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História Friends - A brand new family


Escrita por: Snow_Evans

Notas do Autor


Hey hey não pulem as notas finais! Aproveitem o capítulo e beijos pra quem nn lê as notas!

Capítulo 18 - A brand new family


Mamãe cautelosamente caminha até os arbustos, e cuidadosamente afasta os galhos mais grossos, para só então revelar uma menininha de no máximo 4 anos de idade, toda maltrapilha e totalmente apavorada. Minha mãe estende a mão com cuidado e a menina se encolhe com medo, ainda mais cautelosa diante da resposta amedrontada da menina mais nova.


- Olá querida, meu nome é Lily. – Ela fala suavemente com um sorriso, entendendo o que ela desejava fazer, eu e papai nos aproximamos e abaixamos ao lado de mamãe, eu em seu lado esquerdo e papai no direito. – Esse é meu marido James e este meu filho Harry. – Ela conta colocando a mão sobre nosso ombro ao falar, sempre sorrindo e falando docemente. – Qual é o seu nome querida? 


A pequena menina, pareceu alarmada com a pergunta e percebendo isso meu pai a olha cauteloso e com compaixão. 


- Não se preocupe, somos amigos, apenas queremos te ajudar. – Ele fala se levantando lentamente e estendendo a mão para minha mãe, enquanto eu olhava para a menina assustada, que nos encarava como se fossemos as pessoas mais estranhas que ela já viu.


- Ei, você deve estar com fome e está muito frio aqui fora. – Falo puxando conversa com a criança que assente freneticamente, embolando o cabelo em um galho. – Vem comigo então, nos vamos ajudar você. – Falo enquanto desenroscava o cabelo dela do galho e a ajudava sair de trás do arbusto.


- Obrigada. – Ela sussurra quando eu a retiro do arbusto, revelando seu corpinho magro o rostinho de boneca sujo e aflito, ela usava uma calça de moletom rasgada e suja que parecia muito fina, uma blusa lilás de manga comprida que parecia já ter visto dias melhores, um fino casaco azul e sandálias de dedo que um dia foram brancas, mas estava cinza e desgastada e seu cabelo castanho estava totalmente bagunçado e cheio de folhas e pequenos galhos. Estendo a mão para a guiar e ela aceita mesmo que receosa, mamãe e papai estavam na sala, olharam para mim surpresos quando me viram entrar com ela que me seguia timidamente.


- Sua casa é muito glande. – Ela exclama com a voz fofa, trocando o r pelo l, ela estava admirando a casa com ar impressionado, enquanto meus pais se seguravam para não rir.


- Sim, ela é muito grande querida. – Mamãe concorda suavemente, me aproximo deles com um sorriso para minha mãe, enquanto a pequenina vinha caminhando timidamente, olhando curiosa para a grande mansão. – Você parece estar com fome, o que quer comer? – Pergunta minha mãe se encaminhando para a cozinha, meu pai a seguia de perto parecendo preocupado, porém não tão aflito quanto no Hospital. 


Sigo os dois, puxando suavemente sua mão fina, gelada e áspera como as de uma pessoa que já trabalhou muito, não de uma criança de no máximo quatro anos, que fazia um grande contraste com minhas mãos calejadas de violão, porém macias, quentes e suaves. Entramos na cozinha onde mamãe já estava ao pé do fogão colocando a leiteira vazia no fogo aceso, antes de pegar o leite, o chocolate e a colher, papai pegava alguns bolinhos e biscoitos, mesmo que mamãe pedisse a ele para fazer torradas. 


- Precisa de ajuda mãe? – Pergunto após colocar a menina suja e maltrapilha em um banco alto que ficava perto do balcão, a ruiva se vira para mim com um sorriso grande e eu a encaro temeroso.


- Sim, faça chocolate quente para nós e vigie a menininha, eu preciso encontrar alguma roupa para ela. – Ela fala me empurrando gentilmente na direção do fogão, sorrindo para minha mãe, vigio o fogão e a pequena morena de olhos verdes, enquanto adicionava o chocolate em pó na quantidade certa e o mexia com cuidado me viro para a pequenina que me observava com curiosidade. – Então quantos anos você tem?


- Eu tenho quatro anos. – Ela responde com sua voz meiga de criança com uma careta orgulhosa ao falar a idade. – E você? – Pergunta timidamente, sorrindo para sua timidez delicada, imagino como seria legal ter uma irmãzinha.


