1. Spirit Fanfics >
  2. Friends? >
  3. Cartas

História Friends? - Cartas


Escrita por: voldemortindie

Notas do Autor


Tô frenética? Tô sim, agora me agradeçam porque eu sou linda demais kkkkkkkkk
Mentira
Mentira nada, sou linda mesmo.

Capítulo 65 - Cartas


Fanfic / Fanfiction Friends? - Cartas

Ryan Smith

 

James estava sumido ultimamente, agora era quase sempre Ryan e Justin. Justin não era chato, ele até que era uma companhia legal, mas James era o seu melhor amigo então não era a mesma coisa. Ryan não sabia o que levava James a sumir de repente, mas sabia que ele estava andando com sonserinos. Que tragédia, não é mesmo? Mas fazer o quê? Ninguém é perfeito.

 

Falando em perfeição, Ryan viu uma enquanto estava indo até o estádio de quadribol para pensar na vida. A perfeição tinha nome, mas infelizmente a memória de Ryan Smith era horrível e a única coisa que ele lembrava bem era a marca do seu shampoo e condicionador.

 

— Ei, princesa. —Ryan disse para uma das batedoras da Sonserina que estava andando com sua mochila nas costas, ela não parecia muito feliz. — O que te aborrece nesse dia tão lindo?

— Agora? Você.

— Nossa… eu só quis ser educado.

— Tá bom, tchau. —Jade Kristian disse pegando seu caminho e se afastando de Ryan.

— Ei! Pera aí um minuto!

— O que você quer?

— Qual seu nome de novo? Eu esqueci.

— Descubra.

— Hmmm, desafios, é? Eu gosto. —Ryan sorriu e Jade revirou os olhos.

— Qual seu problema?

— A distância entre nossos corpos.

 

Jade ficou olhando para a cara de pau de Ryan Smith e só conseguiu rir, ela não conseguia acreditar que alguém conseguia ser tão sem vergonha na cara.

 

— Consegui um sorrisinho, estou indo bem. —Ryan disse se gabando.

— Você é patético.

— Sou, sai comigo qualquer dia desses?

— Você tá falando sério?

— Estou, e aí? O que acha? Eu, você, umas cervejas e uns beijos.

— Ryan Smith…

— Euzinho.

— Vai ver se eu tô na esquina, traste, você acha que eu não sei a merda que você fez com a Lisa?!

— Ah… isso… veja só, eu me arrependi.

— Olha só, coitadinho de você, né?

— Pois é, eu pedi desculpas pra ela e ela nem olhou na minha cara…

— Você é podre, patético e ridículo. Além de ter sido um puta machista com a Lisa, eu já vi você sendo um completo escroto com o Rosier várias e várias vezes. Como é que você consegue dormir à noite?

 

Ryan ficou calado apenas olhando a feição dura da menina. Aquela conversa já não era nem um pouco agradável. Ryan não estava acostumado com pessoas jogando verdades na cara dele, então ficar ali e ouvir todas aquelas coisas era bem difícil.

 

E ele sabia que merecia.

 

Jade deu as costas e voltou a andar pra longe, Ryan não impediu. Talvez fosse melhor assim, afinal, ela tinha razão em dizer que ele era patético.

 

Lindo, porém patético.

 

Depois, já na hora do jantar, Ryan estava com Justin e James na mesa da Grifinória. Ninguém percebeu que Ryan estava mais pra baixo que o normal.

 

— Ei, Ryan, você vai querer essa batata aí? —James perguntou.

— Não. —Ryan respondeu mexendo na comida com o garfo, mas não comendo.

— O que aconteceu com você? Só falta bater em mim pra comer a batata e agora está me dando de bom grado… tá envenenada?

— Batatas são patéticas iguais a mim.

— Opa, o que tá rolando aqui?

— Ouvi umas verdades hoje e tô tentando engolir ainda.

— Quem foi que falou verdades pra você? A Lisa?

— Não, a Lisa nem olha mais na minha cara… eu não sei qual o nome da menina, só sei que achei bonitinha e fui dar em cima dela aí ela veio me chamando de traste machista patético.

— Nossa… que direta.

— Pois é, eu só queria uns beijos e acabei levando um murro na cara.

— Bem… se anima, tanto faz se ela não te quer.

— Não ligo se ela não me quer, eu só tô mal porque sou um traste machista patético pedaço de cocô.

— Ela te chamou de pedaço de cocô?

