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História Friends? - Troca de Casa e Beijos


Escrita por: voldemortindie

Notas do Autor


Demorei? Demorei, mas eu tirei 8 na prova da semana passa, pisei.

Capítulo 61 - Troca de Casa e Beijos


Fanfic / Fanfiction Friends? - Troca de Casa e Beijos

Lisa Manoban

 

Lisa até tentou fazer com que as meninas desistissem daquela ideia louca de falar com a diretora McGonagall sobre a mudança de casa, mas nada mudaria a cabeça das 3 sonserinas. Lisa foi praticamente arrastada até o escritório da diretora.

 

— Ah… boa tarde, senhoritas? —Minerva disse ao ver as quatros meninas entrarem no seu escritório quase caindo no chão. — Existe uma coisa chamada porta, ela serve pra você bater antes de entrar.

— É que é urgente! —Aurora disse recuperando o fôlego que perdeu enquanto subia milhares de lances de escada para chegar no sétimo andar.

— O que aconteceu com seu rosto, senhorita Manoban? —Minerva disse notando o corte na boca de Lisa.

— Nada não. —Lisa disse com um sorriso meio sem graça.

— Alguém da Grifinória bateu nela. —Polly falou. — Ela não quer dizer quem foi, mas bateram nela.

— Isso é muito grave… o que aconteceu exatamente?

— Eu não quero falar sobre isso, já passou, deixa pra lá.

— Senhorita Manoban, eu preciso saber o que aconteceu para tomar as devidas providências.

— Mas eu…

— Me conte, agora.

 

Minerva viu que Lisa estava acanhada e que não falaria nada, pelo menos não com tanta gente ali.

 

— Vocês poderiam esperar lá fora e me deixar sozinha com ela? —Minerva perguntou gentilmente e as três meninas assentiram, saindo da sala. — Então… se sente mais confortável agora? —Lisa assentiu com a cabeça, mas ainda aparentava estar extremamente desconfortável. — O que aconteceu? Eu soube que você está tendo alguns problemas desde o jogo da quinta feira passada.

— Eu errei, diretora, eu admito que eu errei.

— O que você fez?

— Eu entreguei a estratégia do time pro Yaxley… eu fiquei com raiva porque o Ryan tinha me tirado do time do nada e… eu sinto muito, eu não deveria…

— Tudo bem, e o que aconteceu com a sua boca?

— Eles me odeiam agora, todos eles. Eu tentei pedir desculpas, mas não aceitaram e apenas me mandaram sair… eles me xingaram e gritaram coisas… coisas ruins pra mim. —Lisa mexia em suas mãos o tempo inteiro e não fazia contato visual com a diretora.

— Quem bateu em você?

— Dan…

— Dan Hopper? O goleiro?

— Sim… mas ele não teve culpa, eu sei que eu errei.

— Não fale isso, ele teve toda a culpa do mundo. Senhorita Manoban, me entristece ver você desse jeito… sempre foi tão feliz e alegre e agora nem consegue olhar nos meus olhos.

— Eu só quero que isso acabe, eu não quero mais confusão… só isso. Por favor, não faça nada com o Dan, senão ele vai ficar com mais raiva de mim.

— É óbvio que irei castigá-lo, isso é inadmissível.

— Eles vão me odiar ainda mais! Eu tenho medo de ficar lá! Eu tenho medo de dormir lá! As meninas me acolheram no dormitório delas e até me deram a farda delas… eu sei que isso é loucura, mas elas vieram aqui pedir para que eu trocasse de casa. —Lisa falou finalmente olhando para Minerva.

— Trocar de casa? —Minerva parecia abismada. — Como assim trocar de casa?

— Eu disse que a senhora não deixaria… —Lisa abaixou a cabeça novamente.

— Eu quero saber uma coisa: a senhorita está realmente se sentindo insegura na Grifinória? —Lisa assentiu com a cabeça. — Preciso que volte para as suas amigas, eu vou pensar sobre.

— Tudo bem… obrigada. —Lisa sorriu fraco e saiu da sala, se reunindo com o trio de sonserinas novamente. Todas a olhavam com expectativa. — Ela falou que precisava pensar sobre.

