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História Game Of Thrones - Capítulo 12


Escrita por: Dhampir

Notas do Autor


1. Quero falam algum trauma de seus personagens. Pode ser qualquer coisa, desde banal até algo sério.

Capítulo 13 - Capítulo 12


Fanfic / Fanfiction Game Of Thrones - Capítulo 12

Mindinho

Ele entregou o pequeno vidro para o homem e sussurrou dois nomes em seu ouvido.

O homem branco, de olhos cinzas não planejava trair lorde Baelish, não colocaria sua família em risco. Seria visto como um traidor, mas mesmo assim sua família é a coisa que mais importava.

E se ele traísse aquele pequeno homem ninguém nunca poderia provar a verdade de suas palavras e sua família encontraria a morte como destino.

Pediu perdão para os deuses, só eles poderiam o perdoar. Nem mesmo ele era capaz de fazer aquilo.

Mindinho sorriu, não ficaria mais no Norte depois disso, já havia plantando a semente da dúvida em Sansa, logo ela voltaria para seus braços e ele poderia planejar coloca-la no trono de ferro ao seu lado.

Mas antes alguém tinha que sangrar.

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Eddard Baratheon

Meus homens me seguiram para encontrar Jon Connington, ele esperava que me ajoelhasse perante ele e ao seu rei.

Em algum momento Baelor deve ter encontrado Connington e juntado para sua causa, porém logo ele vai saber que sou seu inimigo.

– Eddard Baratheon, recebeu minha mensagem. – Connington falou, saltou de seu cavalo sendo seguido por seus homens. – Infelizmente meu rei não pode vir, mas vim em seu lugar para ver ser ajoelhar perante o verdadeiro rei dos Sete Reinos.

Comecei a andar em sua direção, ele estava sério.

– Tenho uma mensagem para o seu rei.

Aproximei o suficiente dele para acertar seu rosto, seus homens puxaram as espadas assim como os meus.

– Não vou me ajoelha perante Baelor.

Jon levantou às mãos para seus homens continuarem no mesmo lugar, passou a mão pela boca para ter certeza que não estava sangrando. Cuspiu no chão e olhou para seus homens que soltaram uma risada.

– Não vim por Baelor. – Ele sabia que havia me pegado de surpresa. – Venho em nome de Aegon Targaryen, o filho de Rhaegar Targaryen e Elia Martell, o legítimo herdeiro ao trono de ferro.

– O filho de Rhaegar morreu, foi um presente para meu tio.

– Melhor preparar seus homens, Lorde Eddard, se não vai se ajoelhar perante ao meu rei terei que obrigá-lo.

Esperei ele subir em seu cavalo e sumir da minha vista, não iria conquistar Ponta Tempestade, não vai conquistar minha casa.

A revelação sobre Aegon mudava tudo, não sabia se Baelor estava apoiando o sobrinho ou nem sabia da sua existência. Na melhor das hipóteses teria sobrinho enfrentando o tio, um tem que eliminar o outro para se tornar o herdeiro legitimo.

Aegon precisa do apoio de Baelor para provar que é o filho de Rhaegar e Baelor precisa do garoto morto para terem pessoas apoiando sua causa.

Só teria que esperar e descobrir qual os planos de Baelor e Mindinho quem vai me trazer.

– O que vai fazer? – Davos perguntou.

– Esperar o movimento do exército de Jon Connington e descobrir se os Targaryen estão do mesmo lado da guerra.

– Acha que Baelor não faz da ideia da existência do sobrinho?

– Nem sei se esse Aegon é realmente Aegon Targaryen, pode ser um bastardo. Preciso que alguém descubra o tamanho do exército de Connington e o que ele planeja. Quero estar um passo na frente.

Não seria pego por Connington, iria brincar com sua cabeça e se pudesse usar seus aliados contra si. Tudo depende se Baelor apoia a si mesmo ou Aegon.

Se os dois estivessem do mesmo lado o exército do Vale pode ter que ser usado antes do esperado, eliminava uma parte do meu plano. Mas se estiverem em lados diferentes, só tenho que fazer algumas alterações.

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Ron Forrester

Minha mãe se aproximou, parecia desconfiada de algumas pessoas. Tinha medo por Mira.

