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História Friends? - Discussões


Escrita por: voldemortindie

Notas do Autor


É pra pegar o lencinho porque você vai chorar um pouquinho

Capítulo 29 - Discussões


Fanfic / Fanfiction Friends? - Discussões

Scorpius Malfoy 

O caminho de volta para a Mansão dos Malfoy foi um pouco calado, o que deixou Scorpius um pouco preocupado. Ele não sabia da reação de Draco, pois ele não esboçava nada, isso podia ser bom, mas podia ser ruim também. Assim que chegaram, Scorpius foi para o seu quarto tomar banho, e logo depois ouviu seu pai batendo na porta. 

— Posso entrar? —Scorpius ouvia a voz de Draco um pouco abafada pela porta. 

— Sim. —Scorpius estava sentado na cama lendo um livro, seu pai entrou e se sentou no pé da cama, colocando uma mão sobre a perna de Scorpius. 

— Acho que precisamos conversar um pouco. 

— Se for pra falar alguma coisa ruim eu prefiro não conversar. 

— Como assim coisa ruim? 

— Tipo você não me aceitar ou coisa assim. 

— Não seja idiota, é claro que isso não é o caso. Eu não fiquei tão surpreso assim pra ser sincero com você, Scorpius. Eu percebia alguma coisa no jeito que vocês dois se olhavam, e você é obcecado demais com ele pra serem só amigos. 

— Eu realmente não sei disfarçar, sei? —Scorpius deu um sorriso fraco e olhou pra baixo, soltando um suspiro. 

— Eu não me importo, Scorpius. Eu realmente não me importo. Eu preferia que fosse com outra pessoa? Sem dúvidas, eu não gostaria de ser obrigado a ficar indo almoçar na casa dos Potter pra você ver seu namorado, mas mesmo assim eu fico feliz que ele faz você feliz. 

— De verdade? 

— Sim, ele parece ser um menino legal e eu posso ver o porquê de você gostar dele. 

— Obrigado, pai, isso é bem importante pra mim. —Scorpius sorriu e abraçou o pai, que retribuiu. 

— Agora precisamos falar sobre um assunto mais sério. 

— Qual? 

— Bem... você sabe, Scorpius... coisas que fazemos com as pessoas que gostamos... 

— Abraçar? 

— Não. 

— Beijar? Porque eu não quero falar de beijos com o senhor. 

— Não, eu estou falando de sexo. 

— O que?! Não, pai! Eu não quero falar de sexo! 

— Mas precisamos falar, Scorpius, faz parte do meu papel como pai. 

— Não, por favor, eu não quero ter que passar por isso. 

— Deixe de drama, eu sou seu pai, não deveria ter vergonha de mim. 

—Bem, eu tenho. 

— Eu sei que Hogwarts não é o lugar mais seguro do mundo em muitos aspectos, mas um deles é que ficar nos corredores depois da hora de dormir é a coisa mais fácil do mundo. Então... 

— Pai, não. 

— Ele deve ter aquela capa de invisibilidade do pai dele, certo? Fica mais fácil ainda pra... 

— PAI, NÃO! —Scorpius já estava totalmente vermelho. 

— Eu não ligo que você não quer ouvir, eu preciso falar, então você vai me ouvir, entendeu? 

— Tá... 

— Use proteção. 

— Tá. 

— Eu estou falando sério, você pode pegar uma doença. 

— Eu sei disso. 

— E... não... não vá rápido demais. 

— Eu sei, pai, pelo amor de deus vamos parar de falar disso? 

— Você já fez? 

— Não interessa! Meu deus do céu! 

— Então já? 

— Pai! 

— Já? 

— Já! Que inferno. —Scorpius bufou, ele nem acreditava no que tinha acabado de dizer pro seu pai. 

— E você fez o que? Ficou por cima ou... 

— Eu realmente não quero falar disso, será que dá pra respeitar? 

— Tudo bem, não vou exigir de você. 

— Muito obrigado, agora pode me deixar sozinho? 

