1. Spirit Fanfics >
  2. Friends, Lovers Or Nothing >
  3. Coincidências.

História Friends, Lovers Or Nothing - Coincidências.


Escrita por: PinkNeonFantasy

Notas do Autor


Boa leitura <33

Capítulo 57 - Coincidências.


Fanfic / Fanfiction Friends, Lovers Or Nothing - Coincidências.

FRIENDS, LOVERS OR NOTHING

PinkNeonFantasy

CAPÍTULO 57 - QUEM É ELE?

Eu mantinha meu olhar no líquido escuro na minha xícara. Eu não conseguia processar as coisas direito, o ar parecia estar faltando e eu me sentia novamente uma adolescente apaixonada.

Respirei fundo, tentando não pirar ao saber que Gerard estava à apenas alguns passos de mim, e provavelmente me encarando, pois eu podia jurar que sentia seu olhar em minha nuca.

Mordendo o meu lábio inferior até ele arder, eu levantei a xícara de café e percebi que estava tremendo muito. Comecei a estralar os dedos e manti meu olhar na janela, sem saber direito o que fazer caso ele viesse até mim.

- Você ainda tem essa mania de estalar os dedos quando fica nervosa. - Escutei sua voz e respirei fundo, me virando aos poucos para olhá-lo.

Ele estava parado ao lado da mesa, um pouco à frente. Em uma mão carregava uma bandeja pequena com dois pratos com pedaços do bolo de chocolate que possuía uma cereja em cima de cada pedaço, que eu vi estar no balcão quando eu entrei. Na outra mão um copo branco de café. E um sorriso torto no rosto.

Engoli a seco.

- Q-quem disse q-que eu e-estou n-nervosa? - Do jeito como a minha voz tremeu, eu desejei nunca ter aberto a minha maldita boca. Meu rosto ficou quente e ele riu, colocando um prato na minha frente.

- Posso sentar? - Ele não esperou a minha resposta, e sentou-se no estofado vermelho, escorregando para o lado até ficar perto da parede com a janela, de frente para mim. - Bem, tirando o fato das suas mãos estarem tremendo como se você tivesse levando um choque, você estar estralando seus dedos de uma forma que para mim parece bem dolorosa, estar vermelha e gaguejando, eu diria que é porque eu te conheço bem de mais. - Ele deu um sorriso irônico.

Eu revirei os olhos, abaixando as mãos para o meu colo, para que elas não ficassem visíveis para ele e tentei não deixar transparecer a minha vergonha, mas falhei gravemente nessa última tentativa.

Ele pegou o garfo que estava sobre o prato, ao lado do bolo e cortou seu pedaço ao meio.

- E como vai a vida da minha arqueóloga preferida? - Ele perguntou naturalmente, como se tivesse me visto mês passado. E eu não conseguia deixar de reparar em seus lábios róseos se entreabrindo lentamente enquanto ele levava o garfo com um pedaço pequeno de bolo até entre os lábios.

Naquele momento eu quis ser um bolo...

- Arqueóloga preferida? - Perguntei meio abobada ainda com sua presença ali. Ele sorriu, mastigando o bolo e em seus lábios fechados tinha um pouco de calda de chocolate.

- Uhum... - Ele engoliu. - Esse bolo é bom, você deveria provar. - Ele apontou para o bolo intacto no meu prato. - Eu andei pesquisando sobre você, mas digamos que acho mais interessante ouvir como você está de você mesma.

Continuei o encarando, apatetada. Balancei a cabeça e pisquei. - Pesquisou sobre mim? - Não consegui ocultar a surpresa na minha voz. Ele balançou a cabeça em concordância, enquanto devorada mais um pedaço de seu bolo.

- Claro. - Falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. - O que esperava? Eu ainda te amo.

Pronto.

Bastou isso para fazer meu coração parar de vez.

- O que... Ah, não procurou saber nada sobre mim esses anos todos? - Eu engoli a seco e ergui o olhar da madeira escura da mesa e encontrei-o arrasando com algumas regrinhas básicas de etiqueta, como por exemplo aquela que diz que não se deve por os cotovelos na mesa. E ele apoiava o queixo sobre as mãos.

Por um minuto eu lembrei do Gerard que foi até a minha casa me pedir para ser sua namoradinha de mentira. Aquele Gerard brincalhão e doido, espevitado e que não se importava nem um pouco de passar vergonha. Aquele Gerard que parecia não estar mais ali.

- Eu... Eu procurei. - Murmurei baixinho. E seus olhos reacenderam de repente, como se aos poucos, com aquela conversa, o antigo Gerard Way que foi embora para Suécia, estivesse voltando.