— Pensar sobre o quê?! Não tem nada pra pensar! Ele te bateu, deveria te tirar de lá agora! —Aurora falou indignada.

— É melhor ela pensar do que simplesmente falar não. —Polly disse olhando pra baixo. — Isso é melhor do que nada.

— Pode ser… obrigada, sabe? Por vocês terem me acolhido. —Lisa estava envergonhada e foi surpreendida com um abraço de Aurora.

— Para de agradecer, sua idiota.

 

As meninas riram e decidiram voltar para o Salão Comunal, mas aquele sétimo andar era marcado pelo Salão Comunal da Grifinória e Lisa estremeceu só de passar na frente do quadro da Mulher Gorda. Andando mais um pouco, puderam ver Dan com o olho roxo e o lábio sangrando, ele falava com uma menina loira.

 

As meninas se esforçaram para passar por ele sem armar barraco, confiavam que Minerva o puniria devidamente, mas Dan não fez o mesmo esforço.

 

— Lá vai as piranhas da Sonserina… —Ele disse com um ar de riso. — E a Lisa… devo dizer que essa cor fica bem em você, Manoban, combina com seu caráter.

 

Lisa virou para Dan e abaixou a cabeça, Aurora tomou a frente.

 

— Você não cansa de ser um estrume não? Você é podre, menino, te enxerga.

— E quem é você, coisinha? Figurante? Nunca te vi por aqui.

— Figurante é minha mão na sua cara, imbecil.

— Deixa essa desgraça pra lá, Aurora. Vem, vamos embora. —Catherine disse puxando Aurora para perto do grupo.

— Olha lá se não é a camaleoa? Como você me vê com esses seus olhos, Martell? Aberração.

 

Catherine o olhou sem resposta, ela costumava ter vergonha dos seus olhos, mas aquele tempo havia passado… certo?

 

— Olha aqui. —Polly disse indo até Dan. — Fique longe dela, fique longe de todas nós, ouviu?

— Ah, é? E você vai fazer o que, Chapman?

— Acabar com a sua raça.

— Aham. —Ele riu. — Olha pra você, meu amor, você serve pra outras coisas… não pra lutar.

— Que outras coisas?

— Eu não vou dizer porque eu sou muito respeitoso, mas começa com “se” e termina com “xo”.

 

A próxima coisa que se viu foi a mão de Polly voando na cara de Dan. A menina loira que estava do seu lado se assustou e saiu correndo. Uma mão de Dan foi até o seu rosto e a outra segurou o braço direito de Polly.

 

— Me solte!

— Vadiazinha desgraçada, você me paga por ter me batido.

— Solta ela! —Catherine gritou.

— Me aguarde, Chapman. Quando você estiver sozinha… eu vou estar lá, e sua virgindade vai te dar tchau. —Dan disse sussurrando na orelha de Polly.

 

Polly olhou nos olhos de Dan e se lembrou de seu tio e como ele a tocava. As lágrimas desciam dos seus olhos involuntariamente e ela não tinha ação. Parecia que o mundo iria acabar ali.

 

— Meu deus, Hopper, você tá fazendo merda de novo? —Justin Johnson, o amigo loiro de James apareceu e isso fez Dan soltar o braço de Polly, que correu para perto das suas amigas. — Você tá foda, hein? Tá querendo ser expulso?

— Eu faço o que eu quiser, Johnson.

— Esse olho roxo aí diz o contrário. —Justin riu, Ryan apareceu correndo em direção ao menino loiro. — Aí, Ryan, o quão bonito foi o soco que o James deu nesse imbecil?

— Tão lindo quanto eu. —Ryan disse sorrindo para Dan. — Cuidado, Hopper. O Yaxley vai ser o próximo a te bater e eu não posso perder de ver isso.

 

Ao ouvir aquelas palavras, Dan não pôde evitar de sentir certo incômodo. Ele não admitiria, mas sentia medo de Yaxley.

 

— Tá com medinho? —Justin disse rindo. — Deveria ter pensado nisso antes de ser um cocô.

