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História Friends - Louis Tomlinson - 003. Isabela Turner


Escrita por: sunzjm

Capítulo 3 - 003. Isabela Turner


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 003. Isabela Turner

Fiquei com Jane durante mais um tempo e voltei para casa antes do almoço, rezando para que mamãe não me deixasse ir pra lugar nenhum. Infelizmente ela adorou o fato de eu sair um pouco de casa como uma adolescente normal e apenas pediu para que eu chegasse em casa antes das onze. 

Assim, passei o resto daquele dia dentro do quarto. Usei as redes sociais para encontrar o perfil de Isabela Turner, mas acabei não descobrindo nada. Sua privacidade estava protegida e apenas os seus amigos poderiam ver as suas postagens e fotos. 

Até mesmo o seu perfil não mostrava quase nada. Na foto, ela estava de costas e usava um chapéu com a bandeira dos Estados Unidos. Tudo o que eu podia ver eram as suas roupas e o seu corpo. Acabei desistindo de bisbilhotar a sua vida. 

Quando a noite chegou, Jane me mandou uma mensagem avisando que já estava se preparando. Rapidamente tomei um banho e me aprontei, escolhendo um vestido preto e bem simples. Eu já tinha ele há algum tempo e no fim eu sempre enrolava para comprar roupas novas. Me fitei no espelho e tentei ignorar o que o meu cérebro vivia dizendo sobre o meu corpo. Apenas passei um hidratante, pus a minha meia-calça habitual e busquei pelo meu tênis.

Louis nos apanharia e só o que eu tinha na cabeça era a experiência da nossa última festa juntos, que para mim não foi lá muito boa. Era o aniversário de um colega da nossa turma e, na época, eu tinha uns catorze anos, exatamente no mesmo ano em que conheci Christian Menson. Eu lembrava que, muitas vezes, alguém sempre buscava falar com Louis para conversar ou fazê-lo rir, e aquilo sempre me deixava irritada. 

Naquela noite, Jane estava deitada em seu quarto com uma gripe forte e insistiu para que eu fosse e contasse tudo o que havia acontecido no dia seguinte. Louis conseguiu uma atenção que eu não estava acostumada a ver e o próprio aniversariante, que era o seu amigo, sequer se importou. 

Sempre que Louis me procurava para que ficássemos perto um do outro, alguém brotava de repente e estragava tudo, fazendo questão de me deixar de fora da conversa, me desprezando. No fim, eu acabei voltando para casa frustrada e triste, e eu me perguntava se aconteceria o mesmo de novo. 

Fiz uma maquiagem básica no rosto e deixei os meus cabelos livres sobre os meus ombros. Peguei no meu celular e me assustei com as horas, porque eu já deveria estar lá embaixo esperando a minha carona. Rapidamente me perfumei, vesti um casaco grosso, joguei o celular dentro da bolsa e finalmente segui para a sala de estar.  

— Olha só — assobiou Claire, quando me viu descer a escada —, a borboleta enfim abriu as asas! — Ela sorriu pra mim e quase se engasgou com os biscoitos que comia. — Vai a algum lugar especial?

— Eu não sei dizer se é um lugar especial — confessei, sentando ao seu lado. — Na verdade, estou indo sem ser convidada.

— É mesmo?      

— Sim — dei de ombros, desinteressada —, e não foi ideia minha — acrescentei rapidamente, quando vi Claire franzindo o cenho —, foi ideia da Jane. Como eu estou? 

— Você está linda, é claro — disse ela, como se aquilo fosse muito óbvio. — O vestido ficou um tanto curto, não ficou? Mas seria algo que eu usaria na sua idade. Vocês, jovens, podem usar o que quiserem. 

Ela riu de si mesma, já que vivia fazendo piada sobre a sua própria idade. Claire era a nossa doméstica, mas era mais como se fosse da nossa família. E, pelo que me avisou, mamãe não estava em casa porque tinha ido ver o Sr. Roberts. Fiquei um tanto surpresa, na verdade, mas confiei que aquilo fosse dar certo.

Acabei me assustando quando alguém entrou em casa de repente, falando um monte de frases exclamativas. E não demorou para que esta mesma pessoa passasse correndo pela sala, a fim de subir a escada. 

— O que aconteceu com ela? — eu quis saber, enquanto levantava. Jane não era alguém que perdia a cabeça com qualquer coisa. Era preciso muita força de vontade para tirá-la do sério, e foi por isso que eu fiquei confusa.       

— Também é bom ver você, muito obrigado — Louis se aproximou de mim, me observando, e beijou o meu rosto, com um perfume que fazia eu reconhecê-lo a metros de distância. — Você está linda — ele sorriu pra mim, meio surpreso.

— Obrigada — dei de ombros e desviei o olhar, pois ainda estava chateada com ele por causa do que tinha falado sobre Christian.       