- E o que ficou sabendo? - Ele ergueu as sobrancelhas. - E coma, ou se não eu vou comer esse bolo por você. - Apontou com o dedo indicador para o meu prato ainda intacto e voltou a atacar o seu.

Ergui a mão e peguei o garfo. - Fiquei sabendo que é dono de uma editora agora. - Falei parecendo um pouco debochada. Ele riu.

- Yeah, estou crescendo.

- E que seus quadrinhos fazem muito sucesso. - Sorri, partindo um pedaço do bolo. - Fico feliz por você.

Ele sorriu. - Obrigado.

Eu ergui um pedaço de bolo, e apesar de não estar sentindo fome e minha garganta estar seca de mais para qualquer coisa passar por ali sem dificuldade, eu coloquei o bolo na boca e Gerard observou-me com um olhar que me fez pensar se eu o olhei da mesma forma quando ele estava colocando o primeiro pedaço do bolo na boca.

Estava realmente bom.

- Katrina caprichou nesse bolo né? - Ele sorriu. - 'Tá uma delícia.

Eu assenti.

- Por que não foi a festa da Line e do Jared ontem?

Eu encolhi um pouco os ombros. - Falta de tempo.

- Eu fui até lá só para te ver, e no entanto você não foi.

Meu estômago revirou.

- Para me ver você deveria ir até a minha casa. - Impliquei, e ele se inclinou para trás, encostando suas costas no encosto do banco estofado e cruzou os braços, me observando comer.

E eu odiava quando alguém ficava me olhando comer, me sentia constrangida, mas ali não, eu não me senti incomodada com seu olhar sobre mim.

- Você precisa me dar seu endereço, seu telefone, seu e-mail, e... Ah, claro, o mais importante, a sua mão em casamento.

Eu o encarei pasma e o pedaço de bolo que estava sobre o garfo, levando até a boca caiu novamente no prato. Ele riu.

- Epa, vamos com calma menino. - Falei, mas não consegui conter um sorriso.

Ele descruzou os braços e se inclinou novamente para frente.

- Eu estava morando na Escócia, com minha avó paterna. Voltei à morar em New York com um único propósito, sabe qual é?

Ele me olhava com intensidade. Tudo bem, eu sabia aquela resposta, eu sabia. Na verdade eu não tinha certeza e tinha... Ai, minha cabeça virou confusão.

Eu engoli a seco e neguei com a cabeça, apesar de já ter uma ideia.

Ele estreitou os olhos para mim e inclinou a cabeça para o lado.

- Você sabe sim, Jen. - Ele olhou no relógio em seu pulso e suspirou. - Onde você está morando? Fiquei sabendo que saiu da casa dos seus pais.

- Aline?

- Lyn. - Ele contou.

- Ah. Estou morando no Greenwich Village.

Gerard encarou-me em silêncio por alguns segundos. - Está brincando.

- Não. - Franzi a testa. Ele riu balançando a cabeça.

- Ótimo.

- O quê? - Eu me sentia confusa. Seu semblante que ia do divertimento à incredulidade e otimismo não me deixava saber o que esperar vir dele.

- Eu comprei um apartamento em Greenwich Village. - Ele sorriu. Eu fechei os olhos por alguns segundos e escutei sua risada.

- Você não está não. - Eu ri, incrédula. Jesus, era coincidência de mais.

- Estou. - Ele balançou a cabeça. - Em qual prédio?

- Por quê? - Perguntei, desconfiando de sua expressão travessa.

- Qual prédio, Jenny? - Ignorou minha pergunta.

- McDougal Street.

Ele riu. - Sabe, você deveria oferecer um jantar para o seu mais novo vizinho.

Deixei o garfo de lado. Não, pera...

- Você...

- É. - Ele sorriu, mostrando seus dentinhos. - Estou morando no McDougal Street, querida.

Ficamos nos encarando por eu sei lá quanto tempo, em silêncio. Eu tentava processar tudo que estava acontecendo naquela manhã.

Gerard estava novamente em NY, me deu um par de indiretas bem diretas, sem contar que disse que me ama, e, além de tudo, está morando no mesmo bairro, no mesmo prédio que eu.

Meu Deus!

Eu soltei uma risadinha. Eita sorte!

- Okay, vizinha. - Ele sorriu mais largo e se levantou. - Eu infelizmente tenho uma reunião com o editor chefe da minha editora e não vou poder ficar com você, porque eu sou um homem ocupado...

- Está dizendo que eu sou uma desocupada?

