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História Frozen Shattered Heart - A Montanha e o Vagabundo


Escrita por: Azurian

Notas do Autor


Eu pretendo fazer um desenho sobre o Finn atual. Para fazer de capa da fic!
Se conseguir algo que me agrade, vocês vão saber! kkkkkkkkkkkkkk

A primeira treta da estória rola agora D:
Plot TWIIIIIIIIIIIIIST!!!!!

Aproveitem :3

Capítulo 6 - A Montanha e o Vagabundo


 O garoto de cabelos longos e negros abriu os olhos. Flutuava, levado pelo tempo. Se perguntou, com um tom semi irônico, se teria dormido por outros dois mil anos. Mas não. Sabia que não. Mas era, basicamente a única coisa que sabia.
 Não sabia se Marceline estava viva, e se estivesse, como encontrá-la. Não sabia o que era, mas aparentemente não era nem mesmo um vampiro. Não sabia o que fazer, ou quantos de seus amigos estavam vivos. Se perguntou se Jake vivera bem, se morrera feliz. Se lembrara dele nos momentos de sua morte. Se seus filhos viveram bem, se tiveram mais filhos. Se os netos e bisnetos de Jake conheciam sobre Finn, ou se o cão não contara as histórias, já que já não havia mais um Finn, o humano.

Mas como já estava acostumado a pensar, não tinha tempo para isso. Ou tinha? Afinal, aparentemente ele ainda era imortal. Sobreviver todos esses anos. Num surto psicótico de solidão e dor, o garoto desceu ao chão, e com uma respiração pesada que era muito mais simbólica que necessária, levou as duas mãos ao peito. Agarrou o cristal vermelho que ali jazia, sentiu o cristal vibrar em revolta. E puxou. Com toda a sua força. Tentou arrancar o cristal do peito. O cristal vibrou ao ponto de soltar uma onda de força para que fosse deixado em paz, forte o suficiente para derrubar o garoto.

-Finn, não, meu rapaz.- disse a voz em sua cabeça.- Não há como revolver o cristal. Não com força bruta. Ele só pode ser removido por seu filactério.

O garoto resolveu ignorar a voz. Ao menos ainda tinha a disciplina mental para separar as coisas, e se concentrar no seu objetivo. Ele precisava pensar. Se Marceline estava viva, precisaria da ajuda dela; e ela provavelmente precisa da ajuda dele. Mesmo se não estivesse, poderiam ainda haver chances de trazê-la de volta. Afinal, ele não era mais vampiro, mas estava vivo. "Vivo", ao menos. Antes que percebesse, o garoto estava treinando. Repetia os movimentos como fazia quando ainda era humano, treinando seu corpo. Sentia que seu corpo não precisava mais desse treinamento, que estava no ápice. Mas os treinos ao menos o estavam ajudando a pensar.

Ele poderia visitar Phoebe. Sabia queo povo do Fogo viva por muitos anos, e ela sempre fora uma das chamas mais fortes de seu Reino, poderia ainda estar viva, sim? Ele precisava verificar. Mas tinha uma sensação desagradável quando se imaginava cercado por fogo. Uma sensação ainda mais desagradável do que quando imaginava isso quando humano. Talvez por ser um morto-vivo, tinha receio de sua fraqueza? Um instinto natural, talvez. O mais próximo de natural que isso poderia ser, no caso.

Só saberia tentando. Subiu aos céus noturnos para se localizar. Estava em um deserto. Sabia mais ou menos a direção, e simpleste seguiu. A lua estava cheia, quase sorridente. As estrelas estavam esmaecidas, como se tivessem vergonha de brilhar junto a uma lua tão grande. Sabia que o vento estava frio, mesmo não sentindo frio algum. Sentia o calor, entretanto. Quanto mais perto chegava do Reino do Fogo, mais calor sentia. Percebeu que o cristal também estava inquieto. Como se soubesse para onde estavam indo. Se perguntara por que nunca vira o cristal se rebelar contra o Rei Gelado antes.

-A Coroa é uma prisão, garoto. E o pobretão do Simon a usava com tanta frequência que ela se fortaleceu cada vez mais. Aí, no seu peito, a prisão está mais fraca que nunca. E a coroa não foi usada uma única vez nos últimos 1986 anos.- disse a voz. Estava mais calma que antes, paciente. Soava como um professor que vê a dúvida no rosto do aluno. Finn mais uma vez, fechou a voz de fora de seus próprios pensamentos.

