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História Friends? - Declarações Parte 3


Escrita por: voldemortindie

Notas do Autor


Olá, voltei! Primeiramente queria pedir desculpas porque os capítulos estão pequenos (ai que ódio), mas ou é assim ou não consigo escrever, mals.

Vamos a terceira e última parte do “Declarações”.

Capítulo 73 - Declarações Parte 3


JAMES

 

Após pegar algumas HQs em seu dormitório, James e Yaxley estavam lendo na passagem. Sentados no chão e apoiados na parede de pedra, eles liam e por vez comentavam alguma coisa, mas no geral estavam calados.

 

— Eu gostei dessa, gostei bastante dessa. —Yaxley disse ao terminar a HQ que estava na sua mão e a fechar.

— Foi? Legal. —James sorriu.

— Bem melhor que a outra.

— Bem, ainda bem que gostou. —James parou de ler a sua HQ para observar Yaxley.

— Estamos normais, não estamos?

— Não, e eu acho que gosto disso.

— Gosta?

— Gosto, eu tive medo que se afastasse.

— Não é essa minha intenção. Faz um tempo desde que não quero me afastar de você.

— Desde quando?

— Acho que desde que você me ouviu naquele dia na balada.

— Ah… aquele dia… aliás, seu pai bateu em você naquele dia?

— Bateu.

— Por que você não… revida? Sei lá, você é muito forte, não pode fazer algo?

— Tenho medo dele. —Yaxley falou olhando para o chão. — Não posso fazer nada contra ele.

— Ah… entendo… ele te machucou muito?

— Não mais do que o normal. Mas eu já me acostumei, não se preocupe.

— Claro que me preocupo, eu gosto de você e você é meu amigo. 

— Obrigado então, mas não tenho o que fazer.

— O que você vai fazer se… tipo… argh, esquece, é idiota.

— Agora fala.

— É muito idiota.

— Fala logo.

— O que você vai fazer pra contar pro seu pai se ficarmos juntos? —James disse baixinho, com vergonha.

— Não vou contar, ele não pode saber.

— Não?

— Eu mando na minha vida, James. Eu tomo minhas próprias decisões, isso não cabe a ele. Então minha escolha vai ser inteiramente minha, mas também é direito dele não me apoiar, eu entendo, mas eu não quero sofrer as consequências disso. Não imagino o que ele poderia fazer comigo, mas sei que seria muito ruim então ele nunca vai saber. 

— Ah… isso é péssimo, eu sinto muito.

— Isso te preocupa? Que eu diga que não por causa do meu pai?

— Bem… um pouco, sabe? Ser hétero é bem mais fácil, ninguém vai te encher o saco.

— O que quer que venha, eu aguento. Eu não tenho medo, nada disso vai influenciar minha resposta.

— Você é uma coisa, né? Você devia ser grifinório.

— Deus me livre.

— Ainda vai passar o seu aniversário comigo?

— Vou, já falou com os seus pais?

— Já, meu pai relutou no começo mas ele aceitou. Eu acho que ele prefere você ao Scorpius.

— Eu também prefiro.

— Bem, eu também. 

 

James riu e Yaxley deu um sorrisinho reservado, o que animou James.

 

— Como foi sua infância? —James questionou.

— Foi ok, eu brincava com os meninos até meu pai me proibir. Acho que eu tinha uns 10 quando isso aconteceu, ele dizia que eu já estava grande demais pra brincar por aí então eu não brinquei mais.

— 10? Uau… não consigo te imaginar com 10 anos.

— Não mudei muita coisa, só cresci e minha barba apareceu.

— Você brincava com o Lucas?

— É, ele e Avery. Éramos os renegados, né? Nossos pais eram amigos. Às vezes os meninos puro-sangue das casas próximas se juntavam mas os pais deles não gostavam muito. No geral éramos nós 3.

— Você não parece muito próximo de Avery.

— Nos distanciamos quando crescemos mas ele é bom, eu gosto dele. Ele joga bem e é uma boa pessoa, ele é vegetariano e eu lembro que uma vez ele abraçou uma galinha quando éramos crianças e levou pra casa quando soube que matavam elas pra comer. Foi engraçado. —Yaxley riu olhando pra cima. — Lucas ajudou Avery a pegar a galinha, eu arquitetei o plano de fuga. Mas no final fomos pegos pelo mordomo de Avery que o fez devolver a galinha… eu não comi frango por uma semana por medo de ser a galinha do Avery.

