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História Função CEO (Taekook-Vkook) - Oito


Escrita por: Candy_Bunnyjk

Notas do Autor


Olá meus amores ,bom me desculpem pelo sumiço ,mas tenham paciência comigo ,ok?💜


Tenham uma ótima leitura !😍

Capítulo 8 - Oito


                       {Tae}


Aquela foi a mais louca de todas as sensações que eu já havia experimentado na vida. Saí do prédio lutando contra meus pés que a todo custo tentavam voltar para a sala onde tudo tinha acontecido. Eu não iria ceder. Em um momento de extremo desespero peguei meu celular e liguei para Bambam, que atendeu espantado pelo horário.

- Gatinho! Algum problema?

- Alguns – não queria entrar em detalhes.

Nossa relação não exigia nada, mas eu gostava de saber que de alguma forma tínhamos respeito um pelo outro. Porém aquela era uma situação diferente. Eu não o queria e quem eu queria desesperadamente, naquele momento, não podia ter. Então Bambam teria que servir.

- Quero ver você, hoje – enfatizei.

- Hum! Não vai dar gatinho. Você falou que tinha compromisso, então combinei com os rapazes de assistirmos ao jogo juntos – droga! Como ele podia me negar ajuda naquela hora?

- Tá – respirei fundo, um banho gelado teria que resolver. – Amanhã então? – um dia dava para aguentar, mas dois era demais.

- Não posso,Tae – ficou sério. – Esqueceu que amanhã vou estar longe?Tenho uma reunião e um relatório enorme para entregar.

- Isso é um gelo, Bambam? – estava irritado, frustrado, para ser mais exato.

- Não. Claro que não. Mas, bem que você merecia, no entanto, não tenho força suficiente para isso.

Revirei os olhos para a sua demonstração de amor. Minha vontade era mandá-lo pegar aquele sentimentalismo todo e enfiar... Em mim, mais precisamente. Porque era daquilo que eu precisava. Santo Deus! O que estava acontecendo comigo?

– Vejo você na sexta, certo?

Sexta? Eu entraria em combustão espontânea se não tivesse sexo o mais rápido possível. Se passasse mais um dia ao lado do Sr. Jeon, sentindo seu olhar, da forma como ele vinha fazendo, com certeza, teria vários orgasmos apenas com pequenos movimentos, como levantar e sentar.

- Tá. Tudo bem. Vejo você depois então– desliguei antes que ele conseguisse dizer algo mais frustrante.

Naquela noite tomei um banho gelado, implorando para pegar uma pneumonia e ficar impossibilitado de trabalhar no dia seguinte. Pelo visto o meu pecado era tão grande que nenhum santo se deu ao trabalho de me ajudar.Acordei com toda saúde possível. Nem um espirro.

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Droga! Nossa Senhora dos homens sem sexo que me desse a mão. Procurei por alguma coisa que me agradasse entre as diversas roupas que Joon havia me obrigado a comprar. Fiquei surpreso quando terminei minha produção. Uma calça social preta, bem colado ao corpo. Como o dia estava frio e tinha amanhecido com chuva, coloquei um casaco, também preto, que Joon tinha achado perfeito para mim. Possuía um capuz que protegeria meus cabelos, já que eu teria que descer na chuva.

Quando estava terminando a maquiagem, me dei conta que estava usando o mesmo gloss do dia anterior. O que o Sr. Jeon tinha elogiado, logo entendi que todo aquele cuidado com o que deveria vestir, era, na verdade, ansiedade em agradá-lo mais uma vez.Estava sendo muito cuidadoso e vaidoso. O que não era normal em mim. Algo deveria ser feito. Não poderia continuar agindo daquela forma. Entrei em minha sala sem a menor vontade de olhar para a mesa dele. O que eu poderia fazer? Como ele reagiria ao que aconteceu? Meus olhos me traíram e me dei conta que procurava ansiosamente por meu chefe. Não o encontrei em nenhum lugar. 

- Preto combina perfeitamente com o seu tom de pele, Sr. Kim. 