– Alguma coisa aconteceu? – Perguntei.

– Sua irmã mandou uma carta. Ela quer saber o que está acontecendo aqui e logo vai voltar para casa. – Não sabia dizer se estava animada ou não, parecia alegria misturada com medo. – Não sei o que responder, Ron.

– Pode ser que a obrigaram a mandar isso, mas é estranho ela avisar que logo está voltando.

– O que devemos responder?

– Que as coisas aqui no Norte estão voltando para seu devido lugar, ficamos felizes que ela vai voltar. Não precisamos falar muito, é melhor para sua segurança.

– Vou escrever a carta. Depois temos que procurar uma esposa para você, Ron.

 Esposa... Já tinha um nome em minha mente, só preciso fazer com que ela aceite e me veja com outros olhos.

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Sebastian Lannister

Tivemos que voltar antes, Alysanne não estava se sentido bem e pediu desculpas diversas vezes por isso.

Fiquei feliz por não ter que passar o dia com ela, um dia perdido poderia significar ficar longe de um casamento.

Consegui ver minha mãe com um homem, mais velho e gordo, ele entregou um papel para ela e ela uma pequena bolsa.

Ela se afastou e consegui me aproximar melhor para ver o homem, era o mesmo que mandava entregar as cartas para Najma.

Corri em sua direção e ele pareceu assustado quando me viu, deu alguns passos para trás e deixou a pequena bolsa cair no chão.

– O que entregou para ela? – Perguntei, ele só mexia o rosto negativamente. – O que entregou para minha mãe?

– Ela não queria que nada acontecesse com você. – Falou, sua voz estava trêmula.

– Ela nunca recebeu minhas cartas? – Ele balançou a cabeça negativamente.

Nunca recebeu uma carta, por isso nunca respondeu.

Durante anos achei que ela não queria responder ou alguém pegava antes que ela, mas não poderia imaginar que elas nem saiam da minha própria casa.

Ela pensou que a esqueci, ela nunca soube de meus sentimentos.

– Você pega meu dinheiro e o da minha mãe? – Falei, sentia meu corpo queimar de raiva. – Deveria lhe matar por me trair.

Peguei a bolsa, provavelmente o pagamento para cada carta que não chegava ao seu destino.

– É melhor isso ficar comigo. – Comecei a me afastar antes que fizesse algo com ele.

Não poderia confiar em mais ninguém, nem mesmo em minha mãe.

Teria que achar outro jeito de mandar minhas cartas para Najma, mas não sabia como ela poderia reagir com isso depois de tantos anos.

Ela poderia ter me esquecido, se casado, ter uma família.

Os riscos aumentaram com os Targaryen, se eles recebessem a cartas dela poderiam a colocar em perigo. As minhas cartas não enviadas durante anos podem ter estragado qualquer possibilidade de um futuro com ela.

Parecia que alguém havia enfiado uma faca dentro de mim e decido revirar ela apenas para me tortura. Não sabia o que senti naquele momento, meu chão havia sumido.

Recuperar as cartas que nunca chegaram em Najma é o principal objetivo, não iria deixar nas mãos de minha mãe. Se não estivessem na de Najma estariam nas minhas.

Depois que tiver com elas novamente sobre minha posse posso pensar sobre o que devo fazer em relação a Najma, o que fazer para tentar lutar pelo meu amor.

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Alyssa Stark

Ainda conseguia sentir o beijo de Rass, o jeito que ele me tocava.

Ele é mais que se mostra, só quero conhecer mais dele.

Donan serviu vinho para mim, o garoto chamava Rass de pai. O mesmo negou que não era o pai do garoto e sim o tio, mas nunca teve coragem de corrigir o menino.

– Posso fazer perguntar? – O garoto perguntou, abaixou a cabeça tímido.

– Faça. – Tentei ser gentil.

– Gosta de meu pai?

Ele me pegou totalmente de surpresa, não sabia como reagir exatamente para essa pergunta.

Sentia algo por Rass, não saberia dizer se resumia em atração ou algo maior.

– Por que pergunta?

– Ele gosta de você. – Falou sorrindo.

– Ele lhe manda dizer isso para todas? – Ele riu do meu comentário e negou com a cabeça. – Por que acha que ele gosta de mim? O considero um conquistador barato.

