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História Friends Shouldn't Kiss - Quinze


Escrita por: regulusmila

Notas do Autor


voltei rápido? Aproveitem a leitura e leiam as notas finais!

P.S: PRESTEM ATENÇÃO NO CAPÍTULO!

Capítulo 15 - Quinze


[...]

A capa não protegia de chuva e eles não tinham se lembrado de lançar um feitiço impermeabilizante, nem se permitiram executar tal ação. Temiam que, por alguma desventura, fossem localizados por causa do feitiço.

Correram o máximo que puderam, tropeçando diversas vezes nas inúmeras poças de lama que já se formavam no solo encharcado, ao avistarem as torres de Hogwarts.

Já havia anoitecido completamente quando chegaram e, pelo que conseguiram enxergar, alguns professores e alunos tinham suas varinhas empunhadas com o feitiço Lumus sendo executado.

A primeira coisa que Draco ouviu, ao se aproximar o suficiente com Harry, foram os berros que todos ali davam.

 Chamavam seus nomes.

Pareceu lembrar que ainda estavam com a capa, por isso tratou de puxar o tecido, deixando que deslizasse suavemente pelos corpos deles, relevando-os para os que ali estavam presentes. As roupas estavam encharcadas, assim como o cabelo pouco organizado do jovem Malfoy pingava.

Harry foi em direção a Hermione Granger, que corria com uma expressão de pavor. Eles se abraçaram e o garoto parecia tentar entender o que estava acontecendo.

Mas Draco não saiu do lugar. Ele não conseguia, estava paralisado, com os olhos esbugalhados, tentando entender o que, de tão ruim, havia acontecido enquanto eles estavam fora. Principalmente, por qual razão Lily Potter estava ali.

“Draco” Pansy berrou, tirando o loiro parcialmente de seu estado de choque. O garoto apenas virou o rosto para a amiga. “Onde diabos vocês estavam?” Ela tinha as mãos rentes às vestes de Malfoy, balançando o corpo do amigo para que este respondesse. “Querido, você leu as cartas da sua mãe?”

Draco negou com a cabeça, observando os olhos de Parkinson marejarem. Ela pareceu não se importar com o fato de que se abraçasse o amigo, também iria se molhar, pois assim o fez. Extrema agonia passava pelo corpo do garoto loiro e, ele não sabia como, encontrou sua voz para questionar o que era tudo aquilo. “A-algo aconteceu... Com a minha mãe?” Pansy não suportava a ideia de contar, não saberia como, afinal. “Pans” ele agarrou os braços da menina, um olhar horrível surgindo em seu rosto. “Pansy! O que aconteceu com minha mãe?” ele gritara totalmente descontrolado.

Snape, por via das dúvidas, achou melhor intervir, puxando Malfoy pelas vestes. “Vamos, Draco” murmurou, “precisamos conversar com calma.”

“Não!” Malfoy empurrou o padrinho. “O que diabos aconteceu?”

Lily Potter abraçou o garoto pelas costas. “Querido” ela sussurrava enquanto, discretamente, lançava um feitiço tranquilizador em Draco. “Por que não conversamos lá dentro, mhm?”

Draco assentiu, sentindo paz emanar pelo corpo de modo lento.

‘De onde vem esse cheiro?’ Pensou ao abraçar Lily.

E a última coisa que iria se lembrar era de como Lily Potter agarrou seu corpo delicadamente, deixando um beijo em sua testa. Como Narcissa Malfoy havia feito diversas vezes.

[...]

Draco Malfoy piscou os olhos repetidos vezes, tentando se acostumar com a claridade daquele cômodo.

Não se recordava de ter ido para cama na noite anterior e, além disso, achou estranho demais o fato de não estar em uma cama, mas sim em um sofá.

‘Que lugar era aquele, afinal?’

Sentou-se, desconfortavelmente. Esfregou as têmporas com a ponta dos dedos, na tentativa de fazer aquela dor infernal ir embora e de recobrar a memória.

‘Havia bebido?’ questionou-se.

Bufou com a ideia, descartando logo em seguida.

‘Certo’ pensava, ‘onde eu estava?

“Mãe, acho que ele acordou” foi interrompido pela voz de Harry. O garoto tinha uma expressão dolorida, quase como se fosse vomitar. “Você tá bem?”

De modo repentino, Draco pareceu ir recobrando os acontecimentos, como se apenas olhar para Harry tivesse aquele efeito. Levantou um pouco a cabeça, vendo que no canto do cômodo Lily, Severus e Dumbledore conversavam com um olhar apreensivo.

