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História Garota Problema - 25. Entende agora?


Escrita por: Irwinfodivel

Notas do Autor


Bom dia amores,
Queria agradecer muito a vocês, eu fico toda emocionada com cada uma que lê e tem comentários que me fazem chorar e eu não estou brincando.
Sobre não ter respondido todos os comentários do passado ainda, gente é carnaval e eu amo carnaval haha cheguei ontem e ou eu respondia os comentários ou arrumava esse cap pra atualizar, mas juro juradinho que vou responder ♡ não ignorei e nem esqueci ninguém *-*
Chega de blablabla, nos vemos nos comentários ♡

Capítulo 26 - 25. Entende agora?


O silêncio era o som mais assustador no momento.

Loe chorava baixo,  enquanto Michael tentava reunir forças para olhar para a garota.

- Você pediu a verdade,  então por favor me ouve até o final - ela disse em meio aos soluços - depois eu sumo da sua vida, mudo de cidade e país se for o caso, só me ouve.

- Estou ouvindo - ele disse mais grosso do que pretendia

- Seu pai era como irmão para o meu, eu não sei bem como eles se conheceram, mas sei que seu pai cuidava dos negócios da minha família aqui de Sidney,  eles casaram na mesma época e seu pai desistiu de toda a fortuna que ele ganhava,  de toda a adrenalina que essa vida o proporcionava, pra deixar sua mãe segura, eu tenho um orgulho enorme dele por isso - ela disse voltando a chorar - porque já me disseram que ele amava o que fazia e que ele e meu pai juntos eram invencíveis

- O que eles faziam? - Michael perguntou tentando encontrar os olhos de Loe.

- Seu pai, não só era sócio do meu, no negócio das corridas,  como competia com o meu, eu cresci ouvindo a história dos dois jovens que eram invencíveis com o carro - ela disse sorrindo - não existe uma vez se quer,  que eles correram juntos e um não pegou em primeiro e o outro em segundo,  as pessoas diziam que eles combinavam quem ia ganhar aquela noite e de fato eles faziam.

- Meu pai corria? - ele perguntou surpreso

- Sim, mas ele parou quando se casou,  meu pai continuou, depois que seu pai morreu,  ele nunca mais correu.  Meu sonho era correr com o meu pai, eu ouvia as histórias e só tinha uma certeza,  eu queria correr. Ele então ensinou o Ian e depois eu, mas sem encostar na direção,  meu irmão nunca insistiu para correr com ele, mas eu queria, eu precisava daquilo. Fazia seis meses que eu tinha ganhado o meu carro e eu implorei,  para que pelo menos ele ficasse ao meu lado, enquanto eu mostrava pra ele o quão boa eu era fazendo aquilo.

Michael olhava atento pra Loe,  que não tinha encontrado coragem de olhar pra ele.

Na verdade ela sabia,  que se encontrasse os olhos verdes que ela tanto amava,  ela desabaria e dessa vez ninguém iria segura-la.

- Meu pai se perguntava porque eu quis um Porsche,  eu entendia de carro e sabia que o Porsche não era o mais veloz e mesmo assim eu o escolhi, então aquela noite meu pai sentou no banco do passageiro e me viu correr, eu fiz exatamente aquilo que ensinei o Ash a fazer - ela enfim olhou nos olhos dele, ela precisava olhar - me desculpa por ter ensinado ele - ela disse com certo desespero.

- Porque eu precisaria desculpar? - ele perguntou fraco

- Porque aquele dia eu vi meu pai chorar pela primeira vez, ele me levou de volta para casa e me disse que enfim ele tinha entendido o meu amor pelo Porsche - Loe levantou-se da cama e andou até Mike que a olhava - posso? - ela perguntou apontando para o lado dele.

- Pode - ele disse ainda sem sorrir.

