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História Fugitivos - Se tornando mais próximos


Escrita por: Ozumbi

Notas do Autor


Espero que gostem! Boa leitura.

Capítulo 21 - Se tornando mais próximos


Fanfic / Fanfiction Fugitivos - Se tornando mais próximos

Quando me despedi da minha irmã, cheguei a pensar que nunca mais nos veríamos de novo. Então fiquei bastante surpresa e muito feliz quando a vi entrando no bar. 

- Eu senti tanto a sua falta. – choraminguei. 

- Eu também senti muito a sua. – disse ela. 

Ela me puxou pra um abraço bem apertado, um abraço de urso como diria a nossa mãe. 

- Que exagero, não passou nem uma semana desde a última vez que vocês se viram. – comentou Ksora. 

- Deixa elas. – disse Levy, achando graça da cara rabugenta dele. 

Virgo e Ksora se sentaram à mesa com a gente. Pedimos uma garrafa de cerveja e mais dois copos. 

- Tá tudo bem com vocês? Onde estão ficando? – quis saber Virgo, sentada ao lado de Ksora  

- Estamos bem... Apesar de tudo. – desviei o olhar, me sentindo cansada. – Estamos ficando na casa do Hideki. Lembra dele? 

- Sim. Vocês viviam grudados na escola. – respondeu com um sorriso carinhoso. – Ele é mesmo um bom amigo né. 

- Sim. 

- E a organização? Não vieram atrás de vocês? O papai não fez mais nada depois daquele dia? 

- Papai mandou os capangas da organização atrás da gente, mas na primeira vez o Natsu e os outros... Acabaram com eles e, na segunda, nós conseguimos fugir a tempo. – expliquei, encolhendo os ombros. 

- Eu não acredito que o papai fez isso. Quer dizer, apesar de tudo, somos filhas dele. E você sempre foi a favorita. 

- É, eu nunca imaginei que o papai poderia ser... Assim. – disse eu em voz baixa. 

Virgo sorriu brevemente e suspirou, baixando a cabeça.  

- Nem eu. – disse ela, segurando a minha mão. 

“O papai era o nosso herói. Apesar da frieza, sempre tivemos orgulho de tê-lo como pai, mas agora...” 

- Vamos mudar de assunto. – disse eu, forçando um sorriso. – Você tá ficando na casa do Ksora? 

- Sim. A casa dele é enorme, parece cenário de filme. – respondeu rindo. – Acho que vou ficar por lá por tempo indeterminado. 

Eu dei risada. 

- A casa era a melhor parte do namoro. – disse eu, rindo ainda mais.  

- Eu estou bem aqui, sabiam? – disse ele, emburrado. 

- Estamos brincando, não leve a sério. – disse Virgo. 

- Sei... 

Enquanto ria, desviei a atenção pro Natsu, sentado ao meu lado, que nos observava com os braços cruzados, sério. 

- Que foi? 

- Nada não. – respondeu fazendo bico. – Hunf... 

“E lá vamos nós de novo...” Pensei revirando os olhos. 

(...) 

 Virgo e Ksora beberam toda a cerveja da garrafa sozinhos.  

- Hum... Bom. Eu gostei. – disse Lisanna, pousando o copo vazio sobre a mesa. 

- Eu não. – disse Levy, deixando o copo ainda cheio de lado. 

- Eu prefiro não experimentar. – comentou Juvia, ignorando completamente o copo cheio do líquido espumante. 

- E você Natsu? Gostou? – perguntou Lisanna. 

Natsu virou o copo num único gole, fez uma careta e balançou a cabeça. 

- Ruim! – exclamou. – Como alguém consegue gostar disso? 

- Tem gosto pra tudo. – disse eu, rindo.  

- É, porque eu gostei. – disse Lisanna, pegando o copo da Juvia. 

- Tá, só não exagera hein. – avisei, enquanto assistia ela virar o copo. 

Ela deu de ombros e se virou pra conversar com a Levy. 

Ksora se remexeu ao meu lado, inquieto e então se inclinou um pouco e perguntou: 

- E você Lucy, não vai beber?  

- Não. Eu não tô com vontade. – respondi encolhendo os ombros. 

- Mas você gosta, sempre bebia quando saíamos.  

- Sim, mas agora não quero.  

“Meu estômago tá estranho, acho que eu comi demais, o jantar estava uma delícia...”  

- Vamos, só um pouco. – insistiu ele. 

- Ksora... 

- Ela não quer! Não insiste! – gritou Natsu fuzilando-o com o olhar. 

- Não se intromete... ET! – exclamou Ksora. 

