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História Friends? - Bônus - Lily


Escrita por: voldemortindie

Notas do Autor


Olá, voltei cedo mas voltei só pra postar uma besteirinha que escrevi lá em 2017 e nunca postei em lugar nenhum. É sobre a Lily e o Avery, boa leitura.

Capítulo 76 - Bônus - Lily


Lily e Thomas estavam em uma das salas liberadas para uso do Jornal da Escola. Os dois estavam revisando a edição da semana, pois o Professor Longbottom os pediu gentilmente para que colocassem uma nota alertando os alunos a não comerem as plantas da Estufa. Sim, aparentemente algum aluno comeu e foi parar na Ala Hospitalar com o rosto completamente inchado.

 

Lily estava sentada em uma das poltronas, ela tinha uma grande dificuldade em se sentar com as pernas fechadas, então ela simplesmente sentava colocando o pé em cima da cadeira, enquanto seus joelhos se dobravam na altura do seu peito. Esse era o jeito confortável para ela e ela simplesmente não se importava.

 

Avery estava deitado no sofá à frente de Lily. Ele rodava uma caneta bico de pena por entre os dedos, aliás, ele podia passar horas só fazendo aquilo, era relaxante.

 

Era quase o fim da tarde e a luz que vinha da janela era pouca, o céu estava uma mistura bonita de laranja e roxo. Era o horário preferido de Avery, ele achava bastante inspirador os poucos minutos que o céu passava nessa cor de “transição”.

 

— Eu acho que deveríamos colocar esse aviso do Professor Longbottom aqui no final, o que acha? —Lily disse enquanto analisava atentamente o exemplar do jornal. — Ou talvez perto do aviso do Burke?

— Perto do aviso do Burke é melhor, já está na vibe de avisos chatos de professores mesmo. —Avery parou de girar a caneta em seus dedos e se virou para Lily.

 

Lily era nova, tinha apenas 15 anos, mas ela era bastante madura até. Avery gostava da seriedade com que ela levava o Jornal, até parecia que eles trabalhavam no Profeta Diário. Os cabelos ruivos dela se destacavam ainda mais com a luz alaranjada que vinha da janela, era bonito, o cabelo dela era bonito.

 

— Você está me ouvindo? —Lily perguntou.

— Ah… o que foi? Eu não ouvi, foi mal.

— Eu perguntei se deixamos as imagens em 10 por 30 ou em 20 por 40.

— 10 por 30, ocupa menos espaço.

— Mas 20 por 40 chamaria mais atenção, as pessoas não gostam de ler coisas que só tem textos, elas gostam de fotos.

— Touché, você está certa novamente. —Thomas disse observando Lily sorrir timidamente. — Eu não sei por que você ainda pede minha opinião.

— Eu gosto de me provar certa.

— Ok, entendi, eu gostava de acreditar que era porque ela valia alguma coisa. —Thomas riu e tirou uma mecha de cabelos negros da frente do olho, aquela maldita mecha não parava no lugar.

— Ela importa, só que a minha importa mais.

— Para de pisar na minha cara, Luna.

 

Lily riu, a risada dela era alta e escandalosa, mas combinava perfeitamente com todo o resto. Assim que parou de rir, ela anotou algumas coisas no seu exemplar e o colocou em cima da mesa.

 

— Acho que acabamos por hoje.

 

Aquelas eram as piores palavras da semana de Avery. Ele realmente gostava do Jornal. Gostava de poder escrever, gostava da companhia de outras pessoas e principalmente de Lily. Com o Quadribol, ele não tinha tempo para ir ao Jornal todos os dias da semana, então ele reservou as terças e sextas exclusivamente para aquilo. E bem, era doloroso quando chegava a sexta feira e Lily dizia aquelas palavras porque ele lembrava que iria demorar 3 dias até estar naquela sala novamente.

 

A verdade era que quanto mais ele escrevia, menos ele queria jogar Quadribol.

 

— É, acho que sim. —Ele falou com um pesar, mas sem se levantar do sofá.

 

Lily se levantou da poltrona onde estava e foi até a porta. Ela girou a maçaneta, mas não conseguiu abrir. Ela tentou novamente e a mesma coisa aconteceu. Eles estavam trancados por fora.

 

— Droga! —Ela disse batendo na porta na esperança de que alguém ouvisse e os tirasse dali.