- Eu tenho dezesseis anos. – Falo sorrindo amigavelmente para ela que retribui com um pequeno sorriso tímido, desligo o fogo e coloco a leiteira em cima da mesa, para o leite poder esfriar, retiro a pequena do banco alto e a coloco no chão. 


- Harry. – Chama meu pai que fazia torradas com uma expressão de pura concentração, como se fosse a coisa mais difícil do mundo - o que talvez fosse para ele - o encaro interrogativamente e faço um gesto para que ele possa prosseguir. – Leva ela para tomar um banho, tenho certeza que ela deve estar com frio e banho quente sempre ajuda. 


Concordo rapidamente e estendo minha mão para ela a guiando para o segundo andar, bato na porta do quarto de meus pais, onde presumi que mamãe estava e escuto um fraco "entre". 


- Mãe eu vou dar um banho nela lá no meu banheiro, você leva a roupa pra lá, tá? – Peço ainda da porta com uma menina que olhava timidamente para os lados e mordia as bochechas ansiosamente.


- Claro querido, assim que eu achar as roupas eu levo. – Ela responde gentilmente sem ao menos tirar a cabeça de dentro do closet enorme que ficava em seu quarto.


- Então, qual é o seu nome? – Pergunto para a pequena princesa que eu conduzia para meu quarto. Ela entra no meu quarto silenciosamente, mas sua boca forma um O perfeito quando se depara com a minha televisão em meu quarto. Que ainda estava ligada no filme que eu e meus pais vimos, bem no caso eles viram, eu dormi mais da metade do filme.


- Seu quarto é muuuito legal, e muito, muito glande, você dorme aqui sozinho? – Pergunta ela animada com os olhinhos brilhando de emoção, antes de perceber que estava tagarelando e começar a morder suas bochechas e me olhar com medo. 


- Sim ele é bem grandão, e era mais divertido quando eu era menor, tinha uma cama com escorrega e tudo! Você quer tomar banho? – Exclamo fingindo não notar sua careta de medo, ela me olha impressionada e me dá a mão voluntariamente e aperta ela com um sorriso tímido e assente, a guio até o banheiro onde ela olha animada para a grande banheira do quarto.


- Sophie. – Ela sussurra baixinho, olho para ela intrigado ainda da porta, enquanto a observava tirar a roupa suja de terra e poeira, ela fica só em suas calcinhas amarelas e eu me obrigo a segurar o riso, quando percebo que suas bochechas estavam vermelhas de vergonha. – Meu nome é Sophie. – Ela fala um pouco mais alto dessa vez com sua voz meiga ressoando pelo piso do banheiro.


- É um nome muito bonito, nome de uma princesa. – Falo com um sorriso encantador e ela ruboriza ainda mais e levanta o braço para tentar desamarrar o cabelo embaraçado. Finalmente me desencosto do batente da porta e caminho até ela me agachando para poder me concentrar nas suas madeixas acastanhadas, estava impossivelmente embaraçado e extremamente necessitado de cuidados, mas mesmo assim eu consegui soltar o rabo de cavalo confuso que ela usava. Ela olhava desejosa para minha banheira e céus eu realmente queria deixá-la tomar banho na banheira, mas primeiro ela teria que tira um pouco da sujeira no chuveiro. 


- Você quer tomar banho de banheira Sophie? – Pergunto com carinho a menina que olhava desejosa para a banheira. Ela assente rapidamente, me olhando curiosa, com um sorriso fraternal para a pequena Sophie, ligo a banheira na água quente e espero encher para adicionar alguns sabonetes cheirosos que faziam bolhas encantadoras na cor amarela. Me viro para a morena que me olhava curiosa e puxo sua mãozinha. – Olha primeiro você precisa tirar a sujeira ali no chuveiro e quando acabar você pode entrar na banheira, tá legal?


- Tá legal! – Exclama ela entusiasmada com a ideia de tomar um banho de banheira, observo ela tirar a calcinha amarela com cuidado e entrar no chuveiro que eu mostrei, deliciada com a água quente que saia. 


- O que você acha de lavar o cabelo? – Pergunto um pouco cético, sem saber se poderia deixá-la lavar a cabeça as 3:45 da manhã de um domingo de inverno. Ela me olha encantada, como se aquela fosse a pergunta mais lisonjeira que eu poderia ter feito. 


