- Lucas - chamei-o entre beijos - Chris está me esperando.
- Anjo - resmungou, passeando as mãos por todo meu corpo. Seus olhos estavam atentos aos meus, esperando alguma reação da minha parte. Mas não obteve.
- Eu preciso ir - falei e empurrei-o. Ajeitei meu vestido e meus cabelos. Lucas me olhou, pela última vez, passando por mim e indo até a cozinha. Ele me parecia chateado(?)
Toda cena que havia, de fato, acontecido no corredor havia me deixado completamente confusa. A vontade que eu tinha era de ficar ao seu lado o tempo todo, sentindo seu cheiro amadeirado para sempre. Eu queria deitar em seu peito, em cima de sua camisa ridícula, ouvindo os batimentos do seu coração. Ao invés de diminuir a vontade que tinha, ela simplesmente aumentava, e o pior de tudo isso é que eu não conseguia conter.
Ter aceitado toda essa loucura fez com que tudo ficasse confuso, mais do que já estava, contudo a última coisa que eu queria era parar. Por mais confusa que eu ficasse, beijar o Lucas todos os dias me trazia a calmaria, a sensação de conforto que eu tanto desejava.
- Está tudo bem, Lili? - perguntou Maia enquanto tentava atravessar a pista.
- Por que não estaria? - perguntei soltando um meio sorriso. Voltei a caminhar entre as pessoas, devo ressaltar que totalmente suadas e acabei encontrando Chris com um copo de bebida em mãos.
- Chris! - exclamei ao encontrá-lo sozinho, em frente ao pequeno bar e sentei-me no banco ao seu lado.
- Olá, Lili - respondeu embolando em suas próprias palavras - Você demorou - gargalhou descontroladamente de sua piada totalmente sem graça. Ele está, definitivamente e completamente, bêbado. Decidi ajudá-lo. Não só pela culpa que me corroia por deixá-lo só, por que, além disso, Chris havia me ajudado milhares de vezes e eu sou grata por todas elas.
- Vamos para casa? – perguntei.
- Mas já? – segurou-se firme no banco para que não caísse e eu aproveitei o descuido para tomar o copo de suas mãos – Ei! Devolve-me o meu amorzinho e volta com o Lucas – resmungou e tentou puxar o copo das minhas mãos.
- Meu amorzinho, Chris? – perguntei e gargalhei do apelido que ele havia dado ao seu copo de bebida e levantei-me do banco, procurando o Lucas por todo o canto para que fossemos para casa e encontrei-o em meio à pista de dança beijando alguma garota qualquer. E, por mais que eu já houvesse presenciado essa cena milhares de vezes, nunca deixava de doer. Cada vez era uma facada diferente e uma mais dolorosa que a outra. Bufei e o puxei agressivamente para que ficasse em minha frente.
- Chris está completamente bêbado – falei quando eu tive a certeza de que seus olhos estariam virados para mim e não para os peitos da menina ao seu lado.
- E? – perguntou indiferente.
- E eu preciso que você me ajuda a levá-lo em casa – revirei os olhos impaciente e o puxei quando percebi que ele não queria ir.
- Eu não tenho obrigação de levá-lo em casa – respondeu totalmente emburrado, talvez por eu tê-lo tirando do lado da loira peituda ou por ser um cara totalmente infantil ainda.
- Claro que não – soltei um sorriso cínico e continuei – Ele também não teve a obrigação de te levar em casa nenhuma das vezes em que você ficou bêbado, mas mesmo assim ele o fez – terminei, parando em frente ao Chris. Ele havia deixado vômito por quase todo chão em sua volta.
- Está tudo bem? – perguntei, tentando não sentir aquele cheiro horrível de vômito.
- Estaria se você não tivesse tomado o meu amorzinho – resmungou e esfregou suas mãos nos olhos – Mas agora só vejo tudo girando e girando. Pode me levar para casa?
- Só espero que você não vomite em meu carro. Se não adeus bolas – advertiu Lucas e caminhamos até seu carro e ajudei-o a colocar Chris que não parava de resmungar em seu carro.
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