— Claro, se divirta. —Draco levantou da cama e foi até a porta. — Se você melar os lençóis, você que vai limpar, entendeu? 

— Por que eu melaria os lençóis? 

— Só avisando. —Então Draco enfim fechou a porta do quarto, deixando Scorpius sozinho e confuso.

Alvo Potter

O clima na casa dos Potter não estava dos melhores, Gina, James e Lily davam apoio a Alvo e ele se sentia um pouco melhor com isso, porém não era o bastante para ignorar o silêncio do seu pai. Um frio e mortal silêncio. Alvo preferia que ele gritasse e chorasse do que escolher simplesmente ignorar o seu filho do meio. Um dia ele ouviu uma conversa entre seus pais e ficou um pouco pior.

2 dias atrás

— Você precisa falar com ele, Harry, ficar calado pela casa não resolve nada! —Gina disse achando que estava falando baixo e que ninguém ouviria.

— Eu estou tentando, ok? Eu estou processando tudo isso na minha cabeça, me dê um tempo.

— Não temos tempo, Harry, nosso filho está sofrendo com esse seu silêncio, não percebe isso?

— Eu também estou sofrendo com a falta de silêncio dele.

— Você está realmente dizendo que preferia que ele tivesse ficado calado?

— Sim, eu preferia.

— O que diabos está acontecendo com você?!

— Eu não me importo se ele gosta de meninos, Gina, eu realmente não me importo. O problema é o menino...

— Você precisa esquecer os Malfoy, Harry, eu estou falando sério.

— Eu estou tentando, ok? Eu realmente estou. É que às vezes eu sinto como se isso fosse só uma pegadinha dele, sabe? Pra me irritar, ele adora fazer isso.

— Eu tenho certeza que ele não brincaria com algo assim.

— Eu só estou pensando no caso.

— Você está me tirando do sério ultimamente, Harry, ou você engole o seu orgulho e resolve as coisas com seu filho, ou vamos ter sérios problemas.

— Tipo quais?

— Você não vai querer descobrir. —Gina deu as costas e foi até as escadas. Alvo subiu correndo para não perceberem que ele estava ouvindo cada palavra.

Presente

Naquele dia, Alvo chorou trancado no quarto pensando que talvez ele estava estragando sua família, e isso era tudo que ele menos queria. Mas ele amava Scorpius demais para abrir mão dele, então ele precisava falar com seu pai e resolver as coisas logo. Se ele acabasse expulsando Alvo de casa, bem, ele poderia morar com os Malfoy. De noite, Alvo estava deitado na cama ouvindo música com a porta aberta, então viu seu pai passando e correu até ele.

— Pai, vamos conversar. —Alvo disse segurando o braço de Harry.

— Agora não é uma boa hora, filho, depois, ok?

