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História Garota Má - Drastória - Capítulo Oitenta


Escrita por: Samm_Rockman

Notas do Autor


#Lumus

Capítulo 81 - Capítulo Oitenta


Fanfic / Fanfiction Garota Má - Drastória - Capítulo Oitenta


Era novembro.

Dezembro estava quase chegando e os alunos já se comentavam sobre o término no ano letivo.

As salas de aula haviam sido ampliadas para as provas que definiriam de vez o futuro dos alunos de Hogwarts.

As carteiras haviam se afastado mais de um metro e meio uma das outras.

As matérias foram as mais difíceis possível. Zabine, como de costume, gemeu em cada questão, mas só era drama. Blásio era inteligente, só que não aceitava isso.

Draco não fez careta em nenhuma questão. Apenas bocejou em todas principalmente na de poções.

Também vira Hébio que tinha o nariz sangrando, o limpando com um pano de seda cara azul com o brasão dos Brounckdorfs bordado.

Draco sabia o motivo daquilo.

Sangramentos eram comuns com o uso de práticas das Artes das Trevas.

Mas deu de ombros e ignorou o que não era da conta dele.

Alexis e Blásio ainda não haviam se falado depois de um mês de separação. Estavam ainda destruídos com o rompimento do relacionamento.

Os jogos de Quadribol foram cancelados por uma praga que alastrou o gramado.

A Sonserina ainda estava na frente, mas a Grifinória estava quase a alcançando devido a jogada que havia roubado da Casa das Serpentes.

Draco apenas frequentava o Salão Comunal onde os garotos do time se reuniam e ficavam conversando animadamente, a com exceção de Blásio que quase nem sorria.

O apanhador estava preocupado com o amigo.

Ele estava fechado, calado, ranzinza, se entregando aos poucos a auto piedade.

Blásio estava depressivo.

O único lugar que não havia chegado isso fora no campo. Zabine jogando ainda era o excelente e o melhor goleiro de toda Hogwarts.

Mas não era o mesmo no vestiário.

Só tomava uma ducha, ignorava todas as piadinhas que os sonserinos faziam com Skay e ia embora sem falar com ninguém.

E logo Draco era bombardeado de perguntas sobre o estado do goleiro.

Todos tinham um olhar preocupadíssimo com Blásio.

Já tinham percebido que ele e a Cheever haviam terminado. E Malfoy apostava que sabiam também o motivo.

Hogwarts era um turbilhão sem tamanho de fofocas.

Draco se estica depois de sair da sala de aula depois de fazer a prova.

Não importava seu resultado. Não tinha que trabalhar ou arranhar uma profissão mesmo.

Mas seu pai era exigente sobre suas notas e teria que o honrar com resultados bons.

Espera Zabine com as costas encostadas no corredor.

Alguns alunos saem, depois de terminar. A Greengrass é uma deles.

Ela fica na parede oposta provavelmente esperando Alexis.

O encarou com o mais absoluto tédio.

Astória estava destruída assim como ele.

Nem uma olheira, bolsa debaixo dos olhos ou sinal de exaustão era evidente no rosto belo. Somente os olhos esmeraldas escondiam a informação dela estar cansada.

Draco também estava no mesmo estado. Parecia normal por fora, mas por dentro estava no limite que seu corpo aguentava.

Eram arrogantes e orgulhosos demais para permitir que os outros percebessem.

Só ficam se encarando com nenhuma saudade.

Nem um resíquio que fosse de falta que o outro, no caso, não fazia.

Isso até os surpreenderam.

Alexis saiu com Thomas e foram ao encontro da Greengrass.

Os três se afastaram um pouco e ficaram conversando sobre algo que Draco não fez questão de prestar atenção.

Cinco minutos depois Blásio sai da sala onde fazia a prova e o encontra.

Os dois não falam nada, somente se encaram em silêncio.

Zabine ouve uma risada familiar e se vira para ver Alexis rindo de algo que Turner falou.

A expressão dele se torna deprimida e nostálgica enquanto Astória e Tom estavam felizes por ter feito ela rir depois de semanas sem um único sorriso da loira.

Draco suspira e vira a cabeça para o outro lado, quando encontra Jake atravessando uma curva e chegando no mesmo corredor em que estava.

Sacage respirava os cinco metros de distância que impusera.

Sempre que Astória estava em um ambiente e o grifinório adentrava ou estivesse ele se retirava em segundos. Além de que Malfoy sempre fazia vista grossa, mas Jake estava em bom comportamento por enquanto.