Sua voz rouca e carregada invadiu meus ouvidos. O Sr. Jeon estava logo atrás de mim. Como conseguiu? Só existia um elevador que subia até aquele andar. Eu havia conferido a sala toda, e ele não estava em lugar nenhum. Nada dele. Como se materializou? Tive medo de virar para olhar em seus olhos, mas não tinha como fugir, era a minha obrigação.

- Sr. Jeon– minha voz saiu embargada ao vislumbrar o cinza dos seus olhos. Suas pupilas estavam dilatadas e a intensidade com que olhava meus lábios me queimava de dentro para fora. Puta merda! – Desculpe-me! Eu não o vi.

- Não se desculpe – parecia impaciente.

– Já cheguei há algum tempo.

Analisei suas roupas procurando algum sinal de que tivesse passado a noite no escritório, no entanto, ele estava impecável. Cabelo devidamente arrumado, barba por fazer, porém adequada. O terno grafite dava maior destaque aos seus olhos. Lutei para impedir que um suspiro escapasse dos meus lábios. Eram apenas 07:50 da manhã e eu já não estava em meu estado normal.

- Estranhei não ter recebido seu SMS esta manhã informando o que teríamos para hoje.

- Eu ia enviar agora mesmo.

Procurei pelo celular em minha bolsa, enquanto o Sr. Jeon me analisava com um sorriso torto nos lábios. Fiquei imediatamente constrangido. Seu sorriso me intimidava.Tirei o casaco, ciente de que seus olhos ainda estavam cravados em mim. Merda! O que eu estava fazendo? Aquele emprego era a grande oportunidade da minha carreira e eu estava prestes a estragar tudo simplesmente porque tinha criado uma obsessão pelo meu chefe. Se bem que isso não deveria ser um problema para ele, afinal de contas, ontem eu tinha tido uma demonstração perfeita e clara do que era obsessão, e o nome adequado para isso era: Mina. A namorada, ou ex-namorada.

- Consultei as agendas. Não posso ficar aguardando você chegar – seu sorriso se desfez. – Preciso da pasta do CSM, por favor.

“O que eu fiz?” O Sr. Jeon só pode ter algum tipo de transtorno. Eu não estava atrasado. Que mania de controlar o horário das pessoas. Só podia ser uma espécie de transtorno obsessivo compulsivo. Ainda confuso fui em direção às gavetas para procurar pela pasta solicitada. Enquanto isso, o Sr. Jeon foi para sua sala, tratando de dar seguimento as atividades. Suspirei resignadamente. Ele conseguia ser sexy e insuportável ao mesmo tempo. Era irritante. Peguei a pasta e levei para o meu chefe, que nem levantou os olhos. Fiquei bastante aborrecido. Como ele conseguia ser tão frio depois de tudo que aconteceu na noite passada? Soltei o ar preso nos pulmões demonstrando minha frustração. Talvez fosse melhor assim.

- É só isso por enquanto, Sr. Kim – continuou absorto em seu computador. Virei-me em direção à porta. Que raiva senti por ser tratado com tanta indiferença. Mas o que eu esperava? -Sr. Kim? – chamou-me no instante em que minha mão tocou a maçaneta. Respirei fundo antes de virar-me para contemplar seu rosto magnífico.

- Sim, Sr. Jeon? – controlei minha frustração.

- Poderia me trazer um café? – não havia nenhuma insinuação em suas palavras. Era apenas um favor, ou uma forma educada de dar uma ordem.Droga!

- Claro, Sr. Jeon.

Saí da sala indo imediatamente até a copa providenciar o café. Liguei a máquina, preparei os grãos, aguardando enquanto o cheiro inebriante preenchia o ar. Levei-o para meu chefe e, antes de sair, fui chamado mais uma vez.

- Sr.Kim? – fechei os olhos controlando a frustração antes de me virar e encarar toda a sua magnitude. – Como soube que gosto de café preto? – ah! Era isso? Sorri timidamente.

- Eu tenho as minhas fontes – ele sorriu em resposta quase me fazendo derreter de desejo. Seu sorriso era espetacular.

