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História Garota do capuz vermelho - O resgate


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Desculpem a demora.. eu meio que não sabia bem como fazer o final.. espero que gostem..
Aviso que posso fazer pequenas modificações para melhorar o capítulo, caso queiram dar sugestões, podem comentar que eu arrumo qualquer coisa :3

Boa leitura a todos XD

Capítulo 20 - O resgate


 

“Estava tão escuro, eu só ouvia vozes. Me sentia presa, e com algo nada gentil, me apertava, até machucava. Fora os golpes que recebia de algum homem. Não conseguia o ver, mas conseguia gritar. Até que fui calada, colocaram alguma coisa em minha boca. Estou assustada, espero que não seja uma pegadinha ou ficaria muito furiosa.”


 

Minhas pernas estavam bambas, mal consegui dirigir de volta pra casa. Estava em pânico, não sabia o que fazer. Minha namorada estava a mercê do Litch, nem quero saber do que esse maluco é capaz. Se ele a machucar.. eu juro que vou acabar com ele.. nem que pra isso eu vá presa... espera.. ainda sou de menor.

Abri a porta da casa em desespero. Sabia que meu pai escondia uma escopeta em algum lugar, eu precisava acabar com aquele cretino. Corri por todos os lados, procurando feito doida. Eu só esperava que ele não tivesse em casa, mas.. nunca fui uma pessoa de sorte.

-Marcy, o que está fazendo?- perguntou com uma xícara de café na mão, cujo bebeu um pouco.

-Nada não.- falei olhando embaixo do sofá.

-Não minta pra mim.- franziu a testa.

-Eu quero matar um cara.- bufei, ele cuspiu o café e arregalou os olhos.

-VOCÊ ESTÁ LOUCA? NÃO PODE FAZER ISSO.- gritou.

-Porra... ele pegou minha namorada.- estava de quatro, para procurar, mas assim que caiu a ficha, só deixei cair meu corpo no chão e despencar no choro. -Eu amo ela.. nós discutimos.. eu não quero que tudo termine assim. Sei que ele vai machucar ela...- falei com a voz abafada.

-Ele quer dinheiro pro resgate?- perguntou.

-Exatamente.- olhei para o mesmo.

-Meu deus, Marcy.. olha.. sei que vai viajar.. mas.. tenta pedir um pouco pra empresa.. pior que não tenho dinheiro comigo.- coçou a nuca.

-Não é má ideia.. porra..- ainda em lágrimas corri para fora.

-Vou ver o que posso fazer.- tentou dizer, mas não quis mais conversar com ele.

Acelerei com tudo e voltei para o estúdio. Antes de entrar sequei bem minhas lágrimas e tentei parecer confiante. Inclusive, coloquei um sorriso no rosto pra disfarçar. Fui até a sala daquela moça loira, nem estava com cabeça para lembrar o nome das coisas.

-Err.. com licença.- entrei, a mesma mexia no computador.

-Entre.- seus olhos focaram em mim e me acompanharam até sua mesa. -A que devo a honra?- perguntou.

-Surgiu um imprevisto, preciso que me pague antes.. eu preciso de dinheiro.. estou com um pequeno problema.- cocei a nuca, tentava me controlar, não queria começar a chorar novamente.

-Desculpe, mas só pagaremos depois do show.- voltou a olhar para o computador.

-Por favor.. estou precisando.- meus olhos umedeceram de imediato, tentava me controlar,

-Eu posso te emprestar dinheiro.- sorriu de canto e me olhou.

-Muito obrigado moça.. nem sei como agradecer.- abri um enorme sorriso.

-Apenas se você me levar para viajar. Esqueça sua namorada boba. Pode me agradecer no hotel.- piscou.

-Caralho.. eu tenho mel? Claro que não vou fazer isso.- bufei.

-Não só mel querida. Ouvi coisas sobre você e fiquei curiosa.- riu de uma maneira sugestiva.

-Olha.. não sei o que te falaram, mas estou fora.- levantei da cadeira.

-Sem acordo.- voltou a olhar para o computador.

Ainda pisando forte eu fui para o carro. Que caralho, o que eu ia fazer agora? Preciso de dinheiro, mas o pouco que tenho não basta.. estou ferrada.. não sei o no que pensar. Não acredito que vou chamar a polícia... não.. o Litch pode matá-la... meu deus.. eu tenho que tomar uma maldita decisão.

Rapidamente fui dirigindo até um parque, ele ficava perto de um posto de polícia, iria entrar lá pra ver se tinha alguma ideia. Talvez devesse contar para o delegado o esconderijo de alguns bandidos e tentar distrair aquele filho de uma.. argh.. talvez a mãe dele nem seja ruim.. só aquele desgraçado magrelo.