— Avise ao seu amiguinho James que… —Dan abriu a boca pra falar, mas foi cortado por Ryan.

— Avisar o que ao James? Hein? Vai ameaçar ele na minha cara? Vai em frente, Hopper, tenta.

— Vão se foder vocês dois. —Dan disse saindo bufando.

— Eu vou entrar, você vem? —Justin disse indo até o quadro da Mulher Gorda.

— Já já. —Ryan disse olhando pra Lisa que não olhava para ele, apenas estava encolhida e encostada na parede enquanto as outras duas meninas consolavam Polly. — Lisa, posso falar com você? —Ela negou com a cabeça, mas continuo evitando contato visual. — Por favor, eu só quero conversar.

— Ela não quer falar com você, Smith, cai fora. —Aurora disse revirando os olhos.

— Eu quero pedir desculpas, inferno, será que eu posso?

— Não porque ela não quer falar com você.

— Lisa, por favor? —Ryan perguntou olhando pra Lisa, que continuou negando. — Ok, eu falo aqui mesmo, não tem problema. Me desculpa, tá? Eu fui um escroto, eu sei, eu tenho problemas de saber meus limites. Eu sei também que nada do que eu disser vai mudar o que aconteceu, foi mal, eu não queria que isso tudo acontecesse… argh, desculpa, Lisa, porra, que merda, eu queria que tudo voltasse a ser como antes… não se preocupe com o Dan, a gente vai cuidar dele, aquele lixo não vai chegar perto de você, ok? —Ryan não obteve resposta. — Ok… você não quer falar mesmo, tudo bem…

— Dá pra você ir embora logo?! —Catherine disse parecendo estressada. — Ninguém quer te ouvir falando, imbecil!

— Eu tava tentando fazer a coisa certa, tá, moça?

— Tarde demais!

— Desculpa. —Ryan disse indo embora de cabeça baixa.

 

Minerva McGonagall

 

Minerva estava confusa, o assunto de Lisa não saía de sua mente. Trocar de casa… isso seria possível? Ela deveria deixar a menina ir para a Sonserina? Seus pensamentos foram interrompidos por Neville Longbottom entrando em seu escritório.

 

— Boa tarde, diretora McGonagall. —Neville disse se sentando na frente dela.

 

Neville tinha um costume de passar 15 minutos de suas tardes de sexta feira no escritório da diretora, ele gostava de conversar com ela.

 

— Boa tarde, professor Longbottom.

 

Minerva disse com um sorriso bondoso no rosto. Alguns segundos depois, Burke entrou na sala.

 

— Professor Burke! Que surpresa vê-lo por aqui. —Neville disse sorrindo.

— Eu não pretendo demorar, só vim resolver assuntos particulares com a diretora.

— Professor Burke, se me permite, será que poderia marcar isso para outro dia? Minha cabeça está em outro assunto agora. —Minerva disse soltando um suspiro. — Lisa Manoban quer trocar de casa.

— O quê? —Neville parecia intrigado. — Por quê?

— Porque ela não se sente mais segura na Grifinória. Dan Hopper a agrediu, isso ainda é outro assunto que eu preciso resolver.

— Eu nunca gostei desse menino… —Butke disse. — Eu acho que o pedido dela é válido.

— Acha? Por quê?

— A menina não deveria ser obrigada a ficar em um lugar onde não se sente segura. Isso é uma escola, não uma prisão.

— Burke tem razão. —Neville disse. — Ela deveria se sentir em casa no Salão Comunal dela, e como não é o caso… eu não vejo mal nenhum em trocá-la.

— Ninguém nunca trocou de casa antes. —Minerva disse.

— Nunca houve a necessidade, não foi? Agora ela existe e não podemos deixar a menina em um lugar onde as pessoas são hostis com ela. —Neville falou depois de tomar um gole de seu café.

— As casas não servem para separar os alunos de uma forma a facilitar a convivência? Pra eles não brigarem tanto? Então… obrigá-la a permanecer na Grifinória não teria sentido. —Burke disse, fazendo Minerva pensar.

— Acho que os dois têm razão, eu vou permitir. Não sei como os outros alunos reagirão, mas eu vou permitir.

