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História Friendelly.com - Jungkook - Notificações altas entregam pessoas pouco discretas


Escrita por: Galaxychild

Notas do Autor


>>Acreditem, esse cap era pra ter saído bem mais cedo do que agora, bem antes, mas a vida não é flores e acabou acontecendo muita merda comigo.

>>Eu espero que vocês gostem desse cap. Eu ouvi várias músicas e assisti vários filmes para que eu pudesse entrar na vibe dele, já que eu tava meio "enterro"


>>Música: What a man gotta do_Jonas Brothers

Capítulo 7 - Notificações altas entregam pessoas pouco discretas


Fanfic / Fanfiction Friendelly.com - Jungkook - Notificações altas entregam pessoas pouco discretas

Eu não vou fazer todo aquele drama universitário onde passo vários minutos do meu tempo reclamando sobre o tanto de trabalho que tenho para fazer, o tanto de matéria que tenho que estudar, ou o tanto que isso ocupa meu tempo e desgasta meu estado mental, emocional e físico. Afinal, por culpa do meu pai, eu não sentia que tinha esse direito.

A primeira coisa que ele me disse quando consegui a bolsa de quase 100% para estudar em Stanford foi: "Volte com a ficha limpa, notas ótimas, e formada em arquitetura da forma que deve ser. Não criei filha para virar uma esquecida no mundo. Se faça significante, e estude. É tudo o que precisa fazer, é sua obrigação." E depois dessas palavras que ele disse de forma rígida tentando se mostrar o pai rígido que nunca fez questão de ser, tudo o quê eu faço da minha vida é me esforçar. Decepcionar o dono Leandro de alguma forma seria a maior merda que eu podia fazer na minha vida, afinal meu pai sempre investiu todas suas expectativas em mim, sempre me incentivou a sonhar e alcançar meus objetivos, quaisquer que fossem eles, desde o de assistir uma série de 16 temporadas inteiras, à comer dois sanduíches de uma vez. Com ele não tinha brincadeira. Quer? Conquiste, e é por isso que estou com a cara enfiada na frente do caderno, livro e notebook a oito horas.

Eu não estava contando, mas Jk fazia questão de me informar, porque para ele o tempo que eu passava longe importava, e importava muito.

Jeonwgk: Boa noite. Oito horas e cinco minutos sem notícias da Lins. 

Jeonwgk: Como me sinto? Triste, deprimido, vazio… Talvez vazio de fome.

Jeonwgk; Música que escuto? O som do meu choro…. E Photograph do Ed sheeran.

Ele mandava mensagem de uma em uma hora desde que comecei a estudar, e a notificação na tela do meu celular me permitia ver as besteiras ditas pelo americano sem o quê fazer. Eu estava tentando terminar um trabalho que eu tinha para amanhã, e provavelmente já se passavam da meia noite. Meu óculos meio torto no nariz me ajudava a enxergar as letras pequenas daquele livro grosso, e meu cabelo embolado pela minha preguiça em pentear estava preso em cima da cabeça com uma piranha que eu achei jogada no meio das minhas coisas esses dias, me dando o ar de "acabada" que eu tanto odiava, mostrando todo o meu cansaço eminente. Eu fazia questão de ignorar Jk ou qualquer coisa que me atrapalhasse a estudar, mesmo que minha vontade real seja jogar tudo isso no chão e dormir por 12 horas.

Jeongwk: Você sabe que eu não estou ouvindo Ed sheeram né?

Antes que eu pensasse em pegar o celular pafa finalmente responder a insistência do garoto, o aparelho vibra mostrando na tela que ele estava me ligando. 

— Isso é sério?

— Boa noite para você também. 

— Não é uma boa noite e você sabe bem o porque.

— Sabia que eu amo esse seu mau humor de madrugada? — Suspirei, já me cansando dos oito segundos de chamadas com ele. — Comeu alguma coisa nesse tempo?

— Hm… claro. — Olhei todas as embalagens de doce em cima da mesa de estudos. 

— Diabética.

— O quê?

— Você vai ficar diabética. 

— Como sabe que…

— Ouvi o barulho das embalagens e deduzi... Você é tão previsível. — Bufei, parando de tremer minha perna direita que batia no pé da mesa e acabou causando o barulho que me entregou, já que remexia tudo em cima.

— Não tive tempo para perder indo preparar algum lanche. Preciso entregar isso aqui pronto amanhã.

— Vai se sair bem, relaxa. — Disse de forma calma, e eu acabei me acalmando também pela tranquilidade que ele parecia transmitir.