— O que foi? —Avery finalmente se levantou do sofá e foi até Lily.

— Acho que estamos trancados.

— Alohomora. —Avery disse apontando a varinha para a fechadura. Lily tentou abrir, mas continuava trancada. — Ah não, sério?

— Acho que algum engraçadinho nos trancou aqui. É MELHOR ABRIR ESSA PORCARIA DE PORTA AGORA! —Lily falou batendo ainda mais na porta.

— Seu plano é derrubá-la na força?

— Pode ser, qual o problema?

— Acho um pouco bruto demais.

— Falou o jogador de Quadribol.

— Eu sou artilheiro, não batedor.

— Dá no mesmo! —Lily falou bufando.

— Relaxa, ok? Sabe o que deveríamos fazer? —Avery disse dando a mão a Lily.

— O quê? —Ela respondeu segurando a mão dele.

— Inventar uma história. 

 

Avery levou Lily pela mão até o centro da sala, onde continuaram de mãos dadas.

 

— Eu começo, você continua, ok?

— Ok. —Lily falou rindo.

— Era uma vez uma bela menina chamada Li...Lizzie, Lizzie Blopper. Lizzie era uma linda princesa do reino de Hogwarts, todos que conheciam Lizzie se encantavam por ela.

— O pai de Lizzie, o rei Henry, queria casá-la com um homem bom e gentil para que sua filha tivesse sempre o melhor.—Lily continuou ainda com ar de riso.

— Porém… Lizzie cansou-se da vida de realeza e decidiu andar pelo vilarejo.

 

Os dois giravam calmamente pela sala sem soltar as mãos e sem tirar os olhos um do outro.

 

— Lizzie viu um certo garoto filho do ferreiro da cidade, seu nome era Tom.

— Tom se encantou por Lizzie, mas que chances um filho de ferreiro teria com uma nobre e linda princesa?

— Lizzie se aproximou do rapaz e os dois conversaram a tarde inteira, até que a menina teve que voltar para seu castelo. Porém, os dois prometeram se encontrar novamente no mesmo lugar, no mesmo horário.

— Tom ficou animado e mal podia esperar para o dia passar para que pudesse ver Lizzie novamente.

— No outro dia, Lizzie foi até o mesmo lugar e lá encontrou Tom. Os dois passearam por alguns locais do vilarejo, mas alguns senhores viram os dois e não ficaram muito satisfeitos.

— Os senhores contaram sobre o que viram para o pai de Lizzie e ele ficou abismado. Como pode um filho de ferreiro ter tamanha ousadia de falar com sua amada filha?

— Lizzie foi afastada de Tom e foi prometida a outra pessoa, um homem que seu pai julgava ser bom e fiel.

— Tom ficava na loja do seu pai triste enquanto via todos da vila celebrarem o casamento da nobre princesa. Ele ficava triste pois sabia que ela nunca seria sua.

— No dia de seu casamento, Lizzie exigiu que a festa fosse aberta ao público pois ela tinha esperanças de que Tom aparecesse e ela pudesse olhar em seus olhos uma última vez.

— Tom foi ao casamento de Lizzie, mas não ficou por muito tempo, não conseguia suportar ver sua amada princesa com cabelos de fogo nas mãos de outro homem.

— Lizzie é ruiva desde quando? —Lily perguntou com uma sobrancelha arqueada.

— Desde agora, é a minha parte da história e eu invento o que eu quiser.

— Ok… Lizzie ficou extremamente chateada por não ter conseguido ver Tom. Enquanto o padre falava as toscas palavras de casório, ela só pensava no quanto ela não queria se casar com aquele nobre. Ela queria Tom. E então, com uma explosão de coragem, Lily soltou as mãos de seu noivo… —Lily soltou as mãos de Avery. — E resolveu correr pela vila à procura de Tom. —Ela sorriu e virou as costas, indo para a outra extremidade da sala.

— Tom estava sentado em um banco quando viu a princesa passar correndo com seu grande vestido branco, Tom foi atrás dela e a segurou delicadamente pelo braço. —Thomas segurou o braço de Lily, fazendo-a virar para ele.

— Lizzie sorriu ao reencontrar os olhos castanhos que tanto sentia falta. —Lily disse sorrindo.