 

Yaxley

 

Yaxley havia passado uma parte da tarde ensinando poções a seus colegas de classe. Ele odiaria Burke pra sempre por isso. Após voltar para o Salão Comunal para guardar sua mochila, viu as quatro meninas sentadas no sofá e não pôde deixar de notar duas coisas: Lisa estava usando roupas da Sonserina e ela tinha um corte na boca.

 

“Hmmmm, quem será que eu vou matar hoje?”

 

— Lisa, sua boca. —Yaxley disse sem nem dar um oi. — Quem foi?

— Ninguém. —Lisa respondeu baixinho.

— Dan Hopper. —Polly falou com nojo.

— Certo. Leva isso pra minha cama pra mim? —Yaxley entregou a sua mochila para Polly. — Preciso ir quebrar alguns pescoços.

— Fique à vontade.

 

Yaxley saiu do Salão Comunal e caminhou até o Grande Salão espumando de raiva. Aquele era seu sentimento favorito, ele se sentia vivo quando ficava com muita raiva e ele gostava daquilo.

 

Ele andou até a mesa da Grifinória com os olhos flamejando, quando foi interrompido por James que tinha se levantado da mesa para ir ao seu encontro.

 

— Você não precisa intervir, eu já resolvi. —James disse usando suas mãos como uma barreira para impedir Yaxley de andar. James estava machucado, havia um corte na sua bochecha direita e seu olho parecia um pouquinho inchado.

— Quem foi que te bateu? —Yaxley perguntou sentindo sua raiva crescer.

— Isso? Ah, não foi nada. Eu discuti com o Dan no Salão Comunal hoje mais cedo porque ele bateu na Lisa e nós acabamos nos batendo. Ele está bem pior do que eu, acredite.

— Sai da minha frente, deixa eu arrastar a cara do desgraçado no asfalto.

— Não! Ok? Deixa pra lá, eu já resolvi!

— Não vou deixar pra lá, ele te bateu! Quer dizer… bateu na Lisa e em você. Eu não vou deixar ele se safar dessa, James.

— Você vai deixar sim, tá? Ele já está machucado o suficiente e eu sei que a McGonagall vai fazer algo.

— Foda-se, eu quero bater nele!

— Não! Vem, vamos sair daqui. —James arrastou Yaxley para os jardins, onde os dois conversaram por um tempo.

 

[N/A: Insira o diálogo dos dois do capítulo passado aqui.]

 

James Potter

 

James precisava encontrar seu irmão para convencê-lo a ir numa balada gay com ele aquela noite. Ele estava convencido de que iria se descobrir totalmente e nada o impediria.

 

James foi correndo até a sala do Jornal onde sabia que seu irmão estaria. Chegando lá, viu Lily escrevendo coisas em um papel e Thomas Avery lendo um livro qualquer.

 

— Lily, posso ler o que o K… Yaxley falou de mim?

— Não, espere até amanhã e você vai ler junto com todo mundo. —Lily disse sem nem olhar pra ele.

— Eu sou seu irmão!

— Não vai ter tratamento especial, maninho.

— Bleh, você é uma pilantra.

— O que você quer aqui? —Lily olhou pra ele. — Você não tem treino?

— Já acabou, foi rápido hoje. Onde está nosso irmão?

— Nessa porta à esquerda.

— Obrigado.

 

James abriu a porta e encontrou seu irmão chorando de rir de alguma besteira que Christopher Martell havia falado.

 

— Eu sou o super Burke e eu gosto de dar zero pra pessoas bonitas. —Martell disse tentando imitar a voz de uma pessoa velha.

— Eu devo ser muito lindo então. —Al disse enxugando as lágrimas que derramou de tanto rir agora a pouco.

— Eu só falo com gente bonita, Potter.

— Vocês dois. —James disse. — Eu entrei na sala há 1 minuto, vocês não perceberam minha presença?

— Não. —Al disse olhando pra James. — O que você quer, James?

— É particular. —James disse olhando para Christopher na esperança de que ele se tocasse e saísse da sala.

— E aí, James? —Ele disse sorrindo.