O apanhador dos Leões não o havia visto ainda, somente tinha os olhos na Greengrass.

As íris dele não estavam odiosas ou cheias de fúria. Jake tinha um olhar...

Não. Não podia ser.

Um olhar... desejoso e nostálgico.

Merlin.

Como não percebera antes?

Jake Sacage ainda era apaixonado por Astória Greengrass.

Merlin Todo-Poderoso.

Ainda não podia crer mesmo contemplando um sorriso bobo de Sacage crescer em seu rosto.

Só podia estar ficando maluco ou imaginando coisas.

Então, quando o corajoso os vira juntos na madrugada num corredor qualquer ele falara aquelas palavras insanas e indizíveis na frente de uma mulher por... ciúmes?

Jake depois de minutos a olhando com tanto sentimento, desviou seu olhar e encontrou Draco completamente pasmo.

O olhar incrédulo transmitia tudo o que Malfoy sentia naquele momento da sua vida.

Ele rugiu alguns baixos palavrões e depois se retirou para não ultrapassar o limite da metragem de distância de Astória que lhe era obrigatório.

O apanhador continou pasmo.

***

A torcida das duas Casas gritavam tão alto que se ouvia os berros do vestiário da Sonserina.

Os jogadores estavam terminando de se vestir para jogar contra a Corvinal enquando observavam, curiosos, a rebatedora que estava sentada olhando as próprias unhas, já com o uniforme do jogo.

Zabine chegou em silêncio e depois reuniu a todos.

— Prontos? — questionou e começou a repassar a estratégia do jogo que utilizariam os rebatedores para uma parte importante que poderia definir o resultado do placar.

Já estavam com a vassoura na mão. Menos a Greengrass que se levantou bruscamente.

Zabine ainda explicava quando:

— Não posso jogar hoje.

O olhar fos garotos se voltaram atentamente para ela.

Astória ainda continuou impassível.

O quê? — Blásio citou sem crer e pela primeira vez que dirigia a palavra a prima a muito tempo.

A sonserina revirou os olhos.

— Bati e estuporei Wonderly e estou suspensa por três jogos — informou não se importando em nada com o fato.

Zabine se aproximou com a raiva transparecida nos olhos.

— E só nos avisou agora? — exclamou com o corpo irado. — Com o jogo pra começar daqui a três minutos?!

Astória o encarou com nojo evidente.

— Exatamente — confirmou ainda o desprezando com uma careta.

Seu sangue ferveu em sua veia e ele se segurou para não sacar a varinha e duelar com a rebatedora.

— Não acredito que... — as narinas dele estavam dilatadas enquanto bufava como um animal raivoso. — Sua... — tentou encontrar um xingamento, um palavrão que a resumisse, mas não havia. — Sua... Sua...

Astória se aproximou ficando rente a Blásio que tremia de uma fúria encarnada e não teve pena nem misericórdia quando sugeriu:

— Sangue-ruim?

O goleiro deu um passo para trás largando a vassoura que caiu sobre o chão no momento sem sons no vestiário.

Blásio tinha a expressão que havia sido atingido com um soco forte no estômago.

Cambaleou um pouco ainda sentindo a acusação nos olhos esmeraldas da prima.

Os garotos do time estavam mudos e continuaram assim quando Zabine, machucado e ferido como um animal que era, saiu do vestiário rumo a saída pelo campo.

Astória não se arrependia de nada que pronunciou.

Blásio abandonara o jogo.

Depois de um minuto inteiro, a Greengrass também se retirou.

***

A torcida comemora quando o jogador entra em campo.

— E agora, o time das Serpentes... — Dylan McRoyner, o narrador para de falar quando nota a cena melhor. — Só Zabine? Onde está o resto dos sonserinos? E porque o capitão está sem a vassoura, senhoras e senhores?

Blásio não ouvia nada. Estava surdo para o mundo.

Sua... Sua...

Sangue-ruim?

Aquilo doía. Doía como uma ferida aberta que não se fecharia nunca.

Todos os torcedores ficaram pasmos quando o capitão do time da Casa do ambiciosos abandonou a equipe.

A Greengrass também não compareceu.

Malfoy tomou rédeas da situação e não deixou todos desistirem.

Chamaram Porghateo (Benedict preferia perder por W.O. do que concordar com isso, mas teve que aceitar de qualquer modo), mas ficaram sem goleiro.