Encostei minhas costas na cadeira finalmente relaxando meus músculos, e dando um suspiro longo tentando tirar a tensão que eu sentia. Minha audição parecia estar três vezes mais aguçada, e o barulho dos carros passando pela minha rua movimentada me irritava e tirava minha concentração, e talvez isso seja o motivo para que eu tenha demorado mais que o necessário com esse trabalho. Eu não costumo me distrair fácil, mas só de saber que dessa vez eu definitivamente não podia prestar atenção em nada que não fosse o trabalho, meu cérebro me sabotava e eu conseguia ouvir com uma facilidade gritante cada pequena coisa que acontecia do lado de fora. Eu prestava atenção em tudo, mesmo que não quisesse.

— Isso é música clássica? — Perguntei quando ouvi um som diferente vir da chamada.

—  É... — Deu uma pausa, parecendo ajustar algo. —  Eu ouvi dizer que é bom para se concentrar…

— E funciona mesmo?

—  Não sei, nunca escutei, mas vamos descobrir agora. — Soltou um riso baixinho me fazendo sorrir. —  Eu fico com você até terminar o trabalho.

— Sabe, às vezes, só às vezes… Eu gosto de te ter como amigo. — Disse de forma divertida.

— Oh, só as vezes? Me sinto em uma amizade unilateral agora, porque estou sempre gostando de ter você, Lins.

No final, a música realmente me ajudou na concentração, e eu não sei em que momento exatamente aconteceu, mas JK dormiu na chamada. Nem mesmo meu grito de alegria quando terminei o trabalho fez com que ele acordasse, então tive que desligar deixando uma mensagem de boa noite no chat. Depois de juntar toda minha bagunça de papel, lixo, e livros pelo quarto, me deitei na minha cama sentindo ela mais macia do que nunca, e não demorou nem um minuto para que eu estivesse totalmente apagada.

_________________


— Isso é sério?

— Sinto muito, senhorita Lins, mas agora só aceitarei depois das dez.

— E onde você vai estar depois das dez?

—Me procure no prédio de administração, vou estar por lá.

— O quê?? Isso é do outro lado do Campus! 

— Sim, é sim. — O homem de blusa xadrez enfiada por dentro da calça com um cinto exageradamente apertado e óculos quadrados no rosto, deu um sorriso debochado para mim como se estivesse satisfeito demais com minha desgraça.

— Você só pode estar brincando… — Estava desacreditada da palhaçada que ouvia.

— Nos vemos lá, senhorita. — Deu dois tapinhas em meu ombro e passou por mim andando com o peito estufado e bunda arrebitada, achando realmente que estava com uma boa postura, rindo diabólico para fora da sala. Talvez diabólico apenas na minha cabeça, mas estava rindo.

Ah, como eu odeio o Sr Wilson.

Depois de acordar 20 minutos depois do horário que eu costumava, eu devia imaginar que não ia conseguir chegar a tempo no Campus para a primeira aula, essa que infelizmente era do professor que eu tinha passado o dia anterior inteiro fazendo trabalho. Sr Wilson tinha uma "rixa" professor/aluno comigo desde que corrigi uma conta errada que ele tinha feito no meio da sala, e seu sorriso torto e tique nervoso no olho esquerdo devia ter sido um sinal mais do que claro que ele iria me infernizar pelo resto do ano, mesmo que tenha me chamado no canto depois apenas para dizer que "admirava minha inteligência e coragem". Eu, de forma super ingênua e inocente, realmente acreditei nas suas palavras gentis e amigáveis, isso até perceber que não se passava de mera formalidade. No fundo ele queria me ver queimando no fogo do inferno, inferno que ele mesmo criaria para mim.

Dei um suspiro fundo e apertei as folhas que eu segurava abraçada do trabalho que imprimi antes de correr igual uma idiota até a sala, tentando controlar a raiva crescente dentro de mim. Sai da frente da porta e fui até meu lugar mordendo meus lábios em pura raiva, e me sentei na cadeira jogando de forma brusca as vinte páginas em cima da mesa. 

Eu quase nunca saia da parte leste do Campus porque aqui tinha tudo que uma estudante de Arquitetura precisava, e saber que agora eu teria que pegar um ônibus para chegar do outro lado apenas pelo esforço do meu professor em me infernizar, me deixava puta em um outro nível.

__________________________________

Pela segunda vez naquele dia, corria igual uma condenada para o ponto de ônibus temendo que o veículo amarelo fosse embora sem mim, quando ele era exatamente o que eu precisava. Não estava faltando muito para que eu gritasse um "para" bem agudo e ensurdecedor na esperança do motorista não acelerar e esperar a pobre universitária sedentária que se esforçava mais do que nunca para não desmaiar no meio do caminho apenas para entrar dentro dele. Para minha sorte, uma garota ruiva que estava passando pela catraca acabou me vendo, e depois de franzir o cenho fazendo uma careta pelo meu estado crítico, pediu para que o trabalhador de cabelos grisalhos esperasse por mim. 

