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História Gangster Heart - Meu refúgio não tem nome (Part 2)


Escrita por: babbyz

Notas do Autor


Gente, esse é o penúltimo capítulo dessa temporada, sinto informar. Levei muitos feels pra escrever então leiam com muitos feels <3

Capítulo 51 - Meu refúgio não tem nome (Part 2)


Não esperei tempo algum, corri até as meninas e, olhei pra Carly, que estava totalmente machucada e cheia de hematomas, e Danielle tombou pro lado, caindo pra trás cansada.

- O que aconteceu com vocês? - Perguntei puxando as duas e, demos um abraço rápido - O que eles fizeram? Cadê a Myle a Sophie? Gente precisamos encontrar elas.

- Encontrei a Carly aqui na garagem, ela ia entrar sem mim. - Danielle disse de olhos fechados, respirando fundo - Eu fiquei quase duas horas de ponta-cabeça e se não fosse por Liam ter chegado na mansão eu teria morrido.

- Niall também chegou na mansão antes que eu morresse. Lucca me espancou enquanto eu estava desacordada e, eu já não sei mais o que eu faço pra sair desse inferno.

Eu ia falar alguma coisa, mas ouvimos um estrondo alto. Olhamos pra trás de mim e, Cody estava na porta da casa onde ele tivera me mantido, segurando uma arma e, mancando de um jeito doloroso até nós, bem devagar.

- Vamos. - Falei pegando na mão delas - A gente tem que sair daqui o mais rápido possível. Cody está louco e não vai demorar muito até Harry chegar aqui. Vocês estão andando como? Estão todas acabadas! - Falei enquanto eu ajudava elas a correr pra garagem

- Eu tô de carro. - Carly disse nervosa - Essa louca da Danielle veio de moto, quase bateu em mim quando chegou. Tá tonta que só o caralho e pega volante, você é louca Danielle.

- Vamos. - Falei enquanto colocava Danielle no banco de trás e, fechei a porta, enquanto eu via Cody atrás de nós lançando fogo loucamente - Corre corre, mansão do Zayn.

- E a Sophie? - Danielle perguntou - Temos que ir atrás dela também.

- Eu vou pegar essa moto que você usou pra chegar até aqui e vou pegar a Myle. - Falei colocando o capacete da moto que Danielle pegou, que estava do meu lado - Vocês vão atrás da Sophie. - Montei na moto e, ronquei o motor - Do jeito que ela é, não demora nada. Voltamos a ativa meninas. - Sorri maldosa e, Carly acelerou o carro, segui elas até a próxima curva e depois sumi no caminho, em direção a mansão de Louis

POV Myle

Eu já não via mais nada. Vendada no meio de algum cômodo que eu julgaria ser um quarto, ouvia vários homens conversando em minha volta e bebendo, falando sobre sexo e sobre viagens inúteis com putas e muito dinheiro, muito. Ethan não era um deles. Ele me fez ouvir um discurso dele por um bom tempo e, eu gravaria aquela voz nem que fosse na puta que pariu. Me sentia usada, eu estava usando só minhas roupas íntimas e, minhas mãos estavam algemadas. Qualquer tentativa de sair dali poderia ser inútil. Qualquer tentativa de gritar seria inútil eu só estava vendada, em cima de uma cama, algemada, e com pouca dor no corpo. Eu deveria ter desconfiado. Deveria ter desconfiado de que ele iria fazer isso, o fato de seguranças não estarem na mansão deu mais tempo pra ele elaborar isso tudo. Ele deve ter forjado tudo, ele deve ter planejado aquilo em muito tempo, mas eu não ia deixar isso me abalar, eu não ia ficar assim, ele queria guerra? Era guerra que ele iria ter.

- Acabou a palhaçada. - Ouvi Ethan entrar no quarto e, todos os homens se aquietaram - Vamos, todos vocês, pra área da piscina.

Depois que ele disse isso, ouvi o quarto de esvaziar. Todos os homens jogaram as taças no chão e, saíram, pelo que pude entender um atrás do outro, e fecharam a porta. Eu ouvia a respiração calma de Ethan e, ele mexia em tudo, nos vidros de perfume, no guarda-roupas, em tudo. Até que, ele me pegou no colo, e começou a andar

- Espalhei um monte daquela coisa vermelha que você tem pela cama. Sabe o que é?

- Perfume? - Perguntei e ele riu em deboche - Onde estamos indo?

- Fiquei sabendo que seu namorado vem nos visitar. Então eu vou adiar a sua morte.