Natsu levantou bruscamente, arrastando a cadeira. 

- Do que você me chamou? – perguntou Natsu com uma carranca. 

- ET! – repetiu Ksora em voz alta, com um sorriso maldoso. 

“Natsu provavelmente não sabe o que ET significa, mas, mesmo assim... Não acho que seja justo chamá-lo de algo que ele nem sabe o que é, isso é meio... Humilhante...” 

- Ksora. Não fala assim com ele... – pedi em voz baixa, me levantando também. 

- Desde quando vocês se tornaram tão amiguinhos? – perguntou com um sorriso irônico. 

Natsu avançou um passo, mas eu coloquei um braço à sua frente, o impedindo. 

- Qual é o seu problema? Tá bêbado? – perguntei. 

- Não, claro que não. – respondeu rindo. – Você mais do que ninguém sabe que eu tenho alta tolerância ao álcool. 

- Então para de agir assim. 

- Assim como? 

Natsu bufou ao meu lado. 

- Você é mesmo bem chato hein! É por isso que a Luxy terminou com você. – disse Natsu em voz alta. 

- O que você...  

Ksora se levantou também, o clima se tornando cada vez mais tenso. 

- E você se acha melhor do que eu? Seu ET! 

- Posso ser um ET, mas sou mais forte do que você! – disparou Natsu. 

- Você só ganhou de mim aquele dia porque os seus amiguinhos te ajudaram! 

- Você fugiu! Você apanhou do Gray e do Gajeel, e fugiu! Fugiu antes mesmo de me enfrentar!  

- Eu não fugi! 

- O que foi, apanhou tanto que perdeu a memória? – perguntou Natsu em tom de deboche. 

Apesar de toda a tensão, não consegui segurar e acabei rindo alto. 

Ksora me lançou um olhar magoado e então trincou os dentes e voltou a atenção pro Natsu. 

“Eu não deveria ter rido...” Pensei me sentindo culpada. 

- Vamos resolver isso agora! Vou te mostrar quem é o mais forte! 

Natsu riu, colando as mãos sobre a barriga de forma dramática.  

- Por mim tudo bem, mas... Você quer mesmo apanhar na frente da Luxy? Seria muito vergonhoso não acha? 

- Maldito! – berrou. 

Ksora cerrou os punhos e avançou, mas Natsu desviou, dando um passo pro lado. 

- Chega vocês dois! – pediu Virgo. 

- Natsu! – exclamou Levy, se levantando.  

Lisanna e Juvia também se levantaram. 

- Você já causou problemas demais por um dia Natsu! – disse Lisanna, irritada. 

Todos os pares de olhos presentes no bar estavam voltados pra nossa mesa. O burburinho cada vez mais audível, sussurros e olhares curiosos nos espreitando como moscas. 

- Se querem brigar vão pra fora! – gritou o barman, que até então, apenas observava em silêncio, do outro lado do balcão. – Não quero bagunça no meu bar! 

Ksora se empertigou, e cerrou os punhos novamente, se preparando para uma nova investida. Porém, Virgo o impediu. Ela se levantou e deslizou as mãos sobre os punhos fechados dele, gentilmente, e lhe lançou um olhar suplicante. 

- Chega. 

Ele fitou-a por alguns minutos, as linhas de seu rosto suavizando-se aos poucos, antes de soltar o ar, derrotado. 

- Vamos embora. – disse ele em voz baixa.  

Saiu do bar em silêncio e entrou no carro, batendo a porta com força. 

- É melhor eu ir também. – disse Virgo.  

- Tá.  

Ela me deu um abraço apertado e sorriu antes de se despedir das garotas com um aceno rápido. 

- Cuida da minha irmã Natsu. – pediu com uma piscadela. 

- Eu... Cuido. – murmurou corando. 

Ela entrou no carro e em poucos segundos sumiu de vista ao dobrar uma esquina. 

- Eu estraguei a sua noite né? – disse Natsu, sem graça, coçando a nuca. 

- Sim, mas eu não ligo. – disse eu, sorrindo. – Acho que eu já estou me acostumando com essa vida agitada.  

Ele sorriu. 

- Vai sentir falta? 

-... Provavelmente.  

(...) 

Gajeel, Gray e Hideki, estavam assistindo filme quando chegamos. 

- Até que enfim vocês chegaram. – disse Gajeel, sem tirar os olhos da tv. – Já estávamos pensando em ir atrás de vocês. 

- Não parece que estavam. – disse Levy, encarando as meias fluorescentes nos pés dos rapazes, a manta fofinha e a vasilha cheia de pipoca no meio deles. 