– Meu pai não é um conquistador barato, nunca o vi com uma mulher. – Falava com certo orgulho. – Ele prometeu que não iria beber ou desperdiçar sua vida com coisas furteis diante do túmulo de meu avô e está cumprindo. Ele gosta de estar ao seu lado, por isso ele deve gostar de você.

– Não acha que ele deveria falar isso para mim?

– Bom, ele não pode. – O garoto passou a mãos pelos fios negros de seu cabelo, tentava deixar o cabelo igual Rass. – Posso contar um segredo?

– Pode.

– Ele quer conquistar algo, ele não acredita que você seja feita para ser a mulher de um mercenário. Você precisa de alguém que honre seu nome, sua beleza.

– Ele disse isso?

– Não quero que ele se machuque, por isso quero saber se gosta dele. – Ele sorriu nervoso.

Se fechar os olhos sentiria sua mão segurando minha cintura e me puxando para perto dele, acariciando meu cabelo, seu sorriso.

Se gostava dele? Possivelmente.

Sentia atração por ele? Totalmente.

– Ele me assusta, Donan. – Revelei. – Tenho medo dele apenas me usar e dizer que dormiu com uma Lady, ser a razão de uma aposta. É preciso mais de belas palavras para provar um sentimento. Isso tudo o que disse, quero que ele diga para mim e no final ele não precisar conquistar nada para me ter. Apenas se isso tudo for verdade.

Donan sorriu, ele lembrava Rass em alguns detalhes, mas não tinha o mesmo sorriso.

O sorriso de Rass é único.

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Lisa Targaryen

Tallon entrou no quarto, na maioria das vezes era Selmy que entrava com um sorriso e pronto para escutar eu falar ou agradecer.

– Onde está Selmy?

– Foi procurar alguém.

Ele estava enrolando um pano em seu pulso, estava tentando esconder alguma cicatriz ou teria se machucado no treino, mas não havia sinal de sangue.

– Esse é o problema quando se apaixona, sempre existe a possibilidade da pessoa lhe deixar. – Falei.

Não conseguia saber se ele estava prestando atenção ou não, só se focava em seu pano e tentando deixar preso em seu pulso.

Aproximei antes que falasse qualquer coisa e puxei o pano, consegui enxergar uma cicatriz lá. Era grande, como tivesse arrancado um pedaço da pele.

Amarrei e ele agradeceu.

– O amor nunca vai embora. – Falou.

– Meu pai foi embora por outra mulher, com o interesse de ter outros filhos. – Comentei ríspida, ele apenas abaixou a cabeça. – O que tem a dizer sobre isso?

– Que tem medo do amor, de começar algo com alguém. – Levantou a cabeça. – Tem medo de se apaixonar e essa pessoa deixa-la sozinha. De alguma forma elas sempre vão embora, elas morrem. Então não quer se apaixonar, não quer perder.

– Agora é especialista no que sinto? Parabéns, Tallon.

– Fui um escravo, fazia amigos e no outro dia tinha que derramar seus sangues sobre a areia. Um dia não queria saber os nomes dos novos escravos, escutar suas histórias. Eles iriam morrer, eles ou eu. Não tenha sentimento e sobreviva, isso é tudo que um escravo necessita. – Desviou o olhar. – Eu lhe entendo de um modo diferente. Nunca sinta, nunca se machuque.

Fiquei o olhando por um tempo, não sabia que ele havia sido um escravo, não sabia quase nada sobre ele.

– Como supera isso?

– Você encontra pessoas que nunca vão lhe abandonar, que sempre lhe oferecem uma mão. No meu caso que não precisei matar. Tem várias pessoas que a amam. Seu pai deve ter lhe amado, pais sempre amam seus filhos.

– Por que ele me deixou então?

– Não disse que ele era esperto. – Ele se aproximou de mim, sua mão tocou meu rosto. – Um pai sempre deve amar seus filhos.

– Seu pai lhe amou?

– Minha mãe amou, nunca tive um pai. Vai ficar aqui ou vai querer conversar com alguém?

Ele ainda continuou fazendo carinho em meu rosto, não consegui afasta-lo.

– Eu... Preciso de um ar.