Louis cumprimentou Claire, se aproximando dela e dando um beijo no seu rosto, depois explicou que Jane tinha rasgado a roupa. Logo entendemos o porquê da histeria, então, depois de ouvir Jane me gritando pela milésima vez, corri em direção ao meu quarto.

— Hoje não parece ser o meu dia — ela tinha comentado, mas eu acabei rindo, enquanto tentava costurar o mais rápido possível um rasgo bem do lado da sua coxa. 

Continuei concentrada na costura e ouvi alguém entrando no quarto. Olhei para trás e me deparei com um Louis distraído, sorrindo para alguma coisa que via no celular.       

— Ai! — Jane e eu gritamos ao mesmo tempo, assustadas. Eu tinha furado o meu dedo e a sua coxa, tudo junto e sem querer. Me desculpei e depois de alguns minutos terminei o meu trabalho. — Será que vão perceber? — perguntou ela, dando algumas voltas para que olhássemos. 

Jane usava uma blusa curta de mangas longas que fazia par com a sua saia. A roupa tinha a estampa Chevron e variava em tons de vermelho, amarelo e roxo. Jan estava de cabelos soltos e também usava meia-calça, à mercê do frio daquele mês. Ela, como sempre, estava linda.      

— Acha mesmo que vão perceber a costura branca? — perguntou Louis, e eu logo o repreendi. A costura era branca porque eu não consegui encontrar uma linha da mesma cor que a saia da Jan. 

— Ah, droga! — reclamou ela, tentando arrumar a roupa. — Como poderia ter acontecido logo hoje? Como poderia? Como... 

— Você não ajudou em nada — dei um tapa no braço dele, que apenas riu da situação. — E não tem a menor graça, Louis. 

— Ninguém vai perceber — Louis tentou confortá-la, de uma maneira masculina. — Você está ótima.        

Jane então respirou fundo e ignorou a costura da saia, para depois sair do quarto, toda emburrada e ainda reclamando sobre aquele não ser o seu dia de sorte.   

— Você é bom quando quer que alguém mude de opinião, né? — comentei, evitando uma risada. — Isso é golpe baixo.  

— Sou, mas é uma pena que não dê certo com todo mundo — acusou, já me deixando desconfortável. — Vem, vamos aproveitar que a Taylor na minha frente está disposta a ir a uma festa — continuou Louis, tentando descontrair. 

[…]  

— Quem é Isabela Turner? — eu havia perguntado, assim que entramos no carro dele. Rapidamente percebi o pequeno incômodo dentro do veículo, mas Louis logo deu a partida e pareceu voltar ao normal.  

— Ela era uma amiga desde que eu me lembro. — Observei o seu tom e o seu rosto. Louis parecia sincero com as palavras, mas eu me alarmei, porque Isabela era mais do que uma conhecida. Ela era uma amiga de infância. — Já faz tempo. 

— Eu nunca ouvi você falando dela — comentei, cruzando os braços. No começo, quando Jane falou sobre Isabela Turner, eu pensei que ela era só mais uma garota com quem Louis havia ficado. Nada de mais, porque era só mais uma. Mas ela parecia ter sido mais do que aquilo.  

 Não era relevante contar.       

— Ótima amiga de infância — ironizei, depois bufei ao imaginar os dois bem pequenos e amiguinhos. 

— Ela foi embora e então paramos de nos falar — contou ele, impassível. — Foi algo que me deixou muito mal naquela época, mas depois eu esqueci.  

— Ah — aos poucos eu ia criando um ranço da tal Isabela —, ela era muito importante, então. 

— Era a única com quem eu podia contar. 

Antes de conhecer Peterson, Louis era uma espécie de Taylor Hampton masculina ao nível cem, devido ao seu jeito de ser. Ele não tinha amigos e era antissocial, alguém que geralmente as pessoas não toleravam. Só que ele acabou mudando e falava com praticamente todos da escola. As pessoas queriam estar perto dele, queriam ser as suas amigas, queriam estar no meu lugar e no lugar da Jane. 

— Por que ela foi embora? — perguntou Jan, também interessada no assunto. — Aconteceu alguma coisa com a família dela? 

— Eles tinham parentes nos Estados Unidos e queriam expandir as suas carreiras — respondeu Louis, depois de parar em um sinal vermelho —, então acharam melhor se mudar.

Louis parecia normal, como se falasse sobre futebol. Eu não via vestígio nenhum de infelicidade, remorso ou qualquer outra coisa.       

— Ela não manteve contato com você? — Jane quis saber, e provavelmente nem estava vendo nada de mais em toda aquela situação. A sua autoconfiança era maior do que qualquer coisa. Eu, no entanto, ficava insegura só de pensar na possibilidade de Louis e Isabela voltarem com a sua amizade de antes.     