Assim que entrei no ônibus quase morrendo de falta de ar, agradeci ao homem de meia idade, e depois de passar pela catraca, a garota que havia me ajudado e evitado minhas lágrimas de frustração m caso eu perdesse ele. Ela apenas assentiu com a cabeça fazendo a mesma careta de antes, de forma mais discreta dessa vez. Eu devia estar parecendo muito patética.

Me sentei no banco mais alto do ônibus que ficava perto da saída, podendo finalmente respirar direito para controlar minha respiração. Pensei em avisar JK sobre o que tinha acontecido para que ele pudesse odiar meu professor junto comigo, mas não estava em condições de mexer no celular, então decidi que iria fazer isso depois que chegasse no local.

O caminho foi mais curto do que eu imaginava, e não demorou muito para que eu estivesse em frente ao prédio de estatura média e janelas azuis. Não evitei revirar os olhos ao entrar no estabelecimento, e depois de ler a folha em um recipiente de plástico pregado ao lado do elevador indicando o que cada andar era, entrei nele apertando o botão que me levaria até o segundo andar.

Eu estava demasiadamente impaciente e puta. Apenas por pensar no tanto que teria que andar até o ponto de ônibus, junto com a possibilidade dele demorar a chegar até aqui, me deixava antecipadamente com preguiça. 

Achei que assim que chegasse no segundo andar já encontraria logo de cara o Sr Wilson com seu típico sorriso debochadoesperando por mim e pela minha cara de insatisfação, mas claro que não foi bem assim, afinal, por mais que pareça ter muita disposição para me infernizar, ainda assim tinha suas ocupações importantes. A recepcionista –ao meu ver, desnecessária– pediu para que eu esperasse em um dos banquinhos azuis até que a reunião dos professores acabasse, e eu achei ótimo que meu professor de física me fez vir justo no horário em que estaria ocupado apenas para me fazer esperar mais.

 Isso é o que chamam de amor mútuo.

Agradeci a mulher bem vestida dando um sorriso forçado, e peguei meu celular indo a passos cegos até o banco que ficava ao lado de uma porta branca com uma plaquinha metálica na frente. Entrando diretamente no site do Friendelly, mandei mensagem para JK enquanto me perguntava mentalmente se em todos os andares também teriam recepcionistas. Stanford tem dinheiro para dar e jogar no lixo...

Eu: Você não vai acreditar no que eu estou tendo que passar.

Eu: Meu professor me odeia em um nível que eu não achava ser capaz de odiar alguém.

Eu: E nossa, é tão recíproco.

Eu: Eu espero que caia um raio na cabeça dele.

Eu: Duas vezes

Eu: Ou três….

Eu: É, três é um bom número.

Suspirei, ouvindo um barulho exageradamente alto de notificação vir de alguém próximo de mim, e olhei para o lado dando de cara com Jeon Jungkook como uma estátua sentado a uma cadeira de distância de mim. Ele olhava para a frente com as bochechas vermelhas, parecendo envergonhado por algo, e só aí eu me lembrei que devia ser a famosa vergonha alheia pela garota da empada. Patético.

Eu: Meu dia acabou de melhorar.

Eu: Jeon Jungkook está bem do meu lado.

Eu: O otário da lanchonete.

Eu: Agora eu quero que um raio caia em mim.

Fechei os olhos tentando controlar minha respiração irritada, e encarei de novo o garoto alto de cabelos negros do meu lado. Eu estava realmente incomodada com o barulho que vinha do celular dele, esse que o mesmo segurava nas mãos apertando com força como se pudesse escapar a qualquer momento.

Com a fama e beleza que ele tem, é de se esperar que receba muitas mensagens, mas a falta de senso dele para perceber o quão incômodo é aquele som atiçava meu ódio. Babaca.

Eu: Jk…

Dei uma pausa quando ouvi o barulho de notificação do Jeon vir no exato momento que mandei a mensagem, e franzi o cenho. Meu cérebro pareceu começar a funcionar e meu coração parar com sua função.

Que merda é essa?

Eu: A

Eu: B

Eu: C

Eu: ksndksnsksk

Eu: ifjanskamskakaka

Eu: dknsjdskkss

O barulho vinha exatamente na frequência das minhas mensagens, e eu juro, achei que eu fosse desmaiar. Lentamente, olhei para Jeon Jungkook que fechava os olhos com força, fazendo com que minha teoria se tornasse mais concreta. Sem me importar com nada e nem com o fato de estar sendo totalmente invasiva, arranquei o celular das mãos do garotos e acendi a tela vendo a notificação do Friendelly, com o meu nome.




— 'Tá me zoando...






Notas Finais


Assim mesmo, só joguei a bomba na cara da protagonista e na de vocês.

Me desculpem os erros ou qualquer outra coisinha. Eu não tô muito bem, mas escrever Friendelly é minha maior forma de refúgio. Espero que seja a de vocês também. ❤



Beijo beijo @Galaxychild


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