Eu abracei ele mais forte que podia, o que me fez gemer de dor. Ele me soltou rápido e olhou para a ferida aberta, bem onde a flecha havia atravessado.
- Perdão Jagi... Te machuquei?
- Não Tae, relaxa. - ri - Não se preocupe comigo e sim com esta notícia maravilhosa que acabou de me dar... Você se assumiu!
- Você sabia o tempo todo que eu era gay, né?
- Mas é óbvio. Eu, como sua irmã, devo saber de tudo até mesmo antes de você.
- Pois é.. Eu realmente estou apaixonado por ele.
- E ele por você. - sorri
- Sim, mas eu estou preocupado com a Jinyoung.
- Ela parece gostar do Hope.
Um silêncio tenebroso invadiu o ambiente por apenas alguns segundos, mas foi quebrado quando Jin chegou e me viu fora da caverna.
- Você tá pedindo pra morrer, né Won? - ChangHa parou na minha frente e me deu um peteleco.
- Está tudo bem, Wonnie? Sua ferida, como está? - perguntou levantando a minha camisa mas Tae deu um tapa na mão dele.
- Ei. Eu sei que você é namorado dela, mas quem disse que você tem essas intimidades?
- Taehyung!
- Que?
- Deixa ele. - ri - Vocês acharam ela?
- Não, mas ela parece ter deixado pistas.
- Vem pessoal, vamos entrar. - ChangHa parecia atenta e em alerta.
Entramos na caverna e comemos alguns alimentos que o Tae e o Hobi trouxeram e em seguida, encostei no Jin e apaguei na mesma hora. Ao acordar, dei de cara com a Hyaerin me olhando de perto, o que me fez dar um pulo. Olhei ao redor e vi Jin, Tae, Hoseok, Mi, Jinyoung, ChangHa, Jimin e Suga numa gaiola cada um. Eu não estava numa gaiola, estava solta. Na verdade, estava em algo que lembrava muito a arena em que lutei com Mihyung alguns anos atrás na Academia, para saber quem se tornaria o novo líder do Grupo Y.
- Levante-se.
- Hyaerin, você precisa parar.. Por favor...
- Parar? Por favor? Essas foram as duas palavras que eu mais usei na cadeia da Academia quando resolveram me torturar.
- Mas isso já não foi culpa minha.
- Não, não foi. Mas você aproveitou isso para dar em cima do homem que EU gostava.
- Eu nunca soube quem era o homem que você gostava.
- Aquele que hoje é o seu namorado. Agora que você matou o meu, como castigo, irei matar você. Pois assim, ele pagará por algo que não fez e quem vai morrer sofrendo será você!
- Hyaerin, por favor...
- Cala a boca! - gritou, o que fez todos acordarem. Jin demorou para perceber o que estava acontecendo mas, assim que sua ficha caiu, se jogou nas grades.
- Wonnie!! - gritou
- Oh Deus - riu - Grite o quanto quiser gatinho, e observe a sua tão amada Wonnie morrer!
- Não!!
- Hyaerin!!
Me esquivei para o lado bem na hora em que ela avançou com a faca para me matar, mas ela não desistiu. Foi avançando cada vez mais até que tropeçou numa pedra e caiu, se pendurando no penhasco.
- Socorro!!
- Hyaerin!
Corri até ela e estendi a mão, mas, assim que ela pegou, escorreguei também e me segurei num bambu solto que conseguiu aguentar o peso de nós duas, mas não por muito tempo. O bambu estava começando a arrebentar quando Hyaerin me chamou.
- Wonnie, isso não vai aguentar por muito tempo, você precisa me soltar.
- Não, eu não vou. Tenta subir em mim e depois você me pux...
- Wonnie, deixa de ser estúpida. Eu tentei te matar e agora você quer me ajudar?
- Uma coisa que meus pais sempre me ensinaram: nunca cometa os mesmos erros que seu inimigo, pois é isso que o torna o vilão.
Ficamos caladas por alguns segundos, até que o bambu começou a falhar.
- Wonnie
- Oi
- Eu te amo, minha amiga. - disse, soltando a minha mão e caindo do penhasco
- Hyaerin!!! - gritei. - Hyaerin!!!!
Percebi que em minha mão, estava a pulseira da amizade que compartilhávamos quando éramos amigas ainda. Na pulseira, estava a chave das gaiolas, e logo lembrei dos outros. Subi a tempo do bambu arrebentar.
- Wonnie, graças a Deus! - Jin estava com os olhos inchados de tanto chorar.
- Eu vou soltar vocês, calma.
Soltei um por um, e deixei Jin por último. Ao soltá-lo, lhe agarrei forte, como se fosse a última vez. O machucado latejava mas eu ignorei.
- Jin, eu te amo.
- Eu também te amo, Wonnie. Muito, muito, muito. - disse me dando um beijo a cada "muito" que falava.
- Você está bem, maninha?
- Tae, estou sim. - lhe abracei.
- Gente, a Jinyoung não quer acordar! - Hobi correu até a gaiola da Jinyoung e lhe pôs em seu colo. Seus olhos estavam cheios d'água.
- Pessoal, não está faltando a Soon? - Suga parecia aflito.
- Oh Meu Deus. - gritei.
E foi aí que eu percebi que o corpo da Soon estava pendurado numa árvore.
- OK, vamos sair daqui.
- Mas e a Jinyoung?
Eu corri até ela e medi sua pressão arterial, mas infelizmente não consegui sentir seu pulso.
- Ela está morta.
- Pessoal, vamos sair logo daqui. Por favor. - Mi implorava.
- Vamos ao menos enterrar esses corpos junto com o do Jungkook, da Hee, Sun e Namjoon.
Carregamos os corpos até nosso mini cemitério, e enterramos seus corpos. Ao lado da Soon, enterrei a pulseira da Hyaerin, e fiz uma cruz com seu nome. Jin pôs a mão em meu ombro e beijou a parte de trás da minha cabeça. Me virei de leve para ele quando percebi que havia uma câmera em uma das árvores. Me aproximei e vi o símbolo da Academia. Logo, senti meu sangue borbulhar e ferver em minhas veias. E foi aí que a ficha caiu... A diretora estava brincando conosco, seus brinquedinhos
- Você acha isso legal? - gritei pra câmera. - Acha que isso aqui é um reality show? Uma série da Netflix? Ou algo do tipo? Sabe o que você está fazendo sua vadia desgraçada? Está acabando com as nossas vidas. Quem sair vivo desse inferno vai acabar num hospício pois vamos ficar malucos. A quantidade de morte que vimos, as pessoas que mais amamos... Você as matou. Não foi o Namjoon que foi assassino, não foi a Hyaerin que pendurou aqueles corpos.... Foram vocês seus desgraçados, infelizes. Eu vou fazer questão de sobreviver nesse inferno e te matar assim que tiver a chance. Você vai ver, EU TE MATO!
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