           

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O restante do dia foi de apenas trabalho. Arrumei duas vezes a sala de reuniões. Uma para a reunião com o setor jurídico e outra com o setor de marketing. Providenciei seu almoço e o meu por tabela. Respondi todos os 55 e- mails recebidos das filiais, solicitando agendamento de compromissos com o Sr. Jeon. Estudei um pouco mais das pastas. Imprimi, organizei, carimbei e grampeei diversos documentos. Atendi mais de 80 ligações. Ao final do dia estava literalmente acabado. Desejando, mais do que tudo, a minha cama e completamente arrependido pela calça muito apertada.

Quando o Sr. Jeon passou por mim com sua pasta na mão respirei aliviado. Pelo menos ele não me pediria mais nada. Eu ainda teria que esperar um documento que estava terminando de imprimir para, finalmente, poder voltar para casa.

- Sr. Kim, eu estou saindo agora e só retorno amanhã – concordei balançando a cabeça. Ele caminhou até o elevador, porém voltou-se de súbito para mim. – Poderia trazer minha agenda branca?

Peguei a agenda e andei rapidamente em sua direção. Quando ele a pegou, nossas mãos se tocaram. Eu podia jurar que um choque intenso atingiu o meu corpo. Não de uma forma dolorosa, mas como se ondas de prazer saíssem de seu corpo e passem para minhas veias. Fechei os olhos, pois não consegui reprimir o suspiro que saiu dos meus lábios, o que me deixou bastante envergonhado. A sensação da sua pele na minha era avassaladora. O que era aquilo? Sem largar minha mão e, consequentemente a agenda, o Sr. Jeon a puxou para mais perto, o que acabou me levando para junto dele. Deus! Por que tanta provação?

- Taehyung– sussurrou.

Era nítida a mudança de intensidade em suas palavras. Foi como se aquele homem não fosse o meu chefe. O mesmo que passou o dia inteiro me ignorando, como se nada tivesse acontecido entre nós. Bom... Nada aconteceu, mas... Prendi a respiração aguardando o que ele diria, ou pediria.

- A que horas vai para a cama?

O que? Balancei a cabeça confuso com sua pergunta. O que ele pretendia? A associação: eu, cama Sr.Jeon,juntos, já me deixava em brasa. Percebendo a confusão que se formava em meus pensamentos ele continuou.

–A que horas costuma se deitar, para...– um sorriso torto brincou em seus lábios me deixando maravilhado com a imagem da sua língua passeando levemente pelos mesmos, encerrando tudo com uma pequena mordida em um dos cantos de seu lábio inferior. –Dormir – completou. Puta merda!

- Acho que... – puxei o ar para tentar organizar meus pensamentos. Sem conseguir, passei a mão pelos cabelos jogando-os para trás. Minha outra mão estava ainda presa à dele – Cedo.

-Cedo? – levantou uma sobrancelha.

- Estou exausto – sorri sem vontade. – Vou me deitar cedo hoje.

Eu posso. Não. Não posso. Merda! Mas eu quero. Preciso. Preciso muito.Não. Não posso querer. Que inferno!

- Até lá então – as portas do elevador abriram. Ele entrou sem olhar para trás. Como assim até lá?

- Sr.Jeon... - mas a porta fechou e ele partiu me deixando sem resposta.

             

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Dormir foi mais do que complicado. O que o Sr. Jeon quis dizer com “até lá então”? Será que ele teria coragem de aparecer em meu apartamento? Ou será que ele percebeu a forma absurdamente idiota que me deixava quando resolvia tirar o meu juízo? Ou será que quis sugerir que eu sonhava com ele todas as noites? Droga de homem complicado, seguro e sexy.

O banho gelado foi mais do que providencial. Bambam precisava voltar logo ou então a sexta-feira teria que chegar mais cedo. Talvez, muito talvez, eu devesse levar em consideração a proposta do meu “ficante”. Se nós nos envolvêssemos um pouco mais, não haveria espaço para outras pessoas, mais precisamente, para o Sr. Jeon e toda a sua ameaçadora presença.

