1. Spirit Fanfics >
  2. Gangster Heart II - Dark Season >
  3. The beginning of the end (Final)

História Gangster Heart II - Dark Season - The beginning of the end (Final)


Escrita por: babbyz

Capítulo 50 - The beginning of the end (Final)


POV Danielle

              Enquanto Myle supervisionava Cameron, eu estava no consultório esperando a confirmação de que os Valentim tinham chegado na boate para terminar o serviço e ir até lá. Precisávamos da confirmação pois sabendo onde eles estavam, assim teríamos um norte de que não estávamos cercados, e assim poderíamos ir embora em segurança.

              Passeando em volta da mesa e olhando a movimentação lá fora enquanto a polícia não chegava, eu precisava ficar atenta em qualquer detalhe que deixasse vazar um respaldo, uma brecha, absolutamente qualquer coisa que poderia comprometer eu e as meninas ou pior: nossos filhos. Quando de repente, vi os exames de Carly do pré-natal jogados em cima da mesa, me causando uma náusea insuportável. O meu ódio pelo afronte daquela garota só crescia e eu estava a ponto de surtar absurdamente com ela.

              – Você já estava olhando os exames de Carly, não é? – Perguntei jogando as imagens do ultrassom na frente de Cameron e ela sorriu maldosa

              – Aquela vagabunda não ia conseguir esconder por muito tempo, Vegas inteira já sabe que ela está esperando um filho – Cameron me respondeu como se fosse óbvio

– Não cabe a você espalhar pra Vegas inteira a gestação dela. Muito intrometida você, não acha?

– Depois de você, era ela que eu ia matar. E eu precisava saber se ela estava ou não esperando um filho – Ela falou e eu dei um tapa ardido em seu rosto – Ah qual é, até que horas vocês vão querer estender isso?

              – Estamos esperando algumas pessoas, quando chegarem, aí te matamos – Myle disse olhando a rua pela persiana – Tá com pressa pra morrer?

              – Olha, sendo bem sincera – Cameron começou a rir como que em desespero – Eu nem sei o porquê de eu ter pressa, quando na verdade, a festa acontece na boate hoje.

              – Como assim? – Perguntei e eu e Myle nos encaramos

              – Imagino que já estejam esperando os Valentim lá hoje – Dessa vez, Cameron que encarou a persiana – Lá fora a noite é uma criança. – Ela falava perdida em seus pensamentos – Sei que vou morrer hoje então tanto faz contar. Adivinhem? Frank se tornou descartável – Ela falava com um tom de voz sinistro – A partir do momento que eu mostrei para os Valentim que matar vocês era algo totalmente acessível e que não precisava de muita experiência, eles começaram a cogitar a possibilidade de dar um golpe nele. Viram que eu me aproximava e derrubava vocês como em um tabuleiro de xadrez e pra eles era totalmente atrativa essa brincadeira. Que manchete maior seria maior do que “Os Valentim assassinam Frank”? O casamento de vocês seria piada perto disso. Ninguém nunca conseguiu matar Frank, nunca. Nem uma D’amarinno, nem um Petrovinny... E vamos combinar, os Valentim nunca foram muito conhecidos nesse meio, embarcaram nas costas de vocês nessa história mas nunca de fato conseguiram nada.

              – E o que a boate tem a ver com isso? – Perguntei com medo da resposta

              – Por algum motivo todos querem a cabeça de Sabrina. Se não fosse ela, Sophie não estaria morta, os Valentim estariam mortos porque a atenção toda da porra da rincha de vocês seria apenas dela, e Frank, bom, Frank gosta de matar as pessoas, por algum motivo aleatório naquela cabeça de velho dele. Mas Sabrina está na boate, e Frank vai atrás dela lá. Só que aí que a brincadeira começa: Os Valentim vão estar esperando. E depois de Frank, Sabrina é a próxima, podem ter certeza.

