História Friendzone - Olhe Aqui

Sehun tinha finalmente saído da aula mais interessante da sua vida… uma aula em que tinha dormido. Toda. Porque o professor resolveu passar um filme aborrecido.

Geralmente, não dormia muito. Geralmente, de facto, não dormia nas aulas também. Mas por norma, sempre tinha sono nelas.

Pelas suas notas… ele não podia fraquejar nunca. Porém hoje, um filme era algo que não lhe ia servir nunca num exame de rotina. Ficou bem humorado e bem disposto depois da soneca prolongada, e arrastou a porta da sala de aula com um sorriso posto na cara.

Era de loucos ver Oh Sehun sorrir. Quero dizer… ele era doce, de facto. E na verdade, era sensível e muito educado. Apesar de arranjar problemas para todos os lados, era muito boa pessoa. Mas isso não transparecia muito e as pessoas costumavam achá-lo algo misterioso. No entanto, tinha sempre a disposição para falar “ois” pelos corredores e, assim, dava-se bem com a maioria dos estudantes. A minoria que lhe incomodava à ele e à Tao… há muito que já não o faziam. E na verdade, eles tinham parado de incomodar qualquer um… Ji Hee noona tinha feito milagre numa só conversa com aquele demónio… ou era o pacto de paz do Luhan hyung que tinha resolvido a rixa? Não interessava, não tinha importância… sorriu mais uma vez, puxando Tao para fora da sala pelo braço.

- Olha que eu acabei de dar um jeito no meu cabelo, Oh Sehun, seu grande chato…

Tao começara a ser uma “criatura de chatice aguda à níveis extremos” novamente. Estava sempre a reclamar de algo. Ou porque o Korea’s Next Top Model tinha acabado e “aquela bruxa” tinha ganhado, ou porque a Céci tinha dado um photoshoot para um grupo “sem noção” em vez de um que valia à pena. Ele dizia que um dia seria de um grupo mundialmente famoso e faria muitos photoshoots… Sehun apenas balançava a cabeça de um lado para o outro ao ouvi-lo.

“Blá blá blá… não me interesso por isso” – era o que ele pensava, mas como Zitao ficava realmente chateado quando o interrompiam, o Irmão Oh geralmente apenas deixava-o falar.

Naquele dia, porém, foi diferente. Tinha de contar-lhe algo importante.

- Ya… - virou-se do nada para o amigo, que deu um passo para trás de susto – ela disse que está apaixonada.

- Hem? Quem disse?

- Estás fora de ti?! Ji Hee noona disse!

Tao olhou para os lados, notando os olhares das fémeas atentas à presa… tratou de pegar Sehun pelo ombro e arrastá-lo para outro lugar.

- Como …

- Não, ela gosta do Aramis… digo… é complicado. Assunto do passado. Ela não sabe qual de nós… ham… digamos que… ela meio que gosta dos dois? Tipo isso. O que achas?

- Que ela é doida.

- Tao! – pediu Sehun, para que ele levasse o assunto a sério – agora estou contra o meu irmão. Nós já falamos… ela tem de gostar de um de nós por quem somos. Já combinamos que vamos os dois atirar-nos à ela e que vença o melhor. Mas então pensei… como hei de fazer isso? Ela nem é uma miúda…

- Ela não é menina? Como assim? – Tao chacoalha a cabeça, fazendo cara de quem estava totalmente perdido.

- Quero dizer que ela não é nada como as comuns.

- Ah… pois, ela é doida.

- Tu não és como os rapazes comuns… talvez possas ajudar-me.

Tao abriu a boca para dizer algo mais com a palavra “doida”, mas conteve-se. Antes, estranhando o comentário anterior : O que é que quiseste dizer com isso?

Sehun insistiu que não era nada demais. Mas antes que eles pudessem dizer algo, Luhan tinha os achado. E estava com Ji Hee.

- Hyung…! – Sehun sorriu, dando um passo à frente, mas seu sorriso amoleceu quando ele escutou o restante.