— Não! Vamos conversar agora. —O menino arrastou Harry para dentro de seu quarto e fechou a porta. — Você vai me ouvir, e depois pode gritar comigo... me bater ou sei lá mais o que você queira fazer, ok? —Assim que Harry abriu a boca para responder, Alvo o atrapalhou. — Nop. Calado, agora o senhor só vai me ouvir. Enfim, pai, eu queria pedir desculpas. Me desculpe por não ser o filho que o senhor queria que eu fosse, me desculpe por não ter notas boas, me desculpe por ser um sonserino, me desculpe por não saber jogar quadribol, me desculpe por não ser bom em feitiços, me desculpe por não saber me defender, me desculpe por gostar de meninos, me desculpe por ser melhor amigo de um Malfoy e me desculpe por me apaixonar dele. —Al respirou fundo e fechou seus olhos a fim de não deixar nenhuma lágrima cair. — Eu sei que eu não chego nem perto da expectativa que botam em mim por ser seu filho. Eu deveria ser... bem, o James. Me desculpe por isso também, por não ser o James. Eu tentei, tentei por muito tempo, mas parece que nada que eu faço é bom o bastante, eu não consigo te fazer orgulhoso, não consigo fazer o senhor olhar pra mim com um sorriso no rosto enquanto diz “É, aquele é meu filho”. Eu só dou desgosto, eu sei, mas não é por falta de tentar... é que eu simplesmente não consigo ser... você. —Não conseguindo mais controlar as lágrimas, ele simplesmente deixou que elas rolassem sobre seu rosto enquanto continuava falando. — Eu mereço isso, mas o Scorpius não. Por favor, dê uma chance a ele... ele é bom, ele é inteligente, ele é... eu não sei explicar. Pai, a única razão de eu não ter repetido nenhum ano foi porque Scorpius me deixava copiar as lições dele, ele me ajudava sempre, passávamos horas em claro porque eu não tinha entendido um assunto e mesmo morrendo de sono ele continuava tentando me ajudar... ele não é Draco Malfoy, pai, ele é diferente. Eu não quis me apaixonar por ele, mas aconteceu, e eu tive muita sorte dele gostar de mim também. Ele me faz feliz, sempre fez desde que ele dividiu os doces comigo no Expresso de Hogwarts no primeiro dia, desde que me fez companhia na sala comunal da Sonserina enquanto eu estava tão triste por não ter caído na Grifinória... ele sempre esteve lá pra mim e eu sinceramente não teria conseguido passar por tudo se não fosse por ele. Ele foi meu primeiro beijo, meu primeiro amor, meu primeiro namorado, meu primeiro amigo... meu primeiro tudo. O senhor não pode me fazer escolher entre você e ele, pai, por favor... não faça isso comigo.

— Eu não... filho... me desculpe. —Harry disse abraçando Alvo forte, deixando suas lágrimas molharem seu ombro. — Você não precisa pedir desculpas por nada, você é quem você é, eu não quero que você seja eu ou James, ok? Eu amo você, eu amo meu Alvo Severo Potter. Eu fui um idiota com você, eu confesso, eu fui um péssimo pai pra você. Nunca te dei atenção o suficiente e eu me arrependo disso. —Harry se afastou de Alvo e enxugou suas lágrimas. — Eu gosto de como você me desafia, como não me vê como uma figura divina e que precisa sempre concordar comigo. Você é um rebeldezinho sem causa, filho, mas eu te amo do mesmo jeito. E... Malfoy... vamos falar sobre o Malfoy, ok? —Al assentiu com a cabeça, respirando fundo. — Me desculpe por isso também. Eu realmente não gosto de Draco e você sabe muito bem disso, mas eu não deveria julgar o filho dele... porém é mais forte que eu. Eu sei que é pura implicância minha, mas eu não queria dar o braço a torcer, não queria ter que admitir que um Malfoy é uma pessoa decente, então eu escolhi odiá-lo um pouco... ah, eu gosto de irritar Draco e ele ficava muito puto quando eu falava algo do filho dele, então eu fazia por isso também. —Harry se sentiu idiota. — Eu vou melhorar, Al, eu prometo, ok? Chame Scorpius pra almoçar aqui amanhã, eu juro que vou ser o melhor sogro do mundo se é isso que eu preciso fazer pra ver você sorrindo de orelha a orelha.

— Vai mesmo? —Alvo sorriu fraco e enxugou as lágrimas.

— Talvez não tanto assim, vai... mas eu vou tentar, ok? Não chore, por favor.

— Eu vou parar de chorar, não fica bem pra a minha imagem. —Al riu e Harry riu também. — Obrigado, pai, isso é realmente muito importante pra mim.

— Eu sei, me desculpe por não ter feito isso antes e ter evitado conversar com você essa semana inteira.

— Está desculpado, porém eu vou querer um videogame novo.

— Nem pensar, tchau. —Harry saiu do quarto.

— Ei!! Por favor, nem precisa ser o mais novo que tem! —Alvo falou no corredor, vendo seu pai se afastando e rindo. Bufou. Mas então lembrou que seu pai tinha dito para chamar Scorpius para almoçar no dia seguinte e um sorriso apareceu no seu rosto. Desceu as escadas correndo até chegar no telefone, onde discou o número dos Malfoy (que já sabia de cor).