              Aquele monte de informações estavam fazendo uma bagunça na minha mente. Já sabíamos que os Valentim iriam para a boate mas não sabíamos que eles queriam matar Sabrina, e Amanda e Carly precisavam saber disso.

              – Amanda – Chamei no ponto mas estava mudo – Amanda?

              – Danielle – Ela me respondeu

              – Os Valentim estão aí? – Perguntei mais uma vez temendo a resposta

              – Cody está na minha frente. – Ela disse e eu encarei Myle

              – Viu? – Cameron perguntou me causando ódio, e joguei com raiva o celular no chão

              Ouvimos alguns barulhos de passos rápidos e apontamos as armas para as portas, esperando que fosse alguém atrás de Cameron. Quando de repente, Liam entrou desesperado na sala, armado, suando e correu para os meus braços

              – Danielle, você tá bem? – Ele perguntou e eu assenti

              – Sophie – Zayn disse com emergência, perdido – Sophie fugiu.

              – Sophie está viva? – Cameron perguntou incrédula

              – Temos que ir – Myle disse preocupada e, começamos a ouvir barulhos de sirene de polícia se aproximarem

              – Corre! – Gritei enquanto Myle jogava gasolina na sala toda – Myle larga isso aí!

              – Não! – Ela gritou com ódio e, comecei a abrir o duto do teto, e Liam me ajudou a entrar

              Em poucos segundos a fumaça cinza já estava tomando conta do ambiente e quando entrei no duto Cameron já estava se sentindo totalmente perdida no meio do fogaréu. Com a ajuda de Zayn eles saíram correndo e seguiram eu e Liam pelos dutos, e quando passamos ao lado das paredes do hospital, pelas pequenas brechas da área de ventilação vimos eles identificando o fogo pela janela e evitando entrar no prédio. Ótimo, assim ganhávamos mais tempo.

              Depois de alguns segundos, caímos em um latão enorme de lixo que na verdade tínhamos preparado com amortecedores, e eu já saquei a minha arma pronta para o que viria. Olhei para trás e Myle estava deixando as roupas de enfermeira no lixo e soltando o cabelo, me encarando e tendo a noção da mesma coisa que eu: aquela noite ia começar agora.

              POV Sophie

              – Shhhh, quietinha – Frank disse e, o elevador de automóvel se abriu e a moto de Louis e de Niall entraram, fazendo eco com o ronco dos motores – Seu maridinho chegou.

              – Tô subindo – Niall disse e eu comecei a deixar lágrimas de desespero escorrerem dos meus olhos, e Frank ria maldoso

              – Calma princesinha... – Ele falou esfregando os lábios na minha orelha e eu definitivamente estava entrando em um colapso de desespero – Sabe que eu cuido muito bem de você... Já desse garotão aqui – Ele passou a arma na minha barriga e eu suei frio – Ele eu já não garanto muito. Que surpresa te encontrar viva e com um filho desse verme na barriga, parece que Sabrina não é das melhores, não é mesmo?

              Eu tremia de nervosismo. Minhas mãos suavam frio e dos meus olhos só escorriam lágrimas, era tudo que eu conseguia. Lágrimas silenciosas e lágrimas de desespero por estar entre meu filho e meu marido em um momento tão crucial, mas se fosse necessário dar minha vida para ambos, eu faria.

              Louis se encostou na parede e começou a falar algo no ponto. Quando em questão de segundos notei o nervosismo dele, que chutou o pneu de um carro revoltado e entrou em desespero, ele estava sabendo que eu tinha fugido. Precisava que ele se controlasse o máximo possível, eu estava rendida e minha barriga gritava por atenção, em um momento que exigia a máxima descrição possível.      

              Frank começou a andar me puxando entre os carros, observando Louis atentamente, que se escondeu entre os automóveis que estavam na nossa frente. Era uma dança silenciosa e perigosa, e eu precisava ficar quieta, se Louis se assustasse poderia disparar e ele não sabia que Frank estava comigo. E para o meu desespero, meu bebê não parava de se mexer.