- Kwang Ji Hee ,vamos sair amanhã. Só nós os dois.

Foi como se o tempo congelasse. Jongdae apareceu atrás de Luhan, a correr até eles, com os olhos arregalados. Insistia em dizer “eu não quis dizer isso, Luhan”, mas o irmão mais velho não ouvia. Estava espacado ao olhar para Ji Hee que correspondia o olhar em confusão, como uma pedra a olhar para uma estátua.

Acontece que Luhan foi ficando cada vez mais branco. Chen achou que ele fosse cair para o lado, então puxou-o para trás.

Tao cobriu a cara com uma mão, sentindo o cheiro do terror aproximar-se rapidamente entre os irmãos. Era tudo culpa daquela miúda… não ia ter mais paz. Sehun ia ficar falando disso para sempre.

Ji Hee, no entanto, olhou diretamente para Sehun, como que perguntando o que fazer.

E o mais novo olhou para baixo, abstendo-se da decisão. Seu bom humor tinha sido dissolvido.

A rapariga abriu um livro qualquer, pesquisando numa página qualquer, quando um loiro achegou-se por trás dela e fechou-o, virando-se para Luhan e dizendo que ela estaria lá.

D’Artagnan virou-se rapidamente para trás, esperando uma explicação de Kris.

Porém, A Namsam Tower apenas sorriu e ,em resposta, disse:

- Eu vou te ajudar com isso, professora. Nós os dois nos ajudando no amor.

E piscou. Calma… piscou-lhe. O que raios estava a acontecer ali? Foi o que correu na cabeça de Sehun, assim como na cabeça de vários outros estudantes.

Assim como você, leitor, está confuso… também Sehun sentiu o mesmo. E todos os outros que estavam a assistir àquela telenovela, dos bastidores dos bancos de madeira do corredor…

***

Aquele loiro olhava para ela com uma expressão séria de analisador de situações. Ela sentiu-se desconfortável, virando a cara, mas ele puxou-a de volta.

- Vamos precisar de dinheiro.

- Vá tomar os teus remédios – respondeu Ji Hee, levantando-se mas sendo puxada para sentar-se de novo por Kris.

- Escute. Ajudaste-me mesmo! Fui na biblioteca e depois de dois minutos com um livro na mão, consegui um telefone!

- Eba. Devíamos todos enviar-te para um manicómio para comemorar.

- Eu devia agradecer-te… - Kris pareceu ignorar o comentário dela, e continuou -  e por isso vou ajudar-te do mesmo modo. De certeza tu nem sabes como te comportar num encontro! Ainda mais com o Luhan… primeiro de tudo, precisas de roupas novas.

Ji Hee suspirou, parecia que estava como personagem principal de um livro de terror. Já não bastava seu pai a puxá-la para as compras porque “se ele não a obrigasse, ela não tinha roupa pra vestir mais”.

No entanto, quando fitou os olhos do rapaz, viu-os decididos e entendeu que não ia escapar daquela. Além disso, se Luhan fosse mesmo Aramis, ela descobriria naquele encontro. Sem mais delongas.

Foi a vez dela responder-lhe sobre um jeito para ganharem dinheiro depressa… sem precisar pedir ao pai. Que não seria muito bom saber de nada como ela ir à encontros românticos…

Mesmo Kris, que estava sempre a tentar criar dinheiro, não sabia de um modo melhor. Ji Hee e sua capacidade de socialização falhavam, mas seu cérebro era mesmo bom para certos tipos de espertezas.

A rapariga segurava em mãos duas coisas : um caderno e umas fotos de Sehun e Luhan na praia.

Kris até entendeu o conceito : vendê-las seria fácil, mas não conseguiriam tanto dinheiro assim por meras fotografias. E era ai que entrava o cérebro manipulador e cheio de livros sobre psicologia social de Kwang Ji Hee.