A Sonserina teve que se virar assim.

Draco dava novas ordens altos no jogo que os sonserinos acataram sem reclamar, mas um massacre era impossível evitar.

Blásio salvava todo o time com suas defesas espetaculares. Mas ele não estava lá para fazê-las.

Draco comandou muito bem a equipe. Até fora elogiado por McRoyner e conseguiu evitar o máximo de pontos que levaram.

Mas foram massacrados.

Completamente derrotados.

A Corvinal comemorou eufórica por vencer a líder do campeonato. A Sonserina fora devastada.

Salazar deveria estar se revirando no túmulo.

***

Blásio estava no local onde sua Casa fora derrotada, sentado na grama verde arrancando alguns tufos com a mão.

Sabia que alguém o observava pois sentia seu irmão de pé e atrás de si. Provavelmente preocupado.

— Você não joga a três jogos, Blásio... — o apanhador começou.

— Não tenho motivos pra jogar — rebateu sem o olhar.

Malfoy suspirou fundo e se sentou de frente para ele, no chão.

— Perdemos três jogos — declarou.

Como se Blásio não soubesse. Continou a arrancar a grama.

— Não pode se deixar abalar pelo o que sua prima disse...

— Astória entrará nesse quarto jogo — o relembrou. — O castigo dela acabará e talvez vocês voltem a vencer.

Um minuto de silêncio se formou.

— Queremos nosso capitão de volta — insistiu.

Blásio suspirou e pela primeira vez o encarou.

— Draco — falou firmemente. — Não tenho mais prazer de jogar Quadribol. Desde que perdi Alexis... — era incrível como a voz dele ainda embargava ao falar da loira. Pigarreiou, desconfortável. — Tudo o que passei a fazer foi uma fachada. Não me sinto mais como antes jogando. Não tenho um motivo para isso.

Malfoy suspirou, cansado.

— Não pode abandonar tudo. E ainda pode reconquistá-la.

Zabine olhou para um nada em especial e balançou a cabeça em sinal negativo.

— Nós dois sabemos que isso não vai acontecer.

Draco não falou nada a respeito. Blásio se levantou para ir embora quando foi chamado por seu irmão.

— Pelo menos não se afaste — pediu.

Sabia o motivo daquele pedido.

O goleiro não falava com o apanhador a dias e nem com os garotos do time.

— Vou tentar — prometeu.

Era uma promessa vazia.

***

Demorou mais alguns dias, mas convenceu o goleiro a estudar com todos do time para a aula de Poções, que por sinal era um lixo.

Estavam caminhando pelos corredores rumo a biblioteca. Quando Draco e alguém se colidem.

Ele a segurou pelos ombros para que a garota não caísse.

A olhou, surpreso.

— Catherine? — indagou pelo estado em que a sangue-puro se encontrava.

A Valenti tinha os cabelos loiros emaranhados e bagunçados, olheiras profundas e os olhos totalmente vermelhos.

As roupas em farrapos.

Merlin. Ela estava chorando compulsivamente com a própria varinha na mão esquerda sendo apertada com tanta força que a qualquer momento se quebraria.

— Catherine — Draco a sacudiu de maneira firme. — Catherine!

Todos os sonserinos estavam sem saber o que fazer com aquela garota descontrolada emocionalmente.

— Eu não queria... — ela mumurou com os olhos mais do que arrependidos. — N-não q-queria...

Roupeu em lágrimas amargas mais uma vez.

Draco a obrigou o olhar.

— Tudo bem — falou a segurando mais forte pelos ombros. — Tudo bem. Respire fundo e fale devagar o que aconteceu.

Ela fez conforme o mandado. O corpo dela se acalmou, mas os olhos continuaram em pânico.

Draco tentou ser o mais sensível possível naquele momento.

— Alguém a machucou? — perguntou.

Ela negou. Depois assentiu. Depois negou mais uma vez.

O apanhador apertou mais forte os dedos nos ombros dela para dar um tipo de conforto. Um "Calma. Eu estou aqui" sem palavras.

Ela negou firmemente dessa vez.

— Então o que você fez?

Lágrimas escorreram pelo rosto belo e perfeito.

— Eu.. E-e-eu não qu-queria ter feito i-isso — gaguejou agarrando os próprios cabelos e os puxando com força. — N-n...

Draco se segurou para não estapeá-la ali mesmo.