              POV Carly

              – Sophie fugiu – Ouvi Johannah dizer no ponto e não acreditei nas palavras

              – Você está literalmente em um buraco que ninguém sabe onde fica com uma gestante de nove meses e simplesmente deixa ela sumir? – Perguntei puta

              – Ela saiu pelo elevador de carga! – Johannah me respondeu e eu surtei

              – Vocês ainda não aprenderam que não se vira as costas pra essa menina?            

              – Carly, chega! – Ouvi Danielle dizer no ponto – Estamos chegando. Sophie ia fugir de qualquer jeito, você sabe como ela é.

              – Amanda – Falei me sentando novamente na cadeira e olhando todas as câmeras – Situação.

              – Cody está aqui ainda – Amanda me respondeu e revirei os olhos – Está esperando Frank.

              – Sabrina ainda está no bar – Falei começando a pensar, precisava de uma solução – Onde estão os outros?

              – Na boate – Harry me respondeu – Mas ainda não os vejo. Brandon está sentado com uma das meninas dançando pra ele.

              – Estou subindo – Niall disse – Aconteceu alguma coisa?

              – Sophie fugiu – Respondi perdida, ainda sem acreditar

              – Sophie o quê? – Louis perguntou surtando no ponto – Como ela conseguiu?

              – Louis isso não importa agora – Falei trocando as imagens e procurando qualquer pista – Preciso saber onde ela está.

              – Os Valentim não podem saber que Sophie fugiu – Harry disse baixo no ponto – Eles pensam que ela está morta. Foquem nisso.

              – Qual a placa do carro? – Perguntei no ponto e, em segundos apareceu na tela dos computadores a placa do carro que Sophie fugiu e eu comecei a olhar nas imagens – Meu Deus... – Falei vendo que ela carregava uma pistola enquanto dirigia – Ela está armada.

              Sophie corria adoidada com a porra do carro pela cidade. O caminho que ela percorria era exatamente o caminho que levava até a boate, e ela estava com um boné e um óculos, da mesma maneira que andava ultimamente para esconder seu rosto e evitar que descobrissem que estava viva. Quando nas imagens percebi que ela estacionou o carro em um beco, não muito longe da boate, e saiu andando até o elevador.

              Sophie estava mais perto do que imaginávamos.

              – Zayn e Liam subam – Falei me levantando e voltando as imagens – Os Valentim estão aqui. Niall também, eu vou descer e encontrar Sophie.

– E a gente? – Myle perguntou

              – Subam pra garagem. Sophie está na garagem.

              POV Amanda

              – Sinto muito acabar com a conversa – Harry entrou na sala e Cody sorriu maldoso – Mas preciso da minha esposa.

              – Qual é – Ele respondeu – Nem conversamos direito. E ah, antes que eu me esqueça – Cody disse antes de sair – Sua esposa porque você se casou primeiro antes de eu matar. Se não fosse a porra da fuga delas, ela estaria morta.

              Assim que disse isso, Harry deu um soco em Cody que o fez cair no chão. Ele se levantou rindo maldoso e limpando o sangue que escorria de sua boca e me encarou

              – Parabéns pelo bebê – Ele disse olhando para a minha barriga – Parece que Sabrina não contava as coisas apenas para você.

              Cody saiu da sala e Harry veio e me abraçou com urgência se afastou e segurou meus ombros

              – Sophie fugiu – Ele disse e eu olhei pra porta perdida, vendo que Cody puxava Sabrina pelos braços – E está aqui no estacionamento.

              – Sophie o quê? – Perguntei perdida – Harry, Cody está saindo com Sabrina.

              – Vai atrás de Sophie – Ele disse pegando a arma e saindo da sala – Eu vou atrás dela.