Assim que entrei, notei um policial de plantão, ele comia rosquinhas e olhava o noticiário. Ainda receava em me aproximar, até que.

-Marcy.- Luna veio me abraçar com um sorriso enorme.

-Sua hippie!! Quase me mata do coração.- levei a mão ao peito.

-Desculpe, só fiquei feliz em te ver.- falou sorridente.

-Você trabalha aqui?- perguntei.

-Meu namorado trabalha.- apontou para um homem alto que carregava uma caixa lacrada, escrita “evidências”.

O homem é um tanto gordinho e e com uma barba contornando o queixo. Seu cabelo bem curto e sua barba eram ruivos e sua pele bem clara. Olhei o mesmo desacreditando ainda que ela namorava ele, aliás, ela adorava ser solteira.. eu acho.

-Pode me ajudar?- perguntei, a mesma acenou de maneira positiva com a cabeça.

Fomos para fora, queria conversar a sós com ela.

-Olha.. minha namorada foi raptada e o cara quer dinheiro. Eu não tenho grana..- suspirei.

-Fácil, podemos invadir o local.. talvez com uma mochila.. pra ele pensar que dinheiro.- falou pensativa.

-Tá louca? Eles tem armas.- franzi a testa. -Podem matar ela... ou a nós.- bufei.

-Acho que eles irão querer o dinheiro. Podemos levar meu namorado, ele sabe agir em situações assim. Tipo.. ele fica escondido, de longe, com um rifle de longo alcance. Se alguém tentar atirar em nós.. ele atira antes, sacou?- fiquei pensativa, parecia uma ideia boa.

-E se der errado?- perguntei.

-Eu não deixo você levar bala.- riu.

-Ahh nossa, vou sacrificar minha amiga. Nem vem.. temos que ter outra ideia.- senti meu celular vibrar, esqueci de tirar do modo silencioso.

-Se tiver ideia melhor, me diga.- cruzou os braços.

-Alô.- atendi o telefone.

-Espero que minha filha não tenha sido raptada sua puta. Aceitar o namoro de vocês é uma coisa, mas envolver ela em suas merdas... porra... deixa minha bebê em paz.- a mãe da Bonnie estava furiosa.

-Desculpe.. e-eu vou dar um jeito.. espera, como sabe?- engoli em seco.

-Um homem me ligou do celular dela e disse que está bem e vai se machucar se eu chamar a polícia, me pediu pra passar esse aviso. PORRA SUA CARALHA.. DEIXA MINHA FILHA EM PAZ.. SOME DA VIDA DELA.. ESQUECE ELA.- respirei fundo para não gritar.

-Ela vai ficar ilesa.- sussurrei e desliguei o celular, não consegui segurar o choro, sorte que tive um abraço da minha amiga, foi mais confortante.

-Vamos salvá-la.- falou acariciando meu cabelo.

-Eu quero acreditar que vai ficar tudo bem.. a mãe dela tá full pistola.. não sei mais o que fazer.- senti ela me abraçar mais forte.

-Dessa eu te salvo.- como ela conseguia estar tão calma? Eu tava surtando.

Novamente senti meu celular vibrar, afastei o abraço e fui olhar a tela. Era meu pai, melhor atender.

-Pai?- falei confusa.

-Me manda quanto você deve e me encontra perto do estacionamento do shopping, consegui um caixa eletrônico pra sacar.- meu coração pareceu bater aliviado nesse momento.

-Ahh pai, muito obrigado.- abri um enorme sorriso, ele me despediu e eu desliguei. -Mudança de planos.-

-O que aconteceu?- perguntou.

-Vamos pagar o Litch, meu pai tem dinheiro, vamos pro estacionamento do shopping.- segurei o braço dela.

-Primeiro me deixa falar com meu namorado rapidinho tá? Aí vamos pra lá. Quero deixar o plano B pronto, caso aconteça algo.

Acenei de maneira positiva e esperei ela ali, aproveitando pra mandar uma mensagem ao meu pai, com o valor. Assim que voltou, fomos ao parque e entrei no carro.

-Espertinha, estacionou longe da polícia pra não correr o risco de ser pega sem carteira.. sabe que não dirijo?- falou enquanto colocava o cinto.

-Aprendi pra ser mais independente.- dei de ombros.

Fui até o estacionamento, meu pai me esperava com uma mochila preta. Assim que peguei a mochila, recebi um abraço forte.