Ele me sentou num banco na cozinha e, enfiou um saco na minha cabeça, sem desvendar meus olhos. Amarrou no meu pescoço com um pouco de força, me fazendo sentir uma leve falta de ar, e me pegou no colo de novo.

- Ethan tá muito apertado, solta isso caralho - Falei levando meus braços juntos até o meu pescoço e subindo um pouco pra relaxar - Eu não vou morrer, não importa o que você faça.

- Eu deveria ter amarrado seus dedos também. - Ele disse Puxando minhas mãos com força pra baixo, com uma das mãos dele - Caralho que saco. Ainda bem que são seus últimos segundos de vida.

Ouvi mais risadas e, ele abriu uma grande porta. Foi até onde as risadas estavam e, me passou para os braços de outro homem, um homem mais forte e muito mais acima do peso, pelo que pude ver. Eles trocaram algumas palavras e, eu até escutaria, se não fossem as várias risadas no fundo. Pelo que pude perceber, estávamos na área da piscina e eu não sabia ao certo o que eles queriam comigo ali. Até que, alguém me jogou pro alto e pra frente, me fazendo gritar de medo. 

O susto veio junto com o medo, e com a falta de ar. Tinham me jogado dentro da piscina e, eu levantei meu rosto, não estava conseguindo respirar direito porque o saco estava completamente encharcado e grudado no meu rosto inteiro, me afogando. Optei por respirar um pouco mais devagar mas, senti alguém me pressionando pra baixo. E nadei pra mais longe, mas ouvi outros três homens entrarem na piscina e, me cercaram por todos os lados.

Eu comecei a me debater e, as risadas eram muito altas, dava pra ouvir de longe. Eles me tiraram da água e, eu comecei a me debater, uma falta de ar muito grande, eu já não estava mais dentro de mim praticamente. Tentei lutar com eles, mas era inútil, os caras eram enormes, e nem deveriam sentir a minha mão encostando nos abdômens e nos braços deles. Eu comecei a me sentir leve, e eles me pressionavam pra baixo me fazendo cada vez mais incapaz de respirar.

Até que comecei a ter flashs na minha visão e, ouvi duas explosões enormes. Mas não se explodiu nada ao meu redor, pude perceber porque senão eu teria sentido algo. Os braços que estavam me envolvendo de repente relaxaram, senti me soltarem e meu corpo ficou dormente, e eu comecei a boiar na piscina. Minha sião ficou embaçada e eu já não conseguia mais respirar, até que, minha audição parou, e eu só ouvia coisas abafadas perto de mim. É, eu estava me afogando. Ouvi um barulho forte de água e, começaram a me puxar. Não queria mais saber de nada, se eu fosse morrer, iria morrer ali porque eu não estava ligando mais pra nada, se morresse foda-se, o mais perto que eu poderia chegar da morte eu sabia que era aquilo, ainda consciente. Me jogaram em cima de alguma coisa que estava úmida, eu já não estava mais sabendo definir nada, definitivamente fora de mim. Começaram a apertar meu peito, pelo que pude perceber com uma mão só, enquanto a outra tirava aquele saco do meu rosto. Quando fiquei livre, senti alguma coisa subir dentro da minha garganta de uma vez só, e quando menos pude esperar saiu praticamente um litro de água da minha boca. Minha visão começou a voltar rapidamente ao normal assim como a minha audição e, quando olhei pra frente, por uma pequena abertura das minhas pálpebras vi Amanda, me olhando e chacoalhando meu rosto

- Myle - Ela me chamava rápido, e me puxou pra cima me abraçando - Você tá bem? Ah que pergunta idiota, a gente tem que sair daqui agora. Zayn chegou e vai cuidar de tudo aqui.

- Onde a gente tá? - Perguntei olhando em volta e, respirando fundo algumas vezes, minha urgência pra sair dali era grande - Vamos embora daqui. Zayn matar o Ethan e os dois vão acabar me matando se eu ousar entrar na briga.

- Não se arrisque mais. - Ela disse se levantando comigo - Danielle e Carly foram atrás da Sophie. Os seguranças entraram porque Zayn trouxe uma frota enorme com ele. Vamos, vamos sair daqui o mais rápido possível, porque a gente tem que buscar a Sophie.

- Vamos pra casa dos meninos? - Perguntei e ela me olhou pasma

- Claro que não.

