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História From This Moment On - Jughead


Escrita por: Carms

Notas do Autor


Oláaa. Disse que voltava ainda hoje e aqui estou eu!

Esse capítulo era maior, aí decidi transferir umas coisas pro próximo que é da Betty :)

Capítulo 17 - Jughead


JUGHEAD

 

O mais difícil não foi receber os estranhos que fingiam que se importavam.

Nem foi ter que socializar com pessoas mais do que estava acostumado.

A pior parte para Jughead foi quando todos foram embora e ele ficou sozinho.

Ele agora tinha tempo para pensar e deixar a ficha cair. Sua mãe se fora, ele nunca mais a veria e nem voltaria para casa.

No dia do sepultamento, ele desmoronou. Ele precisava desmoronar, mas parecia que estar sozinho não era o suficiente, ele precisava desmoronar com alguém. Por isso, ao ouvir Betty o chamando, ele não pensou duas vezes antes de abrir a porta e se entregar a profunda tristeza que sentia.

Betty, obviamente, o consolou. O abraçou e ficou lá enquanto ele precisou que ela ficasse.

Na verdade, ele precisava dela o tempo todo. Queria ser egoísta e deixar sua irmã sozinha enquanto Betty cuidava dele. Mas não conseguiu. Precisava lembrar que sua irmãzinha precisava de Betty tanto quanto ele. Ele tinha que dividir.

Ela estava ao lado dele, deixou que ele extravasasse toda a sua dor sem fazer perguntas e nem exigir nada do rapaz. Aquele momento, aquele abraço forte e o choro em seu ombro, foi o mais próximo da felicidade que ele chegou naquele dia.

Mas algo estava diferente. Ela agia como... família. E ela o chamou de família.

Ele não queria ser da família dela, ele queria ser dela, e que ela fosse sua. Mas ela não era mais. Ela deixou claro que não queria ser ao compará-lo com a família dela.

Não era o que ele queria? Que ela o amasse tanto quanto ama sua família?

Bem, sim, mas não queria ser rotulado dessa forma.

Nem ele estava se entendendo agora.

Conformado de que a teria apenas como amiga naquele dia, tentou agir como se estivesse bem com isso.

Droga! A iniciativa de terminar foi dele, não foi? Não fazia nem vinte e quatro horas e ele já estava arrependido.

Quando os serpentes chegaram ao cemitério, Betty se retirou. Ele percebeu só depois que seus novos amigos comentaram.

- Ela nem gosta dos seus amigos – Sweet Pea comentou.

- Aposto que se quisesse voltar para ela, teria que se afastar da gente – Fangs disse.

Bem, ele não queria ter que escolher, não agora.

- Parem, pessoal! Hoje não é sobre a namoradinha do Jug, é sobre a mãe dele – Toni interrompeu os companheiros.

Jug agradeceu mentalmente à amiga por ter interrompido os outros, mas não pôde evitar os pensamentos.

Eles tinham razão. Se quisesse Betty de volta teria que se afastar dos amigos. Os amigos que estavam ao lado dele quando ela não estava.

Ela sempre escolhia sua família, certo? Pois bem, os serpentes eram a família dele agora e estavam em primeiro lugar para ele no momento.

Por mais que não quisesse ter que escolher, ele precisava. Pelo menos isso o distrairia do que mais o doía no momento: a partida repentina de sua mãe.

Voltando para a – agora – sua casa, ele precisou se despedir de seus amigos porque Alice não os aceitavam nem nas redondezas.

Entrou rápido e não falou com ninguém. Após alguns minutos em seu quarto, Betty chegou chamando-o para comer.

Droga, ela estava demonstrando se importar com ele!

“Ela está com pena, só isso”

Ele foi estúpido com ela. Era a forma que tinha de se proteger. Ela o tinha visto vulnerável demais, porque é isso que ele se torna quando está em sua presença.

Mas como ele tinha saudades dela! De seus abraços, beijos. Até das piadinhas sem graça. Ele precisava estar dentro dela mais uma vez. Ele a amava e era difícil admitir. Ele nunca diria isso a ela. Ele iria acabar com aquele sentimento antes que o sentimento acabasse com ele.