- Eu posso mesmo lavar meu cabelos? – Ela pergunta soando assombrada como se ninguém nunca tivesse permitido que ela lavasse os cabelos ou pelo menos nunca da maneira adequada, seus cabelos já estavam molhados, portanto eu não entendia o por quê da dúvida. Curioso a observo pegar com o máximo de cuidado possível o sabonete que ficava na prateleira baixa e fazer um gesto para passá-lo no cabelo. 


- Não assim sua bobinha. – Falo encolhendo a manga da blusa e pegando gentilmente o sabonete de sua mão, ela me encara completamente confusa quase á beira de lágrimas. 


- Mas você falou que sim. – Ela fala soando incrivelmente triste para uma criança de tão pouca idade, lágrimas se formavam em seus lindos olhinhos verdes e um biquinho se fazia. 


- Ei, não chora Sophie, eu disse que você pode lavar a cabeça, só que não com o sabonete, é para usar o meu shampoo. – Explico pegando o frasco verde com cheiro de maçã do amor e entregando a menina que tinha os olhos arregalados, me olhando como se eu tivesse 3 cabeças e um rabo peludo.


- O seu shampoo? Por que você tá sendo legal? - Ela pergunta tentando parecer corajosa, mas seus olhos declaravam medo e confusão. 


- Porque eu gostei de você. - Explico o mais simples possível, estendendo minha mão para colocar shampoo em seu cabelo, mas mudo de ideia no segundo seguinte. - Posso lavar o seu cabelo? - Pergunto já colocando shampoo na minha mão, ela confirma rapidamente e eu me aproximo com cuidado e começo a lavar seus cabelos gentilmente. 


- Eu gosto de você também Hawwi. - Ela responde errando meu nome, sorrindo com sua ingenuidade infantil, a ajudo enxaguar os cabelos e acabo por não escutar os passos suaves da minha mãe, até a mesma bater levemente na porta. 


- Harry querido o chocolate vai esfriar tente não demorar muito ai com a pequena. - Ela fala gentil colocando as roupas em cima do vaso sanitário. Olho para Sophie que olhava para as roupas com os olhos arregalados, e me aproximo dela com uma toalha rosa felpuda de minha mãe e a abro esperando a pequena princesa se enxaguar.


Ela se enrola na toalha rapidamente, arrancando risos meus e de mamãe que ainda nos olhava da porta, corando levemente ela se volta para nós com os olhos verdes brilhando em direção do pijama azul claro de dinossauros que um dia já foi meu.


- Pla que são eles? - Ela pergunta apontando para o pijama.


- São para você, estão um pouco velhos e com cheiro de guardado e são de meninos, mas eu não tenho nada além disso que seja do seu tamanho. - Mamãe responde olhando um pouco nervosa para Sophie.


- Eles são lindos, eu nunca tive um assim. - A pequena menina fala admirada, antes de se  virar para mim parecendo confusa e irritada. - Você disse que eu podia toma banho de banheila! 


- Eu sei, desculpa, mas não dá agora, porque o chocolate vai esfriar se não descermos logo. - Respondo com uma pontada de culpa ao ver seus olhos lacrimejarem. 


- Tá beeem. - Ela responde soando frustada, olho para mamãe que sorria abertamente. Ela veste o pijama rapidamente com ajuda minha e de minha mãe e penteamos seu longo cabelo. 


- Onde você mora, minha flor ? - Pergunta mamãe que estava de mão dada com a Sophie, no intuito de guiá-la comigo em seus calcanhares. Ela dá de ombros desajeitada e cora fortemente.


- Eu molava com meu tio e minha tia e meus plimos. - Ela responde com a voz cansada, parando um bocejo, olho para meu relógio de pulso e com surpresa percebo que são 3:30 da manhã.


- E por que você deixou a casa deles? - Pergunto confuso, quer dizer ela morava com os tios, beleza que não deve ser igual a morar com os pais, mas não precisa fugir, certo? 


- Minha tia me levou plo olfanato. - Ela conta triste, e com um olhar para minha mãe e para mim ela continua. - Eles não gostava de mim, e me batiam muitão, e lá no olnafato as clianças elam malvadas comigo. 


- O que aconteceu com seus pais? - Pergunta mamãe passando a mão pelos seus cabelos castanhos meio avermelhados. Ela faz uma careta pensativa que eu não poderia definir em nada além de meiga. 


- Eu num sei, eu semple molei com a tia Laís e o tio Beto, eles disselam que meus papais me deixalam lá e nunca mais voltalam. - Ela explica com um pouco de confusão se atrapalhando com algumas palavras de um jeito . 