Se afastou lentamente de mim.

Esperou sair de meu quarto para começar a me seguir.

Não sabia o que havia acontecido lá dentro, nem sabia se iria querer saber.

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Helena Tyrell

A garota que havia estava nós acompanhando se despediu para encontrar sua família, mas reconhecia que existia algo de estranho nela.

– Lady Helena, tenho que lembrar que não podemos ficar muito tempo. – Yunk comentou.

– Vamos ficar o tempo que for necessário, Yunk. – Ele olhou sério para mim. – Deveria ficar contente, isso atrasa seu casamento.

Ele não pareceu gostar do meu comentário, começou a andar apressadamente.

– Para onde vai? – Perguntei.

– Procurar Lady Alyssa, temos que anunciar nossa chegada para alguém.

– Não deveria ter comentado o casamento. – Wyman falou, não parecia estar de bom humor também. – Melhor achar Alyssa, preciso descansar.

Os uivos dos lobos foram um incomodo para eles, dificilmente conseguiam dormir e poderia explicar sua pequena raiva para ficar no Norte.

Mas depois que encontrasse minha prima iria finalmente encontrar Tyler.

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Tyler Snow

Parei na frente de Lisa, ela sorriu para mim.

– Preciso falar com você em particular. – Olhei para Tallon.

– Tudo bem, Tallon? – Perguntou para ele.

Isso era algo novo, ela perguntando se ele não se importaria. Para mim ela queria fazer a vida dele um inferno e agora parecia facilitar o trabalho dele.

Ele deu um passo para trás como estivesse de acordo com isso, ela sorriu para ele que só desviou o olhar.

Disfarcei o ciúme, é difícil imaginar que algo poderia acontecer entre os dois.

Levei para um canto afastado onde ele não poderia escutar, onde estaria sozinho com ela.

– Algum problema, Tyler? – Perguntou, estava sorrindo.

– Isso é um pouco complicado. – Essa é a única oportunidade que tenho.

– Se é complicado tem que dizer, parece motivado.

– Quer sair para cavalgar amanhã?

– Cavalgar? Pode ser uma boa ideia. – Sorriu. – Acho que é um sim.

– Ótimo, podemos sair de manhã.

Estava perto o suficiente para beija-la, até que alguém passou correndo entre nós.

Ela se afastou e depois comecei a ouvir passos de alguém se aproximando, consegui ver Tallon.

– Princesa – Chamou. –, Helena Tyrell já chegou, quer recebê-la?

– Você vem Tyler? – Neguei com a cabeça. – Vou reencontrar uma velha amiga.

Começou a andar para longe de mim sendo seguida pelo seu fiel guarda.

Helena poderia estragar tudo, queria falar meus sentimentos por Lisa amanhã, só eu e ela.

A melhor coisa que poderia fazer é sair como meu lobo e deixar novos planos acontecerem.

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Najma Snow

Acompanhei minha loba, era bom compartilhar esses momentos com ela.

Conseguia descansar de toda aquela bagunça, mas nesses momentos sempre lembrava de Sebastian por algum motivo. Ele continuava vivo em minha mente, por mais que tentasse me esquecer dele.

– Eu devo isso para Catelyn Stark. – Ouvi uma voz feminina.

Assobiei para minha loba voltar, não sabia se quem se aproximava eram boas pessoas.

Os passos aumentavam junto com a tensão.

Uma mulher alta e loira parou quando me viu, estava junto com um rapaz mais baixo.

Minha loba saiu por trás das árvores e ficou ao meu lado.

– Quem é você? – A mulher perguntou.

– Najma Snow. E vocês?

– Sou Brienne de Tarth, esse é Podrick Payne. – Olhou fixamente para minha loba. – Eu vim jurar minha lealdade para a casa Stark, para as filhas de Catelyn Stark.

O nome não era estranho, existia algumas histórias sobre ela.

Ela entrou para guarda arco-íris de Renly Baratheon e fugiu com Catelyn quando ele morreu, foi vista com regicida e depois não se sabia muito sobre ela.

Poderia estar dizendo a verdade que queria mostrar sua fidelidade para as garotas Stark, mas isso não eliminava nenhuma suspeita.