— Sai, Martell, eu quero falar com o meu irmão.

— Ah, foi mal. —Ele levantou e saiu da sala.

— Enfim… —James se sentou na frente do irmão. — Primeiramente queria pedir pra que você não surte.

— O papai morreu?!

— Não! Tá doido?!

— Ah tá, que susto.

— Eu quero que você vá comigo pra uma balada gay hoje de noite.

— Por quê? Eu pensei que você era o entendedor das baladas gays.

— É porque dessa vez eu… eu… argh, que droga!

— Está confuso, James? Um certo negão de 1,83 está mexendo com sua cabeça, James? Eu estava certo, James?

— Cala a boca. —James disse bufando. — Para de querer brincar agora, é sério.

— Não estou brincando, só estou fazendo perguntas.

— Sim, Alvo, eu estou confuso.

— Isso! Polly me deve 20 galeões!

— Como assim? Você vem apostando sobre a minha sexualidade?!

— Eu só fiz isso uma vez.

— Você é podre.

— Mas e aí, irmãozinho? Você vai mesmo?

— Eu preciso saber como é que eu me sinto beijando um menino pra saber se eu sou bi de verdade ou se eu só tenho um crush irracional no Kevin.

— Eu não vou te culpar, ele é bem gostoso.

— Al! Porra, cala a boca, e eu lá te perguntei alguma coisa?!

— Já tá com ciúmes, James? Nossa, acho que você vai dar trabalho pro “Kevin” né?

— Por que eu vim falar com você? Eu poderia ir sozinho.

— Porque quer minha companhia. —Al sorriu. — Senão você poderia chamar seu amiguinho Smith.

— Ryan… porra, o que será que ele vai achar de mim quando souber disso?

— Ele vai pensar que você é bi, o que é provavelmente verdade.

— Eu acho que não vou contar pra ele, ele não entenderia.

— Eu acho que entenderia sim. Ele é um saco, mas nunca seria escroto com você.

— Você acha?

— Eu tenho certeza.

— Eu tenho medo que ele pare de falar comigo, sei lá.

— James, pelo amor de Deus… o Ryan te idolatra, só você não vê isso. Até parece que ele iria parar de falar com você por causa disso.

— Sei lá… eu só tenho medo.

— Para de ter medo, ok? Seus amigos vão continuar seus amigos.

— E se eu for com você, fazer tudo isso e no final das contas o Kevin não querer nada comigo? Vai ter sido em vão.

— Não vai ser em vão, você vai descobrir uma coisa nova sobre você.

— Uma coisa que eu estava muito bem sem saber.

— James, para, ok? Pra que tanto medo? Pensei que você era o irmão corajoso e eu que era o irmão covarde.

— Você não é covarde, se assumiu beijando o Scorpius na frente de todo mundo.

— E você também não vai ser um covarde, tá? Só não beije o Yaxley na frente de todo mundo, eu acho que ele quebraria seus dentes.

— O que você acha dele?

— Do Yaxley? Já disse, eu acho ele gostoso.

— Não disso, idiota, você acha que ele… poderia gostar de mim?

— Não sei, James, eu não sei nada sobre ele. Mas eu sei que ele namora aquela lufana, então…

— Então eu sou um idiota, ele nunca me olharia de outra forma, puta merda, como eu sou burro. —James colocou as duas mãos no rosto e bufou.

— James, você não é burro, para. Não é como se você pudesse escolher de quem você gosta.

— Eu sou um imbecil. —James tirou as mãos do rosto e passou uma pelo seu cabelo. — Kevin Yaxley, que porra.

— Por que o Yaxley? Eu sempre achei que se você fosse bi, ficaria com o Ryan de tanto agarrado que vocês têm.

— Não… eu nunca senti nada pelo Ryan. Eu nunca senti nada por cara nenhum, não entende? Eu nunca senti atração por homens na minha vida e do nada aparece aquele filho da puta e eu… eu nem sei mais o que tá acontecendo comigo.

— Relaxa, vai ficar tudo bem. Eu vou com você hoje, ok? Vamos na excitante jornada de descobrimento da sexualidade de James Sirius Potter!