— Apenas por alguns dias depois que ela foi embora, porque telefonemas e mensagens não eram o bastante. Acabou ficando chato e ficamos sem assunto. Estávamos mais ocupados com as nossas próprias vidas. 

— Só que isso não importa mais, não é? — eu me intrometi, acabando com aquela conversa. — Você está bem melhor agora. 

Ele me olhou e então deu um pequeno sorriso, depois de assentir. Assim, após mais alguns quilômetros conversando, chegamos a uma rua desconhecida para mim, em um bairro ao sul de Greenwich. Havia vários carros por ali, de tamanhos e cores variadas. Ao longe, percebi uma casa bem iluminada do lado esquerdo da rua.

Resolvi deixar a bolsa com o celular dentro do porta-luvas e acompanhei os passos da Jane, que não tirava os olhos da grande casa iluminada. O bairro também era nobre, portanto todas as casas ali se assemelhavam, com os seus grandes terraços e varandas. 

A grama recém-cortada da casa de Isabela Turner estava acompanhada de alguns jovens alegres, que seguravam copos vermelhos e conversavam como se não houvesse um amanhã. A música não estava tão alta do lado de fora, mas deduzi que lá dentro as pessoas se comunicavam através de gritos. 

Não demorou para que o arrependimento enchesse o meu saco novamente, principalmente depois que percebi, próximo das árvores, um casal se pegando, sem se importar com quem estivesse espiando. Dei uma olhada para Jane, mas ela parecia muito satisfeita, balançando a cabeça no ritmo da música. 

Acompanhei os passos do Louis, que avançava mais a frente, e então segurei no cós da sua calça. Lá dentro o som era mais alto, como eu já esperava, e rapidamente colocamos os nossos casacos no cabideiro.

Agarrei o cós da calça do Louis mais uma vez, com medo de que o perdesse de vista no meio de todas aquelas pessoas, e depois passamos a segui-lo, sem saber para onde estávamos indo. 

— Ei, Tomlinson! — ouvi alguém exclamando e, antes mesmo que eu processasse o que estava acontecendo, avistei uma garota grudando no Louis como um carrapato e toda animada. 

Tirei o dedo do cós de sua calça e segurei o braço da Jane, que, assim como eu, observava toda aquela cena, com um ponto de interrogação plantado em sua testa.  

— Acho que ela não é louca o suficiente para... — Antes que Jane terminasse de falar, a garota, que eu deduzi ser a tal Isabela, puxou Louis para longe. — Mas que atrevida!... 

— Eu sabia que seria uma péssima ideia — resmunguei, procurando com os olhos algum lugar que pudéssemos ir. — Mal cheguei e alguém já conseguiu me tirar do sério... 

— Olha só aquele cara — Jane me impediu de continuar e apontou para próximo da escada. Era um DJ, que aparentava ter bem mais idade do que nós duas. Ele era atraente, mas eu não estava com cabeça para paixonites súbitas. 

— Não começa — e então voltei a puxá-la para a cozinha. Depois de alguns passos me esquivando de mãos voadoras, avistei um balcão largo. Atrás dele, havia um homem forte e de pele negra que estava ali entregando bebidas. Ele tinha um sorriso contagiante e eu rapidamente me aproximei. 

Obviamente, a minha intenção ali era somente sentar e esperar que Jane enjoasse do lugar. Porém, ela viu onde estávamos e se aproveitou daquilo. Rapidamente pôs um sorriso enorme no rosto e pediu dois copos de bebida ao homem sorridente.

— O quê? — me assustei e depois lancei um olhar de repreensão a ela. — Você ficou louca? Somos menores de idade, não temos permissão. Eu sequer tenho uma identidade falsa, droga!...  — Mas Jane apenas se mexia ao som da música, morrendo de preocupação com todas as minhas acusações. — Jane Collin! 

— Acalme-se — cochichou ela, segurando o meu braço. — Ele nem perguntou a minha idade, então significa que a bebida está liberada para quem tiver vontade. 

Aquele mesmo homem sorridente se aproximou e entregou para Jane dois copos vermelhos, depois se afastou para atender duas garotas, que discutiam como nós duas.  

— Mas… 

— Todos estão bebendo e não se importam com isso — continuou Jane, como se realmente tivesse razão ali. — E, aliás, nós temos dezessete anos, somos quase adultas. É domingo, Taylor, tenta esquecer o mundo e pega logo isso. — Ela me empurrou o copo com a bebida azul.  

— Eu… 

— Viemos para nos divertir. 

Ela tomou um gole e ficou me incentivando. Pensei umas cinco vezes e depois dei um tapa na minha própria testa, porque no fundo eu queria fazer aquilo. Por isso, quando dei por mim, já havia colocado todo aquele líquido pra dentro, de uma vez só.



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