— O que você não queria fazer? — perguntou de maneira autoritária.

Ela vagou os olhos para Jace, Skay, Theo, Benedict e Zabine até pousarem, hesitantes, em Draco.

— Estávamos no dormitório discutindo — explicou falando tão rapidamente que era quase impossível entendê-la. — Eu e ela sempre brigamos muito até que eu pedi a razão e...

Agora as mãos de Draco não eram tão gentis, mas brutas.

— Quem é "ela"? — exigiu saber. Catherine recomeçou a chorar. Malfoy a sacudiu violentamente. — Quem é "ela"?! — berrou novamente.

— A-Astória... — respondeu se encolhendo o mais miseravelmente possível.

Draco estava possuído pelo ódio.

— O que você fez?! — gritou não se importando se a estava machucando. — O que você fez com ela?!

— Eu não queria! — berrou de volta com o corpo tremendo de medo do apanhador.

Alguém a puxou de Malfoy e a pôs contra a parede.

Os olhos de Zabine estavam infernalmente calmos, a postura rígida como uma pedra e a voz perigosamente baixa:

— O. Que. Você. Fez? — pontuou em um sussurro.

Ela se intimidou diante do goleiro.

— Nós duelamos... Juro que foi ela que puxou a varinha primeiro... — falou com os olhos cheios de lágrimas. — Estávamos bravas, furiosas uma com a outra... Ela era muito boa, fiquei com mais ódio ainda... Um feitiço verde... Não... — negou em desespero. — Eu não... Eu juro que não queria...

Ela os olhou em pânico, pedindo alguma ajuda, suplicando conforto e perdão.

Mas não conseguiu nada.

Um feitiço verde...

O time ficou paralisado por um minuto inteiro.

Draco e Blásio correram para as Masmorras.

***

Os dois arrombaram a porta do dormitório com violência e paralisaram com o que viram.

Astória parou de descer o zíper da roupa que usava e ergueu os olhos para os encará-los.

Jace, Skay, Theo e Benedict chegaram dois segundos depois e também pararisaram.

Merlin Todo-Poderoso.

A Greengrass estava de pé, com o velho casaco da Sonserina desbotado. A roupa tinha o zíper abaixado até o umbigo e ela não tinha uma camisa por baixo.

Os olhos de todos os garotos desceram para os seios dela que apareciam, mas só os mamilos estavam cobertos pelo casaco, deixando a parte branca arredondada à amostra.

Zabine foi o único que desviou o olhar um segundo depois do que viu.

Os outros sequer piscavam.

Astória rugiu um palavrão tão alto que os sobressaltou. Eles olharam confusos para ela que fechou rapidamente o zíper ao limite e os encarou com o mais puro ódio encarnado.

Se virou e andou alguns passos até alcançar a varinha na cômoda que lhe pertencia.

Apontou o objeto para eles, mas seu olhar se perdeu no seu primo.

Ela praguejou.

Zabine tinha visto o emblema da Sonserina estampado nas costas do casaco.

Reconheceu a peça de roupa que um dia fora sua.

Astória guardava e usava o primeiro casaco que Blásio ganhou quando entrou no time das Serpentes a uns cinco anos atrás.

No tempo em que eram ainda melhores amigos.

Astória praguejou alguns palavrões por ele ter se lembrado da roupa.

A ponta da arma brilhou e...

Uma risada diabólica soou.

Os garotos se viraram e viram Catherine encostada no batente da porta rindo da cena hilariante.

Tinham que ver suas caras — ela zombou. — "Oh, Merlin ela matou Astória!" — imitou a expressão desesperada que antes Blásio e Draco portavam.

Os dois deram um passo em direção a ela, mas sabiam que não poderiam agredí-la já que era uma garota.

— Sua maldita — Blásio xingou extremecendo de ódio.

— Ah, por favor — ela pediu revirando os olhos. — Não gostaram nem um pouco da brincadeirinha?

— Você falou que a tinha matado! — Draco acusou para logo ser segurado por Skay quando tentou partir pra cima da Valenti.

A loira novamente girou os olhos.

— Citei que tinha lançado um feitiço verde — o corrigiu. Cruzou os braços. — São tão idiotas e ingênuos que acreditam em qualquer coisa... — não aguentou e riu mais. — Sinceramente foi cômico os ver desesperados e em pânico quando na verdad...

Astória não a suportando mais apontou a varinha e um segundo depois ela foi lançada contra a parede.