Começamos a correr e eu ouvi alguns baques fortes dentro da casa, e não me ocorreu na hora que era Zayn e Ethan brigando até eu bater os olhos lá dentro. Amanda estava na minha frente correndo, e eu mudei de ideia, e corri até ele. Sem que ela percebesse, entrei dentro da casa e, afastei Zayn e Ethan, e Zayn me olhou perplexo, pelo fato de como eu estava vestida e porque eu estava toda ensopada. 

- Estava esperando por você. - Ethan disse e, me pegou no colo saindo correndo

Ouvi muitos tiros enquanto ele subia as escadas, mas ele era sortudo demais pra levar um tiro. Eu me debatia no colo dele, me afastava, tentava levantar, mas ele seguia meus movimentos me fazendo não conseguir descer de seu colo. Ethan me levou pra um dos quartos e, foi até a sacada, e todas as pessoas entraram alvoroçadas atrás de mim. Olhei aquele mato inteiro do lado da praia debaixo de nós, e olhei pra baixo, vendo as ondas baterem violentamente nas rochas que tinham lá

Flashback On

- É lindo Zayn. - Falei olhando aquela imagem no pôr-do-sol e, ele se aproximou puxando a grade pra mim

- Myle, não fica em cima da grade, eu acho que qualquer dia desses ela vai cair.

- Cai nada anjo, relaxa. - Falei e, ele deu dois passos me prensando contra a parede, e fungando no meu pescoço

Flashback Off

- Não joga ela aí seu filho da puta! - Ouvi Zayn gritar e, Ethan me agarrou e eu comecei a gritar loucamente

- Até a próxima vida, vagabunda. - Ethan disse me largando e, eu caí lentamente lá

Não demorou muito pra eu cair na água. Na verdade, demorou tempo o bastante pra eu conseguir refletir sobre tudo o que fiz na vida e em como eu seria a pessoa que ficaria na Terra como personalidade. Myle Malik, a mafiosa que foi sequestrada pela máfia inimiga e se apaixonou por seu sequestrador, brigou com seus pais e fez de tudo pra ser feliz: menos os planos pra correr atrás da felicidade. Isso era uma falha. Porque se eu tivesse ido atrás de Ethan e se as meninas tivessem ido atrás de Lucca, Brandon, Cody e Thomas nós teríamos conseguido matar eles e teríamos conseguido o que sempre quisemos: a felicidade.

Senti minha cabeça bater levemente em uma rocha, mas nada demais. Tentei subir mais uma vez pra superfície mas, ma onda forte me empurrou pra trás, mas quando eu me virei, tive tempo de segurar a rocha devagar e não bater minha cabeça nela. Mergulhei mais fundo e,  onde não tinha muito movimento das ondas, fui nadando pra frente, até achar seguro pra ir pra frente. Longe de tudo e de todos, saí da água do mar e, subi no mato que estava do lado, porque aquilo onde o quarto ficava era um peco com ondas muito fortes. Quando subi, me deitei na grama, absolutamente cansada, e ouvi a voz de Amanda atrás de mim

- Aquela louca correu atrás deles! Ela tentou separar a briga e o Ethan agarrou ela e levou ela pra sacada e jogou ela no mar, a menina sumiu Carly, o que eu faço?

Me levantei devagar enquanto eu ria do desespero dela. Toquei seu ombro e ela se virou pra trás, deixando o celular cair no chão e, me abraçando

- Você é uma grande filha da puta. - Amanda falou e eu respirei fundo - As pessoas lá em cima acharam que você morreu. Zayn pulou atrás de você e não te encontrou, aí eles ficaram desesperados. 

- Ele tá bem? - Perguntei subindo na moto e, ela deu a volta

- Sim. Mas ele chorou um pouco.

- Vou ligar pra ele. - Falei pegando o celular dela, e ela ligou a moto e tomamos o nosso rumo

POV Sophie

Eu estava de joelhos antes a peste. Thomas me olhava superior e, segurava aquela seringa na minha frente sorrindo, e eu estava absolutamente surrada. Ele bateu no meu rosto e, sorriu pervertidamente, me jogando pro lado. 

- Primeiro, eu vou jogar sal nos seus olhos... - Ele disse acariciando meu cabelo e, eu virei meu rosto pro lado violentamente - Depois, vou injetar essa merda no seu joelho, como você fez comigo. Aí, vou pegar aquela sopa deliciosa que estou preparando, colocar na seringa e te matar. É claro, direto na veia, você tende a morrer na hora.

- Achei que fosse me torturar mais. - Falei sorrindo e, ele me olhou e seus olhos denunciaram o medo que ele sentiu quando eu sorri - Por que eu não possa morrer agora? Tem algum compromisso que você precise cumprir?