E ali estava. Flamejante, expelindo fumaça, brilhando alaranjado e rochoso. O Reino de Fogo. Finn flutuou o mais longe do calor que podia, extremamente incomodado. Seus músculos queriam dar meia volta ou congelar tudo. Mas ele se contece. Antes que pudesse perceber, seus lábios sussurravam palavras que seus ouvidos não discerniam

-Qo'ling qalqon bo'lsin.- E sentiu o calor esvair. Olhou para as mãos e reconheceu um feitiço de muito tempo atrás, que deixava sua pele azulada como uma camada protetora contra o fogo. Perguntou se isso tinha sido a voz, se ela também temia o fogo.- Isso não foi eu, garoto.

Viu ao longe o castelo da Princesa. Sentiu algo próximo de nostalgia. Lembrara da vez em que a visitara, que finalmente arrumara a coragem para pedir desculpas, e ela tão facilmente o perdoara. Sentiu que um sorriso rasgaria-lhe os lábios, mas escutou latidos antes disso. Latidos raivosos e ferozes. Olhou para o chão e viu os cães de fogo, seguidos de vários soldados do Reino de Fogo que o obversavam atentamente, esperando ordens. O garoto resolveu descer, e evitar confusões desnecessárias. Afinal, já estava protegido do fogo.

-Acalmem-se, eu venho em paz!- ele disse apressadamente. Ouviu a voz rir divertidamente.- Preciso falar com a Princesa do Fogo. Preciso falar com Phoebe.

Os soldados o encaravam sem dar resposta, os olhos dançando entre o peito do garoto, suas presas, e seus olhos. Agora que pensava à respeito, não parecia exatamente amigável. Mas precisava manter a calma. Tinha certeza que quando Phoebe o reconhecesse, evitaria julgá-lo pelo que aparentava ser. Um homem que tinha apenas chamas por cabea, vestido em uma armadura negra, se aproximou. Parecia ser de uma patente mais alta que os outros soldados.

-Saia de nossa terra, monstro. - ele disse, ríspido.

-Eu não vim causar problemas, eu só preciso conversar com a Princesa. Somos amigos... de muito tempo atrás.

-Ha!- exclamou o homem, irritado.- Não veio causar problemas, é? E acha que vamos acreditar em você dessa vez porque resolveu conversar? Não faça eu me repetir. Saia da nossa terra. Agora.

Dessa vez? O garoto tinha vindo aqui recentemente? Quão recentemente? Mas não pode ter sido nos últimos dois mil anos, ele estava adormecido. Não sabia do que o homem de fogo estava falando, nem sabia o que ela estava berrando. Mas precisava falar com a Princesa, de um jeito ou de outro. E de repente, sentiu sede. Mas não sentiu vontade de saciá-la. Sabia que tinha uma escolha em suas mãos. Então, viu uma espada encostar em sua barriga, apesar de não sentir nada. O homem que a empunhava parecia assustada, e olhava para a espada e para seu superior repetidamente.

-Eu acho que você não quer fazer isso.- comentou Finn, sua voz mais rouca e grave do que estava acostumado.

-Atacar!- gritou o homem de armadura negra, sacando ele também sua espada. Rajadas de fogo e lâminas vulcânicas atacaram o garoto, que não tentou desviar. Mas ele percebeu que os ataques estavam minando seu feitiço.

Seria problemático se a barreira quebrasse, ele sabia. "Ora, use a coroa então." disse a voz. Talvez se ele saísse voando poderia evitar a maior parte dos ataques. "O povo do fogo também voa, tolo. Além disso o castelo é construído em um vulcão, imagina que lá vai ser fresco? E quantos guardas você acha que o castelo tem?". Deveria recuar? Mas não tinha outro lugar para procurar, e precisava de respostas. "Ande, garoto. Não seja teimoso. Você não quer deixar de existir agora, quer?". Talvez se ele matasse os guardas... mas quantos precisaria matar? E a que custo? Duvidava que a princesa o ajudaria se saísse por aí matando seus súditos por tentaram defender seu Reino. "Ora, vamos. Desde quando se importa com a opinião dela? DELA? Ela o deixou! E quando mais precisaria dela." Sentiu calor novamente. A barreira se fora. Agora precisava decidir. Não arriscaria perder a confiança, de Phoebe. Recuaria. Uma espada desceu cortando o ar, e atingiria seu peito. Ele levantou o braço para parar o ataque, mas o cristal não se sentiu seguro. Girava tão rápido que mal se via o reflexo do brilho. Pulsou. Finn soltou a respiração, que condensou diante de seus olhos.