***

Dividiram a tarefa pelos dois e a parte do loiro foi falar com o “fã clube” dos rapazes. Combinou com toda a “escória” da escola, como Ji Hee referiu-se à elas. Desde a primeira garota que a tinha enfrentado por estar próxima dos Irmãos Oh até a menina mais tímida do fã-clube.

Depois da última aula do dia, no local combinado, atrás da escola, todas as meninas iam achegando-se. Algumas empurravam-se e soltavam maldições, mas a maioria do fã clube parecia calma. Queriam todas ver o produto.

Ji Hee mostrou as fotos… que haviam multiplicado. Apesar de serem as mesmas, haviam montes delas agora. Mas não o suficiente para todas as meninas.

O preço assustou a todos : 13.000 wons por cada!

Todas olharem-se um pouco, depois começando a contestar. O preço era realmente muito caro. Tinham vários álbuns de kpop para comprar e dinheiro que teriam de guardar para fazer isso.

- Se vocês não querem… há quem queira.

Foi só o que ela disse, antes de dar de ombros. Kris arregalou os olhos, seguindo-a. Será que ela tinha ficado doida? Depois de falar assim, aquelas meninas –que não eram brincadeira- ficariam extremamente irritadas.

Porém, de frente para Ji Hee, surgiram, todas juntas a andarem como se fossem alguma seita, as Colarinho Amarelo. O grupo de raparigas inteligentes que matavam-se de estudar para ir para as melhores faculdades da Coreia.

Fariam tudo pela S.K.Y (Seoul, Korea e Yonsei Universities) mas dariam dinheiro por fotos de rapazes? O fã clube todo reuniu-se, olhando para a cena um bocado confusos.

- 13.000 wons por cada – disse Ji Hee para elas, que a olharam de cima a baixo, obviamente ainda magoadas por ela não ter aceito o convite de entrar para o grupo.

No entanto, para surpresa geral, todas do grupo concordaram.

- Está barato.

E essas duas palavras fizeram que as fãs dos Irmãos Oh atrás enlouquecessem. Ji Hee voltou-se para elas.

- Como ninguém mais se manifestou, então o produto é delas.

- Espera! – não demorou nem um minuto para haver uma manifestação, seguida de outras.

Era óbvio… não deixariam as fotos dos seus queridinhos nas mãos daquelas nerds. E elas ficariam sem! Só tinham tentado pechinchar o preço, como é natural… mas parecia que com Kwang Ji Hee não havia negociação.

Havia até uma rapariga gigantesca, que parecia um ogre e que acabou por ameaçar Ji Hee que ia “bater-lhe outra vez por aquele roubo”, mas ela parecia não se importar.

- Lei da oferta e da procura… - cochichou ela para Kris que sorriu, enquanto recebia o dinheiro de várias fãs loucas.

No entanto, Ji Hee também deu ao grupo das Colarinho Dourado alguma coisa que as deixou em paz para seguirem os seus caminhos.

Demorou um pouco para entregar as fotos, e ainda mais para ouvir as queixas de qualidade : algumas fotos tinham sido tiradas de outras fotos e por isso mesmo o número delas havia multiplicado. Queixaram-se, mas no fim preferiram ficar com as fotos.

Mesmo assim, foram capazes de arrecadar um bom dinheiro, por causa do número de meninas.

- Eu nem acredito que essas raparigas acabaram por pagar 13.000 wons por fotos… - disse Kris, a contar o dinheiro com um sorriso incrédulo.

- Foi simplesmente pela concorrência – respondeu Ji Hee.

- Não precisamos vender aquele livro…

- Já vendi – disse ela – para aquelas meninas.

Kris tomou um tempo para raciocinar… e mesmo assim não entendeu.   Tudo bem, Ji Hee gostava mais que não entendessem, para que pudesse explicar.

- Elas não estavam à procura das fotos, estavam interessadas nas minhas anotações das aulas. Mas era bom fazer as outras acreditarem que queriam comprar as fotos. É como um leilão, a competição que ativa o senso comprador das pessoas. Cobrei 13.000 won por pessoa pelas anotações, mas com essas meninas podíamos ganhar mais em quantidade. É mais fácil reproduzir fotos que anotações encadernadas…

O loiro arqueou uma sobrancelha :

“Lembra-me de nunca comprar algo teu, sua vigarista”.