— Entendi, então você está com fome?— Pergunta minha mãe soando extremamente desconfortável, mas com um sorriso bonito no rosto. E ela balança cabeça em negação, enquanto eu afirmava que sim, mesmo sabendo que ela não perguntava para mim. 


Chegamos na cozinha com a Sophie olhando para tudo fascinada, seus pequenos olhos de cor verde tão semelhantes e diferentes dos meus. Eram de um verde mais escuro, mas não como os da Mel, e tinham uma cor levemente acastanhada nas bordas. Seu cabelo agora olhando com atenção não era castanho como eu pensei, mas sim castanho avermelhado, parecendo uma mistura entre o cabelo castanho escuro do meu pai e o vermelho de minha mãe, deixando seu cabelo com uma cor meio mel com um toque vermelho.


— James, eu não acredito que você queimou a torrada! - Grita mamãe olhando abismada para meu pai que encolhe os ombros desajeitado.


— Ah Lily, é muito difícil fazer, esse troço é muito complicado de mexer, acho que tá quebrado. - Ele responde infantilmente apontando para a torradeira que parecia bem normal para mim.


— James Potter, isso é a coisa mais simples que tem, você coloca o pão, aperta a droga do botão azul e espera a luz vermelha ficar verde e depois você tira o pão que vai estar perfeitamente torrado e dourado, não quase preto! - Ela explica colocando a Sophie que estava quieta olhando para eles com os olhos arregalados como pires, acompanhando sua discussão como quem acompanha uma partida de ping pong. 


Papai se aproxima de minha mãe com cara de cervo sem dono e a abraça com um sorriso pateta no rosto, e ela suspira derrotada e se deixa ser abraçada. Sophie os olhava impressionada, com uma expressão confusa, enquanto eu me dirigia lentamente onde estava o pote de biscoitos caseiros. Passando despercebido por ele, estendo a mão para pegar os biscoitos amanteigados que fora feito durante a noite anterior por Ruth. 


- Harry James, tire suas mãos do pote de biscoitos nesse instante! - Bronqueia a ruiva mais velha se aproximando de mim com passos duros com os olhos brilhando. - Você sabe que não são para comer hoje querido. - Ela fala suave passando as mãos por meus ombros me guiando para a mesa pequena de madeira na cozinha, onde fazíamos a maioria de nossas refeições, mesmo que Ruth e Carly reclamassem sobre isso, afinal nós tínhamos uma mesa de jantar enorme e comiamos na pequena mesa de madeira.


Papai conversava com a morena gentilmente enquanto a servia de chocolate quente e bolinhos. Ela nos olhava com admiração e receio, sorrindo para a nossa pequena convidada eu e mamãe nos sentamos na mesa, nos servindo de chocolate quente e biscoitos.


— Então boneca, você não nos disse o seu nome. – Ele comenta sorrindo e ela cora meigamente com a cabeça baixa.


— Meu nome é Sophie, qual é o seu nome? – Pergunta ela nos olhando com curiosidade, a olho confuso e percebo que ela não estava prestando atenção quando nos apresentamos da primeira vez.


— Eu sou James Potter, pode me chamar de Tio James. – Ele responde sorrindo e cutuca levemente mamãe que também sorri gentil.


— Meu nome é Lily Potter, mas você pode me chamar de Tia Lily. – Mamãe fala suave passando mais biscoitos para ela. 


Comemos em silêncio, sem saber como abordar uma menina abandonada por seus pais, que foi negligênciada por seus tios e maltratada por seus colegas do orfanato. Quando acabamos de comer mamãe pega os copos da mesa e os coloca na pia, antes de se virar para mim.


— Harry você está quase dormindo em cima da mesa, vai escovar o dente, que nós já subimos. – Ela fala apontando para as escadas, saio da mesa e subo a escada de dois em dois degraus e rapidamente faço minha higiene noturna, antes de tirar a roupa que estava e colocar um pijama quente.  Mal cinco minutos se passaram e meus pais junto com uma Sophie sonolenta entram no meu quarto. 


— Sophie você prefere dormir com o Harry ou sozinha? – Pergunta papai se sentando na minha cama e arrumando as cobertas sobre mim. Ela olha para mim com confusão estampada em seus olhos e se senta na cama, quando vê meus pais sentados do meu lado.