- Aguente firme, Tae. Falta pouco agora– repeti diversas vezes tentando me convencer de que seria fácil.

Abri o guarda-roupa tirando de lá meu velho moletom. Vesti o casaco,acompanhado da calça folgada e surrada sentindo-me extremamente confortável. Tudo bem! Eu ia dormir sozinho mesmo. O que nunca foi ruim, pois adorava ocupar todo o espaço da minha cama. Dormir acompanhado sempre foi um problema para mim. Fazia com que eu me sentisse dividido ao meio, ou talvez, com apenas a metade da cama mesmo. Por isso sempre expulsava Bambam.

Bambam! Como eu precisava que ele voltasse logo. Rolei na cama vendo as horas passarem. Ele tinha dito cedo e já era tarde, então por que nada acontecia? Ele só podia estar brincando. Brin-can-do. Eu me sentia um alvo fácil para as suas brincadeiras. Era estranho e prazeroso ao mesmo tempo. Mais prazeroso que estranho.

Um homem como o Sr. Jeon, tão sexy e seguro de si. Tão repleto de enigmas e completamente desconhecido para mim, era o que eu precisava para surtar. Acho que posso mudar seu apelido de “Todo poderoso Jeon” para “Todo delicioso Jeon”. Tive que rir, mas tampei o rosto com o travesseiro me sentindo infantil demais.

Involuntariamente repassei em minha mente cada momento que tínhamos vivido juntos. A noite anterior ganhava destaque. Com seus lábios tão próximos aos meus. Era sensacional a ideia de me sentir tocado por ele, sem que, de fato, acontecesse. O Sr.Jeon tinha esta capacidade. Ele conseguia me tocar da forma mais intima possível apenas com o olhar. Deus! Como eu o queria. Nem que fosse por um pequeno instante. Mesmo que fosse apenas um pequeno deslize. Eu seria perdoado se o aceitasse mesmo sabendo que ele era comprometido? Nunca fui muito religioso como a minha mãe, no entanto, sempre tive medo das punições que receberia, caso ousasse desafiar as leis de Deus. E nelas estava bem claro: não cobiçarás a mulher do próximo. Será que valia para o homem do próximo também?

Mas eu nem sabia se Mina era mesmo a namorada dele. Poderia enquadrá-la no grupo de ex-namoradas histéricas e inconformadas, com instinto assassino. Ela parecia mesmo uma psicopata falando da forma como falou. Que mulherzinha insuportável! Meu telefone tocou fazendo-me estremecer. Peguei o aparelho, que mais uma vez se escondia, jogado embaixo das roupas que estavam sobre a poltrona do quarto, e voltei para a cama atendendo de imediato.

- Sim?

- Taehyung? – meu coração disparou ao ouvir aquela voz. – Por que será que eu tinha a certeza de que você ainda estaria acordado?

Eu podia jurar que ele sorria e tinha certeza que estava esplêndido. Sacudi a cabeça para afastar os pensamentos que já me invadiam. Forcei-me a pensar que ele apenas queria esclarecer alguma dúvida sobre um compromisso ou contrato. Ou até mesmo para me avisar que no dia seguinte precisaria que eu chegasse mais cedo. Qualquer coisa não relacionada com os meus desejos secretos.

- Sr. Jeon? –não consegui esconder a surpresa. Era difícil me controlar com tantos pensamentos distintos guerrilhando em minha cabeça.

- Jeon – enfatizou. - Não estamos trabalhando – ai meu Deus! Ele estava me dando um pouco de intimidade?

- Desculpe... Jeon – sussurrei seu nome me sentindo um herege apenas por pronunciá-lo.

Nem em meus pensamentos mais pervertidos, eu o tratava com tamanha intimidade. Em todas as minhas fantasias ele era o Sr. Jeon ou poderoso Jeon, como o chamava secretamente. Senti meu rosto esquentando por chamá-lo assim.

- Não se desculpe,Taehyung – a impaciência estava presente em sua voz.

