1. Spirit Fanfics >
  2. From me, To you >
  3. Só nós dois

História From me, To you - Só nós dois


Escrita por: Belieber-dreams

Notas do Autor


Olá! Como estão?
Gostaria, primeiramente, de dar boas vindas aos novos leitores (meninos e meninas), portanto, sejam bem-vindos!
Gostaria de agradecer, também, pelos comentários incríveis e por todo apoio! Muito obrigada, isso tudo é muito importante pra mim!
Ahh, e perdão pelo capítulo passado, sei que não foi um dos melhores, mas é que eu não consegui encaixar o encontro real dos dois naquele capítulo ;(
Boa leitura!

Capítulo 6 - Só nós dois


Último dia na Califórnia. Eu e minha mãe decidimos passar o dia na praia vendo o movimento e guardando a vista, o aroma e o toque daquele lugar incrível em nossa memória. Tudo havia passado tão rápido, ao olhar pra trás senti como se eu estivesse em meu quarto ontem mesmo escrevendo aquela carta.

 

    Depois de todo o acontecimento — meu quase encontro com Justin — senti-me fortalecia. Uma vez ou outra eu me sinto mal por não ter entregado a carta a ele, mas é coisa pouca, logo a alegria de ter o visto recheia-me e volto à minha essência — estar feliz por estar perto.

 

– Filha, vou ali no café — Disse referindo-se ao café do outro lado da rua.

– Ok — Respondi assistindo-a expulsar a areia que grudou em sua bolsa.

– Vai querer alguma coisa?

– Não, estou bem — Dei um meio sorriso.

 

    Segui-a com os olhos até ela entrar no estabelecimento. Assim que a perdi de vista joguei minha cabeça para trás e fiquei a encarar o céu com os olhos semicerrados incomodados com o sol. Uma música, vinda de alguma das lojinhas da região, tocava levando-me para bem longe. Encontrei-me, novamente, em meu mundo — era a quarta vez no dia em que eu o visitava. Eu sou sempre bem-vinda, minhas memorias me recebem tão bem, sempre com alegria. Convido-as para tomar um café e jogar conversa fora, chamo-as para entrar e elas fazem meu coração disparar, me despertam sorrisos e aquecem minha alma.

 

    Enquanto lembrava, sonhava e alegrava minha face com sorrisos, fui trazida de volta à praia por um burburinho que se formava não muito distante de mim. Pus a mão sobre meus olhos para tapar o brilho do sol e direcionei-me para o local de onde vinha o alvoroço. Notei flashes, gritaria e uma pequena multidão. “Não podia ser melhor, encontrar um famoso no meu último dia na Califórnia, vou fechar a viagem com chave de ouro!”— Pensei.

 

    Levantei rapidamente, recolhi todos os meus pertences e fui caminhando até a Venice Beach Skate Park — a pista de skate mais famosa da Califórnia — e quando tive visão da área, reparei no garoto loiro que dava um show na modalidade pool riding. Aquele perfil eu reconheceria em qualquer lugar do mundo, em qualquer que fosse o cenário, reconheceria mesmo que estivesse pintado de qualquer uma das cores do arco-íris, mesmo que estivesse coberto por rugas. Pela segunda vez em uma única semana Justin Bieber estava bem em minha frente, dessa vez mais tocável e mais possível do que antes.

 

    Queria me aproximar, juro que tentei, mas eu estava estagnada. Minhas pernas — mais bambas que as do Elvis Presley — e meu coração — tão acelerado quanto o ritmo de uma casa noturna — eram as únicas coisas que se mexiam em meu corpo completamente gelado, eu parecia estar guardando o polo norte dentro de mim. Tentei dar um passo, mas as coisas a minha volta pareceram fiar mais rápidas, obrigando-me a parar, respirar fundo e tentar achar um ponto fixo que servisse de referência.

 

    Após quatro passos executados perfeitamente, deixei meus olhos vagarem pelo local à procura do meu skatista favorito. Praticamente limpei o local, mas não tive sinal do garoto. Um frio na barriga medroso apareceu e eu estremeci ao levar em conta a hipótese de ter perdido a oportunidade mais uma vez. Levei em conta, também, a vontade de me jogar na frente de um carro, mas, graças a Deus, não precisei seguir adiante com a ideia. Justin estava ali, o carro preto estava ali e a multidão praticamente engolia os dois.

 

    Cheguei mais perto, perto a ponto de poder ouvir sua voz e sua risada, ver suas expressões faciais diferenciadas quando frente a uma câmera. Mas não tão perto a ponto de ser notada. Sentia-me insegura, com medo do que poderia acontecer depois, medo da frustração caso ele não chegasse a saber que eu estava ali, dele não me notar. Sim, eu estava sofrendo por antecedência. Esperei muito por isso, ensaiei milhões de vezes minha fala,  mas agora deu branco, eu não lembro nem como se caminha.

 

    Justin estava perto demais da porta do carro, ele iria embora a qualquer momento. Temendo perdê-lo novamente e impulsionada pela adrenalina fui indo em direção a meu ídolo. O único som perceptível a meus ouvidos era meu batimento cardíaco que aumentava sua frequência a cada passo acanhado dado sobre o cimento liso abaixo de meus pés. Fui abrindo espaço na multidão que me empurrava espremendo-me contra estranhos, mas não me importava com isso agora, deixaria os roxos e a dor para depois. O mundo estava lento demais, as pessoas que se movimentavam ao meu lado estavam quase parando, em compensação, meu cérebro funcionava rápido procurando lugares estratégicos onde eu pudesse me infiltrar e chegar o mais rápido possível no começo daquela aglomeração.

