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História Game Over - Um desconhecido passado


Escrita por: Pesadelo_Proxy

Notas do Autor


Sejam bem-vindos depois de dias kkkkk

Capítulo 8 - Um desconhecido passado


Ben Povs:

Isso parece estar em um loop, sempre retornando de novo e de novo. Meu ar está mais uma vez acabando, meu corpo está tomado pelo desespero.


Meus pulmões doem já faz um tempo, e toda vez que sou obrigado pelo meu corpo a respirar, engasgo.

Eu posso ver a imagem distorcida de uma pessoa na superfície, por que ela não me ajuda? Por que fica quieta enquanto sofro desse jeito?


As correntes pesam muito mais do que parecem. Não quero ficar aqui preso, mas não quero voltar para a água.

O meu tempo está acabando, logo estarei de volta ao frio e a dor para ser entregue ao sofrimento.

Estou com medo, estou sozinho e desamparado.

Eu quero sair... sentir o sol na minha pele...


Abri meus olhos lentamente.

Minha temperatura parece estar normal dessa vez, porém ainda tenho uma terrível sensação de frio dentro de mim.

Lentamente fui me arrastando para fora da cama, sentia meu corpo mole e um pouco cansado. Também tomei um banho gelado para tentar criar ânimo... não funcionou.

Papai e mamãe estavam a mesa quando entrei na cozinha, eles me encararam surpresos, na certa deviam estar esperando que eu fosse ficar mais um dia na cama.

Sentei junto com eles.

Eu acho que acordei cedo demais, papai ainda está em casa.

- Não acho que já possa voltar para a escola. Seus olhos parecem caídos, tem certeza que pode ir? - disse ela me encarando.

- Não posso continuar faltando desse jeito, estou bem melhor hoje do que antes.

- Só porque se sente um pouco melhor, não quer dizer que ela tenha ido embora completamente. Deixe-me ver. - se levantou.

- Não precisa, estou bem.

A mulher voltou a sentar na cadeira.

- É raro esse tipo de coisa acontecer... você sempre parece tão saudável. É difícil de te tratar, seu corpo parece rejeitar os medicamentos, tenho medo que em um desses momentos você vá embora.

Ela está se preocupando por nada, se fosse para eu ir já teria ido.

Eu não me lembro dos meus sonhos e também não tenho uma boa memória de quando fico doente. Eu diversas vezes adoeci repentinamente mesmo tendo uma ótima saúde. E nenhum médico que me recebeu sabe dizer qual é o meu problema.

Bem, deixando isso de lado, tratei e comer o café da manhã... ou um pouco dele.


Meu pai foi o primeiro a sair de casa, afinal, não poderia se atrasar. Eu saí um pouco depois, para notar que do outro lado da rua a minha vizinha repetia a mesma ação. O que nos levou a encarar por alguns segundos a cara de besta um do outro e sorrir.

- Olha só quem o nosso bondoso senhor nos trouxe! - ergueu as mãos para o alto.

Nós aproximamos.

- Ah para, não exagera. - rio.

- Exagerar? Ninguém aqui está exagerando. Quase que perdeu a semana inteira.

Kessy fez uma cara de raiva misturada com preocupação, foi divertido porque combinou muito bem com o seu rosto arredondado. É fofo até.

- Não ria! E pare de me olhar assim, estive sozinha esses dias, foi estranho!

Trasuzindo: senti sua falta, Ben.

Eu sei que ela sentiu mesmo que não me diga, isso pode soar um pouco presunçoso da minha parte, mas é o que parece.

- Não estava me sentindo bem, por isso faltei esses dias todos.

- Vivo dizendo para cuidar mais de si mesmo, mas você só liga para seus jogos. - cruzou os braços. - É nisso que dá.

Eu levantei a mão para alcançar meus óculos, no entanto, ela não foi enganada e puxou meu braço. Ficamos bem próximos.

- Estou falando sério! - mais uma vez ela parecia brava. - Não quero ir a enterro algum, ouviu bem? Você joga demais, não tem um dia que te vejo fazendo exercícios por vontade própria, deveria maneirar um pouco com esse estilo de vida. - ela me solta e vai andando na frente.

- Tentarei lembrar disso. - apertei os passos para a alcançar. - Sempre dizem para fazer o que gostamos... eu gosto de jogar.

- Tenho certeza que isso se refere a carreira.

Nós conversamos o caminho todo.

O dia na escola se passou da mesma forma que todos os outros, tarefas e a bagunça dos meus colegas de classe.

Eu como sempre fiquei jogando nos momentos que não tinha o que fazer.

Em determinado momento Kessy veio me fazer perguntas sobre o Wesley, me deixando um pouco curioso sobre o porquê dela querer falar sobre isso.

E sinceramente? Ele não me aceita mais, age como se fossemos inimigos desde o nosso pequeno acidente com o resto da turma e só vem ficando mais hostil comigo. Eu gostaria que ele pudesse seguir em frente assim como eu segui, mas parece que o Wesley não é capaz disso.

Não acho que Kessy queira mesmo se aproximar dele... o que ela irá ganhar fazendo isso?