 

James riu e ficou sorrindo pra Yaxley, gostava de ouvi-lo contar sobre si mesmo. Gostava bastante.

 

— E hoje você come frango?

— Como literalmente qualquer coisa que me derem.

— Tô vendo como você ficou desse tamanho então.

— Exato. 

— E o Scorpius? Ele não brincava com vocês?

— Raramente, ele preferia ficar com os pais dele. Nossos pais não se gostam também então quando os filhos dos comensais se uniam era raro o pai dele ir.

— Então você era mais sociável que ele? Estou em choque.

— Pois é, imagine só. 

— Imagino que você tenha histórias legais pra contar.

— Legais eu não tenho muitas… tristes eu tenho.

— Quer contar?

— Deixa pra outro dia. Mas e você? Como foi a sua?

— A minha? Ah… normal, não tem graça.

— Eu quero saber.

— Bem… eu só brincava, às vezes com meu irmão às vezes sozinho. Eu gostava de jogar quadribol com meus pais e falar dos jogos com minha mãe e meu tio Rony.

— Parece bom.

— É, foi bom. Eu e meu irmão às vezes nos juntávamos pra encher minha irmã e colocar medo dela, era ótimo.

— Que feio… assustando menininhas.

— Eu estava na minha fase “meninas são chatas”.

— Nunca tive essa fase, gostava de brincar com a irmã do Avery mais do que com ele.

— Você é um safadinho.

— Eu? Eu não.

— Sei… gostava de brincar com as meninas, huh?

— Eu não sou você, vejo meninas como seres humanos.

— Nossa… eu também vejo, sabia?

— Não parece. E aliás, onde Ryan entra nessa história da sua infância?

— Ah… nos conhecemos no primeiro ano e desde então somos colados. Ele passava quase todo o natal comigo ou eu com ele, sei lá… ele é meu melhor amigo.

— Fofo.

— Ele me apoia, sabia? Eu nunca achei que ele fosse, afinal ele te odeia.

— Eu sei.

— Aliás… alguém mais sabe? Do que eu fiz ontem?

— Seu irmão, mas acho que dele você já sabe.

— Eu pedi conselhos a ele…

— Aplicou?

— Não…

— Logo vi.

— Você não vai contar, vai?

— Polly queria saber o motivo de eu ter chegado tarde ontem, mas eu não planejava contar pra ninguém. Por quê? Você quer que eu conte?

— N-não! —James corou e olhou pra baixo. — Só se você quiser.

— Tá querendo marcar território, Potter?

— Quem foi que falou nisso?!

— Você é mais possessivo do que eu pensei.

— Eu não sou possessivo!

— Certo, entendi.

— Você é chato!

 

James tapou o rosto com as mãos, sempre que abria a boca conseguia passar vergonha, era incrível. 

 

Nos dias seguintes, tudo correu bem. Yaxley e James se falavam vez ou outra, compartilhando alguma coisa sobre suas vidas que fazia com que eles se sentissem mais próximos.

 

James descobriu que Kevin gostava mais de cinza do que de preto, além de morango ser sua fruta preferida.

 

E Kevin descobriu que James ouvia secretamente as boybands que sua irmã ouvia, e que chorava ouvindo o hino da Inglaterra.

 

YAXLEY

 

Uma semana depois, Yaxley estava terminando seu dever de História da Magia enquanto Polly lia um livro de romance qualquer, apenas os dois estavam ali pois já era meio tarde e a grande maioria dos alunos já havia ido dormir. 

 

Lembrando da conversa que teve na passagem com James há uma semana, Yaxley fechou seu caderno e olhou para Polly que lia deitada no sofá sem nenhuma preocupação no rosto.

 

— Polly?

— Oi.

— Você quer saber o motivo de eu ter chegado tarde naquele dia?

 

A menina deu um pulo do sofá, se sentando. Fechou seu livro de qualquer jeito e olhou para Yaxley com olhos arregalados.

 

— Vai fofocar comigo?! 

— Vou falar de mim mesmo então não é fofoca.

— É melhor você ter uma ótima explicação do motivo de Alvo saber sobre isso e eu não.

— Não fui eu que contei a ele, foi a outra pessoa envolvida.

— Quem? Scorpius? Lucas?

— Não.

— Vai fazer a esfinge? Para de soltar enigma e diz logo.

— James me beijou.