- É claro que estávamos... Assim que o filme e a pipoca acabassem... – murmurou Gajeel, com um sorriso de lado. 

Levy fez bico e subiu às escadas, em direção ao quarto. 

- Como foi? – perguntou Hideki, por cima do ombro. 

- Legal. – respondi simplesmente. – Estou morrendo de sono, amanhã te conto os detalhes.  

- Certo. Logo eu vou dormir também. 

Fui em direção às escadas e antes de começar a subir os degraus, Natsu me chamou. 

- Espera. – pediu ele. – Eu quero conversar um pouco com você. – disse ele, com a cabeça baixa, encarando os pés. 

“Hã?” 

- Quer conversar? 

- Sim. Eu sei que você está cansada, mas...  

Encarei ele, confusa. 

“Ele é mesmo uma caixinha de surpresas.” Pensei sorrindo. 

- Tá bom. Só que eu vou tomar banho primeiro. 

- Tá. Eu espero. 

(...) 

Depois do banho e de vestir uma roupa confortável do Hideki, desci as escadas, em direção a sala, mas parei perto da porta antes de entrar no cômodo, quando ouvi a voz da Lisanna. 

- O Natsu parece gostar bastante da loirinha né. – comentou em voz baixa. 

- Sim. – respondeu Levy distraidamente.  

- Não sei o que ele viu nela. 

- Que foi? Tá com ciúmes? – perguntou Levy, provocando. 

- Não! Eu só... Me preocupo com ele. 

- Como assim? 

- Quando a gente for embora, ele vai sentir falta dela. 

Um momento de silêncio e Levy murmura: 

- Sim, vai. 

- Então... 

Me aproximo mais da porta e dou uma espiada. As duas estão sentadas no sofá, comendo o que sobrou da pipoca. Olho em volta e não vejo mais ninguém. 

“Devem estar se arrumando pra dormir.” Penso, antes de voltar a atenção para a dupla de garotas. 

- Lisanna... Se você continuar agindo como a irmã mais velha... Não vai conseguir nada. 

- Quê? Como assim? 

- Você me entendeu. Eu sei que você gosta dele, desde os tempos do orfanato. – disse Levy com os olhos zombeteiros, cutucando a barriga dela com o dedo indicador. 

- Levy! – exclamou a garota de cabelos brancos, corando. 

“Orfanato...?” 

Natsu entrou pela porta da frente, e eu, automaticamente, dei alguns passos pra trás, pra longe da porta. 

“Eu morreria de vergonha se ele me pegasse espiando a conversa delas.” Pensei, sentindo o rosto esquentar. 

Respirei fundo e entrei na sala, com um sorriso amarelo. 

- Lucy! Você demorou. – disse Natsu. 

- A água da banheira estava uma delícia. – comentei. – Não queria sair de lá, então acabei enrolando. 

- Tudo bem. 

- E você? Já tomou banho? 

- Já. Entrei um pouco na piscina, com um sabonete e um shampoo. 

- Natsu! Piscina não é lugar pra tomar banho! – reclamei. 

Ele deu de ombros e sorriu de lado. 

- Agora já foi. 

Levy pigarreou, nos Lembrando da presença delas. 

- Então, vocês não vão dormir? – perguntou Levy. 

- Não. Vamos... Conversar um pouco. – respondi, por algum motivo, me sentindo envergonhada.  

- Conversa? – perguntou Lisanna, parecendo confusa. 

- Sim. Eu quero falar pra ela sobre o nosso planeta. – disse Natsu, colocando as mãos no bolso. 

“É sobre isso que ele quer conversar? “ Me perguntei, surpresa. 

- Hum. Nós podemos participar da conversa também? – perguntou Lisanna, me fitando intensamente. 

- Claro! – me apressei em responder. – Pode sim. 

“Ela gosta dele... Deve ser por isso que ela não vai com a minha cara... Ciúmes, talvez?” 

- Por mim tudo bem. – murmurou Natsu. 

Demos boa noite pro pessoal, Hideki, Gray, Juvia... E fomos pra fora, pra nossa conversa não atrapalha-los a dormir.  

Nos sentamos à mesa, perto da piscina, do lado de fora, na varanda. 

Porém, Gajeel apareceu também e se juntou a nós, se sentando ao lado da Levy. 

- Então, por onde começamos? – perguntou Levy. 

- Por que vieram pra cá? – perguntei. 

- Estávamos fugindo e... Tentado sobreviver. – respondeu Levy. 

- Como assim? 

- Nosso planeta estava em guerra quando viemos pra cá. – explicou Gajeel. – Os dragões estavam matando todo mundo... 