Jughead passou o dia inteiro sem comer e nem falar com ninguém. À noite, recebeu mensagem dos amigos chamando ele para ir ao lado sul da cidade, tentar ocupar a cabeça.

Ele vestiu uma roupa qualquer e foi de moto sem falar com ninguém.

Ao chegar no White Worm, bar em que os Serpentes se reuniam, Jug desceu da moto e foi ao encontro dos amigos. Encontrou Fangs de cara.

- Cara, que bom que veio – o amigo o cumprimentou.

- Precisava ocupar a cabeça.

- Vem, vou te apresentar ao resto do pessoal.

Jug seguiu o amigo que o apresentou a muitas pessoas que também faziam parte da gangue.

- Você deveria se juntar a nós, temos uma história com os Jones – um senhor que usava a jaqueta de couro preta propôs.

- Não sei, não quero problemas em casa.

- Eles têm que te aceitar como você é, e isso inclui se você for serpente – Toni disse.

- Sem falar que eu sei que você adoraria provocar o seu pai – Sweet Pea riu de forma maléfica.

Seria uma ótima ideia. Seu pai tirara tudo dele. A família, a Betty... ele merecia esse susto.

- Quer saber? Eu quero.

Todos gritaram em comemoração.

- Agora você vai passar pela iniciação – Falou o velho.

A iniciação eram algumas provas um pouco bárbaras. Entre elas, o rapaz precisou enfiar a mão num aquário cheio de cobras. Ele o fez, mas foi picado. Não se importou muito, ele não ligava se aquilo o machucasse ou matasse. Jughead estava com raiva do mundo e não fazia questão de continuar nele.

Suas atitudes totalmente autodestrutivas tinham motivo: ele não viu um bom motivo para continuar. Ele estava desistindo dele mesmo. E se isso cobrasse dele se afastar de todos que se importavam com ele, era o que ele faria.

Jellybean não precisava dele, tinha a Betty.

Betty não precisava dele, tinha todos aos seus pés.

Só ele era descartável e substituível.

Com esse sentimento, ele se tornou uma serpente do sul. Recebeu uma jaqueta e passou a noite estudando todos os negócios da gangue. Só chegou em casa pela manhã, onde o pai o esperava na sala.

- O que significa essa jaqueta, moleque?

- Significa que agora estou ao lado de pessoas que se importam comigo – respondeu o rapaz.

- Isso não é hora de você brincar de ser rebelde. Sua irmã precisa de você.

- Não precisa, ela tem a Betty – falou com desdém.

- Betty – sussurrou e então suspirou – outra pessoa que você vai decepcionar.

- E por que eu a decepcionaria?

- Porque por alguma razão que eu desconheço, essa menina gosta de você, mesmo que você não mereça a consideração nem dela e nem de ninguém – FP cuspiu as palavras e Jug soube que ele queria magoá-lo como pudesse.

- Por que você não me deixa em paz? Deixa que eu me resolvo com a Betty e com a minha irmã.

- Elas não merecem isso. Sua mãe também não, ela estaria decepcionada se soubesse que você nem esperou o corpo dela esfriar para fazer estupidez!

Aquilo atingiu Jughead em cheio. Sua mãe ficaria decepcionada?

- Se ela quisesse, ela que estivesse aqui. Não tivesse desistido como uma covarde! – Ele gritou para o pai.

FP o olhou chocado.

Ambos ficaram se olhando com bastante raiva na face, mas tiveram que olhar em direção à escada quando ouviram um som vindo de lá.

Eram Betty e JB, ambas com os olhos marejados.

- Juggy – JB gemeu.

Em seguida, ela correu voltando para o andar de cima.

Betty o olhava com tanta decepção nos olhos que aquele sentimento de culpa que Jughead sentiu parecia que o iria engolir vivo.

A garota não disse nada, apenas seu olhar que transmitiu toda repulsa que ela sentia no momento pelo rapaz. Então a moça se virou e foi correndo atrás de Jellybean.

Jug fez menção a ir atrás delas, mas foi segurado pelo pai.

- Você não vai. Agora vai aguentar toda a ira e decepção das duas contra você. Não era o que queria, seu egoísta? Pois então aguente calado!

O rapaz soltou com força o braço da mão do pai.