Os soldados estavam congelados. O chão estava congelado. O ar estava frio e nem mesmo o fogo ao redor conseguia derreter o gelo. "Você não tem o luxo do tempo, garoto. Ela precisa de você, e ela não tem o luxo do tempo, também.". Então era o jeito. Teria que conter o cristal e evitar o máximo de casualidades que pudesse. Mas precisaria que Phoebe entendesse. Seguiu seu caminho para o castelo, reduzindo o calor de quem ficava em sua frente, matando os mais insistentes. Sua paciência estava encurtando rapidamente.

Quando chegou às portas do castelo, havia uma barricada. E uma fileira de soldados de armadura negra defendendo a entrada. O garoto imaginou que seria difícil adentrar o castelo sem matar pelo menos metade dos oficiais. Resolveu optar por diplomacia.

-Olha, isso não precisa ser assim. Eu sou amigo da Princesa de muito tempo atrás e só preciso da ajuda dela pra entender o que está acontecendo. Juro por toda Ooo que não tenho a mínima intenção de machucá-la, ou prejudicar seu Reino.- disse o garoto, tentando soar calmo.

Sem resposta. O garoto soltou um suspiro impaciente. Olhou para o castelo. Se perguntou onde a encontraria. Estaria escondida? Em seu quarto? Na sala do trono, me esperando? O que estaria pensando? Saberia que era o garoto que chamava sua ajuda? Ou pensaria que isso era uma maquinação inimiga? O garoto inspirou longamente, encheu os pulmões. Concentrou sua força e todo seu ar no fundo da garganta. E gritou:

-Phoebe! Eu preciso de ajuda!- sua voz saiu mais humana do que esperava. Mais parecida com o que era.

Novamente, sem reposta. O garoto olhou o castelo por uns segundos. Perdera a paciência. Andou contra os soldados, irritado. Eles tentariam atacá-lo. Uma rajada de fogo veio em sua direção, mas seus reflexos eram demasiado rápidos para ser atingido. Então, se viu cercado. Soldados por todos os lados, calor por todos os lados. Atacaram. Num ato de quase desespero, Finn levou a mão ao cristal, que girava incontrolavelmente. Ele forçou o cristal a parar, sentia nas veias o poder dele. Sentia o que queria, e só queria se proteger, não tinha intenção específica de matar inocentes. Assim como Finn, o cristal apenas se defendia. Antes que notasse, as mãos do garoto tocavam o chão, e delas o frio reinava, se espalhando pelo chão rochoso, perseguindo as chamas de tudo ao redor. Então o chão começou as congelar, e o gelo seguiu cada soldado, que corria em desespero. Um a um, foram congelados. O gelo tocara o castelo, começara a subir as paredes. Quando ouviu uma súplica.

-Pare!- exclamou uma voz feminina, e uma garota saiu das portas do castelo. Era extremamente parecida com Phoebe, mas não era ela. Tão jovem, o desespero estampado no rosto. Finn se perguntou se ela sentia medo dele, e parou o gelo.
 Finn sentia o cristal agora. Sabia que estava cravado no peito, se moldado a ele. Não mais flutuava, mas pulsava todo o seu sangue. O garoto levou a mão ao peito, e viu que o cristal havia crescido, até tapar a cavidade que ali havia, e o ouro da coroa se moldara para envolver o cristal, tentando ainda agir como prisão. O ouro parecia brilhar mais. Ele olhou a garota, que tinha as pernas trêmulas.

-Acalme-se. Não tenho nenhuma intenção de lhe machucar. Estava apenas me defendendo.- disse ele, fazendo um gesto para indicar que tudo aquilo ao redor dele era consequência da hostilidade. Ela olhou os soldados e parecia segurar o choro.

-Si- ela tentou dizer, mas sua voz saiu aguda e cortada.- Siga-me.