– Eu conheço ambas, posso levar vocês até elas. – Ofereci minha ajuda.

– É muito gentil, Lady Najma.

O garoto não parecia uma ameaça, não conseguia enxergar ele empunhando uma espada. Diferente da mulher e se ela esteve na guarda real de Renly existia um bom motivo.

Sansa sempre estava perto do Bosque Sagrado, diferente de Lydia que ficava para resolver alguns assuntos e aproveitava para escrever cartas para Daenerys.

– Por que veio jurar fidelidade para a casa Stark? – Perguntei, apenas por curiosidade.

– Jurei fidelidade para Catelyn Stark e jurei que iria encontrar suas filhas e proteger. Ela pode ter morrido, mas minha promessa não.

– E você Podrick?

– Vim para acompanhar Brienne, ela precisa de um escudeiro. – Falou, parecia mais contente. – Acha que elas podem ignorar nossa ajuda?

– Por que fariam isso? – Questionei.

– Lady Sansa recusou quando a encontramos com Lorde Baelish, talvez ela recuse novamente.

– Se ela recusar ainda tem Lydia.

Lydia vai precisar de pessoas em quem confiar. Quanto mais poder Baelor possuir, mais inimigos eles terão.

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Lydia Stark

Nada conseguia me fazer tirar o sorriso do rosto, pensar que alguém crescia dentro de mim e um dia vai me chamar de mamãe. Depois de tanto tempo superando perdas e lágrimas, eu ganhei um verdadeiro motivo para sorrir.

Desde que pisei na minha casa novamente parecia um recomeço.

Ainda não tinha enviado a carta para Baelor, é difícil achar as palavras certas para contar que alguém vai ser pai, principalmente quando a pessoa lhe conta que esse é um de seus sonhos.

Voltava para meu quarto, tinha que terminar a carta para Baelor.

Meu corpo vacilou por um momento, minha mão encostou na parede fria.

Alguém correu na minha direção um homem e mulher.

Algo estava errado, totalmente errado.

– Lydia? – A voz de Lisa se fez presente.

Senti algo escorrer entre minha perna, levei minha mão relutantemente até lá.

Só consegui ver minha mão manchada de sangue, alguém me colocou no colo.

Talvez Selmy ou Tallon, não sabia dizer quem estava com Lisa naquele momento.

Não sabia dizer o que estava acontecendo comigo.

 

Otmar queria ter certeza que nada tinha acontecido nada comigo, mas não falava nada.

Lisa havia ficado no quarto, Tallon ficou do lado de fora depois de chamar Otmar, queria que ninguém entrasse.

– Estranho. – Otmar falou, olhou para Lisa. – Se me derem um minuto.

Saiu apressadamente do quarto, deixando eu e Lisa.

– Estava grávida? – Assenti. – Meu tio sabia disso?

Ainda tinha Baelor nisso tudo, ele ainda não sabia e nem sei se deveria saber.

– Não diga nada para ele, Lisa, por favor. – Ela abriu os lábios para falar algo, mas evitei. – Não quero que ele saiba agora, ele está ocupado em tomar Correrrio. Ele nem sabia que estava grávida.

É difícil imaginar um jeito de contar para alguém está grávida, mas parece ser mais difícil contar que perdeu.

– Respeito isso. – Lisa falou, tinha compaixão em sua voz. – Alguém além de Otmar sabia da sua gravidez?

– Só ele. Não diga para mais ninguém.

Estava começando a ficar com sono, o leite de papoula estava começando a fazer efeito.

– Melhor descansar, Lydia.

Escutei a porta sendo aberta, provavelmente Otmar.

Ele sussurrava algumas coisas para Lisa, parecia ter medo de me acordar ou que escutasse.

Mas havia uma pequena palavra que havia escutado falar, não de Otmar, mas de Lisa.

– Chá de lua? – Um pequeno silêncio se formou, não consegui ouvir a reposta de Otmar. – Pode ter sido misturado com o vinho talvez.

O último pensamento que consegui ter é que alguém foi responsável por ter perdido meu bebê.

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Axel Stark

Os mandavam me acalmar, respirar que logo veria meu primo. Mas mesmo assim não parecia tão simples, só ficaria tranquilo quando estivesse novamente em casa ao lado das irmãs.