— Eu posso dormir com você, Hawwy? – Ela pergunta esperançosa, concordo com um sorriso gentil e abro os braços mostrando e surpreendentemente ela se joga em mim me abraçando com força.  — Obligada Hawwy. 


— Não foi nada Sophie. –Respondo a colocando ao meu lado da cama, meus pais que sorriam divertido pela cena, se levantam da cama e ajeitam os lençóis em nossa volta. 


— Hora de dormir vocês dois. – Meu pai fala divertido se abaixando para dar um beijo em minha testa. — Boa noite filho.


— Boa noite pai. – Respondo sonolento me acomodando nas cobertas. 


— Boa noite pequena. – Meu pai fala suavemente para Sophie, dando um beijo em sua testa, do mesmo modo que ele fizera comigo.


— Boa Noite Tio James. – Ela responde o beijando na bochecha. Céus ela era surpreendente, mesmo depois de ser negligenciada por seus tios, ainda era um doce de menina.


— Boa noite querida. – Fala mamãe a abraçando e dando um beijo em sua bochecha. 


— Boa noite Tia Lily. – Responde Sophie com um sorriso e a voz sonolenta.


— Boa noite bebê. - Mamãe fala mexendo no meu cabelo e beijando minha testa e bochecha.


- Boa noite mamãe. – Respondo soando um pouco gripado, ela franze o cenho confusa e checa minha temperatura. 


— Harry, se você sentir alguma coisa me chama, certo? – Ela pede parecendo preocupada, concordo com um aceno de cabeça, apenas querendo mergulhar na escuridão do sono.


Uma voz ao fundo me chamava suavemente, me balançando com cuidado, tentando me acordar, porém eu não conseguia meu corpo parecia ser feito de chumbo e meus olhos não abririam nem por cem mil libras. Uma mão gelada encosta em minha testa e eu me encolho em meus cobertores e rolo para o lado apenas para descobrir que já tinha alguém ali. 


Paro de me mexer ao sentir meu estômago revirar grosseiramente, e o gosto de vômito vir a minha boca. Abro meus olhos em um rompante e corro para o banheiro, me ajoelhando rapidamente de frente ao vaso sanitário e despejo todo meu jantar ali. Não sei quanto tempo fiquei vomitando meu estômago, apenas sentia uma mão gentil passando por meus cabelos e acariciando minhas costas dizendo que tudo ficaria bem. Passos suaves são ouvidos, abro meus olhos e vejo Sophie e meu pai parados na porta do banheiro olhando para mim e mamãe ligeiramente confusos. 


— Hawwy 'cê tá bem? –Pergunta ela aflita entrando no banheiro sendo seguida de perto por meu pai. Confirmo com a cabeça, mas paro rapidamente ao sentir minha cabeça doer e meu estômago dar uma cambalhota.  Me viro para mamãe que usava um pijama verde jade de algodão, e me olhava preocupada. Apoio minha cabeça em seu peito aspirando seu perfume reconfortante.


— Mamãe eu não me sinto bem. – Reclamo com minha voz rouca sendo abafada pelo tecido do pijama.


— Você não parece muito bem, meu amor. – Ela fala docemente passando a mão por meu rosto. — Lave seu rosto e eu estarei te esperando ali fora. 


— Vamos Sophie, o Harry já vem. – Chama meu pai pegando a mão da menina que me olhava preocupada, e sai do banheiro sem meu pai. — Filho, o que você sente? – Ele pergunta preocupado, esperando pacientemente enquanto eu escovava meus dentes e lavava meu rosto, que parecia pegajoso de suor, como se eu tivesse corrido em uma maratona. 


— Meu estômago dói, minha cabeça está latejando e me sinto febril. – Respondo dando descarga no vaso sanitário e lavando minhas mãos novamente, quando acabo me enterro nos braços do meu pai, me sentindo fraco e carente. 


— Você certamente está doente, vamos sua mãe e Sophie estão nos esperando. – Ele fala me guiando para meu quarto, onde mamãe e Sophie arrumavam a minha cama.  A ruiva mais nova assim que me viu, correu e pulou em meus braços, totalmente surpreso com sua demonstração de afeto repentina demoro alguns instantes para a abraçá-la de volta. 


— Hawwy eu ajudei a tia Lil a assar biscoitinhos e o tio Jaime me deixou ver desenho por que eu fui uma menina boazinha e tomei o leite todo, vê comigo Hawwy? – Ela exclama animadamente pulando para cima e para baixo.  Concordo rindo de sua animação que me distraía do desconforto no estômago.  Ela corre para as escadas e mamãe passa rapidamente por mim ao perceber isso, e curioso vou atrás das duas ruivas. 