- O quê? Não. Eu só... Ah esquece. - Revirou os olhos enquanto eu ria. - O que eu quero mesmo é que a gente possa sair um dia desses. - Ele me estendeu um papel em branco e uma caneta. - Anote seu número para mim por favor, enquanto eu vou ali pagar a Kat?

Observei-o se distanciar e ir até onde Milly e Kat estavam aos cochichos e então me virei para anotar meu número de telefone. Depois que ele voltou, pegou o papel e colocou no bolso da calça, se inclinou para frente e beijou a minha testa.

Sentir seus lábios macios e quentes entrando em contato com a minha pele me render arrepios por todo o corpo e eu fechei os olhos, sentindo o seu cheiro de café, nicotina e perfume cítrico.

- Senti sua falta. - Sussurrei.

- Também senti a sua. - Sussurrou de volta. Eu abri os olhos e ele piscou um olho para mim, roubando a cereja do meu bolo e colocando na boca. - Te ligo mais tarde. E atenda. - Intimou. - Ou eu baterei em todas as portas do McDougal até te achar.

Eu ri, porque não duvidava que ele fizesse aquilo mesmo, e então assenti.

***

- Atrasada. - Nathan cruzou os braços. Suspirei.

Nathan John Rise era coordenador de expedições do Museu onde nós trabalhávamos. Nathan tinha 29 anos, cabelos castanhos claros, olhos azuis claríssimos, era muito alto (tem 1,89 de altura), forte e... Implicante no trabalho, apesar de ser um amor e muito meu amigo.

- Desculpe, Nathan, mas eu encontrei um... Amigo que há muito tempo não via e me atrasei. - Ele me olhou arqueando uma sobrancelha, e eu sabia que mais tarde ele me perguntaria quem era o tal amigo.

- Há um pedaço de pergaminho que foi achado por uma equipe de arqueólogos daqui, eles acharam na Rússia, e me enviaram e acho que deveríamos começar a estudar...

***

Meu celular vibrou no bolso da calça.

- Gente, desculpa, mas eu preciso sair um minutinho. - Me levantei da cadeira giratória preta. Os arqueólogos com quem eu trabalhava me olhara, e assentiram. Estávamos trabalhando nos pergaminhos achados por uma equipe de expedição que foi mandado por Nathan para a Rússia.

Sai da sala e peguei o celular um pouco nervosa.

- Você encontrou com Gerard Way? - Hay nem mesmo me disse oi e já foi falando sobre Gerard. Suspirei.

- Todo mundo já tá sabendo é? - Me encostei em uma parede.

- Não. Descobri por acaso.

Não acreditei nem um pouco nesse "por acaso" dela.

- Uhm, sei.

- Sério. E... O que vocês conversaram?

- O seu "por acaso" não te informou sobre isso também? - Perguntei rindo.

Ela bufou.

- Estou falando sério.

- Okay, não precisa se estressar senhora Urie. - Ela bufou de novo e eu ri mais. - Conversamos pouco e foi... Estranho.

- Estranho por quê? - Tive a impressão de que alguém murmurou algo e não era Hay. Me perguntei se tinha mais alguém perto dela.

- Não sei... Esquece okay? Só foi estranho vê-lo depois de tanto tempo... - Murmurei. - Por quê?

- Eu e Aline pensamos que vocês poderiam estar... Voltando, ou já ter voltado, sei lá.

- Não é assim tão rápido. - Eu abaixei o olhar.

- Eu sei, desculpe. - Ela suspirou. - É só as suas amigas dando um ataque de cupido aqui, entende? - Ela soltou uma risadinha. - Queríamos ter a nossa Jenny feliz de novo.

Eu engoli a seco e senti meus olhos arderem.

- Obrigada meninas. Mas eu não garanto nada...

***

- Você estava bem distraída hoje. - Nathan comentou, durante aquela mesma noite. Estávamos na minha casa, tínhamos acabado de jantar e ele estava sentado no meu sofá tomando vinho tinto. - E algo me diz que tem a ver com o reencontro com aquele tal amigo que fez você se atrasar.

- Gerard. O nome dele é Gerard. - Comentei, abaixando um pouco a cabeça, mas sem tirar o olhar da janela, por onde eu observava a rua.

- O cara que te deu essa aliança. - Nathan comentou, e eu sabia que ele estava olhando para a minha mão. Desviei o olhar para a minha mão e lá estava a aliança. Eu nunca tinha a tirado do dedo, nem depois que eu e Gerard terminamos. Assim como o colar que eu mantinha no pescoço, o Pubby que eu cuidava como se fosse um filho, a aliança continuava ali, comigo. - Entendi...