- Eu vou para o meu quarto se não se importa – disse com rispidez e seguiu andando escada acima.

Antes de desaparecer no segundo andar, ouviu o pai dizer.

- Já que se sente bem o suficiente para entrar em gangues, está bem para ir para a escola. Esteja pronto às oito – ordenou.

Jughead bufou, mas não respondeu. Seguiu no corredor e tentou entrar no quarto das meninas. Betty estava dormindo lá de novo por causa de JB. Quando apertou a maçaneta, percebeu que estava trancada.

- Droga! – xingou.

Então seguiu para o próprio quarto e se trancou lá, com ódio do pai e dele mesmo.

Será que ele estava indo longe demais?

Chegada a hora de ir para a escola, o rapaz desceu novamente e viu Betty e a irmã juntamente com Alice e FP na cozinha comendo.

Ele se aproximou para cumprimentar a irmã, mas a mesma desviou do toque dele. Aquilo o acertou como uma facada.

Betty o olhou de uma forma que dizia “você quem procurou”.

Ele não poderia concordar mais com ela.

Ninguém falava com ele. Todos comiam em silêncio. Aquilo era insuportável.

- Alice, você pode me ajudar a arrumar meu quarto? Não tenho força de vontade – JB falou.

Isso surpreendeu Jug, a menina não falava com Alice e nem procurava desculpas para ficar a sós com ela.

- Claro querida – Alice respondeu docemente.

- Termina de comer rápido, Jug, vou pegar o carro. Te espero em dois minutos lá na frente – FP ordenou.

Quando todos saíram ficaram apenas Jug e Betty no cômodo.

- Você é tão egoísta – Betty comentou.

- Estou me colocando em primeiro lugar, já que ninguém faz isso.

- Se destruindo? E destruindo sua irmã. Você era o herói dela e agora virou um bandido. Parabéns para você – a menina falou de forma rancorosa e se levantou em seguida, seguindo para o seu quarto no porão.

Jug ficou imóvel na cadeira.

Será que ele era uma decepção tão grande assim?

Saiu correndo ao ouvir o pai buzinando compulsivamente lá fora.

- Eu falei para vir para cá! – Brigou com o filho.

Jug ficou em silêncio e foi para a escola.

O rapaz era acostumado a ir a pé, mas pelo que seu pai falou no caminho, ele não iria mais enquanto estivesse dando trabalho. A família agora ficaria de olho nele. FP falou inclusive que ele esperasse que Alice viria busca-lo na escola.

Ao entrar na escola, o diretor mandou que ele tirasse a jaqueta. Aquilo o irritou profundamente, mas então lembrou que era regra da instituição e nenhum outro serpente também usava.

Na hora do almoço, Jug foi surpreendido com uma aproximação.

- Ei, Jughead. Eu sou o Travor. Você não deve se lembrar de mim, mas eu só queria dizer que sinto muito pelo que houve – o rapaz se aproximou.

- Obrigado, eu acho.

- Como está a JB?

JB? Onde ele havia encontrado essa intimidade com a irmã de Jug?

- Está indo, eu acho.

- Deve estar com a Betty. Ela tem sorte de ter alguém como a B na vida dela – Trevor comentou.

- Tem mesmo.

- Você também tem – comentou sorrindo.

Tinha. Ele não tinha mais a Betty na vida dele, pelo menos ela não queria mais estar.

- Na verdade a gente não se dá muito bem.

- Uou, como assim? A B se dá bem com todo mundo.

- Eu não sou todo mundo – sorriu forçadamente e encerrou a conversa indo embora e deixando o rapaz no vácuo.

A semana passou se arrastando. Jug não aguentava a situação dentro de casa. Ninguém falava com ele. O que mais o despedaçava era a indiferença de Betty e Jellybean.

A irmã dele passou a ficar carne e unha com a madrasta. Betty começou a sair de vez em quando, o que deixou Jug irritado porque era perigoso demais, mas ele não podia se intrometer, ele não cabia na narrativa. FP continuou indo deixar ele na escola todos os dias e o proibiu de sair a noite, Jug precisava sair escondido com os amigos. Alice ia busca-lo na escola, era constrangedor e ele odiava.