 

    Em nenhum momento distanciei minha atenção de Justin, fiquei atenta a cada um de seus movimentos, mas assustei-me ao vê-lo passar por mim e atender a fã ao meu lado. O observei com os olhos brilhando, sentindo o nó formando em minha garganta, notei cada traço de seu rosto que agora, como em meus sonhos, estava perto demais me arrancando o ar. Seu riso entrou por meus ouvidos excitando as borboletas que habitam meu estômago. Ele foi pra fã seguinte afastando-se cada vez mais de mim levando consigo seu riso e fazendo brotar lagrimas realizadas em meu canto do olho.

 

    Ainda estava insegura, muda e imóvel. Tudo estava acontecendo a minha volta e eu não estava agindo da forma que pensei que fosse agir. Sem histerias, choros desesperados ou visão escura. Sentia apenas o nó em minha garganta, meu peito ficar apertado a cada pulo do meu querido coração e as correntes frias incessantes que vagavam meu corpo. Só senti vontade de chorar quando o vi com a mão na porta do carro, na verdade nesse momento eu desesperei, senti meus pulsos arderem por conta sangue quente que passava por eles e um grito tomou conta de meu tórax.

 

– Justin! — Gritei a ponto de sentir minha jugular saltar.

 

    Pensei em gritar novamente, mas não tive chance de nem mesmo começar o ato, ele se virou imediatamente. Todos, assim como eu, ficaram calados olhando-o. O mundo parou, ficou vazio, nesse instante os únicos habitantes do planeta Terra eram eu e Justin. Uma empolgação incrível brotava dentro de meu peito, minhas mãos tremiam descaradamente, meu maxilar estava travado — consequência da pressão causada pela minha ansiedade. Minha respiração estava acelerada na tentativa de levar oxigênio suficiente para meu coração, minhas pernas estavam tão tremulas que receei cair ali mesmo. Eu estava tão sem controle que não sei se seria capaz de falar alguma coisa, não sei se conseguiria dizer um mísero "eu te amo".

 

    Gelei ao ver Justin frente a mim. Seus olhos estavam em minha face esperando por uma reação vinda da garota apreensiva à sua frente, ou seja, eu. O olhei rapidamente, mas desviei os olhos ao encontrar um profundo pote de mel, insegura sorri para o chão e mexi os ombros com uma quase gargalhada resultante do nervosismo, mexi em minha bolsa e agarrei minha carteira, tentei abri-la, mas estava com dificuldade, minhas mãos tremiam tanto que eu mal consegui segurar o zíper. Respirei fundo, olhei para meu ídolo e encontrei calma em seu sorriso, calma essa que me fez ter controle suficiente — não cem por cento — para abrir a carteira e pegar o envelope azul.

 

    Segurei firme aquele pedaço de papel e mordi os lábios com incerteza. Não sabia se deveria entregar ou não, meus olhos estavam no chão e eu podia ouvir ao longe a respiração de Justin, ele estava me esperando e eu estava presa em meus devaneios. Só então tive medo dele me deixar ali por impaciência e então o olhei e logo encontrei meu ponto fixo, meu ponto de equilíbrio, seus olhos. Firmei minha vista em seus globos caramelo e quase me perdi no doce viciante de seus olhos. Estiquei o braço e estendi minha mão mostrando-lhe a carta, ele sorriu e pegou a mesma tocando seus dedos na palma de minha mão. Seu toque quente fez-me desviar o olhar de sua face e descer imediatamente à minha mão a procura do botão "replay", abri a boca para dizer algo, eu queria dizer que o amava, mas deu branco — branco, foi a única coisa que me apareceu no pouco tempo que estive junto a Justin, na verdade foi a única que eu notei, não me lembro do coração disparado, muito menos da respiração ofegante, não me lembro de muita coisa, apenas dele e seus atributos.

 

– Thank you — Sua voz terna quase falha pelo seu tom propagou-se por entre meu corpo liberando todo tipo de emoção por onde passasse.

 

    Fechei os olhos ao ouvir sua voz e transpareci minhas sensações por meio de um sorriso tímido, que foi retribuído por outro — mil vezes mais bonito visto que seus dentes ficaram aparentes e que ele pertencia a Justin Bieber — antes dele virar as costas e entrar no carro preto. Assim que a batida da porta ressoou pelo local o mundo voltou a ser mundo e a ser preenchido. As gritarias começaram novamente e a correria voltou ao normal, exceto por mim que continuava parada no mesmo local agarrada à minha bolsa.

 

    Cinco minutos após sua partida as coisas já estavam normais, como se Bieber nunca tivesse estado ali. Sentei-me ao pé de uma palmeira e olhei para o céu tentando encontrar fôlego, tentando refletir ou simplesmente pensar, mas fui revestida por uma série de risadas e todas elas com uma causa em comum, Justin.


Notas Finais


Aê, finalmente né? hahaha
Mas e então, o que acham? Foi um encontro digno?
Espero que tenham gostado!
Muito obrigada, mil beijos e até o próximo capítulo!
P.S: meu twitter é @OnlyShawty_Mane, me mandem mentions dizendo o que tão achando ou, se preferirem, apenas falem que estão lendo a fic. Irei seguir todo mundo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...