- Por que o incomoda?

- O que?

- Que eu me desculpe. Você sempre se irrita – ele riu baixinho e minha pele se arrepiou.

- Sua voz fica maravilhosa quando está com sono – mudou de assunto de maneira inusitada, sem responder a minha pergunta. Minha língua involuntariamente umedeceu os lábios. Passei a mão pelos cabelos voltando à realidade.

- Sr. Jeon, nós...

- Jeon – repetiu.

- Jeon – corrigi ainda não me sentindo completamente a vontade com a palavra. – Nós não podemos...

- Podemos – ele foi claro e incisivo. – Jogue comigo, Taehyung, jogue...- suplicou.

A voz rouca e baixa. Era como ouvir o próprio demônio me tentando. O pior é que eu queria ser tentado. Queria ceder aos seus apelos.Estávamos ao telefone e nada de ruim poderia acontecer. Poderia? Meu silêncio o incentivou.

- Onde você está agora?

- Em minha casa – não precisei pensar muito para responder. Ele voltou a rir baixinho.

- Em qual lugar da sua casa? – sua voz destacava as palavras de forma incisiva. Eu entendi o que ele queria saber.

- Em minha cama. Estava tentando dormir e...

- Ótimo! – prendi a respiração. Como assim ótimo?

- Onde o Senhor... Você está agora?

- Isso não vem ao caso – ele não se exaltou.

- Como...

- O que você está vestindo?

Não me deixou continuar. Olhei para mim analisando o moletom velho e gasto que vestia. Eu não poderia dizer a ele que estava usando aquilo. Imediatamente equilibrei o telefone entre o ombro e a orelha puxando as calças para baixo. Precisava que ela estivesse longe do meu corpo para conseguir sustentar a mentira.

- Isso é um pouco íntimo demais – me esforcei para não deixar que meus movimentos transparecerem em minha voz. 

Larguei o telefone e puxei rapidamente o blusão para cima,arrancando-o de mim. Peguei o telefone de volta e ainda consegui ouvir a sua risada rouca.

- Sim. Muito íntimo. É exatamente por isso eu quero saber – engoli em seco. Eu poderia dizer a ele que estava apenas de cueca? – Jogue comigo, Taehyung– a súplica em sua voz rouca de desejo me incentivou a falar. Era só uma palavra. Nenhum mal poderia ser feito por dizê-la.

-Cueca– minha voz saiu sufocada. Eu estava totalmente vermelho.Graças a Deus, ele não estava lá para conferir. – E você? – ouvi, deliciada, o seu suspiro.

- Imagino como deve ser isso.

Fiquei incomodado com tantas fugas da parte dele.

- Qual a cor?

Olhei para mim mais uma vez e não tive coragem de revelar que usava uma cueca bege. Seria o meu fim, ou pior, o fim do nosso joguinho. O que eu diria? Vermelho seria provocativo demais. Branco poderia parecer muito inocente. Preto. Ele disse que o preto ficava muito bem em minha pele.

- Preta.

Afundei um pouco mais no travesseiro e, mais uma vez, ouvi seu suspiro para depois ficarmos um bom tempo em silêncio. Eu podia sentir a “atmosfera” que se formava entre nós dois. Meu corpo inteiro podia sentir.

- Taehyung – sussurrou de maneira desconsertante. – Como as pessoas mais íntimas te chamam? – fiquei em silêncio. – Como posso chamá-lo de maneira mais íntima? – puta merda! Aquilo estava mesmo acontecendo?

- Tae.

- Tae. Perfeito! Muito apropriado. Doce, pequeno, ingênuo e lindo, como você. É extremamente sensual sentir seu apelido “Tae” na ponta da minha língua.

Novamente sua voz saiu mais do que deliciosa. Arrastada. Como se ele venerasse o meu nome. Apertei minhas pernas uma na outra na tentativa de conter o meu desejo. Céus! Eu não aguentaria muito tempo.