Me virei, me encostando na parede ao lado da janela. Suspirei. Nathan estava tão cansado de ouvir sobre Gerard.

- É, ele mesmo.

- E o que ele te disse?

Eu encolhi os ombros. - Foi estranho, Nath. Ele agiu como se tivéssemos nos visto semana passada, quando são sete anos longe.

- Vocês tem muita coisa para conversar...

- Sim, muito. - Concordei.

- Mas, sabe, se ele não te faz bem, você deveria se afastar.

- Ele me fazia bem, e... Só passamos muito tempo longe.

- Tome cuidado, Je...

Ele não conseguiu completar sua frase, a campainha da minha casa começou a tocar loucamente e eu olhei para Nathan, ele deu de ombros.

Nathan levantou-se e foi até porta antes que eu o fizesse. Ele abriu a porta. Ele ficou parado na porta por alguns segundos, em silêncio.

- A Jenny está?

Eu reconhecia aquela voz. Deus, como ele descobriu o número do meu apartamento?

Nathan meio passo para trás. Engoli a seco.

- Sim, ela está... Você é?

- Gerard. Gerard Way, sou amigo dela. - A voz de Gerard era tão fria que um arrepio nada bom subiu pela minha espinha. Me aproximei da porta, onde Nathan e Gerard se encaravam. O clima estava tenso ali e eu engoliu a seco, vendo o modo como Gerard encarava meu amigo.

Era um olhar tão frio... Tão... Tão diferente.

- Gerard. - Chamei-o quando parei próxima das costas de Nathan. Nathan se virou e me deu espaço para ficar na porta. - Não te esperava aqui... - Falei sem graça.

Gerard me encarou. Seus olhos verdes me olhavam com um pouco de raiva.

- Eu creio que não mesmo... - Seu olhar foi para Nathan. - Se quiser posso voltar outro dia.

- Não! - Quase gritei. Nathan me olhou um pouco assustado e Gerard parecia um pouco mais satisfeito, apesar de ainda aparentar certa irritação. Cocei o braço, nervosa e me sentia sem graça com o olhar dos dois sobre mim. - Ér... Entra.

Gerard deu à Nathan um olhar parecido com vitória e Nathan levantou uma sobrancelha. Gerard entrou e eu olhei para Nathan, esse assentiu silencioso.

- Bom, eu vou indo. - Nathan disse, indo até o sofá e pegando a pasta que ele trouxe do trabalho. - Vejo você amanhã, Jenny. - Ele me deu um beijo na bochecha e eu pude ver o olhar assassino que Gerard lançou para Nathan, mas este pareceu não perceber, ou se percebeu, ignorou.

Assenti e fui com ele até a porta. Ele deu um aceno de cabeça para Gerard que não retribuiu, e então se foi.

- Quem é ele? - Gerard estava de braços cruzados quando eu fechei a porta e me virei para ele.

- Nathan?

- O cara que estava aqui agora? - Ele perguntou ríspido. - Se esse é o nome dele, então é esse mesmo. Nathan? Nome feio. - Resmungou.

Eu erguei as sobrancelhas. - Ataque de ciúmes, Way? - Me aproximei, lentamente.

Ele estreitou os olhos para mim, se aproximando em passos lentos, assim como eu.

- Só quero saber... - Estávamos à um centímetro de distancia um do outro. - Se tem mais alguém querendo ter você. Porque eu não estou disposto a te perder de novo.

- Não se preocupe... - Dei um sorriso sarcástico. - Talvez eu ainda pense em você de vez em quando...

Ele riu. - Você ainda me ama, Jennifer.

Gerard descruzou os braços e suas mãos agarraram a minha cintura de um modo que eu não esperava, com força e me puxou para ele de um jeito meio brutal.

- Eu não disse isso. - Arfei.

Ele inclinou a cabeça, e eu senti sua respiração perto do meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse.

- Nós nunca tiramos nossas alianças, Jenny. - Gerard levantou a cabeça e encarou meu rosto, ergueu sua mão, pegando a minha e no dedo dele, lá estava a aliança que trocamos embaixo da árvore, sete anos atrás. Meu olhar manteve-se fixo na sua aliança. - Isso deve significar alguma coisa, não acha?


Notas Finais


Genteeeeee.. Alguém aí sabe quem poderia fazer uma fanart para a minha próxima fanfic com o My Chemical Romance? Eu agradeceria muito se alguém pudesse indicar/fazer uma fanart pra mim *----*
Bem... Está cada vez mais próximo do fim YuY
Gostaram? Bjos


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...