História From Playing to Love - 15 Capitulo

15º Capitulo

«Bom-dia Miami! São 07h da manhã e já se espera um caloroso dia. (…)» silenciou o radio despertador e levantou-se, caminhou meio a dormir pelo corredor até entrar na casa de banho e iniciar o seu duche. Depois da sessão fotográfica do dia anterior, ele e Hazel haviam ido jantar juntos e passeado pela calçada junto do mar; toda a imagem má e fria da parte daquela rapariga não passava de uma barreira ao seu redor, algo que ela criara para se afastar de gente falsa e interesseira. Agora Jong Suk podia dizer que conhecia um pouco da verdadeira Hazel.

Entrou na cozinha e encontrou logo o seu pai a tomar o seu café, a mãe encontrava-se junto da mesa e lia atentamente uma revista que havia comprado minutos antes, juntamente com o pão do dia. – Bom dia. – cumprimentou

- Bom dia, filho. – o pai falou com abrupta alegria, estranhou mas nada comentou.

- Hin Ah? – perguntou                   

- Horário da manhã agora. – o pai respondeu e olhou curioso para a esposa.

- Quando nos ias contar? – a mãe perguntou do nada e o rapaz encarou-a confuso. Sua mãe voltou a revista que tinha em mãos e logo na capa estava uma foto de Jong Suk quase deitado no banco do carro descapotável de Hazel Collins e esta beijava-o. Engasgou-se com seu próprio ar e quase arrancou a revista de fofocas das mãos da sua progenitora – Tu namoras com a única herdeira dos Collins e não nos informavas, filho. – a mãe quase falava em guinchos – Oh meu Deus! – bateu rapidamente palmas e sentou-se ao lado do filho.

- …mãe…acalma-te. – pediu mas ele sabia que isso jamais iria acontecer

- É a notícia do dia, Jong Suk! – ela falava em euforia – Está até nos jornais. – apontou a capa da revista onde se podia ler em letras garrafais e cores escandalosas “Novidade Bombástica: Herdeira dos Collins surge com novo namorado!”

- Não precisa tanto extasse, mãe. – ele disse a corar e logo passou a revista de volta para esta.

- Desde quando é que namoram? Como aconteceu isso? Não dizias que nem sequer trocavas um “Olá” que fosse com ela, mesmo depois de anos a estudarem juntos?

- Mulher acalma-te. Deixa o rapaz responder a seu tempo.

- Saímos no sábado à noite e… aconteceu… - corava mais e começou a retirar a fina pasta onde tinhas os papéis sobre o contrato para modelo fotográfico, da sua mochila e passou-a timidamente ao pai. O homem leu os acordos em destaque enquanto a esposa estudava as folhas, curiosa – Ontem à tarde participei levemente numa sessão fotográfica. – informava com cautela – O fotografo quer-me em destaque numa nova sessão…junto com…

- Hazel Collins. – a mãe quase gritou e o marido revirou os olhos

- Pois. – suspirou – O preço que me vão pagar parece bom e…dá para pagar a minha carta de condução. Como precisam disso esta semana, isto é, a resposta…e eu só faço os 18 anos na próxima semana…então preciso de consentimento.

- Todo, tens todo o consentimento. – a mãe declarou e alegrou-se ao ver o marido assinar a aceitação do acordo – Do dia para a noite o meu filho torna-se famoso, inacreditável. – exasperou. Jong Suk guardou os papéis de novo na sua mochila, terminou o pequeno-almoço mais depressa que o habitual e saiu de casa antes que sua mãe começasse a bombardeá-lo com todo o tipo de perguntas sobre si e Hazel.

Se de olhares saíssem balas à muito que ele estava morto numa parte do chão do Liceu, apesar de o ambiente ser leve devido aquela ser a ultima semana de aulas, havia um segundo ambiente aquele que envolvia maioria dos alunos dali, aqueles que o fulminavam com seus olhares e que claramente haviam lido a mesma revista que a sua mãe havia comprado horas antes. – Confesso que estou surpreendida. – reconheceu a voz de Rosemary – A rainha das cabras tem sempre o seu extra cuidado com paparazzi e do nada ela…deixa que as fotos venham a publico. Surpreendente. – passara a caminhar ao lado dele – Deves ser muito bom na cama, não. – lançou fugazmente.