- Ele me contou,  que o melhor amigo dele, do qual ele sempre falava,  era apaixonado por Porsche, mesmo sabendo que ele não era o mais rápido, ele tinha um dom com o carro,  que nem o carro mais rápido do mundo, o venceria se ele estivesse competindo,  então ele disse que no momento que eu usei os dois pés pra sair, ele entendeu que eu tinha o mesmo dom, seu pai era a única pessoa que meu pai conheceu, que usava os dois pés para acelerar,  ninguém me ensinou aquilo,  eu só sabia que tinha que fazer, então ele enfim contou como o seu amigo havia morrido.

Michael segurou na mão da garota, ainda sem expressão

- Eu não vou gritar, nem ficar puto, eu disse que ouviria até o final e eu preciso ouvir - ele disse com a voz falha

- Eu tinha quase dois anos, uma das guangue que competia nos rachas,  quis se vingar do meu pai, claro que eles não sabiam onde estavam se metendo, mas meu pai tinha dois filhos, do qual ele sabia que era seu ponto fraco, meu irmão, foi levado por sei lá quem,  seu pai, que não tinha obrigação nenhuma de estar lá,  quando ficou sabendo,  fez o que ele sabia fazer de melhor,  me pegou e correu comigo, infelizmente acharam ele e o mataram, seu pai tinha a tatuagem da máfia,  então eles entenderam onde haviam se metido,  eles sabiam que tinham matado alguém importante e que a vida deles se tornaria um inferno por isso, era pra eu ter morrido aquele dia,  se fosse qualquer outra pessoa me protegendo, eles não teriam tatuagens para ver, então eles completariam o serviço.

- Meu pai impediu que te matassem?

- Sim - ela disse desabando.

Ela não tinha mais forças pra se manter firme.

- Quanto tempo você sabe,  que meu pai era o amigo do seu?

- Fiquei sabendo o dia que sumi, quando sua mãe entrou pela porta,  eu soube quem você era, meu pai a convidou uma vez,  pra me ver correndo.  Eu não aguentei saber que você era filho do homem que deu a vida por mim, então fugi.

- Isso é muito pra mim - ele disse levantando-se.

- Entende porque eu não posso ficar com você? Você me odeia, enquanto eu amo você mais do que tudo

- Eu não odeio você,  eu só não sei o que eu faço,  eu preciso ir embora.

- Vamos - ela disse levando-se e indo até o carro,  ela dirigiu em silêncio até a casa dele - isso pertence a você,  é a vida do seu pai, tem uma carta dele pra você,  sua mãe fez meu pai jurar,  que só te entregaria quando você tivesse 21, mas ela entendeu que essa é a hora certa.

- ok, obrigado eu acho - ele disse soltando o cinto e agarrando a pasta- sobre o Luke, aquilo que ele falou na rádio?

- Dias antes da rádio,  eu o levei comigo,  ele lembrou do hotel,  sua mãe havia os levado lá,  ele não sabe de nada, apenas que o hotel nos une - ela disse olhando para Michael

- Você sabia que era eu quem foi pegar a tal entrega aquele dia?

- Sabia - ela respondeu triste.

- O dinheiro é porque?

- Meu pai nunca desfez a sociedade com seu pai,  então ele da a parte dele.

Michael suspirou,  era muita coisa pra assimilar.

- Você consegue dirigir? - ele perguntou preocupado

- Consigo- ela disse com a voz falha - Michael? - Loe chamou pela última vez enquanto chorava, ele a olhou antes de fechar a porta - eu amo você

- Eu não deixei de te amar, boa noite Eleanor - ele disse fechando a porta e andando até sua casa, sem olhar pra trás

Loe começou a correr,  ela queria fugir,  ela precisava fugir

- Pai? - ela disse assim que seu pai atendeu o celular, ela chorava descontroladamente - eu quero ir embora pai, por favor me tira daqui.

Quando fica tarde demais,  precisamos ir embora do parquinho,  voltar para nossa vida e o deixar lá, escuro e sem vida,  até amanhecer e alguém ir lá novamente.

O problema é quando ninguém volta e ele se torna apenas mais um lugar abandonado.


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