- Eu tentei falar com ele mas...

A interrompi antes mesmo de terminar a frase.

- Você o que? - a questionei sério, me levantando da cadeira. - Por que fez isso?

- Queria ajudar ele. - e ainda fala como se fosse óbvio. - Vi ele triste e como você sempre tenta uma aproximação dele... pensei que poderia ajudar.

Isso é bem a cara dela mesmo, primeiro se mete em um sequestro e agora se mete nas questões dos outros com o pretexto de querer ajudar?

Em pensar que estava começando a gostar dela.

- Não pode simplesmente chegar e dizer "oi, quero resolver seus problemas." - voltei a sentar.

Ela é uma boa menina, eu sei disso. Mas isso já está ficando irritante.

- O que aconteceu com vocês dois?

- Nós só escolhemos não nos aproximar... - apoio a cabeça. - O Wesley escolheu isso.

Kessy me olha ainda mais curiosa.

- Mas por quê?

- Isso não é da sua conta.

- Amigos não guardam segredos. - insistiu com o olhar.

- Não adianta fazer essa cara, não vou entrar em detalhes. É pessoal e pesado... sinta-se frustrada, decepcionada ou sei lá o que mais.

- Eu posso esquecer disso por enquanto, mas você ainda vai abrir o bico.

Não, eu não vou. Pode ir esquecendo disso, pessoas morreram, você acha que pode lidar com esse tipo de informação ainda mais depois do que você passou?

- No que está pensando? Ah, já sei... é sobre o assunto "proibido", né?

Já faz algum tempo que percebi, mas tem um incômodo ruído e algo me deixando irritado aqui. Essa discussão nossa não vai nos levar a lugar algum.

- Kessy, me deixa em paz.

- Tá... - meio a contragosto, eu suponho. - Você parece estar cansado, dormiu bem hoje?

- Na verdade eu acordei sim, porém estou um pouco incomodado e minha cabeça está... - me deitei sobre a banca. - ela está estranha.

- Estranha como? - se sentou sobre a banca ao lado.

- Tem uma estática e... eu me sinto mal.

- Não quer ir para casa?

Kessy põe a mão sobre minha cabeça, só não sei o porquê.

- Não, dá para levar de boa.

- Posso dizer para a professora se quiser.

Não mesmo! Se eu voltar para casa depois de ter dito para meus pais que estava bem, mamãe arranca a minha cabeça.

- De jeito nenhum, se fizer isso pode esquecer de mim! - falei imóvel.

O final das aulas enfim chegou. Voltamos para casa.

Já em casa, tomei mais um banho visando que a água fria amenizasse as pequenas dores que sentia pelo corpo.

Quando deitei na cama, foi como se meu corpo tivesse sido puxado para baixo, me senti sufocado. Levantei imediatamente.

- Não deveria se levantar tão rápido, sua pressão pode cair. - a menina falou mexendo na minha estante.

- O que faz aqui? - digo assustado. - Como você entrou?

- Pela porta. - ela sorriu. - Tens uma bela coleção aqui.

A morena veio na minha direção para depois se sentar na cama, me encarando. Eu fiz o mesmo e ficamos em silêncio por uns segundos.

Sinto que a conheço de algum lugar, mesmo que ela tenha simplesmente invadido o meu quarto, eu simplesmente não consigo me importar como deveria. É quase como se essa menina tivesse passe livre para ir a qualquer canto da casa.

- Soube que você adoeceu de forma repentina, então vim ficar um tempo contigo.

- Dispenso, além do mais... já estou melhor do que antes.

- Ah, já sei! - cobriu a boca antes de sorrir confiante. - Isso é porque ainda não me apresentei! Está correto, que tipo de pessoa ficaria confortável com um estranho se oferecendo para fazer companhia? Ninguém.

- Isso não vem ao caso, você é surda por acaso? - voltei a me deitar. - Vá embora antes que eu chame a mamãe.

Ela deita do meu lado, me virei para evitar olhar para ela.

- Estou vendo que está gostando de receber esses mimos. Que gracinha... isso se deve pela sua má experiência da primeira vez?

Do que essa menina está falando?

- Estás a delirar se acha que sou quem está pensando. - disse puxando o cobertor para mim.

- Eu sei tudo sobre você, literalmente, é impossível te confundir com outra pessoa

Tenho medo de perguntar o que ela acha que sabe sobre mim, mas não vou entrar no joguinho dela. Essa menina está biruta, primeiro entra na casa dos outros, depois vem dizer que sabe tudo sobre mim sendo que só nos vimos uma vez?

- Não seja desagradável, pode sair da minha cama? - me virei para ela.

- Eu não.

- Tudo bem então. - suspirei inconformado. - Então suponhamos que eu esteja interessado no que você tem a dizer sobre mim, depois disso pode se retirar?

- Hum... - a morena olhou para o alto entortando a boca e contraindo uma das sobrancelhas. - Talvez eu saia.

- Então diga.


Notas Finais


Esse deu trabalho demais! Tive que fritar minha cabeça pra reescrever esse capítulo. Terminei ontem de noite e meu pulso doía kkkk

Comentem para fazer um autor feliz :3


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