Ninguém perguntou se tinha machucado pois viram que sim.

Encararam a Greengrass que tinha os olhos brilhando de uma fúria indomável.

Não entenderam porque.

Carpe Retractum!

A varinha branca criou uma corda roxa mágica. Ela estalou o objeto como um chicote.

— Saião do meu quarto! — berrou atirando a corda sobre eles.

Skay soltou um palavrão quando foi chicoteado no braço.

E Astória não teve dó nenhum de atirar com força sobre eles. Nott foi atingido nas costas. A orelha de Jace foi o alvo seguinte, seguido da bunda de Zabine que ficou muito dolorida.

Benedict foi o único que não foi acertado pois correu velozmente para fora no momento em que Petterson foi acertado.

Os perseguiu pelo corredor, os acertando violentamente nas costas até saírem da ala feminina.

— E não voltem mais! — gritou quando bateu a porta que dividia as duas alas.

Ela bufou impróprios e caminhou de volta ao dormitório. Fechou a porta com força ainda irritada quando o notou.

Tinha esquecido de um.

Malfoy estava de costas para ela que jazia pronta pra atirar a corda roxa com força sobre ele quando viu os ombros do apanhador tremerem.

Estranhou.

Caminhou até Draco e não teve tempo de o encarar pois foi puxada para um abraço.

Um abraço forte e aliviado.

Ele não chorava, mas ainda tremia muito. Isso a preocupou.

— Malfoy... — sussurrou mas nem lhe deu ouvidos, somente a apertou mais firme contra seu corpo.

Os dedos apertados em volta de si tremiam, convulsionavam, os dentes dele batiam um no outro como se tivesse sentido um frio rigoroso.

Astória não o abraçou de volta.

Não sentia vontade de o fazer. Sequer sentia saudades dele.

Mas Draco sim.

A saudade que não sentira por Astória veio em carga total. Quando pensou... Quando pensou que ela... Ah, Merlin, não gostava nem de falar... Só conseguia não se recordar dos recentes momentos juntos porque não tiveram nenhum.

Eles estavam anestesiados pelas dores dos amigos que sofriam a separação do namoro.

Astória ainda estava.

A beijou.

Agora não estava mais.

Quando sentiu os lábios dele contra os dela não pode deixar de dizer a si mesma que era ali que sempre os queria.

Enrolou os braços no pescoço dele o trazendo para mais perto. O sonserino se inclinou para ela, a explorando avassaladoramente.

Aquele gosto misterioso o fez enlouquecer. Sentia tanta falta daquela boca que parecia um mar em meio ao um deserto.

A língua dele experimentou cada canto, fez contornos em cada textura diferenciada da boca da Greengrass, à levando a insanidade, que a fez gemer seu nome.

Abriu mais a boca para ele, implorando por mais profundidade.

Ele a obedeceu.

As pernas de Astória tremeram, ficando moles naquele desesperador beijo que compartilhavam. Agarrou os ombros dele para se firmar enquanto o sentia enlaçar sua cintura e a colar ao seu corpo.

Mas Malfoy perdeu todo o senso quando ela retribuiu com a língua.

Merlin.

Astória beijava mais do que deliciosamente.

As mãos dela exploraram a pele do apanhador por baixo da camisa, o fazendo ofegar com seus músculos sendo acariciados.

A compensou tirando a língua da boca dela e experimentando o canto dos lábios da sonserina com sensualidade.

Malfoy — gemeu pedindo mais com as unhas arrastando pelo abdômen dele.

Ele mordeu o lábio inferior dela e novamente a beijou.

As línguas deles batalham para se saborearem. A mão de Draco agarra os cabelos de Astória e os acaricia sentindo a maciez dos fios negros sem as mechas verdes que já tinham se apagado.

A mão de Draco vagou pela coxa dela que tremeu suavemente.

Ela agarrou os cabelos loiros quase brancos do garoto e os puxou para si, ofegando com a profundidade que lhe saboreiava a boca.

Já estavam sem ar, mas não pararam. Não tinha como parar.

Continuaram a se beijar demoradamente. Até Astória se perder nos carinhos que Malfoy fez.

Desceu a boca para o queixo, libertando os lábios dela para que recuperasse o fôlego, saboreou aquela parte deliciosa, desceu para o pescoço, ombros, peito com ela ofegando pesadamente.

Arfou quando deu um chupão perto do seio esquerdo.