— Que brega.

— Eu sei, que horas você quer ir?

— Quero sair de 23h, dá pra ser?

— 23h? Não acha muito tarde? Tipo… a gente vai ter que pegar o metrô e tudo mais…

— Não vamos não, eu aprendi a aparatar.

— Sério? Uau, se garante agora?

— Não muito… mas eu não tenho mais medo.

— Quem te deu esse suéter? Desculpe fugir do assunto, mas eu nunca vi você usando isso antes.

— Foi a… a mamãe.

— Foi o Yaxley, não foi?

— Claro que não!

— Ante ontem vocês sumiram.

— Tá, eu fui pra a cidade com ele porque ele queria comprar um presente pra Polly e eu quis comprar pra Lily.

— E ele te deu um suéter?

— É, deu.

— Acho que estamos indo no caminho certo então, porque eu não consigo imaginar o Yaxley dando presente pra alguém.

— Foi só um suéter, ele disse que aquele que a vovó fez pra mim era feio.

— Qual? O seu mesmo ou o do Ryan?

— Eu estava com o do Ryan.

— Ele não gostou do suéter do Ryan?

— É, ele disse que era feio e que não ia sair comigo usando aquilo.

— Ele tá com ciúmes de você com o Ryan.

— Quê? Claro que não, que idiotice.

— Se você estivesse usando o seu ele até poderia dizer que era feio, mas não mandaria você tirar.

— Você tá viajando, Al.

— É sério, James! Estou animado com isso, acho que você tem uma chance.

— Você acha?

— Claro, um homem lindo desses. A beleza vem de família.

— Eu sou mais bonito que você.

— Nah, não é não.

— Sou sim.

— Meus olhos são lindos e verdes.

— Eu prefiro os meus olhos castanhos, muito obrigado. —James se levantou da mesa. — Vou embora, pode ficar rindo com seu novo amigo chato.

— Quem? O Chris? Ele não é chato, ele é bem engraçado.

— Ele não parece engraçado pra mim enquanto tá favorecendo a Sonserina e pirando pelo Avery.

— O Avery é muito bom, são só fatos.

— Ele não é tão bom assim! —James saiu da sala e voltou para onde estava antes, a sala onde Lily e Avery estavam.

— Eu ouvi isso, Potter. —Avery disse sem tirar os olhos do livro.

— Não me importo, é bom pra você abaixar sua bola.

— Eu nunca me achei por causa disso. —Avery fechou o livro e olhou para James. — Você não me conhece.

— Eu sei que você não é tão bom quanto todo mundo diz.

— Faça o que eu faço, depois você pode falar de mim.

— Eu não sou artilheiro, sou apanhador.

— Então você não tem propriedade pra falar de mim, Potter.

— Eu falo o quanto eu quiser.

— Calem a boca. —Lily falou. — Que saco, para de ser invejoso, James.

— Eu não sou invejoso! —James protestou, Avery começou a rir e James ficou puto da vida. — Do que você tá rindo, seu babaca?

— Eu não posso rir? É proibido?

— É, é proibido.

— Ok, majestade, como quiser.

 

James então saiu da sala antes que começasse a arranjar briga com Thomas Avery.

 

Às 23h, James pegou sua capa de invisibilidade e foi até o Salão Comunal da Sonserina esperar seu irmão sair. Não demorou muito até a passagem de pedra abrir e Alvo sair de lá com um sorriso no rosto.

 

— E aí? Preparado? —Al perguntou.

— Não, mas vamos mesmo assim.

 

Os dois se apertaram embaixo da capa, agora com 18 e 16 anos era meio difícil eles se cobrirem totalmente enquanto usavam a capa, mas eles davam seu jeito. Quando entraram na passagem, tiraram a capa e colocaram na mochila de James.

 

Os irmãos Potter caminharam até chegar no porão da Dedosdemel, onde James aparatou com Alvo até perto da balada gay que os dois haviam ido nas férias.

 

— Você acha que consegue me botar pra dentro dessa vez? —Al perguntou.

— Acho que sim, espere. —James se aproximou do segurança com um sorriso no rosto. — George!