Estava dividido entre achar que algo extremamente grave havia acontecido a ponto de Lucius Malfoy não conseguir se fazer presente, ou pensar que, já que não era tão importante, o pai não tinha interrompido o trabalho.

Viu Lily lhe direcionar um sorriso gentil, de canto de boca, aproximando-se dele. “Desculpe por mais cedo, querido” ela dizia de pé, passando as mãos afavelmente pelos cabelos platinados do garoto. “Você estava quase tendo uma crise de pânico, então me dei à liberdade de te acalmar um pouco, certo?” prosseguiu, recebendo apenas um balançar de cabeça como resposta. “Lembra-se de algo que aconteceu?”

Draco franziu o cenho. “Um pouco...” ele mordia os lábios em claro sinal de nervosismo. “Acho que, na verdade, o suficiente para saber que algo aconteceu com minha mãe-”

“Sim, Draco” Lily interrompeu, “iremos falar sobre isso logo após escutarmos sua versão dos fatos.”

“Minha versão?” ergueu as sobrancelhas. “De que?”

A matriarca sorriu. “Harry nos contou o que vocês viram, quando estavam na Casa dos Gritos.”

“O que achamos ter visto” Draco corrigiu outra vez.

Lily fixou os olhos verdes no garoto, estudando-o pacientemente. “Quer me contar o que aconteceu?”

Ele balançou a cabeça, suspirando pesadamente. “Eu não sei exatamente, para falar a verdade” disse, ganhando um olhar que pedia continuação de Lily. “Quando tudo aconteceu... Bem, eu estava... Mhm, de costas...”

“Dormindo?” Lily falou ao mesmo tempo, franzindo o cenho com a resposta. Ela olhou para Harry, que tinha um semblante assustado, como alguém que havia sido pego na mentira. “Desculpe, achei que tivesse dormindo, querido.”

Houve uma rápida troca de olhares entre Malfoy e Potter, como se estivessem fazendo um acordo. “Não” ele rebateu rápido, “isso foi antes de dormir” limpou a garganta antes de continuar. “Quando Harry disse ter escutado um barulho... Err... Acho que comentei algo sobre serem pássaros? E continuamos conversando, até que cochilei. Acordei depois com o Harry gritando e...”

“E você viu Bellatrix” Lily concluiu. “Ela aparatou?”

Draco negou. “Não acho que foi ela de verdade... Ela se desmaterializou.”

Foi vez de Severus interromper. “Você tem certeza?”

“Eu estava lá, então sim, acho que posso ter certeza.” Murmurou em um tom de voz frio, nunca deixando o olhar sair do foco do padrinho.

“Draco” a ruiva repreendeu, “estamos apenas tentando entender o que aconteceu aqui.”

Ele direcionou o olhar gélido à Lily Potter, com uma expressão fechada. “E eu quero entender o que aconteceu com Narcissa Malfoy.”

Severus soltou um muxoxo, pensando em como tudo aquilo poderia ter sido diferente, mas Narcissa havia confiado nele. “Receberam o patrono que mandei?”

Harry sacudiu a cabeça, afirmando por ambos. “Ela sumiu depois que o feitiço do patrono apareceu.”

Draco estalou a língua, soltando um silvo enquanto batia o pé de modo impaciente. Ele não compreendia o motivo de não dizerem o que havia acontecido com sua mãe, assim como não entendia nada do que estava acontecendo. Queria gritar com todos os presentes naquela sala por o tratarem como criança que não sabe o peso das coisas.

Por Merlin, ele já possuía dezesseis anos! Não era um bebê inocente ou algo do tipo e, com toda certeza, não queria ser protegido da verdade.

Se algo tinha acontecido com sua mãe, então que falassem logo, não ficassem naquele suspense idiota como se fosse amenizar algo, pois não iria.

Não iria mudar nada, no final das contas, para Draco, se eles contassem naquele momento ou dez horas depois. Na verdade, talvez a única coisa que mudasse seria os segundos, minutos e horas a mais de impaciência e ansiedade.

Então como eles ousavam dizer que era para o bem do loiro? Todo aquele mistério estava tornando o estômago do garoto mais embrulhado do que quando teve que provar uma poção de Seamus Finnigan.

“Draco” Lily começou, fazendo sinal que ele deveria se sentar, “você chegou a abrir alguma das últimas cartas de sua mãe?”

O garoto enrugou a testa, questionando-se o que aquilo tinha com os acontecimentos. “Li algumas, mas... Bem, chegaram muitas.”