 

Polly ficou olhando pra Yaxley por algum tempo, boquiaberta. Até que se lembrou de algo e enfiou a cara numa almofada e abafou seu grito de frustração.

 

— O que foi? Ficou doida? —Yaxley perguntou confuso pela reação da menina.

— Eu não acredito nisso! —Polly olhou pra ele. — Que maldito!

— Polly? Qual foi? Você gostava de mim por acaso?

— Claro que não! Eu hein? Alvo fez uma aposta comigo que o irmão dele gostava de você e eu disse que ele tava viajando e agora eu devo dinheiro a ele!

— Ah… que ótimo, hein? Apostando sobre minha vida amorosa.

— Ok… ok… passada minha frustração, como assim ele te beijou? Do nada? Você beijou ele de volta? Eu nem sabia que você gostava de meninos!

— Beijando. Sim. Não. Nem eu, não sei de nada.

— E aí? Vocês estão namorando?

— Não, eu disse que não nos conhecemos bem o suficiente pra decidir se gostamos um do outro ou não.

— Como você é chato…. meu deus, e aí?

— E aí que estamos nos conhecendo desde então.

— E aí?

— E aí o quê?

— Você gosta dele?

— Eu não sei, ele é legal, gosto de passar o tempo com ele e gosto de ouvi-lo falando sobre as coisas idiotas que ele gosta.

— Meu deus, Yaxley… como você é fofo por dentro.

— Eca, eu não.

— Acho que você tá gostando dele… nunca achei que fosse shippar isso. —Polly disse sorrindo e abraçando a almofada prateada. — Ai… pensando bem até que é bonitinho… eu gostei, não estou mais com raiva de ter perdido a aposta.

— Eu tô gostando dele?

— Acho que sim, se escuta um pouquinho e você vai perceber.

— É diferente das outras vezes que gostei de alguém.

— Você já gostou de alguém?

— Uh… já, mas não importa. Faz pouco tempo desde que a gente começou com isso de se conhecer, acho que não dá pra dizer nada ainda.

— E o que mais? Tem mais alguma coisa?

— Ele me chamou pra passar o natal na casa dele, eu aceitei. Mas isso faz tempo.

— Seu aniversário é no natal, não é?

— É.

— Falta pouco tempo!

— São só dois meses!

— É muito tempo.

— Se for assim, uma semana é muito tempo e é o suficiente pra começar a gostar de alguém.

— Não.

— Vai ver você sempre gostou dele, pensando bem, você tratava ele meio diferente do que um amigo normal seu.

— Diferente como?

— O deixava chamar você pelo nome, por exemplo, nem sua ficante podia.

— Não adiantava pedir pra ele parar, ele não ia. Então desisti.

— Hoje você se incomoda?

— Não, é normal.

— Hm… bem, eu não sou você pra dizer de quem você gosta ou não, mas peço pra que você pense com carinho. James é até legal, acho que seria bom pra você. Pense direitinho e só dê uma resposta quando ela for “sim”.

— Uau, que ótimo conselho.

— Desculpa, eu gostei do casal. Vocês são bonitinhos juntos poxa… aliás, como o embuste do Smith reagiu a isso?

— Apoiou, vive querendo me deixar sozinho com James.

— Nossa… tô surpresa.

— Pois é, eu também.

— Então deixa eu te contar algo já que você me disse isso… eu acho que não gosto de meninos.

— Novidade, é só isso?

— ...como assim?

— Eu já sabia, Polly.

— Então por que não me disse nada antes?

— Porque não é da minha conta.

— Como você é contido… que inveja.

— Você gosta de alguma menina?

— Não… mas acho que um dia vai aparecer alguém.

— É, vai. Fico feliz por você se abrir.

— Obrigada. E ah, você vai assistir a apresentação do pessoal do clube de arte semana que vem?

— Não estava pensando, por quê?

— Acho que deveria ir e chamar o James.

— É, pode ser…

— Vai ser fofo, hihihi.

— É… isso é estranho.

— Você vai ficar aí? Eu acho que vou dormir.

— Acho que vou pensar um pouco antes de ir, boa noite.

— Boa noite, Kevin Yaxley. Ops, desculpe, só Yaxley. 

— Haha.

— Boa noite.

 

Polly sorriu e levou seu livro para o dormitório das meninas, deixando Yaxley sozinho no salão comunal.

 

Ele olhava para a lareira e pensava, o que significa gostar de alguém?

 

Significa pensar em alguém o tempo inteiro? Provavelmente não.