              Peguei a arma e coloquei na cintura, vendo que Cody entrou atravessou a cortina que cobria a passagem para os quartos com Sabrina, mas eu sabia sua real intenção: ele não queria leva-la ao quarto, queria uma desculpa pra subir e pegar Carly.

              Segui ele e a música ficou abafada nas escadas, eu estava em um labirinto e precisava me virar

              – Carly – Chamei no ponto – Não sai daí, tranca a porta.

              – O quê? – Ela perguntou e eu apontava a arma enquanto subia as escadas que dava no estreito corredor – Amanda?

              – Tranca – Falei mais uma vez e, quando me virei, Cody estava segurando Sabrina com a arma apontada na cabeça dela, de frente pra porta de onde Carly estava

              – Eu só quero conversar – Ele disse me encarando e sua boca ainda sangrava – Preciso de acesso as câmeras pra pegar Frank.

              – Solta ela – Falei calma me aproximando enquanto ainda apontava a arma pra ele, e Sabrina tremia – Solta ela que você entra.

              – Me prova – Ele disse malicioso e eu coloquei a arma no chão devagar

              – Quer uma prova? – Perguntei me levantando mais devagar ainda e, toquei o ponto – Carly, abre a porta, Cody quer entrar.

              Antes que pudesse reagir, Carly abriu a porta e Cody se virou com Sabrina em um movimento rápido e eu pulei nas costas dele, o puxando pra trás e liberando ela que saiu correndo.

              – Carly! – Eu gritei enquanto segurava ele com força mas ele estava se soltando – Vai atrás dela!

              Não precisou de muito, Carly saiu correndo atrás de Sabrina e Cody se soltou dos meus braços, se virou pra mim em um movimento rápido e sacou sua arma, e em uma tentativa de atirar na minha cabeça ele errou o disparo, por eu ter virado o pescoço para o lado.

              Empurrei ele com força e chutei sua arma pra trás da minha cabeça, fazendo cair longe do outro lado do corredor. Me levantei rápido e quando peguei a minha arma que tinha colocado no chão, comecei a disparar mas ele veio correndo rápido e grudou seu corpo ao meu segurando a arma pra cima, o que fez com que eu descarregasse o pente em vão.

              – Você não sabe quanto tempo esperei por isso – Ele disse sorrindo enquanto me encarava e eu dei um chute forte em seu membro

              Quando Cody se afastou pulei e dei um chute forte em seu rosto, entrando na sala de câmeras e me trancando lá dentro, ainda tonta pela pancada. Me posicionei ao lado da porta no primeiro momento que tive oportunidade, e em poucos segundos vi duas perfurações; Cody estava usando sua arma que caiu do outro lado do corredor pra atirar.

              – Pessoal – Toquei no ponto chamando todos – Eu tô na sala das câmeras trancada com o Cody lá fora. Ele está armado.

              – Tô subindo – Harry disse calmo – Carly foi atrás de Sabrina.

              POV Louis

              Eu apontava meu revólver pra cada virada brusca que fazia entre os carros e observava com cautela possíveis movimentações. Ouvi um barulho e minha atenção foi triplicada, quando de repente o elevador se abriu e dele saíram Myle e Danielle. Elas me olharam e assentiram, e entraram no meio dos carros e eu sabia que era uma questão de segundos até Frank e eu nos encontrarmos, mas o meu medo, o que mais me aterrorizava, era Sophie.

              E meu pesadelo se tornou realidade.

              Me virei bruscamente na lateral de um carro e lá estava ela; levando uma chave de leão, Sophie estava desesperada, suas lágrimas escorriam pelo seu rosto e pela primeira vez na me senti como uma pessoa completamente exposta e como um homem fraco; Frank sabia onde me tocava e ele estava usando isso contra mim.