- Tem sim. - Ele falou roçando a agulha daquela coisa no meu rosto e, me causando um pequeno corte - Tenho que avisar seu namorado.

- Ele já deve saber. Já deve estar vindo aqui. - Falei e, lambi a gota de sangue que escorreu pela minha boca - Mas me mata logo. Sei que vou morrer feliz.

- Quando se está do meu lado ninguém é feliz. - Ele disse e, pegou um punhado de sal atrás dele, e me olhou perverso - Vamos, abra bem os olhos.

- Vai mesmo ter coragem de me torturar dessa maneira? - Perguntei e ele riu - É, porque vai que o Louis chega né... Vai saber.

- Mandei arregalar os olhos. - Ele disse segurando meu rosto com a outra mão e, eu tentei me desviar, mas não consegui

Não tive tempo de pensar, quando olhei em seu rosto pra responder seu abuso, ele jogou aquele sal nos meus olhos, fazendo os mesmos ferverem. Caí no chão me agonizando com aquela dor, era uma dor de cabeça e uma dor nos olhos inacreditável, parecia  que eu estava derretendo e, mesmo assim, eu não queria dar o prazer de Thomas ouvir meus gritos insuportáveis que eu escutava somente vindo de dentro de mim mesma.

Calma. Era assim que eu precisava ficar, era assim que era pra ser, a dor só seria sentida se eu acreditasse que ela realmente existisse. Abaixei minha cabeça e levantei meus braços que estavam amarrados um no outro, e abri meus olhos, passando meu braço e tirando o sal que estava consumindo eles. Gotas de lágrimas caíram, e assim eu compreendi que minha vida estava um inferno. Tirei todo o sal dos meus olhos mas eles foram muito danificados, eu sentia como se várias formigas estivessem andando neles e, olhei pra Thomas, como se soubesse que ele também estava se agonizando por dentro por ver a minha dor e, com os olhos absolutamente vermelhos as únicas palavras que eu consegui proferir foram

- Eu odeio você.

Ele apenas sorriu. Sorriu e, naquela sala enorme, foi pra onde tinha a pequena estante de madeira maciça  onde Louis guardava algumas armas, pegou um cigarro e, pegou um dos isqueiros de Louis que era em forma de uma pistola semi-automática, acendendo o objeto na boca dele.

- Sabe, tem uma lenda antiga. - Thomas disse de mal jeito enquanto acendia o cigarro e,  enquanto eu me concentrava em tirar o resto de sal dos olhos - Que diz que na segunda guerra mundial, mais especificamente falando na primavera de mil novecentos e quarenta e quatro - Ele conseguiu acender o cigarro e, tirou da boca o objeto soltando a fumaça e colocando de novo na boca - As forças do general Douglas MacArthur atacaram o Porto de Hollandía, que era um trampolim para as Filipinas. Lá, tinham vários japoneses que, foram pegos de surpresa e obviamente, morreram. - Thomas falou e olhou pra cima concordando consigo mesmo - Dizem que alguns japoneses ficaram, mas apenas em espírito. Já em mil novecentos e cinquenta e seis, Reuters anunciou que Hollandía tinham pedido para membros de famílias pedirem para membros da comissão japonesa para tirarem um canhão anti-aéreo da praia. Sabe por quê? - Ele me olhou e, eu não respondi - Eles diziam que viam fantasmas de soldados de fantasmas japoneses ainda habitavam aquele lugar, sabe como, esqueletos com capacetes enferrujados que iam manejar o antigo canhão e ficavam de vigia esperando por um ataque aliado. E eles diziam ver toda noite. Muitas pessoas dizem que eles não morreram direito. Acho isso bobagem. Não acredito em fantasmas muito menos em guerras em que não estive intrometido.

Não respondi. Talvez por estar com os olhos ardendo demais pra falar alguma coisa, talvez por estar refletindo em como eu odeio aquele cara, ou simplesmente por eu estar esperando a hora de morrer. O Silêncio naquela sala reinava e o único barulho que eu escutava cuidadosamente era o barulho da sopa, começando a ferver na panela e suas bolhas estourarem. Mas eu sabia que não deveria falar nada, sabia que isso não convinha a mim e sim a ele. E, percebendo que eu não ia falar nada, ele se sentou na minha frente, soltando uma longa onda de fumaça e me olhando com superioridade, depois, batendo e deixando as cinzas caírem em cima do sofá. 