A matriarca balançou a cabeça, como se entendesse o que ele queria dizer. “Em alguma dessas cartas que você leu...” ela deu uma longa pausa, “tinha algo sobre sua tia? Qualquer coisa?” Draco negou com a cabeça. Lily deu um suspiro pesado para o que viria em seguida. “Querido... Nesta manhã, o Ministério afirmou em nota ter achado coisas suspeitas envolvendo Narcissa...”

“Não!” Draco disparou. “O que está querendo dizer, Lily?”

Potter fez um longo carinho nas mãos de Draco, tentando, em vão, acalmá-lo. O garoto tremia mais que tudo, mantendo os olhos acinzentados bem abertos.

Ele sabia que a mãe-Potter havia voltado a falar, mas ele não escutava nada, como se tudo estivesse em câmera lenta enquanto ele juntava os pontos e acontecimentos. Sentia sua cabeça e estômago rodar, como se estivesse prestes a desmaiar por longos minutos – ou quem sabe, vomitaria o que estivesse presente na sua barriga.

Ao mesmo tendo que sabia que precisava se acalmar, não conseguia. Sentia a ansiedade, também, de outra pessoa e, por isso, levantou o olhar de modo rápido para Harry. O rapaz de olhos verdes tinha uma expressão horrível no momento, como se algo doesse, embora desconfiasse que não fosse nada físico.

Culpa.

Por que Harry estava sentido culpa? Por que ele conseguia, em um momento tão inoportuno, sentir as emoções de Potter? Algo estava errado.

Foi quando voltara para seu pleno raciocínio que, talvez, tenha pegado a parte mais importante da fala de Lily Potter. A fala que, a partir dali, toda sua noite se tornaria um pesadelo.

Narcissa Malfoy estava presa, suspeita de ajudar sua irmã Bellatrix e, aparentemente, sem previsão de saída.

[...]

“Draco?” Harry demonstrava confusão por ter sido acordado tão abruptamente de seu sono. Quando colocou os óculos, percebeu que recebia um olhar muito quebrado do mais velho.

Já fazia horas desde a notícia que Narcissa Malfoy estava presa e Lily havia receitado algumas poções de sono-sem-sonho para Draco, mesmo que Harry desconfiasse que ele tivesse apenas jogado na pia. 

Draco havia arrastado o jovem Potter para o quarto do monitor chefe, dizendo que não gostaria, durante um dia talvez, falar com ninguém – como se precisasse daquilo para processar. Harry suspirou, observando Malfoy cair em um sono leve, que a cada espirro que o rapaz de olhos verdes dava, o loiro acordava sobressaltado, provavelmente acreditando que estivera em um pesadelo longo demais.

“Por que você tá ai?” questionou apresentando os olhos vermelhos demais para o gosto de Harry. “Achei que você fosse dormir ali, comigo.”

Potter soltou uma longa lufada de ar, esticando a coluna como um felino e se ajeitando no sofá centralizado. “Você estava acordando por tudo, aparentemente” tentara se explicar, “e eu me mexo muito.”

Malfoy assentiu, pendendo a cabeça para trás. “Eu quero você lá comigo, Harry...” deixou escapar em murmúrios. “Acho que preciso mais do que quero.”

Havia algo estranho em seu olhar, quase como uma angústia conhecida, e Potter podia sentir isso.

Era inexplicável, mas ele sentia sim. Sentia ao ponto de confundir se a angústia lhe pertencia ou era algo para que Draco estivesse lhe puxando. Puxou a capa que estivera usando para se cobrir, coçando os olhos no processo. “Desculpe, eu-”

“Não estou falando disso” Draco disparou, uma mão gesticulava enquanto a outra passava nervosamente pelos fios platinados. “Quando eu- mhm... For visitar minha mãe” sussurrou a ultima parte.

“Draco, se estivesse me pedindo para ir ao inferno com você, eu iria” Harry respondeu de modo suave. “Para sempre, lembra?”

O loiro revirou os olhos, sorrindo de canto e soltando os ombros antes tensionados. “Muito emocionante, de verdade. Agora traga sua bunda preguiçosa para a cama.”

“Ei!”

“Que foi? Preciso de calor humano nesse momento.”

Harry bufou, jogando a capa no rosto do mais velho. “Quando é que você não precisa, mhm? Espero que você não me empurre ou vai receber chutes.”

Draco imitou a fala e gestos do amigo, recebendo um beliscão no braço quando o moreno passou por ele.

Algumas horas depois, Harry estava quase voltando ao mundo dos sonhos, ressonando baixinho e possuindo as mãos de Draco em torno da cintura.