              – Louis não atira! – Sophie gritou em desespero enquanto as lágrimas rolavam em seu rosto, chamando a atenção de Myle e Danielle que vieram atrás de mim

              – Solta ela seu filho da puta – Falei me aproximando mas ele engatilhou a arma, me fazendo parar

              – Achamos Sophie, Frank a rendeu no estacionamento – Danielle disse no ponto – Zayn e Liam, desçam.

              – Isso, chamem quem vocês precisarem chamar... – Frank disse eufórico apertando a arma contra a cabeça dela, que fechou os olhos – Lembra que eu apareci naquele racha? Lembram do que eu disse? Essas crianças não iam nascer. E não vão... – Ele falou olhando a barriga dela e depois me encarando – Eu já fiz Danielle perder um e agora chegou a vez de vocês dois. Ele falou e apontou a arma pra barriga dela, me deixando assustado – Quem você quer primeiro Louis, seu bebê... – Frank subiu a arma para a cabeça dela mais uma vez de um jeito sinistro – Ou sua esposa?

              – Chega Frank, acabou – Danielle disse tomando a frente mas eu não conseguia tirar a arma da frente dele – Você não tem mais saída. Se tornou descartável e todos sabem disso.           

              – Quem deixa marcas nunca vai se tornar descartável – Ele respondeu ríspido e o elevador se abriu de novo, com Zayn e Liam saindo de dentro dele e se armando ao lado de Frank – Eu tirei o que era de mais precioso para Liam duas vezes e não vou hesitar em fazer isso com Louis, na frente de todos vocês de novo.

              – Eu não vou aturar isso de novo – Amanda disse saindo das escadas de emergência chamando nossa atenção e, pulando em cima de Frank

              O movimento foi rápido. Sophie saiu correndo entre os carros e eu fui pra cima de Frank junto com Amanda. Ele lançou um tapa forte no rosto dela jogando-a pro lado e eu empurrei ele contra o carro, batendo seu pulso contra o automóvel com tanta força que causou um amassado pra trás. A arma dele caiu no chão e eu joguei pra longe, sem nem saber o que estava acontecendo.

              – Você vai pagar caro – Falei dando socos repetidamente no rosto dele, desfigurando o filho da puta – Nunca deveria ter se metido comigo, nunca. Agora, Frank – Sussurrei puto – Quem vai te matar sou eu.         

              O momento era de tensão e quando eu menos esperava, Harry rolou as escadas de emergência de onde Amanda saiu com Cody. Eu estava tão concentrado em Frank que não vi quando Cody sacou a arma e deu um tiro no meu ombro, me fazendo cair pra trás. Zayn puxou a pistola dele e deu três tiros no peito dele, fazendo cair igual merda no chão, e Harry veio correndo atrás de mim enquanto eu sentia o sangue gelado escorrer no meu peito

              – Caralho irmão – Ele disse preocupado tirando minha camisa, e sua cabeça também sangrava – Última coisa que a gente precisava era alguém baleado.

              – Não se preocupa comigo – Falei enquanto ele me ajudava a levantar e vimos de canto Zayn olhando pra Cody, analisando se ele tinha morrido ou não – Vou atrás de Sophie.

              Quando abri o elevador, dei de cara com Ethan que estava carregando um armamento pesado. Olhei pra trás e Harry jogou uma arma pra mim, mas Ethan passou sem nem se importar com a minha presença; enquanto Frank mancava rápido com dificuldade de andar, Ethan soltou o pente nele e nos olhamos confusos.

              – Só me dê Cody – Ele disse se virando pra mim – Quero enterrar meu irmão. Só quero ele e vou embora dessa porra sádica.       

              POV Sophie

              Eu e Myle estávamos na sala das câmeras porque era o único lugar que tínhamos conseguido nos trancar com Sabrina, que tinha se escondido nos quartos privativos. Estávamos olhando nas câmeras e sem entender muito bem o que estava acontecendo, vimos Ethan executar Frank sem mais nem menos; gerando uma interrogação enorme na nossa cabeça

              – Ethan... – Myle disse ainda perdida – Matou Frank? Matou mesmo?