— Não, mas estou incluindo esse adjetivo agora.

— Ryan, você não é um cocô.

— Eu sou sim… tudo o que ela disse é verdade, fui um escroto com a Lisa, sou um escroto com Rosier…

— Mas você se arrependeu, não foi? Então pronto, já é um começo.

— Mas ninguém acredita em mim!

— Porque você não faz nada pra provar!

— Eu pedi desculpas pra Lisa!

— Isso não é o suficiente, mude suas atitudes.

— Como assim?

— Não faça piada com as pessoas, não ria delas, dê “bom dia” e ofereça ajuda.

— Meu deus, é tão mais fácil ser um traste machista.

— Eu sei, mas se você quiser ser um ser humano decente vai ter que se esforçar.

— Você é um ser humano decente?

— Eu tento ser, você acha que eu sou?

— Sei lá, acho que você é um bom amigo.

— Obrigado, Ryan, você também é um bom amigo.

— James, ser sincero entra nesse pacote pra ser uma pessoa legal?

— É, entra.

— Ok… seu cabelo tá uma merda hoje.

— Ryan… não é pra ser sincero desse jeito, isso é ser escroto.

— Mas eu só tô falando a verdade!

— Eu não te perguntei o que você achou do meu cabelo hoje! Se eu perguntasse você falava.

— Ah… beleza, vou anotar isso.

— Anda, me faz um elogio.

— Ah… ok, vamos lá. James, você tem… cílios grandes.

— ...obrigado?

— De nada. —Ryan sorriu. — Fácil, olha só. Justin, você não tá tão feio com esse piercing no lábio.

— Valeu! —Justin sorriu e deu um hi5 com Ryan. — Eu achei que você achava horrível, legal que você acha bonito agora.

— Não disse que acho bonito, eu só não acho mais tão feio quanto antes… aliás, refiro o que disse, olhando bem eu percebi que tá ridículo.

— Ryan… não. —James disse passando a mão nos cabelos de frustração.

— Mas veja pelo lado bom, Justin, se nada der certo na sua vida você pode ser roadie de uma banda punk qualquer.

— Isso parece legal! —Justin sorriu animado. — Valeu, Ryan!

— De nada! —Ryan sorriu de volta. — Eu sou muito bom nesse negócio de elogiar as pessoas, tô pegando gosto.

— É, você é ótimo… —James disse com a maior ironia do mundo.

— Tive uma ideia.

— Não tenha ideias, por favor.

— Me espere aqui.

 

Ryan levantou-se da mesa da Grifinória e foi andando até a mesa da Sonserina, onde cutucou Lucas Rosier. Todos na mesa estavam olhando pra ele sem entender absolutamente nada.

 

— Ah… o que você quer? —Lucas perguntou tentando parecer firme.

— Falar com você, dá pra ser?

— Falar comigo? Por que quer falar comigo?

— Ô meu filho, só vem comigo, ok?

— Ah… tá bom… —Lucas fez menção de se levantar da mesa quando Lisa segurou sua mão. — Tudo bem, relaxa, eu volto logo. —Lucas depositou um beijo na testa de Lisa.

 

“Vou vomitar, bleh.” Ryan pensou.

 

Ryan revirou os olhos enquanto Lucas se despedia de Lisa. Enquanto aguardava impacientemente, seus olhos encontraram os de Yaxley, que os olhavam fixamente. Ele não parecia nem um pouco feliz.

 

— Que é? Cara feia pra mim é fome. —Ryan disse bufando.

 

“Seja legal, Ryan. Elogie.”

 

— Quer dizer… seus olhos… eles são… verdes igual… igual mato.

— Que observação, parabéns. —Yaxley disse bufando.

 

“Nem agradece o elogio, escroto.”

 

Lucas foi com Ryan até um canto mais afastado e quieto do salão, o menino loiro ainda estava confuso e até com um pouco de medo do que lhe aguardava naquela conversa.

 

— Então… —Ryan começou a falar, mas foi cortado por Lucas e sua coragem repetina.

— Lisa não quer nada com você, fique longe dela. Ela te odeia. —Lucas disse de uma só vez, não parando nem pra respirar.

— Tá bom, eu não vim aqui falar dela.

— Não? Ah… eu pensei que era.

— Não, eu vim pedir… des...desculpas.

— Desculpas pelo quê?

— Fui escroto com você, eu sei. Eu estou tentando mudar, então… foi mal, eu não vou mais fazer piada com você e nem rasgar seus desenhos enquanto você não está olhando.