- A questão é que, se você ignorar o fato de que as pessoas só pensam em fantasmas e em coisas pra infernizar a vida delas - Ele quebrou o silêncio me fazendo engolir em seco - Pode ver que a história fala sobre falta de preparação e fidelidade. O canhão sempre esteve lá, com os japoneses. A falta de preparação não significou que eles não estavam preparados para a guerra. Mas a questão é que eles se prepararam tarde demais. - Ele se levantou e, veio até mim, se ajoelhando e ficando frente a frente com meu rosto - Reconhece algo que se pareça com isso?

Não respondi mais uma vez. Eu estava com raiva e, ele, sem motivo algum, bateu no meu rosto com raiva. Thomas foi até onde pegou o cigarro e pegou a seringa que tinha deixado lá, e veio na minha direção sem expressão alguma. Ouvi um baque forte vindo da cozinha e, ele eu olhamos na mesma direção: pra porta, onde um vulto passou rápido e sumiu. Thomas largou a seringa no chão e me olhou com raiva

- Não demoro pra voltar pra cá. Tenho que te cobrar isso.

Assim que ele saiu, ouvi o barulho leve da porta de Louis se fechar devagar e, olhei pra trás, e Danielle e Carly estavam lá, vindo até mim e me desamarrando. Sorri ao olhar pra elas, que viram meu olho absurdamente vermelho e trataram de pegar alguns guardanapos que estavam em cima da mesinha e tirar o que tinha nele. Assim que elas me desamarraram, a primeira coisa que fiz, por instinto, foi correr e pegar aquela seringa, e ir direto pra cozinha, enquanto elas me esperavam na sala, sabiam o que eu ia fazer. Lá, encontrei Thomas de costas pra mim, vendo se a sopa dele estava pronta, pra injetar na minha veia. Minha primeira reação foi fincar a agulha com todas as minhas forças na parte de trás do joelho dele, e injetar aquela merda lá. 

- Então me diga, Thomas - Sussurrei em seu ouvido enquanto ele caía no chão, agonizado - Você reconhece a falta de preparação dos japoneses em algum lugar?

- Eu vou te encontrar. - Ele falou caindo, e eu sorri, me levantando - E vou te matar.

Não fiz nada demais. Apenas virei aquela panela gigante de sopa fervente e quase queimada em cima de seu corpo. 

Com o impacto, caíram algumas gotas no meu dedo e, chupei o mesmo, olhando pra ele e sorrindo. Me virei e saí, e as meninas sorriram pra mim. Abrimos a porta e, entramos no carro que estava nos esperando, e quando entramos no meio do mato, cruzamos com vários carros pretos indo ao lado contrário nosso.

Eu sabia que Louis estava em um deles. Eu não podia negar que ele era minha salvação, eu não podia negar que é e sempre foi o meu herói além do meu pai. Me ocorreu que eu deveria chorar. Eu deveria me afastar. Eu deveria fugir. Eu deveria tomar essa decisão e não era uma coisa nada fácil pra mim. Eu precisava ir em busca da minha felicidade com ele mas em caminhos separados. Era isso que a felicidade era? A necessidade de correr pra longe da pessoa que você ama? Eu já não sabia mais o que fazer. Já não sabia mais o porque de eu estar ali e realmente, não tinha sentido eu não deixar Thomas me matar. Talvez devesse ser assim. Eu amar ele, e ele me amar, e nós sofrermos até conseguirmos provar isso um pro outro. Seria de longe, seria de perto. Meu coração sabia que era a última vez que eu via ele por um bom tempo. Ah, como eu queria que hoje pudéssemos ter a nossa última noite, nosso último beijo, nosso último sorriso juntos, eu queria que tivéssemos um momento de despedida descente porque nós não tivemos. 

Deixei uma lágrima cair de meu olho e, deitei minha cabeça no ombro de Carly, e ela respirou fundo, também não queria partir. Por que por mais que não quiséssemos aceitar, era isso que tínhamos que fazer e elas sabiam disso. Por que tem que ser assim? Eu nunca quis deixar ser assim, eu nunca quis que tudo acontecesse assim, minha felicidade fora do meu alcance e meu sorriso fora do meu rosto. Só podia ter essas coisas perto das pessoas que eu amo e nem todas elas estavam do meu lado. Eu sabia que tinha que sofrer, sabia que tinha que passar por isso. Mas eu ia voltar.

E quando eu voltasse, ah meu amor. Não tinha quem me impedisse de ser feliz. 


Notas Finais


O próximo capítulo (e último da temporada) TERÁ MUITOS E MUITOS FEELS, ENTÃO POR FAVOR, SE PREPAREM.


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