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História Garota Infernal - A casa do lago. Parte II.


Escrita por: paradisepalvin

Notas do Autor


Obrigada pelos 70 favoritos <3
boa leitura.

Capítulo 10 - A casa do lago. Parte II.


 

Audrey Butler

Abri meus olhos devagar, sentindo uma forte pontada na cabeça. Ótimo. Como eu adorava ressaca misturada com enxaqueca. 

Percebi que Justin ainda dormia agarrado a mim, sua mão envolvia minha cintura, enquanto sua cabeça estava sob meu peito. Tirei seu corpo com cuidado, e levantei da cama. O  olhei por alguns segundos, o  filho da puta conseguia ser maravilhoso até dormindo. 

Peguei meu celular no criado-mudo para checar as horas, merda, ainda eram 7:35 AM. Porque eu estava acordada essa hora? Em pleno sábado, sendo que eu havia ido dormir na madrugada? Saco! 

Fui até o banheiro, escovei meus dentes e cabelo. Voltei para o quarto, pegando uma blusa de Justin, que ele havia usado na noite passada. Tinha seu cheiro, seu cheiro doce mas com uma forte masculinidade. Percebi que sua pequena mala estava no meu quarto. Maldito, sua intenção já era ficar em meu quarto desde que chegou. 

Apanhei meu maço de cigarro e isqueiro e desci as escadas. Queria um tempo para mim, e sei que quando eles acordarem isso será a última coisa que terei. 

Fui para fora da casa, sentei na beira do lago enquanto observava o nada. 

Ascendia um cigarro, enquanto meus pensamentos voltava para o assunto de ontem. 

Minha virgindade. 

Esse assunto me trazia a tona todo sofrimento de minha infância. Com 11 anos, eu sofria abuso sexual do meu tio por parte paterna. 

Por anos, senti nojo de mim mesma e do sexo, até eu conhecer Charlotte, e me dizer que nada do que acontecia era culpa minha. 

Seus pensamentos era o contrário dos quais e minha querida mãe tinha. Ela sabia, de tudo. E não fazia nada, dizia que eu o provocava. Como uma criança de 11 anos, até então inocente, poderia provocar alguém? Depois de um tempo, descobri que ela e sua mente doentia era apaixonada por ele. Coitado do meu pai. 

Depois de alguns meses, meu tio veio a falecer, e logo depois veio o divórcio dos meus pais. Eu não poderia estar mais feliz. Com 12 anos, eu havia ficado feliz com morte de alguém, e com a tristeza da minha em saber que ela não iria mais usufruir do dinheiro do meu pai. 

Mas nem tudo foi como eu esperava, minha mãe acabou ficando com a minha guarda e de meus irmãos. Levando a convivência no inferno. Desde então, eu e ela, nunca nos damos bem.

Pela primeira vez, depois de anos, me permiti chorar. Não de tristeza, ou algum sofrimento, mas sim de ódio. 

Eu a odiava, ela não conseguia fazer com que eu sentisse nenhum sentimento bom por ela. 

Tirei a blusa de Justin  que usava, coloquei ao lado do meu maço de cigarro. Me levantei e entrei no lago. 

Quando cheguei na parte um pouco mais funda, deixei que meu corpo boiasse. Ficando totalmente relaxado. Senti as lágrimas molharem meu rosto, e logo se misturando com a água doce do lago. 

Já estava um bom tempo lá, minhas mãos estavam enrugadas. Decidi voltar a beira, até sentir algo envolver meu pé. Merda. 

Não conseguia me soltar, já estava começando a ficar desesperada. Puxava minha perna com as mãos e nada. 

Até que ouvi alguém gritando meu nome. Olhei  direção a casa e era Justin. 

Finalmente consegui me soltar, voltei a beira c dificuldade, legal, havia machucado essa merda. 

Quando eu cheguei perto dele mancando percebi sua expressão preocupada. 

— O que aconteceu ali, Audrey? Você está bem? — ele me olhava fixamente. Dei de ombros. 

Ele revirou os olhos. 

— Não sei, não foi nada. — mentira, estava doendo para caralho. 

— Não me pareceu nada. — ele disse, sua expressão parecia brava agora. O que eu fiz? Cacete. 

Ele se abaixou, pegando a sua blusa que eu havia deixado ali. A enrolou e veio para  perto de mim. 

— O que você está fazendo? — perguntei confusa. 

— Seu pé está sangrando. — ele disse simples. Olhei para o mesmo e arregalei os olhos. 

Ele enrolou a blusa em volta do meu pé e me pegou no colo. 

—O que você está fazendo, Bieber? — o olhei com o cenho franzido. 

— Cuidando de você. — ele sorriu amarelo. 

— Eu sei me cuidar sozinha. — disse decidida. 

— Estou vendo. — ele riu pelo nariz, debochado. Revirei  os olhos. Decidi o ignorar.

Estava sentanda no gabinete do banheiro, enquanto Justin estava sentado a minha frente, em um  banquinho, cuidando do meu machucado. 

Decidi fazer a pergunta que eu sempre quis fazer a ele, e que eu também me perguntava todos os dias. 

— Porque você está com a sem graça da Addison? — ele me olhou e riu. 

— Quando eu a conheci, estava passando por  um momento difícil, ela me ajudou, acabei gostando e me acostumando com sua companhia, e aí estamos. — revirei os olhos. 

— Isso não é motivo pra estar com alguém, muito menos com aquela pirralha. — ele riu. 

— Vocês são gêmeas, você sabia né? —ele me olhou divertido. — Isso tudo é ciúmes, babe? — não gostava quando ele me chamava assim. 

— Eu não conheço esse sentimento, desculpa te desapontar. — era verdade aquilo, eu apenas gostava de total atenção voltada para mim para alimentar meu ego. 

— E Heather? — ele bufou. 

— A conheci em uma das festas de Christian, foi o sexo mais fácil que tive. — ele sorriu malicioso, deveria estar lembrando de algo. Cafajeste! 

— E eu não vejo ela desde que eu fiquei com você, eu sei que é isso que quer saber. — ele piscou para mim, havia terminado o curativo. 

— Você é patético, e é muito fácil arrancar as coisas de você. — disse saindo de cima do gabinete. 

Ele ia dizer alguma coisa, mas Ryan o interrompeu abrindo a porta com força. 

— Nós precisamos ir embora. — ele disse ofegante. 

— Por quê? — eu e Justin dissemos em uníssono. 

— Anne está em trabalho de parto.

Ótimo, agora vou ser titia.


Notas Finais


Obrigada por lerem.


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