- Tae... Seu corpo esplêndido, sua pele clara, aveludada e macia, em uma cueca preta... – soltou o ar. – O que você quer? – fiquei calado sem saber o que responder. Eu queria tantas coisas. – Diga o que quer, Tae.

Eu podia sentir a força das suas palavras sobre mim. Sua ordem me impulsionava a continuar. Mas não tive coragem.

- Você me quer, Taehyung? – aquilo estava indo longe demais. Eu não podia dizer a ele que o queria, nem o quanto.

- Jeon, estamos indo longe demais.

- Responda – sua rispidez me deixou ainda mais excitado. Minha cueca estava completamente molhada.

- Sim. Mas... – fui covarde para deixar que acontecesse.

- Você me quer em seu corpo?

Sua voz era um sussurro suave e delicioso. Eu podia jurar que ele estava tão excitado quanto eu. Só este pensamento me deixou ainda mais enlouquecido para tê-lo. Nada mais importava. Eu o queria.

- Apenas responda que sim, Tae. É só o que eu preciso.

- Sim – meu sussurro acompanhou o dele.

–Mas estou longe, agora – o “agora” que ele falou me fez arquear o corpo em expectativa. Parecia uma promessa. – Então, Taehyung... Respirou profundamente me deixando ouvi-lo. Eu podia visualizá-lo passando as mãos nos cabelos. Secando-me com aqueles olhos cinza. - Eu preciso que você faça algo por mim. Você vai fazer?

- Sim – não poderia mais voltar atrás. Estávamos jogando e eu iria até o final. “Puta merda! Que se dane a sociedade e as suas regras”.

- Preciso que passe a mão no pescoço, mas... Quero que imagine que é a minha mão lhe tocando.

- Não é a mesma coisa – e não era mesmo.

- Ah, é sim. Basta você imaginar que sou eu tocando a sua pele. Acredite Taehyung. Tudo o que eu mais queria agora, era poder tocá-lo. Sentir sua pele macia em meus dedos. Ver seus olhos se fecharem de prazer pelo contato tão desejado por nós dois. Ouvir seus gemidos enlouquecidos de prazer. Ah,Taehyung, como eu queria poder sentir o seu corpo agora.

Perdi totalmente a noção do que estava fazendo e minha mão percorreu meu pescoço. Era como se ele estivesse sobre mim, me tocando.

- Você está fazendo?

- Sim – gemi a palavra deliciado com a sensação.

- Pode me sentir?

- Sim – fechei os olhos e deixei que minhas mãos fizessem o trabalho que tanto sonhei que ele faria.

- Ah! Tae– ele gemeu meu nome e fiz um esforço absurdo para não gemer também. – Desça a sua mão. Passe entre seus mamilos. Eu sonho em poder tocá-los. Tão perfeitos. Rígidos. Do tamanho ideal para minhas mãos – suspirou com força. - Você está fazendo? – automaticamente minhas mãos desceram em direção aos mamilos. A sensação era indescritível.

- Sim.

- Sim, Jeon – deu o comando. – Diga o meu nome. Preciso imaginar seus lábios se abrindo para pronunciar o meu nome.

- Sim, Jeon – obedeci.

- Assim, Tae. É exatamente assim que eu o quero – ele me queria. Isso era o suficiente para mim. – Toque-os. Passe os dedos neles. Sinta como se fossem meus próprios dedos lhe tocando. Você consegue sentir?

- Sim, Jeon– seu nome saiu de meus lábios de maneira melosa. Eu estava extasiado.

- Queria realmente estar com eles em minhas mãos – ouvi mais uma vez seu gemido. – Agora, quero que vá um pouco além. Eu imagino seus mamilos rosados à minha frente. Posso sentir o desejo de tocá-los com a língua, me consumindo. Ofereça-os para mim. Ofereça-os para mim,Tae. Toque-os.Aperte-os – obedeci sem contestar. Eu não queria terminar aquele jogo.

Fiz o que ele pedia. Não sentia a minha mão. Eu sentia as dele. Tocando-me. Excitando-me. Meus dedos pressionaram com firmeza meus mamilos e um gemido escapou. Jeon ficou deliciado com esta reação.