“Dragões...? Ok...” 

- Sim. Mas eu não me lembro do porquê. – disse Lisanna. 

- Eu também não. – disse Natsu. – Éramos crianças, não nos interessávamos pela guerra  

- Só queríamos saber de brincar. – completou Gajeel, com um olhar distante, sorrindo. 

- Vivíamos atormentando o pai do Natsu. – disse Lisanna, com um sorriso. 

- O pai dele? – perguntei, lembrando da conversa que eu ouvi, e da menção à palavra “orfanato”. 

- Sim. Um dragão enorme e vermelho que adotou ele. – respondeu Levy.  

- Ah... – balbuciei. – E os seus pais verdadeiros? – perguntei pro Natsu. 

- Morreram na guerra. – respondeu, encolhendo os ombros. 

-... Sinto muito. – disse eu, em voz baixa. 

- Tudo bem. Eu nem me lembro deles. 

- Todos vocês perderam os pais? – perguntei. 

- Sim. Na primeira guerra. – disse Gajeel. 

- Hum... Um dragão te adotou? Mas vocês não estavam em guerra com os dragões? – perguntei. 

- Sim, mas meu pai era diferente dos outros dragões... Ele é diferente. – se corrigiu com um sorriso fraco. – Espero que ainda esteja vivo. – completou baixando a cabeça. 

- Natsu... Ele é forte! Claro que está vivo! – disse Levy, passando a mãos nas costas dele, de forma carinhosa. 

- Verdade né! – exclamou ele, sorrindo. – Ele deve estar esperando a gente. 

“É por isso que estão com tanta pressa pra voltar.” Pensei, sentindo um aperto no peito. “Coitadinhos, sofreram tanto no planeta deles... E aqui também...” 

- Que cara é essa Luxy? Não fica assim! Vai ficar tudo bem! – disse Natsu com um sorriso largo. 

“Eu que deveria estar dizendo isso...” 

- Sim. – concordei. 

- Pensando bem... Seu pai nos preparou pra guerra, sem a gente nem perceber. – disse Gajeel. 

- Preparou? – indagou Levy. 

- Sim. Ele nos ensinava a lutar dizendo que era uma brincadeira. – disse ele. – Se soubéssemos que não era apenas uma brincadeira... 

- Se fôssemos mais fortes... Talvez pudéssemos proteger as pessoas e não precisaríamos fugir, nem deixar o meu pai pra trás. – disse Natsu em voz baixa, o sorriso sumindo aos poucos. 

- Poderíamos ter protegido a rainha também. – disse Levy. 

- Eu me lembro dela, vagamente. Uma mulher forte, muito bonita. – disse Lisanna. 

- Sim. Eu me lembro de querer ser como ela. – disse Levy. 

- Quando ela se irritava, até o rei fugia do castelo. – disse Gajeel, nos fazendo rir. 

- Sim. Ela tinha um gancho de direita assustador. – disse Natsu, rindo. 

“Ainda bem que mudaram de assunto...” 

Continuamos conversando até de madrugada, quando paramos ao ouvir um som alto vindo do céu. 

- Lucy! – Gritou uma voz familiar. 

Nos levantamos e corremos pro meio do quintal, nos assustando em seguida ao ver um helicóptero preto, enorme, pairando a poucos metros das nossas cabeças. 

Protegi o rosto do vento forte com as mãos, e por entre os dedos eu vi o meu pai, de pé na entrada do helicóptero, segurando um megafone e com um sorriso vitorioso no rosto. 

- Te encontrei! – trovejou ele através do megafone, triunfante. 

- É melhor se renderem! Se não quiserem que alguém saia ferido. – gritou outra voz, ainda mais familiar. 

Ksora apareceu ao lado do meu pai, também segurando um megafone. 

- Em respeito a Lucy eu não queria ajudar a organização, mas... Eu mudei de ideia! E decidi caçar cada um de vocês! – gritou ele, através do megafone. – Natsu! Você vai se arrepender de ter me humilhado! 

Dito isso, ele saltou do helicóptero com a ajuda de uma corda, e logo atrás dele saltaram mais quatro pessoas.  Quatro jovens e eu reconheci um deles... 

- Sting! – exclamei. 

- A quanto tempo. – disse ele, com um sorriso de lado. 

“Eles são as experiências...” Pensei, entrando em choque. 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Obrigada pelas visualizações, pelos comentários e favoritos <3
Quero mandar um beijo pra um dos meus leitores, Dani 😘 e para todos os outros que estão acompanhando a história 😘😘


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