***

Tinha acabado de se arrepender por ter “ajudado” Kris. O fizera porque queria que ele deixasse-a em paz, mas agora ele queria retribuir o favor por completo. Não a deixou escolher nenhuma roupa e ele mesmo escolheu o conjunto e pagou com o dinheiro que tinham arrecadado das vendas.

- Se fosse com o Sehun, seria mais fácil… - observou ele – só precisarias ir vestida com uma toalha.

Ji Hee olhou para ele como se seu olhar pudesse matar aquela Girafa Dentuça, continuando a andar.

- Brincadeira… a criança é tímida. Mas só precisarias ir vestida de um jeito mais… ham… a sua cara. Tipo… forte! Poder feminino.

- Estás a testar conceitos em mim? Aegyo, cute, poder feminino, sexy… eu não sou um girl group de kpop.

O loiro revirou os olhos, e o caminho seguiu-se basicamente por um monólogo de Yifan para Kris.

No dia seguinte, Ji Hee notou que ambos os irmãos a evitavam. Luhan parecia tímido, mas quando ela aproximava-se, ele sorria e entrava em alguma sala. Ela estranhava e ia até Sehun, que olhava para o chão diretamente e saia andando na direção contrária. Ela suspirava.

Isso durou todo o dia, então Ji Hee decidiu acabar com aquela situação. Luhan veria de tarde, no encontro… então foi até Sehun.

- Oh Sehun, para já ai!

Como mágica, o menino virou uma estátua no meio do corredor, sem olhar para trás.

- Vira-te para mim.

De novo, ele obedeceu. E apesar de ter sua usual expressão de alguém sem expressão, parecia algo como… chateado?

- Bom… - ela respirou fundo – bom dia.

- Que?

- Nem falaste comigo hoje. Bom dia, Sehun. Ainda não te jogaste para cima de mim para abraçar-me. Esqueceste?

O rapaz arqueou as sobrancelhas negativamente, o que lhe dava um ar mais irritado. Como é que alguém inteligente e perspicaz era tão burra em relações pessoais?

- Parece que ainda não notaste mesmo.

- Notar o que? Que tu pareces bravo? – ela perguntou, a aproximar-se. Mas ele olhou para o chão, soltando o começo de um sorriso e atirando-se para ela num abraço como os de “bom dia”.

Woah… como era bom. Gostava tanto daqueles dois que sentia como se o peito fosse explodir. Claro que as hormonas adolescentes inclinavam-se para o contato físico e ao calor de estar tão perto de um rapaz ,que devido à possibilidade de ser Aramis, lhe causava sensações estranhas… mas de verdade, gostava dos dois como amigos. Seus melhores amigos, antes de todo o resto…

Pensando bem, por meio daqueles dois, tinha feito mais amigos. Agora conhecia Chen, que era um idiota irritante, porém hilário. E conhecia o calmo Lay, alguém que era confortável de se estar perto. Também havia Tao, que não tinha muito contato, e Kris, que era um doido varrido, agora agradecido.

Por meio de Aramis e Porthos, tinha feito amigos… algo que há muito não tinha. Não queria ter… mas agora que os tinha, nunca mais queria voltar a ficar sozinha. Por meio dos Irmãos Oh, tinha conhecido o querido Athos… e tinha vivido até agora para contar a história de Minseok ao mundo… o que faria. Ainda o faria.

Eles a tinham salvado mais vezes do que tinha parado para pensar. Não Aramis, os dois. Juntos.

Ji Hee paralisou… mas retribuiu o abraço pela primeira vez. Só hoje tinha percebido a falta que ele fazia num dia ordinário. O rapazito que fazia tudo virar de cabeça para baixo, que fazia a Máquina pensar sobre coisas que não pensava, ou por discursos incríveis com o seu dom da palavra, ou por simples gestos como um abraço rotineiro… Oh Sehun.