- Assim, Tae – ele ficou em silêncio por um breve tempo, deixando que eu aproveitasse um pouco mais o meu momento. – Precisamos fazer. Você quer?

- Quero.

- Ótimo! – mais alguns segundos em silêncio. - Agora desça suas mãos um pouco mais. Imagine que meus lábios estão fazendo esta parte. São meus lábios em você, Tae. Pode senti-los? – eu podia. Eu sentia. Era real e era perfeito.

- Sim,Jeon– gemi seu nome.

- Não termine isso cedo demais. Não gema dessa forma. É forte. Eu não vou aguentar por muito tempo – sua respiração ficou pesada e depois se normalizou. – Desça sua mão. Passe pela cueca e toque onde eu mais gostaria de tocar neste momento – entendi o que ele queria, eu queria também e faria.

Não dava para segurar por mais tempo.Desci minha mão ultrapassando as barreiras da cueca. Os dedos tocaram minha entrada levemente, mas foi o suficiente para que eu gemesse dengoso. Estava enlouquecido de desejo. Recuei, mas logo avancei conforme era para ser, e mais uma vez, um gemido felino saiu de meus lábios.

- Isso, Tae! Faça. Faça por mim. Pense em mim. Sinta meu corpo em você.

Ficamos em silêncio novamente, quando ouvi o que nunca imaginei que ouviria um dia. Jeon estava se masturbando. Eu podia ouvir o barulho quase imperceptível de suas mãos percorrendo freneticamente seu membro. Como eu queria estar pessoalmente vislumbrando aquela cena. Imaginar Jeon me desejando era uma coisa, mas imaginar meu chefe se masturbando por mim era simplesmente alucinante. Meu ritmo acelerou. Eu queria acompanhá-lo. Queria mostrar-lhe que também estava pronto para ele. Toquei-me com mais pressão. Gemi alto de propósito e ele gemeu de volta, revelando-me o que fazia.

- Dentro de você, Tae – praticamente me implorou. Fiquei deliciado. –Me coloque dentro de você.

Imediatamente introduzi dois dedos em mim e no mesmo instante arfei enlouquecido.Jeon ecoou meus gemidos. Seus movimentos ficaram mais intensos, era perceptível pelo barulho que fazia. Eu tinha sua imagem perfeitamente projetada em minha mente. Seu membro rígido e sua mão enorme trabalhando nele. Subindo e descendo, sem cessar.

- Eu posso sentir você, Tae. Quente... Molhado... Apertado... E eu completamente dentro do seu corpo. Você me quer? – eu estava por um fio.

- Quero. Eu quero você, Jeon.

Enquanto o indicador e o médio adentravam em mim, desejosos dele, a minha outra mão acariciava meu pênis , aumentando o prazer. Nunca havia sido desta forma antes, porém, era exatamente como eu queria que fosse pelo resto da vida.

- Eu estou em você, Tae, como você está em mim – senti que estava muito próximo de gozar quando minha respiração acelerou e sentir as veias do meu pênis pulsar em minhas mãos .

- Jeon! – gemi seu nome me entregando ao prazer.

- Tae! – ele também se entregou.

Juntos, chegamos ao orgasmo. Intenso, quente, extasiante e extremamente prazeroso. Nossas respirações eram os únicos sons. Eu podia ouvi-lo e ele também me ouvia. Meu corpo, aos poucos, foi voltando ao normal. Ao mesmo tempo, comecei a entender o que aconteceu. Eu estava muito, muito ferrado mesmo.

- Tae?

- Sim – ouvi seu risinho baixo e rouco, automaticamente, minha pele voltou a ficar arrepiada. Aquilo nunca teria um fim?

- Vejo você amanhã – e a ligação encerrou. Fiquei parado na cama. Sem esboçar nenhuma reação.


Oh meu Deus, o que eu havia feito?






                  CONTINUA...


Notas Finais


Gente que capítulo foi esse ?Fiquei com um tesão ...
Bom espero que tenham gostado .

Beijos e até o próximo capítulo .❤


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