— O que está fazendo aqui? Seu casamento está acontecendo nesse momento! Disse Tom com um misto de confusão e alegria.

— Eu não quero me casar com ele, não é ele quem amo.

— Então quem seria digno de tamanha honra?

— Um modesto filho de ferreiro, eu sei que meu pai não acha certo, mas eu não posso mandar no meu coração. Tom, meu coração escolheu você.

— O meu coração também te escolheu, Lizzie.

— Nesse momento, os dedos dois dois se entrelaçaram e eles estavam com as testas grudadas. —Lily disse sorrindo enquanto sentia Avery entrelaçar seus dedos com os dela.

— E então eles selaram a história com um beijo de amor verdadeiro. —Avery sorriu e se aproximou calmamente de Lily que também sorria.

 

A diferença de altura entre os dois diminuiu quando Lily se colocou nas pontas dos pés. Avery soltou as mãos da menina e então segurou seu rosto, o alisando calmamente com ambos os polegares. Eles estavam tão perto, Lily estava tão nervosa que parecia que seu peito iria explodir de tanta animação. Ela viu Avery fechando os olhos e então ela fez o mesmo.

 

Lily agradecia mentalmente à pessoa que trancou aquela porta.

 

As pontas dos narizes se tocaram, os levando a dar um beijinho de esquimó que fez os dois sorrirem.

 

— Posso beijar você, Vossa Graça? —Avery disse num quase sussurro que fez Lily estremecer da cabeça aos pés.

— Sim. —Ela disse sorrindo.

 

A boca de Avery estava a centímetros da sua, ela até podia sentir a textura dos lábios dele de tão perto que estava… quando a porta abriu, revelando seu irmão imbecil e um corvino imbecil junto com ele.

 

Avery se afastou na hora, fingindo que nada aconteceu. Lily estava tão frustrada, ela iria dar o seu primeiro beijo e seria perfeito e romântico do jeito que ela sempre imaginou.

 

— LILY! —Al falava sorrindo. — Acho que tranquei vocês aqui sem querer, foi mal.

— Foi uma aposta, ele perdeu. —O menino Martell disse sorrindo. — Não vai nos botar pra fora por causa disso, né, chefe?

— VÃO PRA MERDA VOCÊS DOIS! —Lily disse sentindo seu rosto queimar de raiva. — ARGH! —Al e Christopher foram embora na hora, deixando os dois sozinhos.

 

Lily e Avery não conseguiam se olhar, ambos estavam extremamente frustrados por terem sido atrapalhados. Lily estava de braços cruzados e cabeça baixa, seus vários fios ruivos estavam na frente de seu rosto. Ela sentia que iria gritar a qualquer momento.

 

Avery encarava o chão como se lá estivesse acontecendo a mais interessante peça de teatro do universo. Ele se sentia mal por ter quase beijado Lily, ela era 2 anos mais nova que ele e seus pais nunca aceitariam seu relacionamento com uma mestiça. Mas olhe para ela, ela é linda… linda e gostava das mesmas coisas que ele. Lily não se importava se ele preferia escrever a jogar Quadribol, Lily não se importava se ele chorava ou não com filmes dramáticos, Lily não se importava com seu sangue, Lily não se importava com seu nome. Ela gostava do Thomas, não do Avery, e era aquilo que ele tanto queria.

 

— Lily? —Ele disse ainda um pouco envergonhado.

— Sim? —Ela respondeu colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha.

— Eu acho que essa história merece ser uma trilogia.

— Você acha? —Ela sorriu.

— Acho. Na terça feira continuamos, ok?

— Ok. —Lily sorriu de lado, ela sabia que contaria os segundos até a terça chegar.

 

Thomas puxou Lily pela mão e deu um beijo em sua bochecha, e então se encaminhou para a entrada da sala com sua mochila em um dos ombros.

 

— Espere por mim nesse mesmo lugar, nessa mesma hora,  Lizzie. —Ele piscou e foi embora.

 


Notas Finais


Eh isto, é só pra alimentar vcs com alguma coisa enquanto não escrevo a parte 2 do natal jaxley, obrigada 🥰
E aliás, postei minha fic do blackpink no Wattpad pra quem quiser ler, eu vou postar aqui só quando tiver mais capítulos prontos ❤️ https://my.w.tt/ONQwnj2QI4


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