- Nunca me dirigiste a palavra antes. – parou de caminhar e encarou-a – Para quê fazê-lo agora? – pestanejou e Rosemary respondeu com um sorriso suave.

- Tornas-te o furor de Miami do dia para a noite, normal que vão aparecer muitos para falar contigo. – informou.

- Podem continuar a me odiar e evitar como sempre fizeram. – encolheu seus ombros - A não ser que vejam em mim… - apontou-se – um bilhete de entrada no destaque do mundo dos socialize. – retomou passo e ouviu uma gargalhada da parte da outra.

- ...à 48h atrás fugias de tua sombra, Lee. – ela logo lhe barrou caminho e afirmou posição aí; engoliu em seco e recordou que ainda existia um grande número de senhores de bullying ali em redor.

Foi o receber de um estalo na nuca que o fez cambalear em frente que lhe anunciou que esse grupo acabava de chegar. Alguém o empurrou bruscamente e Rosemary desviou-se da “rota de colisão”, um segundo empurrão fê-lo bater de lateral na parede daquele corredor pouco movimentado – Vejam só se não é a criança asiática. – alguém falou num tom grave – Realmente deves ser bem inteligente, asiático. – suspirou ao ouvir aquelas palavras – Porque deves ter concebido um plano incrível para do nada surgires em capas de revista de ultima hora e logo no destaque com Hazel.

Tentou retomar seu caminho mas um braço impediu-lhe caminho e mais uma vez foi empurrado contra aquela parede – Não deixas de ser de baixo nível, idiota. Se pensas que estás de bem a partir do momento que andar “pegado” à Hazel, estás redondamente enganado infeliz.

- Porque insistem em mim? – ele questionou naturalmente e alguns acabaram por rir de suas palavras.

- Tens descaramento para dirigir palavra a nós, asiático. – dito isto agarrou violentamente o tecido da blusa que Jong Suk utilizava, elevando-lhe a peça na área do ombro e até revelando um pouco do final da barriga deste, obrigou-o a embater de costas na dita parede e o rapaz fechou um olho como sinal de dor – Não passaste a ter carta branca connosco idiota. Ninguém te fará escapar.

- Porque simplesmente não me deixam quieto no meu canto? – atirou inconscientemente o que lhe valeu, logo a seguir, um estalo violento que lhe tingiu a bochecha direita de um vermelho escarlate.

- Não te atrevas a responder-nos, idiota! – aquele que o agredira gritou-lhe.
O súbito abrir de caminho entre aqueles que formavam o grupo que circundava Jong Suk, fez o agressor olhar por cima de seu ombro; arregalou seus olhos perante a imagem. Hazel encarava-o de mãos sobre as ancas, ar desagradado e mochila pendendo por um ombro apenas, os olhos cinza dela pareciam ter-se tornado pura frieza e o modo como percorreu o grupo com aquele olhar fê-los recuar um por um e seguir caminhos separados e longe daquele local.

- Tens cinco segundos para o soltar. – Hazel falou friamente e logo elevou sua mão direita e iniciou contagem decrescente pelos seus dedos. O agressor de Jong Suk soltou-o e recuou passo; Rosemary que estava a seu lado focava-se unicamente na outra rapariga ali presente. Hazel baixou sua mão mas continuou numa posição inquebrável – Dou-vos um conselho gratuito… - começou a falar com uma calma enervante para outros – se fazem a minha semana começar mal, irritando-me ou fazendo algo que eu desaprove totalmente… acontecem consequências. – franziu o sobrolho – E normalmente não são bonitas. – deu alguns pequenos passos até encarar o agressor de Jong Suk e Rosemary – O meu aviso não te bastou no sábado, Rosemary? – pestanejou – Vou refaze-lo… voltas a puxar problemas para o meu namorado e a tua empresa familiar perde colaboradores principais. – anunciou convictamente e a outra empalideceu e até, inclusive, ficou boquiaberta – Quanto a ti… - encarou o agressor – podes ir enfiar as tuas mãos no cu do Ken e dizer-lhe que fui eu quem mandou. Aliás já que lhe lambes os pés…podes começar a lhe acariciar o rabo. Ficariam lindos. – semicerrou os olhos – Não provoquem uma tempestade que não irão conseguir dominar. – suspirou.