— Alô? —A voz grave de Draco apareceu do outro lado da linha, fazendo Alvo ficar um pouco apreensivo, afinal não sabia qual tinha sido a reação do pai de Scorpius ao saber do namoro dos dois.

— O-oi, senhor Malfoy, aqui é Alvo Potter.

— Ah, oi, Alvo.

— Scorpius está?

— Sim, espere um minuto, vou passar pra ele. —Al ouviu passos subindo escadas.

— Al? —Scorpius disse.

— Oi! Tudo bem? Como foi que seu pai reagiu? Me conte tudo.

— Calma, muitas perguntas de uma vez só. —Scorpius riu. — Ele reagiu bem, até me perguntou coisas... íntimas.

— Como o que?

— Se eu já tinha transado com você.

— O que?! —Alvo se acabou de rir, ele riu até chorar. — Eu não acredito...

— É sério, e não ri, seu idiota! Foi muito constrangedor.

— Eu queria tanto ter visto isso, mas e aí? O que você respondeu?

— Que sim.

— Uauuuu, Scorpius Hyperion Malfoy é o pegador.

— Cala a boca. Ele me perguntou se eu fiquei por cima ou por baixo.

— Seu pai não é nem um pouco discreto, né?

— Não, ele não é. E eu não respondi, antes que pergunte.

— Deveria ter respondido.

— Claro que não! Você responderia se seu pai te perguntasse isso?

— Não sei, acho que sim.

— Você é um sem vergonha.

— Eu sou um sem vergonha sim, e queria te dizer umas coisas. Primeiro, eu conversei com meu pai e falei tudo o que eu queria dizer há muito tempo e ele me disse que iria te dar uma chance.

— Sério?! Isso é o máximo!

— Sim! E ele disse pra eu chamar você pra almoçar aqui amanhã, e aí? Topa?

— Não sei se meu pai vai querer ir...

— Bem, meu pai mandou chamar você, não seu pai.

— Nossa, que grosseria.

— Converse com seu pai, sim? Do jeito que ele te mima eu duvido que ele não faria esse sacrifício.

— Você tem razão, eu vou conversar com ele.

— Eu nem acredito, sabia? Que estamos finalmente dando certo.

— Sempre demos certo.

— Mas agora é oficial, oficial mesmo. Droga, queria tanto que você estivesse aqui... sinto sua falta feito louco, Scorp.

— Eu também, deixa eu te contar um segredo?

— Conte.

— Eu me masturbei 2 vezes ontem pensando em você.

— Uau. —Alvo riu. — Que menino mais rebelde, eu nem sabia que você fazia essas coisas, Malfoy, eu vou contar pro seu pai.

— Vai se lascar.

— Eu não posso falar nada, eu me masturbei umas 10 vezes essa semana.

— É sério?

— Sim.

— Você é um ninfomaníaco.

— Eu não sei o que é isso, já disse, não use palavras difíceis comigo.

— Eu vou te dar um dicionário de aniversário, o que acha?

— Acho chato, usaria de peso de porta.

— Bleh, você é um inculto.

— E você é um nerd chato.

— Al.

— Fala.

— Eu amo você, mesmo você sendo um ogro.

— Eu também amo você, mesmo você sendo mais nerd que o Stephen Hawking.

— Eu entendi essa! —Scorpius comemorava por saber quem era o trouxa Stephen Hawking.

— Uhu! Ponto pra você, campeão.

— Eu preciso ir agora, boa noite, ok?

— Boa noite, durma com os anjinhos.

— Que fofo, Al, obrigado.

— De nada, tchau, Scorp, até amanhã.

— Mas eu nem sei se...

— Não quero outra resposta além de “sim, claro, com certeza”, adeus! —Então Alvo desligou o telefone.


Notas Finais


Eeeeeee tudo acaba lindo com cor de arco íris uhuuu #EuTePerdooHarry


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