Consegui ver alguns cavalos e um lobo gigante, cão felpudo, em um daqueles cavalos estava o pequeno garoto de cabelos ruivos.

Não saberia dizer como ele poderia ter mudado com os anos, cada membro da Stark passou por sua própria provação e em nenhum momento parecemos encontrar um pouco de paz.

Eles se aproximavam e já conseguir distinguir Rickon, sua cabeleira entregava ele.

– Está vendo seu primo? – Um homem perguntou, não conseguia distinguir mais nada além de Rickon. – A família Stark está se reunindo novamente.

– Sim, estamos.

– Logo terá notícias de Bran, garanto, Axel.

Rickon tinha um olhar cansado, triste e distante. O quão ruim havia sido para eles quando Theon tomou Winterfell? Ver o lugar que cresceram destruído por alguém que achavam ser um amigo.

Eles pararam diante de nossos homens, Rickon não parecia querer falar nada.

– Sou Osha, meu Lorde. – A mulher começou. – Cuidei de Rickon e garantir sua segurança.

– Fico grato por isso e garanto que será bem recompensada.

– Não quero recompensa, eu gosto do garoto. – Olhou para Rickon e sorriu. – Gostaria de saber como Bran está.

– Não achamos Bran ainda, esperamos que possa nós contar o caminho que ele seguiu.

– Ele foi para a muralha.

Demorei para assimilar as coisas, ela havia dito a Muralha. Jon estava lá, como Tyler. Se Bran tivesse seguido esse caminho saberíamos, teríamos encontrado antes.

– Desculpe, mas a muralha? – Perguntei.

– Esperava que o irmão de Bran tivesse o encontrado. – Comentou, olhou para Rickon. – Eles falaram que poderiam encontrar Jon Snow, que estariam seguros lá.

– Esses homens vão cuidar da sua escolta até Winterfell. Derrotamos o inimigo, mas ainda existe alguns deles espalhados. – Queria que todos soubessem dos riscos que poderiam acontecer. – Seguirei para a muralha. Envie um corvo para Winterfell para avisar os outros.

Bran poderia estar perto de muralha, seria a opção mais segura e a que eu poderia esperar.

Se Bran tiver atravessado a muralha se torna difícil saber o que aconteceu com ele. Existe muitos perigos, quanto tempo ele, Hodor, Meera e Jojen podem aguentar lá? O frio, fome, perigos.

Não poderia esperar muito tempo.

– Não faça nada antes que os outros cheguem lá.

– Vou tentar, não posso prometer.

Se Bran atravessou não posso esperar os outros homens.

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Baelor Targaryen

Não conseguia me concentrar, minha mente ficar repetindo a mesma coisa, as mesmas palavras como se fossem uma maldição: Ela perdeu a criança.

– Lydia estava grávida. – Falei pela primeira vez em voz alta, apenas Rass estava lá para escutar. – Estava grávida e perdeu o bebê. Acreditam que alguém envenenou o vinho.

Olhei fixamente para o chão, não conseguia assimilar as coisas.

– Não estava com ela.

– Sinto muito. – Ele falou. – Não precisa ficar aqui. Eu cuido das caras de fuinha, já realizei cercos antes.

– O que está dizendo?

– Não estava lá quando ela descobriu que estava grávida e nem quando perdeu. Vai ter que viver com isso, quando está em batalhas essas coisas acontecem. Mas meu pai me dizia uma coisa: É fácil ser um bom homem, marido, pai nos momentos fáceis, mas é nos momentos mais difíceis que podemos mostrar que somos excelente homens, maridos e pais. Encontrou seu momento difícil, não poderá ser um excelente pai ainda, mas pode começar sendo um excelente marido.

Passei a mão pelo meu rosto, tentava absorver tudo aquilo.

Só queria acordar e ler uma carta completamente diferente, ler que ela estava grávida e tudo corria bem.

– Não é fácil abandonar isso, tenho que lutar minhas próprias batalhas.

– Você está lutando. Se perde aqui vai ter que voltar para casa, talvez voltar para Essos e tudo que sobrará é sua família. Se vencer e se sentar no trono de ferro ainda vai ter sua família. Lutar as próprias batalhas significar lutar com batalhas pessoais. Volte para sua esposa, mostre que está ao seu lado e que vai matar o bastardo que fez isso.

