e ao que acontecia, ela parou, olhou ao redor e viu todos lhe encarando.

Ela tomou susto e se agarrou mais a quem estava ao lado dela, não estava assustada por ter congelado parte da floresta ou uma pequena área, ou até mesmo o lago e sim pela forma em que se encontrava. Só então, percebeu que estava agarrada a Thranduil e ao notá-lo tão perto de si corou mais do que deveria e tentou de alguma forma se cobrir.

O rei de Mirkwood se levantou quando Nye o soltou, pegou o manto que havia largado em um canto e o jogou por sobre os ombros da elfa – que ficou surpresa com seu gesto. Em seguida a ergueu fazendo-a ficar de pé, logo Herea se aproximou tomando-a em seus braços e num agradecimento baixo a Thranduil, retirou Nye dali.

E enquanto se afastava, deu uma rápida olhada para Thranduil novamente. Notando também que o mesmo estava molhado, ou melhor, ensopado. Ficou surpresa mais uma vez ao ver que o rei elfo, a quem parecia não se dar bem e o mesmo que a desprezava fora quem salvara sua vida. 

 

 


Notas Finais


Como viram há personagens novos na fic, Malyr e Eryn. Veremos se elas serão aliadas de Nye ou não. Perceberam também que há certa tensão entre Thranduil e Malyr, sobre os poderes da elfa eu deixarei a explicação pro próximo capitulo, mas acho que já dá para terem uma noção do que ela é capaz de fazer. Nye ainda não sabe se irá mesmo casar com Thranduil, por isso deixei essa parte meio vaga, mas no próximo capitulo teremos uma resposta dela... Ou não. kkkkkk Espero que tenham gostado e não esqueçam de comentar.
Já avisando, o próximo capitulo irá demorar um pouco, pois esses dias até diz 12 de Fevereiro eu irei ficar um pouco longe das fanfics, pois tenho um concurso publico para fazer e vou ter que me concentrar nos estudos. Mas após o dia da prova eu retornarei com a fic e com mais um capitulo fresquinho pra vcs!
Bjos e até lá!

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Malyr: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/3a/7a/33/3a7a3399fc89ff0eca393ab39c7d819f.jpg

Eryn: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/9a/28/1d/9a281dfce8339e4e44cce79648f7f29c.jpg
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Elen síla lúmenn’ omentielvo – Uma estrela brilha na hora de nosso encontro.
Lúmë anta avánië – Faz tanto tempo.
Essenya Giel na – Meu nome é Giel.
Ù-quetis Eldarin – Ela não fala Élfico.
Ayia – Saudações.


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