Chegou o único dia da semana que a Betty ia a escola para a reunião semanal com o orientador. O rapaz acreditava que eles iriam e voltariam juntos no carro, mas isso não aconteceu. Ela foi na frente.

Ela estava maluca?

E se Chuck aparecesse e fizesse algo ruim com ela?

- Vocês não deveriam deixar a Betty sair sozinha por aí – ele comentou no carro com o pai.

- Primeiro não é da sua conta, segundo que ela não vai sozinha.

- Archie não sabe proteger ele mesmo, imagina a Betty!

- Ela foi de carro com o rapaz Brown - FP explicou pacientemente.

- Brown?

- Sim, o Trevor. Você nem notou, mas ele convenceu a JB a ir junto também.

Jug não sabia o que o irritava mais. Se a Betty estar próxima demais desse cara que ele não sabia quem era, se ela estar desprotegida por aí ou dele nem sequer ter sentido falta da irmã no café.

Ele se sentia horrível.

- Quando eu perdi o controle sobre o que acontecia com elas?

- São as consequências das suas decisões. Lide com isso.

Jug sentiu vontade de chorar. Ele havia dito que elas não precisavam dele, mas pelo visto era ele quem precisava delas.

Isso fazia o Jug esquecer completamente o porquê dele ter terminado com Betty e o porquê decidiu se afastar até da irmã. Nada fazia sentido. Ele precisava delas. As mulheres de sua vida.

Chegando na escola, ele correu para ir até a orientação para ver se conseguia ver a Betty e a irmã.

Ele as viu. Com ele.

Pareciam se divertir com algo que ele disse. Patético. O que ele poderia ter dito de tão engraçado? Jug poderia ser engraçado também se quisesse.

Ele ficou observando eles de longe, até que Trevor o viu.

- Jughead! – Ele chamou.

As meninas, que tinham um sorriso no rosto, o olharam e ficaram sérias.

Ele se aproximou.

- Só vim ver se estava tudo bem com elas – se explicou.

- Está sim. Eu cuido delas muito bem – ele sorriu.

Argh! Jug sentiu nojo daquilo.

- Elizabeth Cooper! – A secretária do orientador chamou.

Betty se despediu deles e entrou na sala, deixando os três sozinhos.

- Bem, é... JB, você veio fazer o que aqui?

- Vim ficar um tempo com o Trev. Sabe, a posição de meu irmão estava vaga.

- Não diz isso – Jug falou com tristeza.

- Não foi o que ela quis dizer – Trevor se entrometeu – ela só está chateada.

- Foi o que quis dizer sim – JB vociferou – e você não precisa tentar amenizar a situação, Trev, você não deve nada a ele.

- Eu tenho uma irmã, não gostaria que ela me dissesse isso – o rapaz explicou.

Jughead revirou os olhos. Aquele cara não podia ser tão bonzinho. Isso não era possível.

- Olha, deixa que com a minha irmã eu me resolvo – Jughead falou puxando a irmã pelo braço.

- Me solta! – JB disse puxando o braço – Vai atrás dos seus amigos cobrinhas, me deixa em paz!

- Sério que essa revolta é só por isso? Vê se cresce, Jellybean.

- Vê se cresce você! Fica agindo como um menino mimado atrás de atenção. Pois bem, nem eu e nem a Betty queremos mais saber de você. Você fez um ótimo trabalho em perder a gente!

Parecia que o chão tinha engolido o Jughead naquele momento. Ele não suportava a ideia de perder suas garotas.

Mas foram as consequências de suas decisões.

Tentando não chorar na frente da irmã e daquele completo estranho, Jug saiu, indo em direção à sala de aula.

Chegando na sala, Toni cochichou.

- O que houve?

- Nada! – Evitou falar demais para não o impulsionar a chorar.

As aulas foram insuportáveis. E mais insuportável ainda foi entrar no carro com a madrasta enquanto suas meninas entraram em outro carro com outro cara.

Que porra de ciúmes era essa?


Notas Finais


Eitaaaaaaa
E esses serpentes? vão fazer bem ou mal pro jug??

O q será q ta se passando na cabeça da betty hein? ela ta bem assustada com o jug na gangue.
Jug com ciúmes kkkk morta
e parece q ele se arrependeu de terminar com ela kkkk mas não ta podendo voltar atrás


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