— James! Por onde você estava? Nunca mais o vi por aqui.

— A escola voltou, sabe como é…

— Sei, e então? Está de volta?

— Não muito, eu só vim com o meu irmãozinho pra desestressar um pouco. —James falou puxando Alvo para seu lado. — Ele já já vai fazer 18, e aí? Ele pode entrar, né?

— James… você sabe que eu não posso ficar deixando menor de idade entrar aqui, não sabe?

— Eu vou tomar conta dele, ele não vai fazer besteira, eu juro.

— Nada de álcool pra ele, certo?

— Certo, nada de álcool.

— Podem entrar, tomem cuidado. —James e Alvo passaram, mas não sem antes o segurança enrolar os cabelos de James no dedo indicador e sorrir pra ele.

 

Quando os dois entraram, foi difícil se acostumar os ouvidos com aquela música alta, mas eventualmente aconteceu.

 

— Aquele cara lá na frente, ele quer te comer… você sabe disso, não sabe? —Alvo disse quase gritando pra James conseguir ouvi-lo.

— É, eu sei disso.

— Não tem medo?

— Ele não me agarraria a força, então eu não tenho medo.

— Ok…

— Vou pegar bebidas pra a gente.

— Pensei que era nada de álcool pra mim.

— Desde quando eu sigo regras?

James foi até o bar e esperou o barman estar livre para atendê-lo.

 

— O que vai querer, menino bonito? —O barman disse sorrindo em direção a James.

— Ah… o mais fraco que você tiver, duas.

— Vai beber com moderação hoje? Está certo, um menino lindo como você realmente deveria se manter consciente aqui…

— O que está insinuando?

— Nada, lindo. —O barman piscou e sumiu para preparar as bebidas. Não demorou para voltar. — Aqui. —O homem colocou dois copinhos na frente de James.

— Obrigado. —James pegou os dois copos e foi em direção ao seu irmão mais novo que estava encostado na parede. — Demorei?

— Não, mas nesse meio tempo 2 caras já deram em cima de mim. —Al pegou um dos copos da mão de James e bebeu.

— Uau, tá podendo, hein?

— Demais.

— Você avisou o Scorpius que vinha?

— Não… —Al olhou para baixo.

— Ih… problemas no paraíso?

— Não quero falar sobre isso, dá pra ser?

— Quer falar sobre isso com o Martell?

— Do que você tá falando?

— Parecia bem à vontade com ele.

— Ele é meu amigo, James. Dá pra parar?

— Ok, não tá mais aqui quem falou. —James tomou um gole de sua bebida e olhou ao redor. — Como eu faço?

— Escolhe alguém e vai dar em cima.

— Como eu escolho alguém?

— Faz como você faz com meninas, escolhe alguém que te atrai.

— Ninguém aqui me atrai. —James olhava todos os rostos e estava começando a se sentir frustrado.

— Tem certeza? Você não tá se reprimindo?

— Tenho certeza.

— Bem… ainda quer fazer isso?

— Quero, eu vou escolher qualquer um. —James tomou o resto de sua bebida de uma vez e foi até um dos caras que estava dançando.

 

O cara era mais alto do que James um palmo, tinha a pele levemente bronzeada e os cabelos castanhos na altura do ombro. Não, ele não era atraente pra James, mas ele precisava tentar.

 

“Como é que eu chego em caras?”

 

“Se eu falar ‘ei, gatinha’ vai ser estranho.”

 

Antes de James abrir a boca pra falar, o homem olhou pra ele com uma expressão que denunciava que ele estava com segundas intenções.

 

— De onde você veio, gracinha?

 

“Gracinha? Que porra é essa?”

 

— Ah… dali do lado.

— Você é lindo. —O homem passou a mão no rosto de James enquanto umedecia os lábios com a língua. — Nossa, muito lindo mesmo.

 

“Que nojo, eu quero sair daqui.”

 

— Ah… tá, valeu. —James se afastava lentamente, tentando fugir dos toques do rapaz.

— Ei, pra onde está indo?

— Vou voltar pro meu irmão, ele pode estar precisando de mim.