Eles haviam conversado um pouco, Potter tentando distrair Malfoy com carícias pelos fios platinados e comentários sobre algumas das séries e filmes trouxas que eles precisariam assistir. Tinha perguntado, também, momentos antes de decidirem que deveriam dormir, se o garoto gostaria de falar algo, mas Draco negou veemente.

Draco Malfoy gostaria de esquecer o dia todo, se possível, mas era algo que sua mente não permitiria. Agora, se arrependia de ter jogado a poção de Lily fora, pois acreditava que iria ajudar e muito a acalmar seus pensamentos.

No entanto, era impossível. Era impossível pedir para que sua mente desacelerasse um pouco e o deixasse cair em um sono sem sonhos, ou talvez em um sonho tranquilo.

Dúvidas e certezas rondavam sua cabeça, fazendo com que ele permanecesse com os olhos abertos até demais, assustado com a chance de não conhecer sua mãe direito.

Quando percebera o que estava acontecendo, já era tarde demais para se acalmar.

Todo o seu corpo tremia, mas não de frio. Estava apavorado.

Harry virou para Draco, levando as mãos para o rosto do amigo e recitando palavras de um modo muito doce, que jamais havia conhecido antes. “Estou aqui” deslizou suavemente a mão direita por toda a face do garoto, “estou com você.”

Malfoy chorava livremente, não temendo que Potter pudesse ver a parte que ele não permitia que olhassem. Draco, naquele momento, era uma bagunça completa de sentimentos, não havia como negar, embora desconfiasse que a culpa era dele mesmo.

Não conseguia formular fases concretas, ouvindo os murmúrios e apreciando o carinho quente que Harry fazia sem parar. Focou nisso e apenas nisso, desejando que nunca perdesse aquele contato em sua pele e – de alguma forma – que ganhasse cada vez mais aquilo.

Foi se acalmando aos poucos, notando o olhar preocupado que adornava o rosto de Harry. Nunca haviam estado assim antes.

“Draco-”

“E se for verdade?” o loiro soltou sem conseguir olhar no rosto do amigo, a voz tão baixa que só pôde ser escutada por causa da proximidade.

Harry franziu a testa, confuso sem saber o que, exatamente, Draco havia perguntado. Estudou o rosto de Malfoy, encontrando ainda medo e um pouco de... Vergonha. “Como assim?”

Ele suspirou. “E se ela realmente tiver se associado à Bellatrix?”

Os olhos verdes ficaram selvagens, fazendo com que Harry se sentasse de modo atrapalhado na cama. “Draco! Como pode achar isso de sua própria mãe?”

“Bellatrix pode ter manipulado ela” rebateu, não conseguindo compreender a raiva contida no tom de voz do garoto.

Harry soltou um estalo. “Nem você consegue acreditar nisso! Escute o que está falando! Ela é sua mãe, Draco.”

“E irmã de Bellatrix” insistiu.

“Draco, ela nunca tomaria uma decisão que pudesse te machucar” Potter falou com os olhos mais amenos desta vez, correndo pelas expressões faciais de Draco. “Como poder, sequer, imaginar isso?”

Malfoy suspirou cansadamente. “Ela não estava agindo normal nos últimos dias. Era quase como se escondesse algo.”

“Que deve ter alguma outra explicação” o moreno refutou. “Garoto” erguera o dedo indicador, apontando-o em riste para Draco, “você tem noção de suas palavras? Ela é sua mãe.”

O cinza no olhar do garoto loiro se tornara um gélido irritadiço por alguns segundos. “Como pode ter tanta certeza? Ela já foi conivente com Lucius em diversas questões. Ela é irmã de Bellatrix.”

Harry estava surpreso, para dizer o de menos. Não conseguia acreditar nas coisas que saíam da boca do mais velho, querendo o socar até que se calasse. “Você está brincando, certo? Tá querendo trazer o fato que seu pai já foi um comensal para a conversa?”

“Não, Harry, mas-”

“Não, Draco! Seu pai foi julgado, muitos anos atrás, diante do Ministro e foi declarado inocente! Você está falando isso dos seus pais!” gesticulara de modo frenético. “Você deu ouvidos a alguém? Não estamos mais na guerra, Draco. Você não pode julgar seus pais por atitudes passadas.”

Eles passaram um tempo em silêncio, Malfoy digerindo as palavras que lhe foram jogadas e Potter engolindo em seco, apreensivo com a atitude do amigo.

O loiro levou as mãos até o rosto, esfregando por um tempo considerável. “Por Merlin, me desculpe. Não sei o que tá acontecendo.”