- Hazel… - Jong Suk afastou-se com cautela do seu recente agressor e logo pousou sua mão sobre o ombro direito dela, obrigando-a a dar de costas para aqueles dois e seguir caminho para longe – tu assustas quando falas desse modo. – confessou-lhe já longe dos outros dois.

- Deve mesmo assustar, porque é algo que sei fazer. – suspirou – Como te sentes? – olhou preocupada para a face, ainda, avermelhada do estalo que recebera.

- Já sofri mais nas tuas mãos. – acabou por dizer sem pensar. Apertou seus lábios e visto que Hazel parara de caminhar, seguiu-lhe exemplo – Desculpa mas…

- Só falaste a verdade. – ela murmurou – Como poderei continuar a me redimir corretamente?

- Estás a te esforçar e isso já significa um tanto mas não precisas essa defesa agressiva ou ameaçadora aos outros. Sempre fui um alvo e estou habituado.

- Não. – murmurou uma vez mais e de olhar baixo juntou-se mais ao corpo do rapaz – Não quero que façam de ti alvo, não mais. – disse – Quero que isso pare tudo, aquilo que eu comecei estupidamente…eu vou termina-lo por mim mesma também.

Uniu suas mãos as faces femininas, encarou-a olhos nos olhos e sorriu brevemente – Eu realmente só devia odiar-te e mesmo assim aceitei meter-me nas coisas erradas. És todo um mal. – brincou com suas palavras o que acabou por arrancar um sorriso dos lábios dela – Imaginei que as coisas só fossem piorar agora. Damn. Sou capa de revista por tua culpa, Haz.

Ela gargalhou e acabou por se abraçar a ele, alguns alunos olharam abismados aquela cena mas ninguém se intrometeu com estes – O advogado e concelheiro social do meu pai questionou-me ontem à noite se eu desejava abafar um pouco a notícia.

- Perguntaram? – arregalou seus olhos

- Sim, mas como lhes informei que não era mentira nenhuma e que tu nem pertences à alta sociedade. A notícia passou sem censura.

- Censura… - balbuciou

- Queriam colocar o teu rosto desfocado. Um rosto bonito como este… - deslizou a ponta do seu indicador direito pelos lábios do rapaz, arrastando depois por uma das faces e terminando junto do canto do olho – não pode ser desfocado. – suspirou.

- Tens noção que complicou mais a minha vida, certo? – ela anuiu – Ótimo. – falou com alguma ironia – Meu pai assinou prontamente o trato para a sessão de fotos. – declarou – E a minha mãe está histérica. – suspirou.

- Vou adorar conhece-los, sabes. – retomavam seu caminho – Naquela noite que fiquei em tua casa, segundo a tua irmã, eles estavam em viagem. – Jong Suk afirmou com um gesto.

- Serio que queres até conhecer os meus pais? – piscou os olhos – Não somos a típica família que mostra uma determinada alta posição. Ligeiramente desleixados uns com os outros, até.

- ...certamente que melhor que os meus pais… - ela acabou por murmurar pesadamente; recordou que de tudo o que já havia falado com Hazel, nunca que o tema tocara os pais dela…a rapariga sabia o que a família dele fazia mas pessoalmente ela contornara sempre o tema que se concentra-se em seus pais. Tudo o que ele sabia dos progenitores de Hazel era o que estava em revistas. Havia algo que colocava a curiosidade do rapaz num ponto alto.