— Era você?!

— Ah… não… eu tô inventando…

— Tá, Ryan, tanto faz. Eu nunca me importei com o que você fala.

— Você não me odeia?

— Não.

— Legal! —Ryan sorriu. — Te vejo no clube de arte amanhã, então?

— Ah… tá? —Lucas estava mais confuso do que nunca.

— Tchau! —Ryan começou a andar até a mesa da Grifinória, mas parou antes e voltou. — Esqueci uma coisa, Rosier, seu cabelo é loiro… parece palha.

— Meu cabelo parece uma palha? —Lucas passou a mão no próprio cabelo para checar se ele estava ressecado igual uma palha. — Sério?

— Aham! De nada! —Ryan sorriu e deu as costas.

 

Lucas Rosier

 

Lucas voltou para a mesa confuso, ele realmente não tinha entendido nada do que tinha acabado de acontecer. Ryan Smith pedindo desculpas? E dizendo “te vejo no clube de arte”?. Ryan Smith morreu e foi substituído, só podia ser.

 

— O que ele queria? —Lisa perguntou.

— Pedir desculpas.

— Quê? Mentira. —Yaxley disse do outro lado da mesa.

— É sério, foi esquisito… e ele disse que meu cabelo parecia uma palha.

— Não parece não. —Lisa levou a mão esquerda ao cabelo de Lucas e passou a fazer um cafuné.

— Obrigado. —Ele sorriu.

— Rosier, Ryan Smith te pediu desculpas? —Jade Kristian perguntou um pouco de longe.

— Pediu sim, disse que não ia mais fazer piada comigo nem rasgar meus desenhos.

— Rasgar seus desenhos?

— É… aparentemente não eram traças que estavam estragando meus desenhos

— Ei, esquece ele. —Lisa disse dando um selinho no seu novo namorado.

— Ei, ei. —Thomas Avery disse animado. — Festa de Halloween, quem vai?

— Eu vou! —Aurora levantou a mão. — Quer ficar comigo lá?

— Quê?

— Quê?

— O que você falou?

— Nada.

— Aurora te acha gostoso. —Yaxley disse querendo ver o circo pegar fogo.

— Fofoqueiro, nunca mais te falo nada! —Aurora disse bufando. — Mas quer saber? Eu acho mesmo!

— Ah… valeu? —Avery disse rindo.

— Aliás, quanto é que você tem de altura?

— 1,67.

— Nossa… esquece, quero ficar com você não.

— Escrota. —Yaxley disse baixinho.

— Enfim… quem vai? —Avery continuou fingindo que nada aconteceu.

— Eu vou e a Polly vai também! —Catherine disse animada.

— Eu vou, é? Não tava sabendo disso. —Polly respondeu enquanto lutava para tentar todos os grãos de ervilha do seu prato.

— Vai, decidi agora.

 

Enquanto o grupo debatia sobre quem iria para a festa ou não, Scorpius chegou na mesa calado.

 

— E aí, Malfoy? —Avery perguntou.

— Oi. —Scorpius disse quieto.

— Você tá legal?

— Quem se importa?

— Cadê o Potter?

— Quem. Se. Importa.

— Ok… entendi, você vai pra a festa?

— Não, quer dizer, não sei.

— Tenho uma fantasia louca em mente, você vai sim.

— Sei lá, Avery, eu só quero dormir.

 

Nesse momento, Suga se sentou ao lado de Scorpius.

 

— Ei, asiático número 3, você vai pra a festa?

— Asiático número 3?

— É, Aurora é a asiática número 1, Lisa é a número 2 e você é o número 3.

— Eu cheguei primeiro, eu exijo ser o asiático número 1.

— Tudo bem, você pode ser o número 1.

— Mas eu também tenho nome.

— E qual seu nome?

— Yoongi.

— Complicado demais, vou te chamar de John.

— Tanto faz… ocidentais burros.

— Vai pra festa, John?

— Vou.

— Fica comigo lá? —Aurora perguntou da outra ponta da mesa.

— Tá bom, eu fico.

— Quanto você tem de altura?

— O quanto eu quiser ter.

— Você pode ter 1,80?

— Posso.

— Então beleza!

— Você quer beijar ou quer jogar basquete? —Yaxley perguntou enquanto mexia seu café.

— Tamanho é documento, Yaxley. —Aurora disse.