 

Significa querer aquela pessoa o tempo inteiro? Também não.

 

Mas também teve ciência de que havia vários jeitos de gostar, alguém poderia gostar assim, já ele não.

 

Ele gostava de conversar com James e saber da vida dele, da verdade dele. Gostava de passar tempo com ele sem fazer nada, ou fazendo algo.

 

Treinando quadribol, juntos.

 

Usando substâncias ilegais na passagem secreta, juntos.

 

Falando sobre coisas que não se sentia confortável em falar com outra pessoa, juntos.

 

Sair para Londres e fingir ser outra pessoa, juntos.

 

Ser Kevin e não ser Yaxley, juntos.

 

Compartilhar histórias da infância e do agora, aprender detalhes um do outro.

 

Detalhes, era sobre isso que Kevin Yaxley acreditava que gostar de outra pessoa significava. Estava tudo nos detalhes.

 

Ele gostava dos detalhes de James.

 

Gostava do seu cabelo ruivo amarronzado e com fios loiros, que cada um tinha uma opinião sobre sua tonalidade.

 

Mas era ruivo, Yaxley sabia disso.

 

Gostava do jeito que seus cabelos grandes demais para ser considerado um cabelo curto ficavam em seu rosto. E, parando pra pensar, gostou de passar a mão neles quando foi prendê-los num rabo de cavalo naquele dia.

 

Gostava dos olhos castanhos de James e das suas sardas claras.

 

As sardas eram detalhes bastante bonitos.

 

Gostava de como ele falava alto, como era idiota às vezes, como aprendia relativamente rápido quando o ensinava.

 

Decidindo parar de pensar e ir dormir, Yaxley subiu até o dormitório e foi até sua cama. Quando seus olhos se acostumaram com a escuridão do quarto e voltaram a enxergar as coisas, notou seu casaco do time dobrado na cama.

 

Isso o fez lembrar de quando James usou seu casaco naquele dia no estádio de quadribol e de como ele o devolveu no outro com um cheiro diferente, o perfume dele.

 

Merda… acho que gosto dele.”

 

JAMES

 

Estava calor, mas James se recusava a prender o cabelo de novo na esperança de que Yaxley fizesse isso por ele novamente.

 

Andando até a biblioteca, James encontrou um pôster da apresentação de música do clube de arte e lembrou que havia combinado de ir com Ryan e Justin. Ele esperava que fosse legal, pelo menos.

 

Quando entrou na biblioteca, viu Kevin sentado lendo. Teve vontade de ir até lá e sentar com ele, mas não sabia se deveria fazer isso.

 

Ao passar talvez tempo demais refletindo sobre isso, Yaxley levantou seu olhar e viu James.

 

Ele fechou o livro e levantou da mesa, andando até James.

 

— Quero falar com você.

— Comigo? —James perguntou confuso.

— É.

 

Yaxley saiu da biblioteca e James foi atrás dele, estava curioso.

 

— Você vai assistir a apresentação do clube de arte? —Yaxley perguntou colocando as mãos no bolso da calça.

— Vou, e você?

— Estou pensando em ir, quer ir comigo?

— Ah, beleza. Só vou avisar ao Ryan e ao Justin pra pegarmos um lugar maior pra caber todo mundo.

— Não, não eles.

— Hm? Como assim?

— Vamos só nós dois.

— Ah… —James ficou boquiaberto e vermelho depois que entendeu a situação em que estava. — Ok, ok… tudo bem, vamos juntos.

— Te encontro na arquibancada de trás às 20h?

— Sim, vou estar lá.

— Beleza então, te vejo lá.

 

Yaxley saiu andando um tanto rápido demais, o que fez James achar que talvez ele estivesse com vergonha. Era engraçado pensar em Kevin Yaxley com vergonha e isso deixava James feliz.

 

Antes da apresentação, eles tiveram outros pequenos momentos. Como estudar para Defesa Contra as Artes das Trevas juntos.

 

— Qual seu maior medo? —Yaxley perguntou. — Quer testar um bicho papão?

— Não, Deus me livre. Qual o seu?

— Meu pai, pensei que era óbvio.

— Ele seria seu bicho papão?

— Com certeza.

— Bicho papão ou bicho papai?

— Uau… eu tô em choque. —Yaxley botou a mão na testa. — Nossa, James, nossa.

— Desculpa. —James disse rindo.

 

Beber mais na passagem juntos.