— Sophie não corra nas escadas! – Grita mamãe assustada com a visão da pequena criança ruiva que descia as escadas pulando de dois em dois. Sophie a olha temerosa e para no mesmo momento quase caindo da escada no processo, mamãe se apressa e vai até ela que estava chorando. — Oh minha querida não chora, já passou. – Ela acalma a Sophie e a pega no colo, descemos as escadas devagar não querendo ser vítimas da ira de Lily Potter.


— Você não tá zangada comigo titia Lil? – Pergunta a ruiva mais nova entre soluços. Olho para o relógio surpreso ao ver que já estava na hora do almoço e que meus pais estranhamente ainda usava pijamas.


— Não querida, apenas fiquei muita assustada quando você quase caiu. – Explica mamãe afagando seus cabelos, me deito no sofá ligando a televisão que não tão surpreendentemente estava no canal de desenhos e estava começando Thomas & Friends ( Thomas e seus Amigos) e a ruivinha logo se virou ao ouvir a música entrada do desenho.


—Posso ver Thomas & Friends, tio Jay? – Pergunta ela animada pulando no sofá, e se não fosse pelo rastro de lágrimas em seu, eu nunca saberia que ela estava chorando.


— Claro querida. – Ele responde passando a mão no cabelo dela, caminha lentamente em minha direção e levanta minha cabeça para se sentar, antes de me colocar em seu colo. Coisa que ele não fazia a muito tempo. — Então filho você quer comer alguma coisa? 


Assim que ele fez a pergunta eu quase disse sim, porque eu realmente estava faminto, mas ao pensar na comida me dava náuseas.  Vendo meu careta, ele riu de mim e passa a mão por meu rosto.  O domingo voa rapidamente entre uma série de risadas, dores de cabeça, cantigas infantis e comidas leves. Meus pais ainda não sabiam o que fazer com a menina e eu doente só piorava as coisas. 


Segunda feira chegou mórbida eu acordo me sentindo febril e com o estômago mil vezes melhor do que ontem. Sou acordado por um risadinha infantil vinda diretamente do canto direito de minha cama. Abro apenas um dos meus olhos e vejo uma criança ruiva mexendo no meu celular, me movo silenciosamente e pego o celular de sua mão, e vejo que ela estava mexendo no meu whatsapp e mandando imagens minhas dormindo para a Mel e a Ginny. 


— Ei! Você não pode fazer isso. – Reclamo alto ainda grogue tomando o celular dela e bloqueio a tela, escuto passos vindo rapidamente para meu quarto e em um rompante minha mãe entra em meu quarto usando suas roupas de frios pronta para ir trabalhar. 


— O que está acontecendo aqui, huh? – Ela pergunta com as sobrancelhas arqueadas, olhando para o relógio na cabeceira e disparando um olhar duvidoso para mim.


— O Hawwy titia, ele não deixa eu mexer no celula dele. – Ela reclama com um biquinho e mamãe me olha em advertência.


— Harry James  deixe a Sophie mexer no seu celular. – Ela pede pegando o aparelho de minha mãe e o entregando a Sophie que sorri feliz, sorrindo para a pequena que jogava no meu celular, mamãe contorna a cama e vem para meu lado passando a mão por meu rosto. — Você parece um pouco quente ainda querido, acho melhor não ir para a escola hoje. – Ela declara antes beijar nossos rostos e sair do quarto. 


Olho para Sophie que mexia no meu celular e aí eu sabia que tudo estava bem. A família Potter nunca mais estaria quebrada novamente. Nossa cura e esperança, morava nos olhos inocentes de Sophie. 




Notas Finais


Hey meus lindos como vcs estão? Sei que não faz tanto tempo que eu atualizou, na verdade foi semana passada e eu realmente não consegui me segurar, não sei quando vou postar novamente, espero que em breve. Bem me contem oq vcs acharam nos comentários, dê uma estrelinha. E bem obrigada a todos que comentaram e votaram na história. Lembram daquele grupo no whatsapp? Então quem quiser deixe seu número ai embaixo e assim vcs vão saber tudo um pouco antes dos que não participam e ver meus aesthetics que infelizmente nn consigo postar no Wattpad, mas quem tiver interessado procure no we heart it no meu user @prongs0202. Bem acho q é só isso msm.

Beijos e até o próximo meus amores!


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