Harry acenou com a cabeça. “Apenas tome cuidado com o que fala, Drake. Hogwarts tem ouvidos.”

Draco cobriu os olhos com o antebraço, relaxando o corpo no colchão. “Gostaria que tudo isso fosse um maldito pesadelo.”

“Vai acabar tão rápido quanto surgiu” o moreno murmurou. “Vem, vamos dormir.”

Então Draco se permitiu descansar, mais uma vez, nos braços de Harry, aproveitando o cafuné que o garoto sabia tão bem fazer.

[...]

Três dias depois.

Harry Potter estava impaciente, mordendo a ponta dos dedos para controlar a sua ansiedade.

Desde o dia em que receberam a noticia sobre a prisão de Narcissa Malfoy, as coisas começaram a desandar. Na verdade, Harry acreditava que as coisas haviam começado a dar errado bem antes disso tudo, mas eles estiveram tão inertes sobre aquilo que não perceberam.

A tensão em Hogwarts era palpável, eles sabiam. Todos olhavam estranho para Draco e mais estranho ainda para os amigos dele, como se não acreditassem que aquelas pessoas estivessem do seu lado.

O garoto passou os dedos pelos cachos grossos, mais uma vez, tentando afastar os pensamentos do que não era importante e focar no que realmente precisava:

Por que, em nome de Merlin, Draco estava demorando tanto?

Eles estavam no meio de uma aula quando Minerva interrompeu, solicitando a presença de Draco na sala de Dumbledore e – como sempre – Harry decidiu que iria junto.

Estavam solicitando a presença de Malfoy no Ministério, comentando algo sobre visitar Narcissa pela primeira vez, mesmo que tivessem achado – no mínimo – estranho o fato de Lucius não estar presente.

Harry, no entanto, não entendera, depois que chegaram lá, por qual razão o garoto não havia sido imediatamente direcionado para falar com a mãe, mas sim acompanhado por dois Aurores para uma sala afastada.

Já fazia cerca de uma hora e, de alguma forma, ele sabia que algo estava errado. Ele podia sentir que estava errado, por isso tinha pedido para enviar uma carta para mãe, torcendo que chegasse o mais rápido possível.

Potter não entendia, de modo algum, por que sentia uma irritação e constrangimento em seu corpo, sabendo que aquelas sensações não lhe pertenciam.

Era óbvio até demais que estavam pressionando Draco e aquilo era contra a lei em tantos aspectos que nem Hermione Granger poderia citar. Quem eles pensavam que eram? Interrogar um menor de idade sem a presença dos pais?

Sentiu certo alívio ao ver, depois de trinta minutos, os típicos cabelos afogueados juntamente com James Potter entrando no Departamento com certa pressa.

Harry não tivera tempo para observar a expressão presente na face de seu pai, mas poderia dizer que Lily estava enfurecida demais com a situação e, se pudesse, teria azarado alguém naquele momento.

James abriu a porta da sala com certa brusquidão, chamando Draco para seu lado e repreendendo os dois Aurores. Mesmo que estivesse afastado e, no momento, não fosse o Chefe do Departamento, ele era um dos superiores. Não poderia permitir que fizessem aquilo com Draco, não era justo.

Lily resmungava que conversaria com Dumbledore, não entendia como ele havia permitido aquilo.

No entanto, tudo aquilo tinha sido uma distração... Ou mal entendido, para aqueles que acreditariam nisso.

Lucius Malfoy, naquele mesma manhã, havia recebido uma coruja, pedindo que ele fosse até Hogsmeade, pois precisaria conversar com alguém que tinha informações verdadeiras sobre Bellatrix.

Estava tudo orquestrado, aparentemente. Pelo menos, foi o que Harry pensara quando a informação chegou, enquanto ainda abraçava Draco com muita força e medo.

Um ataque duplo havia ocorrido, momentos antes, e todos os Aurores pareciam tentar entender o que estava acontecendo.

Naquela manhã, tinham tentado abaixar as defesas de Hogwarts.

Naquela manhã, tinha acontecido um ataque em Hogsmeade, deixando muitos feridos, incluindo Lucius Malfoy.

E a partir daquele dia, as aulas em Hogwarts foram suspensas.

Hogwarts não era mais segura.


Notas Finais


👀👀

Prestaram atenção, né?

Anúncio importante: não sei se ja cheguei a comentar, mas já estamos na metade da fanfiction rsrs
Se minhas contas estiverem corretas, teremos 28 capítulos 👀

Compartilhem suas teorias comigo 💜

Nos vemos, muito, MUITO, em breve 💜


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