 

Uma coruja entrou no Salão Principal com uma encomenda, chamando atenção dos alunos pois geralmente aquela não era a hora do correio coruja. A coruja Branca jogou um envelope grande na frente de Polly.

 

— Ué, pra mim? —Ela segurou o envelope confusa. — De quem é? —Polly virou o envelope e viu o nome de Luana Goshawk. — É da mãe da Crystal…

— Abre logo! —Lucas disse impaciente.

— Calma! —Polly abriu o envelope com cuidado para não rasgá-lo e de lá tirou um papel escrito com letra caprichada.

 

“Querida Polly,

 

Achei essas cartinhas que minha filha iria enviar para você e seus amigos na época das férias, mas acabou não conseguindo. Espero que seja uma lembrança boa para vocês, aliás, como o Scorpius está? Draco está literalmente arrancando os cabelos porque ainda não recebeu uma resposta.

 

Com amor,

 

Luana Goshawk.”

 

— São cartas. —Polly disse ao terminar de ler o bilhete da Sra. Goshawk. — Cartas da Crystal pra cada um de nós.

— Como assim cartas da Crystal? —Yaxley perguntou confuso e nervoso ao mesmo tempo.

— Ela ia enviar ano retrasado e não conseguiu. Toma, essa é a sua. —Polly entregou um envelope para Yaxley. — Rosier, a sua.

— Posso ler agora? —Lucas disse pegando seu envelope.

— Não! Vamos ler juntos no Salão Comunal de madrugada. Scorpius. —Polly disse com um envelope na mão estendida para cima, Scorpius se levantou de onde estava e foi até Polly pegar a carta. — Seu pai está esperando uma resposta.

— Eu sei, eu vou responder. —Scorpius disse alisando o envelope que tinha acabado de receber.

— Cadê o Potter?

— Eu não sei, deve estar no Jornal.

— Tem uma carta pra ele.

— Oi oi oi! —Disse Alvo sorrindo e correndo até a mesa. — Me atrasei, tomara que ainda tenha comida senão vou chorar.

— Toma, é da Crystal. —Polly disse entregando a carta para Alvo.

— Da Crystal? Nossa… então eu vou chorar de um jeito ou de outro.

— Al. —Scorpius disse parado ao lado do namorado.

— Sim?

— Senta comigo?

— Onde mais eu iria sentar?

— Não sei…

— Ei. —Alvo abraçou Scorpius depois de um bom tempo sem fazer isso. — Tá tudo bem, ok? —O menino Potter não obteve resposta, mas sentiu seu ombro molhado. — Scorpius? Você tá chorando?

— Não.

— Vem comigo.

 

Os dois sonserinos foram direto para as Masmorras, era esquisito andar de mãos dadas depois de tanto tempo praticamente separados. Após entrar no Salão Comunal da Sonserina, Scorpius agradeceu a Deus por não ter ninguém ali.

 

— Então… o que tá rolando? —Alvo perguntou olhando para os olhos marejados de Scorpius.

— Você sumiu, isso que tá rolando… me deixou sozinho.

— Eu sei… e eu sinto muito, mas… você sabe que…

— Eu estava sendo um escroto com você, eu sei disso. Você teve razão de se afastar, eu faria o mesmo. Mas eu sou egoísta e sem você eu não tenho ninguém.

— Scorp…

— Coisas estranhas estão acontecendo comigo, Al, não sei o que fazer. Eu preciso da sua ajuda, mas você tem que acreditar em mim.

— Que coisas são essas?

— Eu não lembro de muita coisa do meu dia, eu juro de pé junto que eu não lembro daquilo lá com aquele menino… você sabe que eu não faria uma coisa desse tipo.

— É, eu sei.

— Eu acho que… não sei, eu acho que não tenho mais controle sobre o meu corpo.

— Ah… Bill?

— Sei lá, eu não sei mais de nada.

— Você tem tido sonhos?

— Não.

— Eu não entendo…

— Nem eu, mas eu preciso que você me ajude.

— Como eu posso te ajudar?

— Não sei, só não se afaste novamente. Sem você junto fica pior.

— Não vou me afastar, quer ir pro Jornal comigo?

— Não precisa… eu posso esperar você sair, tenho certeza que seu amigo não gosta de mim.

— Ele já esqueceu aquilo, ok? Relaxa, vai ficar tudo bem.

— Vai?

— Aham, não se preocupe. —Alvo deu um selinho em Scorpius que sorriu em resposta. — Se falar com o seu pai tem mais de onde esse veio.