Voltou a capturar a boca e a explorou avivadamente mais uma vez, controlando a profundidade do ato a agarrando pela nuca.

Lábios não eram mais necessários. Só as línguas dos dois batalhavam no árduo beijo.

Draco ergueu a coxa dela, a colocando em seu quadril.

Astória estava mais colada a ele como nunca, desesperados um pelo outro.

A ergueu pela outra coxa, fazendo-a enrolar as pernas sobre o tronco dele.

Nada mais importava.

Caminhou lentamente até a cama, ainda com ela devorando sua boca com fome e sede, e caiu com ela sobre o móvel.

Os dois suspiraram com o peso de seus corpos grudados.

Draco voltou a explorar os ombros, pescoços e peito de Astória prontos para chegar a outro nível jamais cruzado.

Mas logo os olhos verdes esmeraldas se arregalaram e o empurraram com força.

Draco caiu sobre o chão e gemeu de dor.

A Greengrass ainda tinha as órbitas arregaladas em uma direção.

Drewanne, sentada na cama da Greengrass já que os dois utilizavam a dela, notando que o som dos pegas dos dois havia se transformado em um estranho silêncio, parou de lixar as unhas e os encarou.

— Podem continuar — disse não se importando e voltando observar as unhas bem pintadas para ver se estavam no comprimento ideal.

Astória se levantou imediatamente da cama da colega só notando agora que foram para o móvel errado.

Se inclinou para Malfoy que pensou que o ajudaria a se levantar, mas em vez disso o agarrou pela gravata o puxando para fora.

Abriu a porta do dormitório e lançou um olhar mortal de "Fora!".

Ele capturou aqueles lábios antes, dando de ombros para McGuire que interrompera a possível primeira transa dos dois.

Astória tentou o afastar, mas não tinha forças o suficiente depois que aquela língua enlouquecedora a experimentou.

Correspondeu ao gesto intensamente se beijando por um demorado período até Malfoy a libertar.

A Greengrass rugiu um palavrão por ele ter parado.

— Vá — o empurrou mais uma vez, desta vez irritada por querer continuar o que não devia.

Ele a abraçou mais uma vez e saboreou o pescoço da rebatedora que derreteu completamente com as carícias.

Tentou o afastar, mas logo os lábios dos dois estavam mais uma vez colados.

Gemeram sobre duas bocas coladas e línguas entrelaçadas.

A Greengrass puxou-o para mais perto. Draco a encostou sobre a parede e continuaram a se pegar loucamente.

Ficaram nesse enrola por um grande período.

Quando finalmente Astória recobrou a consciência sã, ela o empurrou com força.

— Vá agora, Malfoy — falou de modo sério, mas ainda ofegante pelos longos beijos.

Ele sorriu lascivamente e agarrou os cabelos mais negros que trevas e puxando para o último beijo infinitamente melhor que os anteriores e mais lento.

Muito lento.

Infinitamente mais lento.

Merlin.

Muito lento mesmo.

Por tudo o que era mais sagrado... Aquilo era um beijo ou um pedaço do céu?

Não era possível e nem humano o jeito que ele a beijava naquele momento.

Era divino.

Puta que pariu, mas que beijo...

Astória sentiu seu corpo inexistir por completo.

Malfoy a libertou depois do ato, sorriu de modo cafajeste e se foi.

A deixando sem chão.

A Greengrass fechou a porta, ainda sentindo seus lábios formigarem de prazer pelo recente gesto.

Merlin. Como queria ser beijada assim novamente.

Fechou os olhos, se encostou na parede para não cair e tocou em sua própria boca.

Ainda sentia gosto dele em sua língua.

Merlin Todo-Poderoso.

— Porque não transam logo?

As esmeraldas verdes imediatamente se abriram e focaram perigosamente em McGuire.

A sonserina de cabelos castanhos cor terra, virou uma página da revista que lia, sem olhar para a colega de quarto.

A Greengrass se aproximou com os olhos crispados em fúria.

Ela não precisou falar nada. Drewanne entendeu tudo.

— Não ouvi nada, não vi nada e não sei de nada — informou também de modo perigoso.

Astória ergueu o queixo de maneira superior, como se falasse um arrogante "Acho bom".

Drew revirou os olhos. Até a Greengrass pegar algo na cômoda e oferecer balançando o frasco de esmalte na mão:

— Quer que eu retoque?



Notas Finais


#Nox


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