— Não tá não, vamos aproveitar um pouco. —O homem puxou James pela cintura e começou a beijar o seu pescoço. James tentava não vomitar.

 

“Que nojo, que nojo, que nojo.”

 

James usava toda a sua força para se afastar do homem, mas o homem era mais forte.

 

“Fodeu, fodeu. Ninguém vai me ouvir se eu gritar.”

 

— Fica paradinho, princesa.

— Princesa é o seu cu, cacete, me deixa em paz.

— Rebelde, hein? —O homem mostrou um sorriso nojento. — Vem aqui, quero ver essa sua boca linda em ação.

 

O homem segurou o rosto de James com as duas mãos e o puxou para um beijo forçado. As mãos de James não paravam de bater em seu peito, tentando escapar.

 

— Ei! Deixa o meu irmão em paz! —Alvo disse batendo no braço do rapaz.

 

O homem se afastou de James que estava quase vomitando de tanto nojo que sentia e foi analisar Al.

 

— Seu irmão, é? Hm… que bebezinho lindo, que olhos lindos. —O rapaz levantou a mão para tocar o rosto de Alvo.

— NÃO TOQUE NELE! —James deu a joelhada mais forte que conseguiu nas partes baixas do homem, o desestabilizando. — Vem, Al, corre. —James puxou o irmão pelo braço e os dois saíram correndo em meio à multidão até saírem do local.

 

Assim que os dois chegaram ao lado de fora, se encostaram na parede para conseguir respirar.

 

— O que acabou de acontecer? —Alvo perguntou ofegante.

— Eu não sei, mas eu não quero que se repita. Me desculpa, não deveria ter te arrastado pra isso. Droga, não queria que nada acontecesse com você.

— Não aconteceu nada comigo, relaxa.

— Ele ia te tocar.

— Mas não tocou, James, relaxa.

— Foi mal, irmão, eu vacilei.

— Não vacilou, para de se culpar. Como você está? Ele te agarrou.

— Com nojo, com muito nojo. E agora eu sei o motivo das mulheres odiarem os homens, somos muito chatos, porra.

— É… isso é meio complicado, tem uma parte dos homens que acha que pode fazer o que bem quiser com qualquer pessoa.

— Eu quero voltar pra a escola, vamos?

— Vamos.

 

Os dois foram para um lugar onde tinham certeza que ninguém estava os observando e James aparatou com o irmão, os levando de volta ao porão da Dedosdemel.

 

Eles andaram o caminho inteiro de volta pela passagem, onde colocaram a capa de invisibilidade novamente, andandando até as Masmorras para deixar Al em segurança.

 

— Você tá bem? Quer ficar aqui essa noite? —O irmão mais novo perguntou quando eles estavam na frente da passagem de pedra.

— Eu estou bem, valeu. —James deu um sorriso falso e começou a andar até o Salão Comunal da sua casa.

 

Ele havia saído para cessar suas dúvidas, porém nunca esteve tão confuso.

 

“Kevin Yaxley, você não tem noção do que está fazendo com minha cabeça, seu maldito.”

 

“E eu amo isso.”


Notas Finais


Oiii, queria usar esse espacinho pra agradecer por todo o apoio que vocês me deram no capítulo passado, significa muito pra mim saber que vocês querem que eu escreva sobre o que eu bem quiser, obrigada.
Aqui vai a sinopse da fanfic que eu pretendo escrever:
"Kevin Yaxley é um paciente com câncer que nunca aceitou sua condição. Ele odeia todos os enfermeiros do hospital e não aceita ajuda de ninguém.
James Potter é um estudante de medicina que conseguiu um estágio no Hospital Chelsea and Westminster, onde passaria alguns meses trabalhando como enfermeiro.
Um dos pacientes que foi colocado sob a responsabilidade de Potter foi Yaxley.
Todos diziam que era uma missão impossível, tendo em mente que o rapaz não tinha a menor intenção de cooperar.
James não acreditava no impossível."
O que acharam? Lembrando que eu só vou escrever essa fanfic depois que essa acabar, tá bom?
Outra coisa #LisaSonserina


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