***

Luhan segurava-a pelo braço. Na verdade, até estava a machucar um bocado, mas ela não tinha coragem de pedir para ele largar. O rapaz andava na frente a arrastá-la para um restaurante qualquer e sinceramente aquilo estava super estranho.

Geralmente não sentia-se esquisita na presença de outras pessoas, principalmente Luhan ou Sehun, mas agora, talvez por ser um encontro, tudo circulava como um furacão de emoções dentro de sua cabeça esperta.

Entendeu que tinha de assumir o controlo para parar de sentir-se assim e escapou das mãos dele, olhando-o nos olhos com o coração a palpitar. Estava nervosa, mas, ao mesmo tempo, não queria fazer aquilo… não sabia porque, mas até parecia errado.

Luhan parou na hora, voltando-se para ela com as bochechas a queimarem. Ele realmente realmente estava corado. Olhou para todos os cantos da rua, mais ansioso do que revoltado.

- Vamos… - pedia ele.

- Para onde? – perguntava Ji Hee.

- Vais ver.

- Luhan oppa.

Estranho como uma simples palavra pode provocar uma explosão atómica de pensamentos não tão decentes na cabeça de um rapaz. Ele não era o Sehun, mas mesmo assim sentiu-se estranho a ser chamado oppa, pelo simples facto dela estar com aquelas roupas fofas… que de tão bregas que me parecem, prefiro até deixar para o leitor imaginar.

Depois de levar os pensamentos de “oppa” de uma Ji Hee pura e inocente a pedir-lhe beijos e abraços e carícias… Luhan voltou a pegá-la pelo braço e dessa vez conseguiu puxar a rapariga para dentro de um restaurante.

Este, não era nada familiar, movido por alguma ahjumma trabalhadora. Mas parecia mesmo para casais, e até tinha uma atmosfera bastante romântica.

A música ao vivo ajudava, pois ali estava uma miúda qualquer a cantar qualquer música americana de amor no mini palco, de frente para as mesas com toalhas bordô.

Apesar de bem iluminado, tinha velas… e Ji Hee achou um grande desperdício, mas entendeu, após sentarem-se numa mesa, para que serviam. As luzes apagaram-se do nada, o que levou algumas meninas a deixarem escapar “ah” de surpresa.

Uma luz lá de cima moveu-se à ela, que estranhou o “spotlight” e tampou a cara com o braço.

Mas Luhan levou a mão à mão dela, o que fez Ji Hee olhar para ele na hora.

- Olha… - apenas disse isso e sorriu, voltando o rosto para o pequeno palco.

Um homem subiu, sentando-se e pegando num violão. Ele fez um acorde, quando começou a dizer algumas palavras.

É a primeira vez que saímos, mas de certeza tu sabes… que eu já gosto de ti.

Outro acorde mais longo deu continuação à declamação.

Se começarmos a namorar, mesmo que agora tu não gostes tanto de mim, sei que te vou conquistar.

Agora, o homem já começava a dedilhar o violão, a fazer um som calmo e pacífico que misturava-se à sua voz que declamava expressivamente as palavras.

No início talvez só respondas duas das dez mensagens que te mandar como teu namorado.

A plateia começara a entender o jogo, e olhavam uns para os outros, mesas para mesas, para saberem, curiosos, a quem aquela declamação destinava-se.

Mas mais tarde tu é que vais ligar-me, sei que vais olhar para mim o dia todo e vais sentir o tremor no coração tão forte quanto eu sinto.

Se estiveres entediada, venha para mim… vamos nos divertir juntos. Vamos jantar, vamos almoçar, vamos conversar sobre algo. Fale dos seus problemas para mim.

O homem que estava a manusear o violão deu uma intonação especial na última frase, para terminar.

Olhe aqui, não fuja. Já que você vai gostar de mim logo, porque eu te vou conquistar.