— É uma proposta tentadora.

— Eu sei… sou irresistível.

 

Os dois riram e aproveitaram aquele momento sem clima pesado, era só Scorpius e Alvo novamente. Scorpius e Alvo contra o mundo.

 

Kevin Yaxley

 

Era de madrugada, era a hora de ler as cartas que Crystal deixou pra eles. Havia pessoas animadas, por exemplo, Lucas e Alvo estavam muito curiosos pra saber o que a amiga havia falado pra eles. Mas, por outro lado, havia pessoas que não estavam tão animadas assim, Polly e Yaxley eram um exemplo disso.

 

Os 5 estavam distribuídos entre o sofá, as poltronas e o chão do Salão Comunal da Sonserina. Parecia que a hora de abrir aqueles malditos envelopes não chegava nunca.

 

Para Yaxley, era melhor que não chegasse mesmo.

 

— Ok… acho que a hora é agora, vamos abrir e ler. —Polly disse visivelmente nervosa.

 

Mãos ansiosas abriam os envelopes, Lucas foi o primeiro a ter sua cartinha em mãos.

 

“Rosier,

 

Oi! Tudo bom? Como estão sendo suas férias? Eu espero que esteja desenhando muito, você nunca me mostrou deus desenhos mas eu aposto que são incríveis!

 

Ah, eu falei com minha mãe e ela disse que chá ajuda na ansiedade, você já experimentou? Tenho certeza que vai te ajudar e você vai ficar mais calminho!

 

Eu tenho uns desenhos aqui de um livrinho de colorir que minha mãe me deu quando eu era criança, você quer? Tem várias princesas da Disney nele, eu não sei se você gosta, mas… bem, se você não gosta da Disney não é mais meu amigo.

 

Quando as aulas voltarem vamos arranjar uma namoradinha pra você! Ela vai ser perfeita, grave minhas palavras. Assim você nunca mais vai ter que ficar dando em cima da Polly, não é incrível!

 

Outra coisa, não gosto de te ver triste, seus olhos ficam lindos quando você sorri, sorria mais.

 

Você é incrível,

Crystal.”

 

Lucas sorriu ao terminar de ler sua carta. Ele olhou para a foto de Crystal que havia no Salão Comunal e de repente se sentiu abraçado.

 

Alvo foi o segundo a abrir a carta.

 

“Alvo,

 

Um dia desses eu acordei lembrando de uma coisa engraçada que você falou, eu fiquei rindo sozinha e minha mãe até achou que eu estava passando mal porque eu rio igual uma galinha.

 

Você ainda tem aquela foto que tirou quando você passou em Runas? Eu acho a cara do Scorpius muito engraçada lá, tem como me mandar uma cópia?

 

Outra coisa, lembra de quando seu irmão ficou com a gente nos jardins aquele dia? Ele é muito engraçado! Pede pra ele andar conosco mais vezes, eu gostei muito dele. Sua irmã também é legal, mas acho que ela é meio tímida… chama ela pra ficar comigo e a Polly, acho que ela iria gostar.

 

Obrigada por me fazer rir mesmo quando eu não quero,

Crystal.”

 

Alvo não conseguiu tirar o sorriso do rosto enquanto lia a carta. Ele desejou ter lido antes para que conseguisse realizar o desejo de Crystal em pedir para que James andasse mais com eles.

 

De repente, ele se sentiu a melhor pessoa do mundo por ter feito Crystal rir.

 

O próximo foi Scorpius, ele estava um pouco com o pé atrás em ler a carta, mas acabou lendo mesmo assim.

 

“Scorpius,

 

Eu li em algum lugar que a sua família é uma das mais ricas da Inglaterra, sabe o que eu faria com muito dinheiro? Trocaria as escadas por escorregadores, o quão incrível seria isso? Pode usar minha ideia, não vou cobrar direito autoral.

 

Eu estou morrendo sem poder conversar com você sobre a Polly, eu ainda não sei o que eu faço! Será que eu devo falar pra ela quando as aulas voltarem? Sei lá, acho que não, né? Ia ser esquisito, vai que ela não gosta de mim. Eu sei que o Rosier gosta dela, tomara que não seja recíproco rssss. Desculpa, Rosier, mas eu vi primeiro.

 

Eu achei uma foto sua com o Alvo nas minhas coisas, vocês são fofos juntos. Quando eu me declarar pra a Polly vamos ser os casais homossexuais mais bonitos de Hogwarts! Ninguém vai falar nada pra nós porque a Polly vai bater em todos eles!