              Quando pensei em falar algo, senti um líquido escorrer pelas minhas pernas e eu, Myle e Sabrina nos olhamos em desespero; todas sabíamos o que significava. Eu estava entrando em trabalho de parto literalmente no meio de um tiroteio

              – Puta merda – Falei me levantando e afastando a cadeira – Louis!

              – Louis precisamos de você aqui em cima rápido – Myle disse no ponto desnorteada – A bolsa, a bolsa de Sophie estourou.

              – Ah não... – Falei tocando minha vagina por debaixo do vestido e notando que eu já estava bem dilatada – Vai acontecer, e vai acontecer rápido.

              – Deixa eu ver – Sabrina disse e eu não consegui hesitar, ela olhou rapidamente debaixo do vestido e depois me encarou – Você estava sentindo mexer a muito tempo?

              – Sim mas...

              – Ele estava agitado porque você estava dilatando. Vamos, precisamos ir para o outro quarto agora. – Ela disse e Myle saiu na frente, armada

              Quando abrimos a porta Brandon apareceu com a espingarda de Amanda que eu simplesmente não sei de onde ele tirou aquela merda. Ele deu um tiro quase certeiro em Sabrina que me empurrou pro lado me escondendo no corredor enquanto Myle ainda trocava tiros com ele, e eu corri e entrei no quarto junto com a mulher que tentou matar, junto com a única mulher que tentou acabar com a vida do meu filho e esse era um momento crucial onde a única pessoa que eu podia contar era a mulher que tentou acabar com a vida do meu filho; e mais do que nunca, eu deveria apostar todas as fichas nela.

              Me deitei na cama sentindo uma dor insuportável. Eu já estava toda suja, suada, inchada, estava péssima, mas precisava que isso acabasse logo. Puxei o vestido pra cima e abri as pernas ficando pronta para dar à luz; estava longe de ser a maneira como eu imaginava, em uma maternidade com meu marido ao meu lado e meus pais esperando em outra sala, mas era a única maneira agora.

              – Vamos lá, vai ser rápido – Sabrina disse se posicionando entre as minhas pernas e eu respirei fundo, enquanto as lágrimas ainda rolavam – Força!

              Os barulhos dos tiros me torturavam do lado de fora da porta do quarto. A ansiedade me consumia de tal forma que eu jamais vou conseguir explicar, era de longe a cena mais complicada da minha vida.

              – Meu Deus! – Eu gritei fazendo força quando um baque forte de uma provável luta corporal se fez na porta

              – Vamos Sophie, está saindo! – Sabrina gritou e eu sorri e fiz força de novo, deixando lágrimas de suor caírem

              Eu comecei a sentir meu filho saindo e continuei fazendo força. Precisava disso, era o que eu tinha sido esse tempo inteiro, forte. Não fui eu que aguentei cinco anos de cativeiro na casa de um homem que me torturava? Não fui eu que aguentei tanto tempo longe do meu homem para protege-lo? Não fui eu que fui contra minha família por um amor? Não fui eu, que estava morta esse tempo inteiro para zelar pela vida do meu marido e meu filho? E não fui eu, Sophie, sim, fui eu, que fugi de um buraco que nem eu sabia exatamente que estava enfiada, pra salvar o homem da minha vida? Agora tem outra vida Sophie, outra! Gere essa vida e faça valer a pena tudo o que vem passando, seja forte, seja mulher!

              Em poucos segundos escutei um choro. Nas mãos de Sabrina; meu amor, minha vida, minha luz, minha eternidade, meu filho. Filho de Louis Tomlinson. Ela me olhou sorrindo com sangue nas mãos e me entregou meu bebê, e eu chorei ao ver sua semelhança comigo. Olhei pra Sabrina vitoriosa e ela me abraçou, enquanto eu chorava alto de maneira descompensada, e nada mais importava, os tiros, as lutas, as boates, o dinheiro, nada. Eu era mãe. Eu era luz. Eu gerei o meu maior bem, meu maior tesouro, o meu amor.