 

— Eu juro por Deus que eu nunca nunquinha colei na prova. —James disse já vermelho pelo álcool.

— Aham, eu acredito em você. —Kevin respondeu igualmente embriagado.

— Eu vi você tocando a calcinha de Danielle na biblioteca, você não tem vergonha? Que absurdo… —James falou rindo e deitando sua cabeça no ombro de Yaxley, que estava meio cambaleando pela bebida.

— Pare de me espionar que você não vai ver nada.

— Eu tô com sono… por que você não me toca também?

— Quê? —Pelo susto, Yaxley desequilibrou e deitou no chão da passagem, levando James a deitar em cima dele. — Sai daqui.

— Todo mundo me odeia. —James levantou. — Ninguém gosta de mim, ninguém.

 

Sentar nos jardins juntos nos momentos de folga.

 

— Todo mundo me ama, todo mundo. —James dizia se abanando com a nova lista de meninos mais bonitos, onde ele estava em primeiro novamente.

— Grande coisa.

— E você que caiu de 5 pra 7? Tá emburrado por isso?

— Eu não tô emburrado, nunca liguei pra essa lista.

— Eu sou o primeiro, de novo.

— Parabéns, James.

— Obrigado, Kevin.

— Agora tira sua mão da minha coxa.

— Opa, foi mal.

 

A noite da apresentação chegou e James não parava de suar frio, teve vários momentos ao longo da semana com Yaxley mas ficava nervoso em todos eles.

 

James chegou no estádio para a apresentação um pouco antes do horário, não queria chegar atrasado.

 

Olhou para um lado e para o outro, mas nada de Yaxley, começou a ficar preocupado pois era surtado.

 

Depois de um tempo, viu o menino alto chegando vestido com a jaqueta da Sonserina que James tanto gostava. James sorriu e acenou.

 

— Oi. —Yaxley sentou ao lado de James. 

— Oi, será que isso vai prestar?

— É no que eu estou pensando. Tomara que preste.

 

A apresentação começou e os dois focaram na música, sem perceber que estavam sentados tão próximos que seus ombros e coxas se tocavam. Mas ao perceberem, não tinham vontade de se afastar.

 

A música foi boa, mas Yaxley estava pensativo demais para prestar atenção no que estava acontecendo, James conseguiu aproveitar mais. E depois de 30min eles entraram para o intervalo.

 

Algumas luzes se acenderam no estádio enquanto os membros do clube que participavam da performance estavam no intervalo. 

 

— E aí? O que achou? —James perguntou a Yaxley que tinha sua cabeça baixa, ainda pensativo.

— Hm? Nem prestei atenção.

— Bonito seu desrespeito pelos nossos colegas.

— Eles vão entender.

— Não vi o Rosier, ele estava?

— Não, ele não quis participar.

— Hm… entendo.

 

Depois de mais alguns minutos em silêncio, Yaxley suspirou e olhou para James.

 

— Aí, James. —Yaxley disse meio baixo, tirando a jaqueta do time.

— Oi?

— Você me perguntou uma vez se eu gostava de meninos ou de meninas, ou dos dois.

— É, perguntei. —James disse nervoso.

— Eu acho que tenho uma resposta.

— E qual é?

— Eu basicamente não gosto de ninguém, mas acho que agora eu gosto de você.

 

James ficou olhando pra Yaxley sem acreditar por um momento.

 

— Aqui, pra você. —Yaxley disse entregando a jaqueta do time a James, que pegou ainda desacreditado.

— Você… gosta de mim?

— Foi o que eu disse.

— Tem certeza?

— Tenho.

— Caralho…

 

James olhou pra Yaxley e ele estava olhando de volta. James sorriu e Yaxley deu o seu sorriso sem mostrar os dentes.

 

— Então é um encontro? —James perguntou.

— É, pode ser um encontro.

— Não quero um “pode ser”.

— É definitivamente um encontro. 

— Legal.

 

James sorriu e virou para frente, ficando satisfeito apenas com a jaqueta do time no seu colo e tendo seu ombro e coxa encostados com os do menino que gosta, e que gosta dele de volta.

 

Aquilo iria dar certo.

 


Notas Finais


Desculpa se não foi a melação que vocês esperavam, mas se fosse não iria ser eles kk

A próxima leva de capítulos vai ser o natal dos dois na casa dos Potter, espero que estejam aqui ❤️

Aliás, me deem ideias sobre o que pode acontecer lá, obrigadinha.


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