 

Você deveria vir almoçar aqui qualquer dia desses, minha mãe cozinha muito bem.

 

Sinto sua falta,

Crystal.”

 

Ao fim da leitura, os olhos de Scorpius já estavam marejados e ele tentava muito não chorar.

 

Ele precisava trocar a escada por um escorregador agora.

 

Polly abriu sua carta e demorou até conseguir começar a ler.

 

“❤️ Polly ❤️

 

Eu sinto sua falta loucamenteeeee!! Odeio férias! Prefiro ver mil aulas seguidas de História da Magia do que ficar longe de você esse tempo todo! Estou morrendo!

 

Minha mãe te chamou pra dormir aqui algum dia nessas férias, você vem, não vem? Vai ser o máximo! Vamos fazer uma festa do pijama e queimar as panelas da minha mãe tentando fazer algo pra comer!

 

Sinto falta de mexer no seu cabelo, queria que o meu fosse cacheadinho assim como o seu, parece um anjinho.

 

Se você não puder dormir aqui, poderíamos sair, o que acha? Eu queria assistir Avengers 15, deve ser bom! Minha mãe disse que ficou ruim depois do 2, mas eu gostei dos outros 12, e você?

 

Eu não tenho nada pra fazer, por isso vou encher essa folha inteira de besteiras pra você sorrir aí na sua casa e lembrar de mim te infernizando na escola.

 

Voltei! Estava dando banho no meu gato! Eu geralmente não dou banho nele porque gatos tomam banho se lambendo, mas acontece que ele entrou no lixo e incensou a casa inteira. Estava complicada a situação, minha mãe quase morreu quando viu o Senhor Bigodes dentro da lata do lixo, ela tentou tirar ele de lá, mas ele arranhou ela inteira!

 

Ele não me arranhou porque ele me ama, mas tenho certeza que minha mãe vai ter que ir pro hospital ver isso aí… as unhas dele são podres!

 

Ele odiou o banho, falando nisso, tentou fugir o tempo todo mas eu não deixei. Se ele quiser dormir na minha cama vai ter que ficar limpinho!

 

Vou parar por aqui porque meus braços estão doendo de tanto segurar aquele gato enorme de gordo, mas acho que você já sabe o que eu quis dizer nessa carta.

 

Você é a minha pessoa preferida do mundo todinho,

Crystal.”

 

Polly ficou olhando para o papel sem saber como reagir àquilo. Ela tinha lutado muito para superar a morte da sua melhor amiga/primeiro amor, e agora aquela carta havia estragado tudo.

 

Ela sentia tanto a falta de Crystal e aquilo doía.

 

Quando menos percebeu, estava chorando. Scorpius a abraçou e ficou fazendo carinho na sua cabeça até ela parar de chorar.

 

— Calma, irmãzinha, vai passar. —Scorpius disse baixinho com a voz um pouco tremida por causa do choro que ele estava tentando esconder.

 

O último a ler a carta foi Yaxley, na verdade…

 

Ele abriu o envelope e não leu, ficou olhando as reações de cada um ao ler as palavras de Crystal.

 

Quando Polly começou a chorar, Yaxley resolveu ler sua carta.

 

“Yaxley,

 

Oii!”

 

Ao ler aquele “Oi” com um coração no lugar do pontinho do i, Yaxley não conseguiu ler mais nada, apenas fingiu que estava lendo enquanto olhava para um canto específico do papel.

 

— Você terminou a sua carta? —Lucas perguntou.

— Aham. —Yaxley disse dobrando o papel e colocando-o de volta no envelope.

— O que dizia?

— Coisas… sabe… coisas.

— Sei… você gostou?

— Aham, foi legal. —Yaxley continuava mentindo enquanto não tinha nenhuma expressão no rosto. — Aí, pessoal, vou dormir. —Ele disse se levantando e saindo de lá o mais rápido que conseguiu.

 

Yaxley conseguiria lidar com todas as coisas do mundo naquele momento, menos aquilo. Aquilo era demais pra ele.


Notas Finais


Aos meus lindos e impacientes Jaxley/Kames shippers, mores
Mores
M
O
R
E
S
Cap que vem vai vir dando um tiro na cara de todos vocês, só avisando.
Prepara o lencinho pra enxugar as lágrimas porque eu não vou pegar leve na desgraça.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...