Finn adentrou o castelo. Guiado pela garota, passou por pessoas do Reino do Fogo que exibiam expressões horrorizadas, como se tivessem visto o próprio Rei Gelado. Apesar de que Finn acreditava que o Rei Gelado não geraria tanto medo nem mesmo no povo do fogo. Desceram até as masmorras do Castelo, cada vez mais fundo. Finn novamente sussurrou o encantamento de espantar o calor, para evitar congelar a escada que desciam. Então se depararam com uma porta entalhada. De um lado da porta, uma garota que ela conhecia bem. Os cabelos flamejantes ondulando ao vento, um sorriso inocente no rosto, uma expressão feliz; a princesa do fogo. Do outro, um garoto que ele já conhecera. Os cabelos loiros escapando do capuz branco, a mochila verde nas costa, uma expressão divertida no rosto; Finn, o humano. Sentia-se bem por ver essa porta. Não poderia dizer feliz, mas sentia-se bem, que ao menos fora lembrado por ela. Pensou consigo mesmo que agora também tinha um cristal vermelho no corpo, e quase riu de si mesmo.

Percebeu que a garota à sua frente estava sussurrando por um tempo, as mãos unidas perto do queixo, os olhos fechados. Falava em uma língua perdida. Quando terminou o encantamento, as portas se abriram.  E Finn se viu na entrada para o Vulcão que a voz tinha mencionado. Assim que atravessou as portas, sentiu a presença dela. Ela estava ali, pulsando junto com o brilho do magma, correndo adentro as paredes rochosas. Finn seguiu adentro o caminho, sem ao menos esperar a garota, que ficara à porta. Sentia tristeza, agora. Sabia que a Princesa estava ali, mas também sabia que não poderia vê-la, tocá-la. Sentiu como se a montanha se divertisse com a ideia. Perguntou se ela odiara no final. A montanha pulsou, irritada com a mera possibilidade do garoto pensar isso. Mas ele não era mais humano, pensou. E a montanha nunca fora.

Finn andou até o fim do caminho, e achou um altar de basalto enegrecido. E no altar, um corpo. Phoebe, em paz. A montanha assentiu, estava em paz. O corpo da princesa estava escurecido, como magma que solidifica. Era bela ainda assim, pensou o garoto, tocando-lhe o rosto. A montanha sentiu calor, carinho. A montanha sentiu falta do garoto. E o garoto dela. Mas ele não acreditava que a Princesa poderia ajudá-lo agora. A Montanha assentiu. Finn pensou sobre a filha da Princesa, e a Montanha parecia tanto orgulhosa quanto preocupada. O garoto se perguntou se a garota poderia ajudar. A Montanha assentiu, feliz. Então, o garoto andou até uma corrente de magma próxima. A Montanha parecia receosa, sabia que não poderiam se tocar. Mesmo assim, o garoto levou as mãos ao Magma, sentiu que ele drenava cada vez mais o feitiço, mas não retirou as mãos. Pensou como amara a Princesa, como gostaria de voltar atrás e não permitir que terminassem, como queria ter evitado esse últimos dois mil anos, e como estava feliz em vê-la; e que se algum dia renascessem, ele procuraria por ela, e a faria feliz. Se Montanhas pudessem chorar, esta choraria.

Finn voltou pelo caminho, acaraciando as paredes rochosas. A garota ainda o esperava em frente às portas. Tinha uma expressão triste no rosto, como se também sentisse a Montanha. Olhava para o chão, e se assemelhava muito à Princesa do Fogo. Ela é a Princesa do Fogo agora, entretanto.

-Qual o seu nome?- Finn perguntou com um sorriso.

-Fionna.- ela respondeu, sem olhar pra ele. Ele se surpreendeu um pouco, e ficou tentado a voltar para o corpo de Phoebe e conversar mais.

-Fionna, me perdoe. Pelo que eu fiz até agora. Eu só preciso de sua ajuda para achar alguém, e depois juro em nome de sua mãe que nunca mais atacarei o Reino do Fogo sob circunstância alguma, e se assim você desejar, nunca nem mesmo voltarei a ele.

Ela finalmente o olhou. Os olhos eram diferentes. Seriam do pai? Eram olhos ferozes, desafiadores. Olhos belos, o garoto pensou. Ela ainda tinha medo, mas lutava com todas as forças contra ele. Ela assentiu, deu meia volta e fez um sinal para que eu a seguisse. Até a sala do trono, onde ela se sentou, chamou a um criado aterrorizado e ordenou que este levasse Finn para um aposento adequado de um Duque. Finn olhou a garota com um olhar inquisitivo.