– Não sei o que dizer para ela, não sei o que fazer nessa situação.

Minha mãe passou tantas vezes por isso, meu pai esteve ao seu lado até um momento que começou a duvidar de todos.

– Achei que ela estaria salva em casa, me enganei. É minha culpa, não deveria ter casado com ela.

– Acha? Compartilharam noites, ou essa criança não teria existido, ela aceitou casar e sabia dos riscos. Estão casados, Baelor, às vezes isso significa que essa vai ser a única pessoa ao seu lado pelo resto da vida. Precisam estar um lado do outro em momentos difíceis e talvez podem estar um ao lado do outro no final.

– Vai cuidar de tudo até eu voltar?

– Vou, mas não prometo que quando voltar as bandeira Frey estarão lá.

A sensação de estar perdido não sumia, um pedaço parecia ter sido arrancado de mim e nunca voltaria para o lugar.

Alguém tinha matado meu filho.

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Selmy Barristan

Ele estava perdendo sua sanidade pensando naquela Septã, cada detalhe gritava que era Ashara Dayne. Que era a mulher que havia entregado seu coração, a mulher que se jogou de um penhasco por não aguentar sua dor.

Ele tinha que olhar mais uma vez para a Septã Lemore e escutar ela dizer que não era Ashara Dayne, ele tinha que enterrar essa história e finalmente aceitar a morte de sua amada.

Donan mostrou onde ela estava ficando.

Selmy a viu conversando com uma mulher, mesmo com as roupas simples ele via o olhar alegre da garota. Tudo nela gritava Ashara Dayne, menos as roupas e o nome.

– Septã Lemore. – Selmy chamou e ela olhou. – Me permite conversar sozinho com você por um minuto?

Ela disse algo para a mulher e levantou do lugar.

Levou para um lugar afastado dos outros.

– Do que precisa, Sor Barristan?

– Nunca disse quem eu sou.

– As pessoas comentam sobre você.

Podiam comentar, mas ele não se lembrava de dizer seu nome para ela. Existia algo errado naquela história, ele sentia isso.

– Você não é septã, reconheceria Ashara em qualquer lugar.

– Desculpe, sor, mas está enganado. – Ela se virou, mas Selmy segurou seu pulso. – Está me machucando.

– Diga a verdade. Você é Ashara Dayne, nunca pulou do penhasco por isso seu corpo nunca foi encontrado. – Controlou a altura da voz, não queria que alguém escutasse.

Ela ficou parada, não sabia o que responder.

Ashara nunca esperou que ele a reconhecesse, esperava que outras pessoas fizessem isso, menos Selmy Barristan.

Deveria confirmar as dúvidas dele? Mas depois teria que confiar que ele não contaria para ninguém, ele não podia contar para os outros quem ela era.

– Aqui não.

 

Ela entrou no quarto e encheu o copo com vinho, precisa de um incentivo para contar toda a verdade.

Contou quase tudo o que aconteceu naquele dia, contou sobre Ned levar a espada de seu irmão, como estava quebrada por dentro. Mas escondeu os detalhes mais importantes.

Selmy não quis perguntar sobre o aconteceu no dia do torneio, não perguntou quem era o pai do bebê que morreu, não revelou suas dúvidas sobre o filho de Aegon.

– Por isso preciso falar com Baelor ou Daemon, eles precisam saber que o sobrinho está vivo.

Aegon vivo? Ele viu o corpo pequeno sobre os pés de Robert, o corpo junto com de sua irmã e Elia.

Selmy nunca se esqueceu daquela cena, nunca iria se esquecer.

– Precisa me ajudar. – Ela segurou suas mãos. – Por favor, Selmy.

– Como?

– Me ajude a convencer Baelor que Aegon é seu sobrinho.


Notas Finais


2. Só iria ter capitulo amanhã, mas decidi adiantar.
3. Aurane Waters vai ser apresentado no próximo.
4. O aborto de Lydia vai ser tratado com calma. Vai ter altos e baixos, sofrimento e vingança.
5. Essa semana no tumblr vou dá destaque para alguns casais e possíveis casais.


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