              – Sophie – Myle entrou toda machucada e, Louis atrás dela, me olhando

              Louis veio andando até mim, cambaleando, e olhou nosso filho no meu colo. Encarei ele sorrindo com piedade e ele me olhou com um olhar de missão cumprida. Nosso filho, era isso que era. Ele se sentou ao meu lado na cama e passei o bebê para o seu colo, e Myle veio até mim e me abraçou.

              – Obrigada – Falei olhando pra Sabrina que chorava vendo a cena – Independente de tudo, obrigada.          

              – Meu filho – Louis disse choroso, sorrindo orgulhoso – Eu te amo tanto, te esperei tanto.

              – Como ele vai se chamar? – Perguntei enquanto Louis passava o braço por trás do meu pescoço e beijava minha cabeça

              – Você escolheu – Ele disse olhando em meus olhos – Christopher Tomlinson.

              [Two days later]

              – Parece com a mamãe – Falei sorrindo brincando com Chris, que estava no berço – Coisa mais linda.       

              – Você é uma mulher forte – Clarck disse tirando o estetoscópio de Louis, que estava com curativo no ombro – Bom, senhor Tomlinson, boas notícias. Repouso absoluto só por mais dois dias e já pode voltar a sua vida normal – Ele falou guardando as coisas na pequena bolsa que carregava – Seja lá o que isso for.

              – Doutor – Falei indo até ele e, me sentei na cama, ao lado de Louis e de frente para Clarck – Eu não tenho como agradecer por tanto tempo nos ajudando. Sabe, o senhor foi bom e cuidadoso e certamente sem você, o Chris não estaria nas condições em que está. E quero me desculpar por descobrir tudo o que descobriu...

              – Minha filha – Ele pegou na minha mão e beijou, me fazendo sorrir pela gentileza – Sei que vocês são pessoas de bem. Não precisa me agradecer.

              – Queremos que trabalhe pra nós – Louis disse calmo, encostando em meu ombro – O que acha?

              – Bom... – Ele disse pensativo – Eu não sei se é uma boa ideia, tendo em vista que tenho meus filhos pra criar e isso me parece meio arriscado.

              – Veja com a sua esposa e nos diga – Louis respondeu – Elas sabem o que é melhor pra nós.

              Olhei pra ele que me lançou um olhar satisfeito. Selei nossos lábios rapidamente e Clarck se levantou, assentindo e saindo do quarto com sua mala de equipamentos e com uma maleta prateada, parte do dinheiro que os meninos pagaram em agradecimento a tudo que ele vem fazendo por nós.

              – Vem aqui – Louis me chamou quando fechei a porta depois que Clarck saiu e, fui até ele e me deitei ao seu lado – Como se sente?

              – Estranha – Falei pensativa – Não sinto como se estivéssemos livres.

              – Por quê não?

              – Acha que Cody morreu? Ou Brandon?

              – Ah – Ele falou percebendo do que eu estava falando – Cody talvez, Brandon não.

              – Por isso não me sinto totalmente livre – Falei acariciando o rosto dele – Mas tem certos tipos de liberdade que eu sempre soube que tive.

              – Como por exemplo?

              – Ter você – Respondi encarando seus olhos – Ter você sempre me deu tanta certeza de tudo... Sempre soube que podíamos ser nós contra o mundo, que nós venceríamos. Eu não seria capaz de fazer tudo que fiz ou que faço sem ter Louis Tomlinson ao meu lado.

              – Eu te amo – Ele disse me beijando rapidamente – Sabe disso.

              – Eu também te amo – Respondi e ouvimos um pequeno gemido vindo do berço, me fazendo rir – Tudo bem Cris, nós amamos o papai.

              



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...