-Me perdoe, Finn, o hu- ela se interrompeu, os olhos presos ao cristal no peito do homem.- Me perdoe, Finn. Mas eu preciso assegurar que o Reino esteja em ordem antes de poder te ajudar. Estávamos sob ataque até agora a pouco, afinal.

Finn assentiu, sorriso no rosto. Sentia que cada vez que sorria, perdia um pouco mais de sua humanidade. Sentia como se seu sorriso estivesse se tornando cada vez mais cruel e sedento. Mas talvez estivesse só imaginando coisas. Finn seguiu o criado desesperado, até um quarto grande, com uma cama muito maior do que Finn pensara ser possível. Agradeceu ao servo tentando não causar nele um infarto, e se deitou na cama. Ainda poderia sentir pequenos prazeres como este? Como dormir às noites de domingos depois  de explorar cavernas com Jake. Ou comer as panquecas de Jake pela manhã. De ouvir a Princesa Jujuba tagarelar sobre seus experimentos, com os cabelos bagunçados pela falta de sono. De andar pelas planícies com a Princesa do Fogo, tentando pensar em qualquer maneira de demonstrar seu afeto. Suas brigas com Marceline, e seus momentos bons. Lembrou-se de seus primeiros momentos como vampiro. Tinha medo do que sentia, da sede. Nada era o bastante, tinha medo de se tornar um monstro. Ela apenas sorrira, e o abraçara. Dera a ele seu próprio sangue. E nada fez ele para protegê-la. O que acontecera com ela, nesses últimos dois mil anos? O quanto ela sofrera a mais, por que ela estava adormecido? O quanto ela passara? O quanto chorara? Finn sentiu um calor reconfortante no peito, e a Montanha tentou tranquilizá-lo. Envolvendo-o em boas memórias e carinho, Finn adormeceu.

Não precisava dormir, mas ainda tinha o hábito. Quando acordou, esperou até um servo vir buscá-lo, e ficou brincando de fazer flocos de neve que se derretiam antes de tocar o chão. Quando finalmente o servo apareceu, hoje bem mais calmo, Finn sorriu. Sua paciência estava, afinal, acabando. Estava ansioso por respostas sólidas. Finn não encontrou Fionna na sala do trono. Ao invés, ela estava em uma sacada que tinha vista para o Reino de fogo, mas em direção ao Reino Doce. Quando o garoto chegou, ela o recebeu com um sorriso. Parecia tão madura e séria, mesmo para a sua idade. Finn pensou que ela seria uma Rainha formidável.

-Bom dia, vossa Majestade.- disse Finn. A formalidade pareceu a pegar de surpresa. Como se não esperasse modos dele.

-Bom dia, Finn. Espero que tenha descansado bem?- indagou ela, a voz doce. Finn assentiu.- Minha mãe sempre vinha aqui.
 Disse a garota, olhando o horizonte.

-Ela sempre olhava pra esse horizonte quando precisava fazer uma decisão difícil. Como se esperasse alguém fazer essa escolha por ela.- disse Fionna, um sorriso triste no rosto. Olhando para Finn em seguida.- Como se esperasse que você a ajudasse.
 Finn sentiria um aperto no coração, se ainda tivesse um. Quantas pessoas teria desapontado nesse últimos anos? Quantos amigos que precisaram dele e ele não estava?

-Eu preciso de sua ajuda.- disse ele, por fim.- Sabe quem é Marceline?

-Sim. Ela desapareceu no início da crise. Antes de você- ela se interrompeu, como se tocasse num assunto delicado.- Você sabe.
 Finn a olhou de forma interrogativa, esperando que ela explicasse.

-Você não sabe?- indagou ela, surpresa.- O que acha que aconteceu nos últimos dois mil anos?

-Eu não tenho ideia.- respondeu Finn, irritado.- Eu estava adormecido, acordei há alguns dias atrás.
 Ela o encarou, horrorizada. Como se agora, os eventos de ontem lhe fizessem sentido. Ela se debruçou no parapeito e suspirou. Mandou que os servos trouxessem cadeiras, aperitivos e algo para beber. Pediu para que Finn se sentasse, e o suspense já o estava corroendo. Por fim, ela o encarou, séria.

-Finn, você não estava adormecido.- disse ela, tentando soar imparcial como se apenas contasse uma história.- Você foi a força principal do ataque.


Notas Finais


Taporra :D
To empolgado com a estória. Mais tretas estão por vir, meus caros.
Até o próximo capítulo, espero que tenham gostado \o


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