-Cuidado, sabe que é minha única filha né? Só entrega, pega sua namorada e vai lá pra casa.- acenei de maneira positiva.

-Muito obrigado, mesmo.- falei ao afastar o abraço.

Luna estava tão empolgada para ter alguma ação, aquela doida. Eu só queria entregar o dinheiro e torcer para que tudo termine logo. Meu coração estava muito agitado, era coisa demais pra mim, a cabeça tinha tanta coisa, cheguei a ficar com dor.

Estávamos em um lugar bem perto do mar. Tinha um galpão velho e enferrujado, quase ninguém ia lá, fedia a peixe podre. Os pescadores jogavam os peixes de pouco lucro lá, ou aqueles que eram proibido pescar. Mas nem esse fedor era suficiente para manter o pessoal do Litch longe, era seu local de encontro e esconderijo. Além de ser possível encontrar muita coisa ali, desde drogas a itens roubados.

Me aproximei da porta, que era iluminada por uma fraca lâmpada, era assustador se não fosse claro.. nem tanto, pois estava nublado. Um homem sorria ao me ver, ele tinha um bastão sujo de sangue, seu cabelo raspado do lado e seu estilo incomum me faziam lembrar quem era o estúpido.

-Oi Ash.- bufei.

-Marcy.. trouxe a grana?- apontou o bastão.

-Está aqui. Espero que esse sangue não seja dela.- mostrei a mochila pra ele.

-Quem é a gracinha? É policial?- perguntou.

-Minha amiga.- revirei os olhos.

-Prazer, sou L..- calei a boca dela.

-Ela vai ficar quieta, só veio ter certeza que ficaria tudo bem.- franzi a testa, ainda acho que essa tagarela iria falar mais do que o necessário e ferrar a negociação.

-Me sigam.- disse abrindo a porta.

O cheiro daquele lugar me deu ânsia de vômito, fui obrigada tampar o nariz com a mão. Mais ao longe chegamos em uma sala escura. Uma luz iluminava a cadeira onde minha namorada estava, amarrada e vendada, tinha um pouco de sangue em seu queixo e sua boca estava coberta com uma fita.

-Ora ora.- Litch saiu das sombras com seu sorriso sinistro.

-Oi.- disse Luna gentilmente, ela tem demência?

-Trouxe o que pedi?- perguntou.

-Aqui está.- joguei a mochila para perto dele.

-Me deixe ver.- abriu a mesma, pegou o dinheiro e contou. -Boa garota, está certinho.- disse sorridente e jogou a mochila para Ash.

-Agora solte ela.- bufei.

-É claro.- foi até Bonnie e a desamarrou.

Assim que retirou todas as amarras e a venda, empurrou ela para o chão, a deixando caída.

-Você é louco.- gritou. -Marcy foge.- olhou pra mim.

-Você é minha Marcy.- riu de maneira pavorosa e correu em minha direção.

Assustada eu quis correr, mas tudo que consegui fazer foi cair e tentar me arrastar. O filho da mãe me deu um chutão na costela, a dor foi tamanha que meus olhos lacrimejaram.

-Isso é pra aprender a não tentar me ludibriar. Sua puta. Pensou que ia fugir?- me deu outro chute.

-Já tem o dinheiro, me deixa em paz. O que mais você quer?- falei me contorcendo.

-Que todos me temam. Vou te matar.- segurou meu braço e me ergueu.

-NÃO.- Bonnie gritou.

Ele começou a me enforcar, então, era assim que terminaria? Vi Luna correndo em direção dele e acertando uma bela voadora na cabeça dele, assim fui solta.

-Peguem elas, machuquem todas.- falou assustado.

Vários capangas começaram a vir até nós com facas e tacos de beisebol. Bonnie veio até mim e me ajudou a levantar, apesar da dor não estava ferida. Ela me abraçou assustada.

-Obrigado por vir. Fiquei com medo. Pensei que ia me deixar com eles.- os olhos dela estavam úmidos.

-Eu te amo, nunca faria isso.- abracei ela com toda a força que pude, fechamos os olhos e ouvimos alguns barulhos de luta, além de vários tiros.

Ao abrir os olhos vi Luna aplicando alguns golpes em um cara e tirando a arma de sua mão. Após ouvi uma porta sendo posta a baixo, para meu alívio era a polícia e o namorado da Luna.

-Sabe lutar?- perguntei confusa.

-Me defender.- falou orgulhosa.

-Então por que deixou ele me bater?- ainda não engoli a história.

-Mandei mensagem pro meu namorado trazer a polícia, só isso.- agora tudo fazia sentido.

-Obrigado.- sorri.

Finalmente as coisas ficaram mais calmas. Litch foi preso por contrabando, sequestro, formação de quadrilha e gangues, facção criminosa, porte de drogas e mais algumas coisas que não prestei atenção, só sei que ele provavelmente vai ficar um bom tempo preso. Talvez só o resto da vida. Só de lembrar dava vontade de rir.

O dinheiro foi devolvido a mim, claro que daria a meu pai. Estava agora na delegacia, junto com Bonnie e Luna, explicamos o que aconteceu ao delegado e ganhamos umas rosquinhas e uma xícara de café bem quente.

-Minha filha.- a mãe da minha namorada entrou na sala e abraçou a filha forte. -Vamos pra casa, te quero longe dessa vagabunda.- bufou.

-Não foi culpa dela. O cara era um bandido perigoso.- respondeu a mãe, meu deus, quem é ela e o que fez com a Jujuba certinha? Ainda aposto que ela brigaria comigo por se envolver com ele.

-Ela que quis se envolver e te envolveu também. Você ainda tem esperança, agora venha comigo.- segurou o braço da filha.

-Não.. eu não vou de maneira alguma.- disse já irritada.

-Eu sou sua mãe e você vai.- puxou novamente o braço dela, que forçava contra.

-Eu não vou.- conseguiu tirar o braço das mãos da mãe.

-Então não pise mais na minha casa.- falou quase gritando.

Um silêncio predominou por alguns segundos, ambas estavam furiosas, até suas respirações eram pesadas.

-Não.. você não... filha.. por favor..- a mãe percebeu seu erro.

-Peça ao Menta para levar minhas roupas para a casa da Marcy, se ainda puder ficar com elas.- disse de maneira fria.

-Você não pode..- insistiu.

-Você que me expulsou, só estou aceitando.- caminhou até mim e sentou em meu colo. -Tenho certeza que serei bem amada.- sorriu de canto.

A mãe dela saiu pisando fundo, abracei minha amada incrédula, ela brigou com a mãe por mim. Que orgulho.

-Quem é você e o que fez com a Jujuba?- perguntei rindo.

-Vai me levar pra viagem ou não?- perguntou, um sorriso maior ainda tomou conta do meu rosto.

-Óbvio.- recebi um selinho.

Já estava na hora da viagem. Fomos de avião estava tudo tranquilo. Quando chegamos no hotel fomos muito bem recebidas. Até decidimos aproveitar pra bagunçar a cama, posso dizer que foi uma loucura prazerosa, a camareira quase nos viu, porém deu tempo de cobrir nossas partes com o lençol. Descansamos um pouco para conseguir aproveitar melhor o show, estava super ansiosa.

Enquanto eu tocava, minha namorada me observou atrás dos bastidores, sempre com aquele sorriso simpático, era muito empolgante ter seu apoio. Pelo jeito, foi um tamanho sucesso. Ainda deu tempo de vermos os fogos bem de perto. Foram soltos perto da praia onde toquei. Um mais lindo que o outro.

Ali mesmo começamos a planejar nosso futuro. Como seria daqui pra frente. Talvez eu fosse famosa, tinha até fãs e nem sabia. De uma coisa nós tínhamos certeza. Iríamos ficar juntas, seria bem difícil estudar e trabalhar, mas a grana seria suficiente para nos sustentar, ela ainda queria arrumar um estágio. Por sorte meu pai me deixou ficar com o dinheiro do resgate, eu queria gastar, mas Bonnie insistiu que devia guardar em uma poupança pra render mais. Bom.. melhor deixar ela organizar as coisas, já que era tão boa nisso. Apesar dos trabalho, sempre daria um jeito de ficar com minha namorada, pois.. ela foi a melhor coisa que me aconteceu, ela é meu censo “certo” em uma cabeça que tem imã pra coisas errada.. amo demais essa mulher.


Notas Finais


Não sabia bem como finalizar, o tempo que fiquei sem escrever, acabei perdendo o "fio" da história. Espero que tenham gostado do final...
Sobre a "nova" fanfic de Bubbline.. estou pensando seriamente se será uma segunda temporada dessa, onde elas são bem mais velhas.. ainda estou pensando na possibilidade. Por isso decidi não escrever o "futuro" delas, por exemplo, elas adultas e tudo mais.

Agradeço a todo o apoio que me deram enquanto escrevia <3 peço desculpas por acabar deixando a fanfic em longos hiatus.

Quem quiser me seguir no twitter, fica a vontade:
https://twitter.com/Mutekai_Kuragon

Quem quiser pode participar do grupo no Discord, dedicado a fãs de fanfics:
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